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Soft skills: a importância para o mundo corporativo

O modelo de trabalho estabelecido pelo fordismo em 1914 há anos vem demonstrando que está cada vez mais com os dias contados. A produção em massa idealizada por Henry Ford vem, com o avanço do...

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{"continue":{"imcontinue":"23848|Wikiquote-logo.svg","grncontinue":"0.190669430620|0.190669430620|0|0","continue":"grncontinue||revisions"},"warnings":{"main":{"*":"Subscribe to the mediawiki-api-announce mailing list at for notice of API deprecations and breaking changes. Use [[Special:ApiFeatureUsage]] to see usage of deprecated features by your application."},"revisions":{"*":"Because \"rvslots\" was not specified, a legacy format has been used for the output. This format is deprecated, and in the future the new format will always be used."}},"query":{"pages":{"2309025":{"pageid":2309025,"ns":0,"title":"Optio","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{sem notas|data=novembro de 2015}}\n[[Ficheiro:Optio.jpg|miniaturadaimagem|Encena\u00e7\u00e3o de um ''optio'' romano.]]\nUm '''''optio''''' era, no [[ex\u00e9rcito romano]], o [[suboficial]] que servia de [[tenente]] ao [[centuri\u00e3o]] de cada [[cent\u00faria]]. Podia ser designado por este ou ser eleito pelos seus companheiros. Estava classificado dentre os soldados principais (''milites principales'') e possu\u00eda a categoria de duplic\u00e1rio (''duplicarius''), isento de tarefas pesadas e cobrava dupla paga. Aspirava a ser nomeado centuri\u00e3o, e quando atingia a qualifica\u00e7\u00e3o suficiente recebia o t\u00edtulo de ''optio ad spem ordinis''.\n\n==Tipos de Optiones==\nAl\u00e9m destes ''optiones'', existiam outros com diferentes tarefas, como:\n* ''Optio ad carcerem'': \u00e0 frente da [[pris\u00e3o]] militar de um [[castro (acampamento)|castro legion\u00e1rio]] ou de um [[castelo (Roma Antiga)|castelo]] auxiliar;\n* ''Optio candidatus'': suboficial que foi designado pelo chefe da sua unidade para atingir uma posi\u00e7\u00e3o superior, normalmente o de centuri\u00e3o;\n* ''Optio carceris'': suboficial encarregue das celas de uma pris\u00e3o;\n* ''Optio centuriae'' ou ''Optio centurionis'': tenente de cada cent\u00faria;\n* ''Optio custodiarum'': suboficial pela guarda;\n* ''Optio draconarius'': no ex\u00e9rcito baixo-imperial era o suboficial mais veterano dentre os porta-estandartes ou [[dracon\u00e1rio]]s (''draconarii'');\n* ''Optio equitum'': suboficial da [[cavalaria]] legion\u00e1ria e da [[guarda pretoriana]];\n* ''Optio fabricai'': encarregado da se\u00e7\u00e3o de repara\u00e7\u00e3o e fabrica\u00e7\u00e3o de armas da sua unidade;\n* ''Optio navaliorum'': suboficial de um navio de guerra, dependente diretamente do capit\u00e3o;\n* ''Optio praetorii'': suboficial \u00e0 frente das depend\u00eancias do quartel geral da sua unidade, tanto [[princ\u00edpio (forte)|princ\u00edpio]] (''principia'') como [[pret\u00f3rio]] (''praetorium'');\n* ''Optio principalis'': indica\u00e7\u00e3o da categoria \u00e0 que pertencia;\n* ''Optio speculatorum'': ''optio'' \u00e0 frente dos [[especulador (Roma Antiga)|especuladores]] (''speculatores''), soldados encarregados dos trabalhos de explora\u00e7\u00e3o e espionagem militar;\n* ''Optio stratorum'': ''optio'' \u00e0 frente dos [[estrator]]es ou soldados destinados \u00e0 fun\u00e7\u00e3o de pol\u00edcia militar;\n* ''Optio tribuni'': suboficial destinado como assistente de um [[tribuno dos soldados]] (''tribunus militum'');\n* ''Optio valetudinarii'': encarregue das instala\u00e7\u00f5es do [[valetudin\u00e1rio]] ou hospital da sua unidade.\n\n== Bibliografia ==\n* LE BOHEC, Y. ''El ej\u00e9rcito romano: instrumento para la conquista de un imperio'', Ed. Ariel, Barcelona, 2004, ISBN 84-344-6723-2 978-84-344-6723-1\n* GOLDSWORTHY, A. ''El ej\u00e9rcito romano'', Ed. Akal, Madrid 2005, ISBN 84-460-2234-6, 978-84-460-2234-6\n* David J. Breeze, \"A Note on the Use of the Titles 'Optio' and 'Magister' below the Centurionate during the Principate\", ''Britannia'' 7, 1976, pp. 127\u2013133 [http://www.jstor.org/pss/525768].\n\n[[Categoria:T\u00edtulos militares romanos]]"}]},"1682420":{"pageid":1682420,"ns":0,"title":"Gyrinocheilus","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Automatic taxobox\n| image = Chinese algae eater.jpg\n| image_caption = ''[[Gyrinocheilus aymonieri]]''\n| parent_authority = [[Theodore Gill|T. N. Gill]], 1905\n| taxon = Gyrinocheilus\n| authority = [[L\u00e9on Vaillant|Vaillant]], 1902\n| type_species = '' Gyrinocheilus pustulosus''\n| type_species_authority = Vaillant, 1902\n| subdivision_ranks = Esp\u00e9cies\n| subdivision = * ''[[Gyrinocheilus aymonieri|G. aymonieri]]''\n* ''[[Gyrinocheilus pennocki|G. pennocki]]''\n* ''[[Gyrinocheilus pustulosus|G. pustulosus]]''\n| synonyms = * ''Gyrinocheilops'' [[Henrt Wedd Fowler|Fowler]], 1937\n}}\n'''Gyrinocheilus''' \u00e9 o \u00fanico g\u00eanero na fam\u00edlia '''Gyrinocheilidae''', uma fam\u00edlia de pequenos peixes cypriniformes Sudeste Asi\u00e1tico que vivem em fast-verter \u00e1gua doce mountain streams.Eles se fixam em objetos utilizando uma boca sugadora, e alimentam exclusivamente nas algas. Existem tr\u00eas esp\u00e9cies. Os membros deste \u00fanico g\u00eanero-fam\u00edlia, juntamente com alguns outros peixes cypriniformes, s\u00e3o chamados Comedores de Algas\n\n== Sugadores ==\nA boca desses peixes desenvolveram-se como sugadoras.Isso permite que o peixe para agarrar para objectos em r\u00e1pido movimento a \u00e1gua de seu habitat. Isto permite-lhes ficar pr\u00f3ximo ao fundo onde sua principal alimento, algas s\u00e3o mais facilmente dispon\u00edveis.\n\nOs membros desta fam\u00edlia tamb\u00e9m tem desenvolvido os seus [[op\u00e9rculo]]s de modo que cada um consiste de duas aberturas.H\u00e1 uma abertura na fenda onde entra \u00e1gua, e um outro onde a \u00e1gua sai Isso permite que o peixe para respirar, sem ter que levar \u00e1gua a entrar pela boca, que seria usando a agarrar a superf\u00edcies.\n\n== No aqu\u00e1rio ==\nOs Comedores de algas chineses, Gyrinocheilus aymonieri, s\u00e3o por vezes mantidos em aqu\u00e1rios para controlar algas.O comprimento pode variar at\u00e9 28 cm de comprimento, mas aqu\u00e1rio residentes tendem a ser inferiores a 10 cm. Eles tem a reputa\u00e7\u00e3o de se tornar cada vez mais ci\u00fames do seu territ\u00f3rio, uma vez que amadurece, e tamb\u00e9m pode ser agressivo para os peixes, especialmente lenta, fixa-corpo peixes. Na casa aqu\u00e1rio, a alga eater faz uma m\u00e1 tanque mate. \u00c9 muito agressivo e territorial.Eles freq\u00fcentemente atacam outros peixes e rip off escalas, causando infec\u00e7\u00e3o. Eles raramente nadam \u00e0 superf\u00edcie como eles gostam de estar no fundo do tanque. \u00c9 muito resistente e pode sobreviver em semi-\u00e1gua suja, al\u00e9m de uma ampla gama de temperaturas, 60 - 90F, permitindo-lhe, por vezes ser mantidos em aqu\u00e1rios unheated fechados.\n\nEmbora em estado selvagem se alimentem exclusivamente de algas, no aqu\u00e1rio existe alguma controv\u00e9rsia sobre a efic\u00e1cia dos Comedores de Algas.Apesar de serem jovens, que podem ser eficazes.Mas \u00e0 medida que crescem, elas podem desenvolver mais de um sabor de alimentos processados e consumir esses vez.\n\nAs outras duas esp\u00e9cies de Gyrinocheilus s\u00e3o o [[Comedor de algas pintado]] e o [[Comedor de algas de born\u00e9u]] , raramente s\u00e3o vistos no aqu\u00e1rio com\u00e9rcio.\n\n== Peixes similares ==\nComo \"Comedores de Algas\" \u00e9 um nome comum a v\u00e1rios peixes, girinocheil\u00eddeos podem ser facilmente confundidos com outras esp\u00e9cies. O mais not\u00e1vel \u00e9 o [[Comedor de Algas Siam\u00eas]], Crossocheilus siamensis e o [[Comedor de Algas Imperial]],Crossocheilus latius, que pertencem \u00e0 fam\u00edlia Cyprinidae.\n{{Refer\u00eancias}}\n{{taxonbar|from=Q346958}}\n\n[[Categoria:Cypriniformes]]\n[[Categoria:Gyrinocheilidae]]"}]},"3205813":{"pageid":3205813,"ns":0,"title":"Kralendijk","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Assentamento\n|nome_oficial = Kralendijk\n|assentamento_tipo = Cidade\n|imagens_tamanho = \n|imagem_horizonte = BONAIRE-kralendijk-hafen-2.jpg\n|imagem_tamanho = 250px\n|imagem_legenda = Porto de Kralendijk\n|imagem_bandeira = \n|bandeira_tamanho = \n|imagem_selo = \n|selo_tamanho = \n|imagem_escudo = \n|escudo_tamanho = \n|imagem_emblema_vazio = \n|apelido = \n|lema = \n|imagem_mapa = Bonaire.PNG\n|mapa_tamanho = 150px\n|mapa_legenda = Localiza\u00e7\u00e3o de Kralendijk em Bonaire\n|imagem_mapa_ponto = \n|mapa_ponto_tamanho = \n|mapa_ponto_legenda = \n|ponto_x = |ponto_y = \n|mapa_alfinete = \n|mapa_alfinete_posi\u00e7\u00e3o = \n|mapa_alfinete_tamanho = \n|mapa_alfinete_legenda = \n|latd =12 |latm =9 |lats =2.52 |latNS =N \n|longd =68 |longm =16 |longs =36.12 |longEW =W \n|subdivis\u00e3o_tipo = Pa\u00eds\n|subdivis\u00e3o_nome = {{NLD}}\n|subdivis\u00e3o_tipo1 = [[Pa\u00edses Baixos Caribenhos|Territ\u00f3rio]]\n|subdivis\u00e3o_nome1 = [[Imagem:Flag of Bonaire.svg|20px]] [[Bonaire]]\n|subdivis\u00e3o_tipo2 = \n|subdivis\u00e3o_nome2 = \n|estabelecido_t\u00edtulo = \n|estabelecido_data = \n|fundador = \n|nomeado_por = \n|sede_tipo = \n|sede = \n|governo_notas = \n|governo_tipo = \n|l\u00edder_partido = \n|l\u00edder_t\u00edtulo = \n|l\u00edder_nome = \n|l\u00edder_t\u00edtulo1 = \n|l\u00edder_nome1 = \n|total_tipo = \n|unid_pref = Metric\n|\u00e1rea_notas = \n|\u00e1rea_magnitude = \n|\u00e1rea_total_km2 = \n|\u00e1rea_total_sq_mi = \n|\u00e1rea_total_dunam = \n|\u00e1rea_terra_km2 = \n|\u00e1rea_terra_sq_mi = \n|\u00e1rea_\u00e1gua_km2 = \n|\u00e1rea_\u00e1gua_sq_mi = \n|\u00e1rea_\u00e1gua_percent = \n|altitude_notas = \n|altitude_m = \n|altitude_ft = \n|popula\u00e7\u00e3o_notas = \n|popula\u00e7\u00e3o_total = \n|popula\u00e7\u00e3o_em = \n|popula\u00e7\u00e3o_densidade_km2 = \n|popula\u00e7\u00e3o_densidade_sq_mi = \n|popula\u00e7\u00e3o_est = \n|popula\u00e7\u00e3o_est_em = \n|popula\u00e7\u00e3o_obs = \n|gent\u00edlico = \n|timezone = AST\n|utc_offset = -4\n|timezone_DST = \n|utc_offset_DST = \n|c\u00f3digo_postal_tipo = \n|c\u00f3digo_postal = \n|c\u00f3digo_\u00e1rea_tipo = \n|c\u00f3digo_\u00e1rea = \n|s\u00edtio = \n|notas = \n}}\n[[Ficheiro:Kralendijk en Klein Bonaire.jpg|right|thumb|Vista de Kralendijk e de Pequena Bonaire a partir de Seru Largu.]]\n[[Ficheiro:Kralendijk.jpg|right|thumb|Vista da zona mar\u00edtima incluindo o Mercado do Peixe e o Monumento \u00e0 Segunda Guerra Mundial \u00e0 direita.]]\n\n'''Kralendijk''' \u00e9 a capital e o principal porto da ilha de [[Bonaire]], nas [[Cara\u00edbas]] [[Pa\u00edses Baixos|neerlandesas]]. A l\u00edngua falada na localidade \u00e9 o [[papiamento]], mas o uso do [[l\u00edngua neerlandesa|neerland\u00eas]] e do [[l\u00edngua inglesa|ingl\u00eas]] est\u00e1 generalizado. Em neerland\u00eas, ''kralendijk'' significa \"recife de coral\" ou \"dique de coral\". O nome, em papiamento, da cidade, \u00e9 '''Playa''' (literalmente: \"praia\"). Em 2006, a popula\u00e7\u00e3o era de 3 061 habitantes.\n\nAo largo da costa de Kralendijk, fica a ilha desabitada de [[Pequena Bonaire]], um para\u00edso para o mergulho. A esta ilha, chega-se por t\u00e1xi aqu\u00e1tico ou atrav\u00e9s dos operadores locais de mergulho.\n\n== Hist\u00f3ria ==\nUm [[Fortaleza (arquitetura militar)|forte]]\u00a0foi constru\u00eddo em [[1639]] para defender principal porto de [[Bonaire]].\u00a0O forte foi extensivamente modificado durante o final do [[s\u00e9culo XVII]].\u00a0O assentamento Ingl\u00eas de \"Playa\" foi criada adjacente ao forte em [[1810]]. A cidade foi rebatizada de \"Kralendijk\" pelos governantes coloniais [[Pa\u00edses Baixos|holandesas]] em [[1840]].\n\nEm 10 de maio de [[1940]], 461 cidad\u00e3os [[Neerlandeses|holandeses]] e [[alem\u00e3es]] foram transportados para [[Bonaire]] e internado em um acampamento no sul do forte.\u00a0Ap\u00f3s a [[Segunda Guerra Mundial]], este campo foi convertido em um [[hotel]], que \u00e9 agora o Divi Bonaire.http://www.divibonaire.com/\n\n==Refer\u00eancias==\n\n[[Categoria:Kralendijk]]"}]},"3464490":{"pageid":3464490,"ns":0,"title":"Conc\u00edlio de Constantinopla (867)","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Ver desambig|outros conc\u00edlios na cidade de Constantinopla|Conc\u00edlio de Constantinopla}}\nO '''Conc\u00edlio de Constantinopla''' de 867 foi convocado pelo [[patriarca de Constantinopla]] [[F\u00f3cio]] para tratar de diversos assuntos relativos \u00e0s disputas com a Igreja ocidental, como a [[primazia papal]], as rela\u00e7\u00f5es do [[papa]] com [[Reino da Bulg\u00e1ria]] e o uso da [[cl\u00e1usula Filioque|cl\u00e1usula ''Filioque'']]{{citar livro| nome = A. |sobrenome = Fortescue| t\u00edtulo = The Orthodox Eastern Church| p\u00e1ginas = 147\u2013148| l\u00edngua = ingl\u00eas}}{{citar livro| autor = [[Andrew Louth]]| t\u00edtulo = Greek East and Latin West| p\u00e1gina = 171| l\u00edngua = ingl\u00eas}}{{citar livro| nome = S. | sobrenome = Tougher| t\u00edtulo = The Reign of Leo VI| p\u00e1gina = 69| l\u00edngua = ingl\u00eas}} {{citar livro| t\u00edtulo = The Filioque: History of a Doctrinal Controversy | p\u00e1gina = 103|nome = A. Edward | sobrenome = Siecienski| editora = Oxford University Press| local = USA| data = 12 de maio de 2010| id = ISBN 978-0-19-537204-5| url = http://books.google.com/books?id=auT8VbgOe48C&pg=PA103&lpg=PA103&dq=The+Filioque:+History+of+a+Doctrinal+Controversy++By+A.+Edward+Siecienski+Photius+filioque+867&source=bl&ots=oPcmBDltx2&sig=97rn9ViBhF4hvccgp4OmnOMnrzU&hl=en&ei=j6HQS4ifCIPa8QST1tgw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CAkQ6AEwAQ#v=onepage&q&f=false| acessodata = 23/12/2011| l\u00edngua = ingl\u00eas}}.\n\n== Contexto ==\nPelo menos tr\u00eas conc\u00edlios (867, [[Quarto Conc\u00edlio de Constantinopla (Cat\u00f3lico Romano)|869]], [[Quarto Conc\u00edlio de Constantinopla (Ortodoxo)|879]]) foram realizados em [[Constantinopla]] para discutir a deposi\u00e7\u00e3o do patriarca [[In\u00e1cio de Constantinopla|In\u00e1cio]] pelo [[imperador bizantino]] e a posse de F\u00f3cio em seu lugar. O papa, em desacordo, realizou um s\u00ednodo em [[Bas\u00edlica de S\u00e3o Jo\u00e3o de Latr\u00e3o|Latr\u00e3o]] em 863 que reverteu a decis\u00e3o da Igreja oriental e do imperador, o que foi visto no oriente como uma interven\u00e7\u00e3o inaceit\u00e1vel do papa de Roma. No conc\u00edlio, Nicolau tentou remover F\u00f3cio e reconduzir In\u00e1cio ao cargo por sua pr\u00f3pria autoridade. Assim, o papa estaria tamb\u00e9m intervindo em quest\u00f5es relativas \u00e0 autoridade imperial, al\u00e9m da autoridade das outras igrejas orientais, seus pr\u00f3prios conc\u00edlios e poderes, o que eles entendiam estar fora da jurisdi\u00e7\u00e3o romana.\n\nO [[papa Nicolau I]] estava intervindo na escolha de patriarcas em jurisdi\u00e7\u00f5es diferentes da sua (patriarcas que supostamente eram iguais a ele) e no processo de confirma\u00e7\u00e3o de suas escolhas. No per\u00edodo inicial do cristianismo - e na destes conc\u00edlios - n\u00e3o havia outros patriarcas no ocidente, exceto o o de Roma, enquanto que os outros quatro estavam no oriente (os patriarcas de [[patriarca de Antioquia|Antioquia]], [[patriarca de Jerusal\u00e9m|Jerusal\u00e9m]], [[patriarca de Alexandria|Alexandria]] e o de Constantinopla).\n\nO conc\u00edlio de 867 dep\u00f4s o papa, declarou um [[an\u00e1tema]] sobre ele e o [[excomunh\u00e3o|excomungou]]{{citar livro| subt\u00edtulo =F\u00f3cio| editor = Cross, F. L.| t\u00edtulo = The Oxford dictionary of the Christian church| local = Nova Iorque| editora = Oxford University Press| ano = 2005| l\u00edngua = ingl\u00eas}}. Al\u00e9m disso, as alega\u00e7\u00f5es romanas de primazia, seus contatos com a Bulg\u00e1ria e o uso da ''Filioque'' foram tamb\u00e9m condenados{{citar web| url = http://www.pravoslavie.ru/smi/684.htm| t\u00edtulo = The Union: a method of Pope-centrist ecumenism| publicado =Pravoslavie.ru| l\u00edngua = ingl\u00eas| acessodata = 23/12/2011}}{{citar web| url = http://www.pravoslavie.ru/sretmon/bari1.htm| t\u00edtulo =Moscow-Bari-Rome| publicado =Pravoslavie.ru| l\u00edngua = ingl\u00eas| acessodata = 23/12/2011}}\n\n== Eventos posteriores ==\n{{AP|Cisma de F\u00f3cio}}\nO conc\u00edlio de 867 foi seguido pelo [[Quarto Conc\u00edlio de Constantinopla (Cat\u00f3lico Romano)|Conc\u00edlio de Constantinopla de 869]], que dep\u00f4s F\u00f3cio e o excomungou, reinstalando In\u00e1cio. O [[Quarto Conc\u00edlio de Constantinopla (Ortodoxo)|Conc\u00edlio de Constantinopla de 879]] ent\u00e3o restaurou as conclus\u00f5es do Conc\u00edlio de 867 e reconduziu F\u00f3cio ao cargo. A [[Igreja Cat\u00f3lica]] rejeita os conc\u00edlios de 867 e 879, mas aceita o conc\u00edlio de 869, enquanto que a [[Igreja Ortodoxa]] rejeita o de 869, aceitando os outros dois. \n\n\n== Ver tamb\u00e9m ==\n* [[Conc\u00edlios nacionais, regionais ou plen\u00e1rios]]\n\n{{Refer\u00eancias|col=2}}\n\n[[Categoria:Conc\u00edlios de Constantinopla]]\n[[Categoria:Controv\u00e9rsia de F\u00f3cio]]\n[[Categoria:S\u00e9culo IX no Imp\u00e9rio Bizantino]]"}]},"4100460":{"pageid":4100460,"ns":0,"title":"\u017dab\u010dice","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Localidade da Rep\u00fablica Checa\n|nome = \u017dab\u010dice\n|nome_oficial = \n|imagem = Bo\u017e\u00ed muka \u017dab\u010dice.jpg\n|imagem_tamanho =\n|legenda =\n|bras\u00e3o = Zabcice-znak.png\n|bandeira = Flag of Zabcice.svg\n|imagem_mapa = \n|lema =\n|regi\u00e3o = [[Mor\u00e1via do Sul (regi\u00e3o)|Mor\u00e1via do Sul]]\n|distrito = [[Brno-Venkov (distrito)|Brno-Venkov]]\n|lat_deg =49|lat_min =0|lat_sec =43|latNS =N\n|lon_deg =16|lon_min =36|lon_sec =8|longEW =E\n|altitude = 182\n|\u00e1rea = 8.23\n|popula\u00e7\u00e3o = 1627\n|censo = 2011\n|densidade =\n|fuso_hor\u00e1rio = +1\n|placa = BO\n|c\u00f3digo_postal = 664 63\n|c\u00f3digo_estat\u00edstico = 584231\n|site = http://www.zabcice.cz/\n|prefeito = \n|gent\u00edlico =\n}}\n'''\u017dab\u010dice''' \u00e9 uma comuna checa localizada na regi\u00e3o de [[Mor\u00e1via do Sul (regi\u00e3o)|Mor\u00e1via do Sul]], distrito de [[Brno-Venkov (distrito)|Brno-Venkov]].{{citar web|url=http://www.czso.cz/csu/2010edicniplan.nsf/engt/F50030FC5E/$File/641011102601.xls|t\u00edtulo=Dados do instituto de estat\u00edsticas da Rep\u00fablica Checa|autor=|data=|publicado=|acessodata=|l\u00edngua=cs}}\n\n{{refer\u00eancias}}\n\n{{distrito de Brno-venkov}}\n{{esbo\u00e7o-geocs}}\n{{Portal3|Geografia|Rep\u00fablica Checa}}\n\n[[Categoria:Comunas de Brno-Venkov (distrito)]]"}]},"21407":{"pageid":21407,"ns":0,"title":"Almagreira","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{desambigua\u00e7\u00e3o|Almagreira}}\n\n* [[Almagreira (Pombal)]] \u2014 freguesia no concelho do Pombal, Distrito de Leiria, Portugal\n* [[Almagreira (Vila do Porto)]] \u2014 freguesia no concelho da Vila do Porto, Ilha de Santa Maria, Regi\u00e3o Aut\u00f3noma dos A\u00e7ores, Portugal\n* [[Almagreira (Lajes do Pico)]] \u2014 lugar das Lajes do Pico, Ilha do Pico, A\u00e7ores\n* [[Praia da Almagreira]], praia de Portugal\n\n[[Categoria:Desambigua\u00e7\u00f5es de top\u00f4nimos]]"}],"images":[{"ns":6,"title":"Ficheiro:Disambig.svg"}]},"5997744":{"pageid":5997744,"ns":0,"title":"Cannabis na Coreia do Norte","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"A situa\u00e7\u00e3o da '''Cannabis na [[Coreia do Norte]]''' n\u00e3o \u00e9 clara devido \u00e0 falta de fontes dispon\u00edveis para o mundo exterior, com alguns observadores afirmando que a cannabis \u00e9 efetivamente legal ou pelo menos tolerada no pa\u00eds{{Citar web |url=https://www.vice.com/fr/article/8gyxkx/coree-du-nord-weed |titulo=Les Nord-Cor\u00e9ens sont weed\u00e9s en permanence |data=2013-02-23 |acessodata=2019-05-13 |obra=Vice |ultimo=Young |primeiro=Ben |lingua=fr}} e outros argumentando que isto \u00e9 um mal entendido e que a droga \u00e9 ilegal.{{Citar web |url=https://www.theguardian.com/world/2014/may/13/mythbusters-uncovering-the-truth-about-north-korea-cannabis-metro |titulo=Mythbusters: uncovering the truth about North Korea |data=2014-05-13 |acessodata=2019-05-13 |obra=The Guardian |ultimo=Shearlaw |primeiro=Maeve |ultimo2=experts |primeiro2=North Korea |lingua=en-GB}}\n\nUm relat\u00f3rio de [[2010]] da ''Open Radio for North Korea'', uma [[organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental]] americana sediada em [[Seul]], citou uma fonte norte-coreana an\u00f4nima dizendo que o regime de [[Kim Jong-un]] n\u00e3o considera a maconha como uma droga.{{Citar web |url=https://www.huffingtonpost.com/2013/10/08/marijuana-in-north-korea_n_4067341.html |titulo=What North Korea Apparently Thinks Of Marijuana |data=2013-10-10 |acessodata=2019-05-13 |obra=HuffPost |lingua=en}} A organiza\u00e7\u00e3o afirmou que sua fonte informava que uma repress\u00e3o \u00e0 [[metanfetamina]] havia sido anunciada em Hamkyungbuk-do, uma prov\u00edncia coreana, mas que a repress\u00e3o estava focada somente em metanfetamina, com o [[\u00f3pio]] e a maconha n\u00e3o sendo considerados \"drogas\".{{Citar web |url=http://english.nkradio.org/news/286 |titulo=Drug Users Face Firing Squad |data=2010-09-27 |acessodata=2019-05-12 |publicado=Open Radio for North Korea |arquivourl=http://web.archive.org/web/20190216090241/http://english.nkradio.org/news/286/ |arquivodata=26 de fevereiro de 2019 |urlmorta=sim}} Especialistas que conversaram com o [[HuffPost]] tamb\u00e9m explicaram que n\u00e3o se sabe se a droga \u00e9 tecnicamente ilegal, mas, segundos os mesmos, na pr\u00e1tica o regime n\u00e3o parece discordar dela. Em 2013, citando fontes da [[NK News]] e do [[Reddit]], a [[Vice News]] informou que a maconha era amplamente usada e tolerada na Coreia do Norte, fumada como ''ipdambae'' (\uc78e\ub2f4\ubc30, \"folha de tabaco\") pelas classes mais baixas como uma alternativa barata aos cigarros e para relaxar depois um dia de trabalho.{{Citar web |url=https://www.vice.com/en_us/article/nn4ywx/north-korea-is-stoned-all-the-time-which-explains-a-lot |titulo=North Korea Smokes Weed Every Day, Explaining a Lot |data=2013-01-16 |acessodata=2019-05-13 |obra=Vice |ultimo=Bakes |primeiro=Ben Tool, Illustrations: Emily |lingua=en-US}}\n\nRelat\u00f3rios sobre o uso de maconha e a cultura da cannabis na Coreia do Norte podem ser amplamente exagerados.{{Citar web |url=https://koryogroup.com/blog/faq-is-marijuana-legal-in-north-korea |titulo=FAQ - Is marijuana legal in North Korea? - Koryo Tours |acessodata=2019-05-13 |obra=koryogroup.com |lingua=en}} Muitos dizem que a cannabis cresce descontroladamente na Coreia do Norte, e as pessoas podem compr\u00e1-la em grandes mercados de estilo bazar e fumar onde quiserem.{{Citar web |url=https://www.businessinsider.com/is-marijuana-legal-in-north-korea-2017-5 |titulo=North Korea has been branded as a 'weed-smoker's paradise' \u2014 but the truth is more complicated |acessodata=2019-05-13 |obra=Business Insider |ultimo=Robinson |primeiro=Melia}} Por\u00e9m, uma investiga\u00e7\u00e3o da [[Associated Press]] desacreditou a na\u00e7\u00e3o totalit\u00e1ria ser amiga do maconha - apesar dos in\u00fameros relatos ao longo dos anos dizendo que a Coreia do Norte \u00e9 exatamente isso. \n\n==O c\u00e2nhamo==\n[[File:La Roche Jagu chanvre 1.JPG|thumb|direita|Um campo de c\u00e2nhamo em [[C\u00f4tes-d'Armor]], [[Bretanha]], [[Fran\u00e7a]] (o maior produtor de c\u00e2nhamo da Europa)]]\n\nParte da confus\u00e3o em torno do status legal da cannabis pode vir de mal-entendidos sobre o que a planta \u00e9. A Coreia do Norte possui a maior \u00e1rea de [[c\u00e2nhamo]] do mundo, com 19.000 hectares de planta\u00e7\u00f5es, em compara\u00e7\u00e3o com a [[China]], o maior produtor mundial h\u00e1 anos, que aparentemente cobre apenas 16.500 hectares.{{Citar web |url=https://sensiseeds.com/fr/blog/le-cannabis-en-coree-du-nord/ |titulo=Le cannabis en Cor\u00e9e du Nord |data=2015-09-21 |acessodata=2019-05-13 |obra=Sensi Seeds Blog |lingua=fr-FR}} A planta pode ocasionalmente ser vista em campos de revestimento como em outras partes da \u00c1sia. Por isso, \u00e9 poss\u00edvel que as pessoas que viram ou usaram o c\u00e2nhamo na Coreia do Norte o confundiram com a cannabis. Ao contr\u00e1rio da cannabis, o c\u00e2nhamo n\u00e3o eleva os usu\u00e1rios se eles o fumam, porque a planta cont\u00e9m apenas vest\u00edgios do composto qu\u00edmico conhecido como [[THC]]. O c\u00e2nhamo e a maconha s\u00e3o plantas da mesma esp\u00e9cie, a [[cannabis sativa]]. No entanto, ambas s\u00e3o geneticamente distintas e geralmente utilizadas para finalidades diferentes.{{Citar web |url=https://hempmedsbr.com/qual-a-diferenca-entre-o-canhamo-e-a-maconha/ |titulo=Voc\u00ea sabe qual \u00e9 a diferen\u00e7a entre o C\u00e2nhamo e a Maconha? |data=2017-02-28 |acessodata=2019-05-13 |obra=HempMeds\u00ae Brasil |lingua=pt-BR}}\n\nO c\u00e2nhamo \u00e9 cultivado legalmente com san\u00e7\u00e3o do Estado, de acordo com a [[Associated Press|AP]]. O c\u00e2nhamo pode ser usado para fins industriais e para fabricar bens de consumo, desde \u00f3leo de cozinha a toalhas, bem como uniformes e cintos militares. Algumas variedades s\u00e3o usadas na [[fitoterapia]] nas \u00e1reas rurais. O c\u00e2nhamo \u00e9 um fixador de nitrog\u00eanio e pode contribuir para a melhoria da qualidade do solo. O uso de c\u00e2nhamo na medicina tradicional pode ser tolerado em n\u00edvel local, mas, na pr\u00e1tica, a pol\u00edtica nacional \u00e9 extremamente r\u00edgida em rela\u00e7\u00e3o ao uso de drogas recreativas de qualquer tipo.\n\nMatthew Reichel, que j\u00e1 viajou para a Coreia do Norte mais de 30 vezes desde 2009 como diretor do \"Projeto Pyongyang\", sugere que \u00e9 poss\u00edvel que alguns agricultores tenham conseguido cultivar seus pr\u00f3prios dep\u00f3sitos privados de maconha, mas a droga certamente n\u00e3o seria fumada em p\u00fablico. Os infratores da legisla\u00e7\u00e3o antidrogas na Coreia do Norte podem ser sentenciados \u00e0 morte, mas Reichel diz que a posse de maconha n\u00e3o levaria a uma execu\u00e7\u00e3o ou banimento para um dos [[Direitos_humanos_na_Coreia_do_Norte#Campos_de_concentra\u00e7\u00e3o|campos de concentra\u00e7\u00e3o]] do pa\u00eds, que s\u00e3o principalmente reservados para presos pol\u00edticos.\n\nTorkel Stiernlof, um diplomata sueco que vive na Coreia do Norte, disse \u00e0 [[Associated Press|AP]] que a maconha \u00e9 uma subst\u00e2ncia controlada na mesma categoria que a [[coca\u00edna]] e a [[hero\u00edna]]. \"N\u00e3o deve haver d\u00favida de que as drogas, incluindo a maconha, s\u00e3o ilegais aqui\", disse Sternlof. \"N\u00e3o se pode comprar legalmente e seria uma ofensa criminal\". Troy Collings, diretor-gerente de uma ag\u00eancia de viagens que leva turistas estrangeiros \u00e0 Coreia do Norte, disse \u00e0 AP que comprou o c\u00e2nhamo antes como \"substituto barato para o [[tabaco]]\". \"Cresce [[Vida selvagem|selvagem]] nas regi\u00f5es montanhosas do Norte e as pessoas o pegam, secam e vendem nos mercados\", disse Collings, \"mas n\u00e3o te deixa chapado, n\u00e3o importa o quanto voc\u00ea fume\".\n\nEm 3 de maio, a [[UPI]] escreveu que as autoridades da Coreia do Norte, na verdade, encorajam o cultivo do c\u00e2nhamo porque ele pode ser usado como combust\u00edvel para abastecer os drones e ve\u00edculos militares do Estado. (Esse relat\u00f3rio n\u00e3o foi confirmado por nenhuma outra ag\u00eancia de not\u00edcias).\n\nO transporte, promo\u00e7\u00e3o e/ou uso de maconha ou produtos derivados de maconha por estrangeiros na Coreia do Norte \u00e9 ilegal e provavelmente resultar\u00e1 em pris\u00e3o e processo criminal.\n\n==Ver tamb\u00e9m==\n*[[Legaliza\u00e7\u00e3o da cannabis]]\n*[[Legisla\u00e7\u00e3o sobre cannabis no mundo]]\n*[[Cultura da Coreia do Norte]]\n\n{{refer\u00eancias}}\n{{Cannabis por pa\u00eds}}\n\n[[Categoria:Cannabis por pa\u00eds]]"}]},"23848":{"pageid":23848,"ns":0,"title":"Liberdade","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Mais notas|data=janeiro de 2022}}\n{{ver desambig}}\n{{Links amb\u00edguos}}\n[[Imagem:Eug\u00e8ne Delacroix - La libert\u00e9 guidant le peuple.jpg|thumb|350px|''A Liberdade Guiando o Povo'', de [[Delacroix]] (1830): uma personifica\u00e7\u00e3o da liberdade.]]\n'''Liberdade''' ([[Latim]]: ''Libertas'') \u00e9, de maneira geral, a condi\u00e7\u00e3o daquele que \u00e9 livre. \u00c9 um conceito que assume grande variedade de sentidos entre os diversos autores que se ocuparam do tema, sendo dif\u00edcil atribuir um significado consensual, mesmo em seus elementos fundamentais. Entre os sentidos poss\u00edveis, podemos apontar a capacidade de agir de si mesmo, sentindo ele mesmo que se desdobra em diferentes dire\u00e7\u00f5es como, por exemplo, em [[autodetermina\u00e7\u00e3o]], [[independ\u00eancia]] ou [[autonomia]].{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/847534652|t\u00edtulo=Dicion\u00e1rio b\u00e1sico de filosofia|ultimo=Japiass\u00fa, Hilton.|data=2008|editora=Jorge Zahar Editor|oclc=847534652}} Pode tamb\u00e9m ser compreendida sob uma perspectiva que denota a aus\u00eancia de submiss\u00e3o e de [[servid\u00e3o]], pr\u00f3pria da [[liberdade pol\u00edtica]], mas tamb\u00e9m pode se relacionar com a quest\u00e3o filos\u00f3fica do [[Livre-arb\u00edtrio|livre arb\u00edtrio]]. Na pol\u00edtica moderna, a liberdade \u00e9 entendida como o estado de estar livre dentro da sociedade do controle ou das restri\u00e7\u00f5es opressivas impostas pela autoridade sobre seu modo de vida, comportamento ou vis\u00f5es pol\u00edticas.{{Citar web|url=https://www.dictionary.com/browse/liberty|titulo=Definition of liberty {{!}} Dictionary.com|acessodata=2022-10-17|website=www.dictionary.com|lingua=en}}{{Citar web|url=https://www.oed.com/view/Entry/107898?rskey=Fm0VI1&result=1#eid|titulo=liberty|website=Oxford English Dictionary}} Geralmente, mas nem sempre, se op\u00f5e \u00e0 concep\u00e7\u00e3o de mundo [[Determinismo|determinista]], o pensamento de Hobbes, por exemplo, \u00e9 uma importante exce\u00e7\u00e3o a essa oposi\u00e7\u00e3o. Com o fim da [[Guerra santa]] no per\u00edodo medieval, surge o conceito contempor\u00e2neo de liberdade.[https://www.independent.co.uk/voices/commentators/fisk/robert-fisk-the-us-forces-like-the-crusaders-before-them-are-prisoners-in-their-own-fortresses-530764.html Robert Fisk: The US forces, like the Crusaders before them, are prisoners in their own fortresses]{{verificar fontes}}\n\nA palavra \"liberdade\" \u00e9 frequentemente usada em slogans, como \"[[Libert\u00e9, \u00e9galit\u00e9, fraternit\u00e9|Liberdade, Igualdade, Fraternidade]]\".{{Citar web|url=https://franceintheus.org/spip.php?article620|titulo=Liberty, Equality, Fraternity \u2013 France in the United States / Embassy of France in Washington, DC}}\n\n== Filosofia e metaf\u00edsica ==\nFil\u00f3sofos desde os primeiros tempos t\u00eam considerado a quest\u00e3o da liberdade. O imperador romano [[Marco Aur\u00e9lio]] (121\u2013180 d.C.) escreveu:\n\n{{Quote|a id\u00e9ia de um governo no qual existe a mesma lei para todos, um governo administrado em rela\u00e7\u00e3o a direitos iguais e igual liberdade de express\u00e3o, e a id\u00e9ia de um governo r\u00e9gio que respeite principalmente a liberdade dos governados|autor=[[Marco Aur\u00e9lio]]{{citar livro|url=https://www.google.com.br/books/edition/Medita%C3%A7%C3%B5es/vIlbEAAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=marco+aurelio+medita%C3%A7%C3%B5es+Montecristo&printsec=frontcover|t\u00edtulo=Medita\u00e7\u00f5es|ultimo=Aur\u00e9lio|primeiro=Marco|editora=Montecristo|ano=2019}}|t\u00edtulo=Medita\u00e7\u00f5es}}\n\n[[John Stuart Mill]] (1806-1873), em sua obra ''[[A Liberdade|On Liberty]]'', foi o primeiro a reconhecer a diferen\u00e7a entre liberdade como liberdade de agir e liberdade como aus\u00eancia de coer\u00e7\u00e3o.{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48084164|t\u00edtulo=On liberty|ultimo=Mill|primeiro=John Stuart|data=2002|editora=Dover Publications|local=Mineola, NY|oclc=48084164}}{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=4gxaa371USUC&pg=PA134|t\u00edtulo=Freedom|data=2007|editora=Wicker Mountain Media|p\u00e1gina=134|lingua=en}}{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/1149191308|t\u00edtulo=Freedom : keys to freedom from twenty-one national leaders|data=2008|editora=Main Street Publications|outros=Benjamin L. Hooks|local=Memphis, TN|p\u00e1ginas=3-38|isbn=978-0-9801152-0-8|oclc=1149191308}}\n\nEm seu livro ''[[Dois conceitos de liberdade|Dois Conceitos de Liberdade]]'', [[Isaiah Berlin]] formalmente enquadrou as diferen\u00e7as entre duas perspectivas como a distin\u00e7\u00e3o entre dois conceitos opostos de liberdade: [[liberdade positiva]] e [[liberdade negativa]]. Este \u00faltimo designa uma condi\u00e7\u00e3o negativa em que um indiv\u00edduo \u00e9 protegido da [[tirano|tirania]] e do exerc\u00edcio [[Arbitrismo|arbitr\u00e1rio]] da [[autoridade]], enquanto o primeiro refere-se \u00e0 liberdade que vem do autodom\u00ednio, a liberdade dos estados interiores como fraqueza e medo.{{Citar peri\u00f3dico |url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-9973.2009.01581.x |titulo=MOTIVES FOR PHILOSOPHIZING DEBUNKING AND WITTGENSTEIN'S PHILOSOPHICAL INVESTIGATIONS |data=abril de 2009 |acessodata=2022-10-16 |jornal=Metaphilosophy |n\u00famero=2 |ultimo=Jolley |primeiro=Kelly Dean |paginas=260\u2013272 |lingua=en |doi=10.1111/j.1467-9973.2009.01581.x}}\n\n== Liberdade Pol\u00edtica na Historia ==\nO conceito moderno de liberdade pol\u00edtica tem suas origens nos conceitos gregos de liberdade e escravid\u00e3o.Rodriguez, Junius P. (2007) ''The Historical Encyclopedia of World Slavery: A\u2013K''; Vol. II, L\u2013Z Ser livre, para os gregos, n\u00e3o era ter um mestre, e sim ser independente de um mestre (viver como melhor gostaria).Mogens Herman Hansen, 2010, Democratic Freedom and the Concept of Freedom in Plato and Aristotle{{Citar livro|t\u00edtulo=Farewell to Freedom: A Western Genealogy of Liberty|ultimo=Baldissone|primeiro=Riccardo|ano=2018|doi=10.16997/book15|isbn=978-1911534600}} Esse era o conceito grego original de liberdade. Est\u00e1 intimamente ligado ao conceito de democracia, [[Pol\u00edtica (Arist\u00f3teles)|como disse Arist\u00f3teles]]:\n{{Quote|texto=\"Isso, ent\u00e3o, \u00e9 uma nota de liberdade que todos os democratas afirmam ser o princ\u00edpio de sua na\u00e7\u00e3o. Outro \u00e9 que um homem deve viver como ele gosta. Dizem eles, isso \u00e9 o privil\u00e9gio de um livre, uma vez que, por outro lado, n\u00e3o viver como um homem gosta \u00e9 a marca de um escravo. Essa \u00e9 a segunda caracter\u00edstica da democracia, da qual surgiu a reivindica\u00e7\u00e3o dos homens de serem governados por ningu\u00e9m, se poss\u00edvel, ou, se isso for imposs\u00edvel, de governarem e serem governados por turnos; e assim contribui para a liberdade baseada na igualdade \".Aristotle, Politics 6.2|autor=[[Arist\u00f3teles]]}}\nIsso se aplicava apenas a homens livres. Em Atenas, por exemplo, as mulheres n\u00e3o podiam votar ou ocupar cargos e eram legal e socialmente dependentes de um parente do sexo masculino.{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8o6xxlwbldcC&q=ancient+Greece+++rights+women&pg=PA129|t\u00edtulo=Ancient Greek Religion|ultimo=Mikalson|primeiro=Jon|editora=Wiley-Blackwell|ano=2009|isbn=978-1-4051-8177-8|edi\u00e7\u00e3o=2nd}}\n\nAs popula\u00e7\u00f5es do [[Imp\u00e9rio Aquem\u00eanida|Imp\u00e9rio Persa]] gozavam de algum grau de liberdade. Cidad\u00e3os de todas as [[Religi\u00e3o|religi\u00f5es]] e [[Grupo \u00e9tnico|grupos \u00e9tnicos]] receberam os mesmos direitos e tiveram a mesma [[liberdade religiosa]], as mulheres tiveram os mesmos direitos que os homens e a [[Escravatura|escravid\u00e3o]] foi abolida (550 a.C.). Todos os pal\u00e1cios dos reis da P\u00e9rsia foram constru\u00eddos por trabalhadores pagos em uma \u00e9poca em que os escravos normalmente faziam esse trabalho.Arthur Henry Robertson, John Graham Merrills (1996). ''Human Rights in the World: An Introduction to the Study of the International Protection of Human Rights''. [[Manchester University Press]]. {{ISBN|0-7190-4923-7}}.\n\n== Ideologias ==\n\n=== Liberalismo ===\nPara o liberalismo, a liberdade \u00e9 a liberdade de indiv\u00edduos para escolherem o que fazer com suas vidas, desde que respeitem o direito dos outros de fazer o mesmo. Os liberais defendem e apoiam ideias como os [[Liberdades individuais|direitos individuais]] (incluindo [[direitos civis]] e [[direitos humanos]]), [[Mercado livre|livre mercado]], [[democracia]], [[secularismo]], [[Igualdade de g\u00e9nero|igualdade de g\u00eanero]], igualdade racial, [[internacionalismo]], [[liberdade de express\u00e3o]], [[liberdade de imprensa]] e [[liberdade religiosa]].\"O liberalismo situa-se no plano pol\u00edtico-religioso. Defende a absoluta liberdade individual, tanto de pensamento como de a\u00e7\u00e3o, na vida privada e p\u00fablica.\", Dom Dadeus Grings. ''[http://books.google.com/books?id=8At-qlHw3KYC&pg=PA257 Dial\u00e9tica da pol\u00edtica: hist\u00f3ria dial\u00e9tica do cristianismo]''. EDIPUCRS; GGKEY:3PUD50DKR6P. p. 257.\"(...) o liberalismo incorporou ideias como o [[livre com\u00e9rcio]], a [[democracia]] e a [[autodetermina\u00e7\u00e3o]] nacional.\", William Outhwaite. ''[http://books.google.com/books?id=qy1J3WBHfpsC&pg=PA421 Dicion\u00e1rio do pensamento social do s\u00e9culo XX]''. Jorge Zahar Editor; 1996. ISBN 978-85-7110-345-0. p. 421.{{Citar livro|url=http://books.google.com/books?id=htuTnexZAo8C&pg=PA1&dq=liberalism+freedom+of+religion&hl=en&ei=D45ETYOyMcGp8Aan3b23DQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CEQQ6AEwAw#v=onepage&q=liberalism%20freedom%20of%20religion&f=false|t\u00edtulo=Freedom from Want: American Liberalism and the Idea of the Consumer (New Studies in American Intellectual and Cultural History)|ultimo=Kathleen G. Donohue|editora=Johns Hopkins University Press|citacao=Three of them - freedom from fear, freedom of speech, and freedom of religion - have long been fundamental to liberalism.|acessodata=2007-12-31}}{{Citar livro|url=http://books.google.com/books?id=KBzHAAAAIAAJ&q=liberalism+freedom+of+religion&dq=liberalism+freedom+of+religion&hl=en&ei=MzZHTeH4M8H88AbH5_j0AQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6&ved=0CD8Q6AEwBTgo|t\u00edtulo=The Economist, Volume 341, Issues 7995-7997|editora=[[The Economist]]|citacao=For all three share a belief in the liberal society as defined above: a society that provides constitutional government (rule by laws, not by men) and freedom of religion, thought, expression and economic interaction; a society in which ...|acessodata=2007-12-31}}Corentin de Salle. ''[http://books.google.com/books?id=ZF54tQhazGgC&pg=PA18 A Tradi\u00e7\u00e3o da Liberdade - Grandes Obras do Pensamento Liberal]''. Movimento Liberal Social; ISBN 978-989-97083-1-0. p. 18. O fil\u00f3sofo [[John Locke]], muitas vezes creditado como o fundador do liberalismo argumentou que cada homem tem um [[direito natural]] \u00e0 vida, \u00e0 liberdade e \u00e0 propriedade.\"All mankind ... being all equal and independent, no one ought to harm another in his life, health, liberty, or possessions\", John Locke, ''Second Treatise of Government''\n\n=== Libertarianismo ===\nDe acordo com a ''Encyclop\u00e6dia Britannica'', [[Libertarismo|os libert\u00e1rios]] mant\u00eam a liberdade como seu principal valor pol\u00edtico,{{Citar enciclop\u00e9dia|url=https://www.britannica.com/EBchecked/topic/339321/libertarianism|titulo=Libertarianism|acessodata=2014-05-20|enciclop\u00e9dia=Encyclop\u00e6dia Britannica}} apoiando as [[liberdades civis]], especialmente [[Direito natural|o direito natural]], [[Direito negativo|os direitos negativos]] e uma redefini\u00e7\u00e3o do moderno [[Estado de bem-estar social|estado de bem-estar]]. O pensamento pol\u00edtico da [[Libertarianismo de direita|direita libert\u00e1ria]] caracteriza-se pela prioridade normativa \u00e0 [[liberdade]], com a necessidade de maximizar o \u00e2mbito da liberdade individual e minimizar o prop\u00f3sito da autoridade p\u00fablica{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/54775661|t\u00edtulo=Political theory : an introduction|ultimo=Heywood|primeiro=Andrew|data=2004|editora=Palgrave Macmillan|edicao=3.\u00aa|local=New York|oclc=54775661}} de acordo com os direitos de propriedade privada.{{Citar peri\u00f3dico |url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8497.1983.tb00212.x |titulo=Human Rights and Libertarians* |data=2008-04-07 |acessodata=2022-10-16 |jornal=Australian Journal of Politics & History |n\u00famero=3 |ultimo=Francis |primeiro=Mark |paginas=462\u2013472 |lingua=en |doi=10.1111/j.1467-8497.1983.tb00212.x}}\n\nO libertarianismo \u00e9 guiado pelo princ\u00edpio comumente conhecido como [[Princ\u00edpio da n\u00e3o-agress\u00e3o|Princ\u00edpio da N\u00e3o Agress\u00e3o]] (PNA). O Princ\u00edpio de N\u00e3o Agress\u00e3o afirma que a agress\u00e3o contra um indiv\u00edduo ou a propriedade de um indiv\u00edduo \u00e9 sempre uma viola\u00e7\u00e3o imoral da vida, liberdade e direitos de propriedade de uma pessoa.{{Citar web|url=https://reason.com/2015/03/29/how-many-rights/|titulo=For Libertarians, There Is Only One Fundamental Right|data=29 de mar\u00e7o de 2015}}\n\n=== Anarquismo ===\nEmbora muitos anarquistas vejam a liberdade de forma ligeiramente diferente, todos se op\u00f5em \u00e0 autoridade, incluindo a autoridade do estado, do capitalismo e do nacionalismo.{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/707965867|t\u00edtulo=The Routledge companion to social and political philosophy|data=2013|editora=Routledge|outros=Gerald F. Gaus, Fred D'Agostino|local=New York|oclc=707965867}} Para o revolucion\u00e1rio anarquista russo [[Mikhail Bakunin]], a liberdade n\u00e3o significava um ideal abstrato, mas uma realidade concreta baseada na liberdade igual dos outros. Em um sentido [[Liberdade positiva|positivo]], a liberdade consiste no \u201cdesenvolvimento mais completo de todas as faculdades e poderes de cada ser humano, pela educa\u00e7\u00e3o, pelo treinamento cient\u00edfico e pela prosperidade material\u201d. Tal concep\u00e7\u00e3o de liberdade \u00e9 \"eminentemente social, porque s\u00f3 pode ser realizada na sociedade\", n\u00e3o isoladamente. Em um sentido [[Liberdade negativa|negativo]], a liberdade \u00e9 \"a revolta do indiv\u00edduo contra toda autoridade divina, coletiva e individual\".{{Citar web|url=https://www.marxists.org/reference/archive/bakunin/works/1871/man-society.htm|titulo=Works of Mikhail Bakunin 1871|acessodata=2019-10-16|website=www.marxists.org}}\n\n=== Socialismo ===\nA concep\u00e7\u00e3o socialista de liberdade est\u00e1 intimamente relacionada com a vis\u00e3o socialista de criatividade e individualidade. Influenciados pelo conceito de trabalho alienado de [[Karl Marx]], os socialistas entendem a liberdade como a capacidade de um indiv\u00edduo se envolver em trabalho criativo na aus\u00eancia de aliena\u00e7\u00e3o, onde \"trabalho alienado\" refere-se ao trabalho que as pessoas s\u00e3o for\u00e7adas a realizar e o trabalho n\u00e3o alienado refere-se a indiv\u00edduos que perseguem seus pr\u00f3prios interesses criativos.{{Citar livro|t\u00edtulo=Using Political Ideas|ultimo=Goodwin|primeiro=Barbara|data=2007|editora=Wiley|p\u00e1ginas=107\u2013109|isbn=978-0-470-02552-9}}\n\n== Fil\u00f3sofos ==\n\n=== Espinoza ===\nPara [[Baruch Espinoza]] (1632-1677), a liberdade possui um elemento de identifica\u00e7\u00e3o com a natureza do \"ser\". Nesse sentido, ser livre significa agir de acordo com sua natureza.\n\n\u00c9 mediante a liberdade que o Homem se exprime como tal e em sua totalidade. Esta tamb\u00e9m \u00e9 a sua pr\u00f3pria realiza\u00e7\u00e3o, enquanto meta dos seus esfor\u00e7os.\n\nTendemos a associar a frui\u00e7\u00e3o da liberdade a uma determina\u00e7\u00e3o constante e inescap\u00e1vel. Contudo, os ditames de nossa vida est\u00e3o sendo realizados a cada passo que damos. Assim, a delibera\u00e7\u00e3o est\u00e1 tamb\u00e9m a cargo da vontade humana (na qual se inserem as leis f\u00edsicas e qu\u00edmicas, biol\u00f3gicas e psicol\u00f3gicas).\n\nDiretamente associada \u00e0 ideia de liberdade est\u00e1 a no\u00e7\u00e3o de [[responsabilidade]], vez que o ato de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos atos e saber responder por eles.\n\n=== Leibniz ===\nPara [[Gottfried Wilhelm Leibniz]] (1646-1716), o agir humano \u00e9 livre a despeito do princ\u00edpio de [[causalidade]] que rege os objetos do mundo material.\n\n{{quote2|A a\u00e7\u00e3o humana \u00e9 contingente, espont\u00e2nea e refletida. Ou seja, ela \u00e9 tal que poderia ser de outra forma (nunca \u00e9 necess\u00e1ria) e, por isso, contingente. \u00c9 espont\u00e2nea porque sempre parte do sujeito agente que, mesmo determinado, \u00e9 respons\u00e1vel por causar ou n\u00e3o uma nova s\u00e9rie de eventos dentro da teia causal. \u00c9 refletida porque o homem pode conhecer os motivos pelos quais age no mundo e, uma vez conhecendo-os, lidar com eles de maneira livre.|}}\n\n=== Pecotche ===\nPara [[Carlos Bernardo Gonz\u00e1lez Pecotche]] (1901-1963), a liberdade \u00e9 prerrogativa natural do ser humano, j\u00e1 que nasce livre, embora n\u00e3o se d\u00ea conta at\u00e9 o momento em que sua consci\u00eancia o faz experimentar a necessidade de exerc\u00ea-la como \u00fanico meio de realizar suas fun\u00e7\u00f5es primordiais da vida e o objetivo que cada um deve atingir como ser racional e espiritual. Como princ\u00edpio, assinala ao homem e lhe substancia sua posi\u00e7\u00e3o dentro do mundo.\n\n\u00c9 preciso vincul\u00e1-la muito estreitamente ao dever e \u00e0 responsabilidade individual, pois estes dois termos, de grande conte\u00fado moral, constituem a alavanca que move os atos humanos, preservando-os do excesso, sempre prejudicial \u00e0 independ\u00eancia e \u00e0 liberdade de quem nele incorre.\n\nA liberdade \u00e9 como o espa\u00e7o, e que depende do ser humano que ela seja, tamb\u00e9m como ele, mais ampla ou mais estreita, vinculada ao controle dos pr\u00f3prios pensamentos e das atitudes. O conhecimento \u00e9 o grande agente equilibrador das a\u00e7\u00f5es humanas e, em consequ\u00eancia, ao ampliar os dom\u00ednios da consci\u00eancia, \u00e9 o que faz o ser mais livre.\n\n=== Philip PettitA exposi\u00e7\u00e3o dos argumentos de Philip Petit foi baseada na seguinte obra: Pettit, Philip. \"Teoria da Liberdade\"; tradu\u00e7\u00e3o de Renato S\u00e9rgio Pubo Maciel; coordena\u00e7\u00e3o e supervis\u00e3o Luiz Moreira \u2013 Belo Horizonte: Del Rey, 2007. 272 p\u00e1ginas.===\nA relev\u00e2ncia de Philip Pettit reside em sua constru\u00e7\u00e3o de uma teoria da liberdade que traz consigo implica\u00e7\u00f5es pr\u00e1ticas para a consecu\u00e7\u00e3o das finalidades de uma [[democracia]].\n\nPara iniciar sua empreitada filos\u00f3fica, Pettit resgata dois pontos importantes do debate filos\u00f3fico acerca da liberdade:\n\n(i) o tratamento [[Simbiose|simbi\u00f3tico]] imprimido \u00e0 liberdade da vontade e \u00e0 liberdade pol\u00edtica; e\n\n(ii) a tradi\u00e7\u00e3o [[rep\u00fablica|republicana]] de conceptualiza\u00e7\u00e3o da liberdade como n\u00e3o domina\u00e7\u00e3o, posteriormente substitu\u00edda pela percep\u00e7\u00e3o liberal desta enquanto n\u00e3o interfer\u00eancia.\n\nPhilip inicia sua abordagem pela \u00f3tica da liberdade da vontade. Para tanto, resgata as ideias desenvolvidas por [[Immanuel Kant]] quando posto diante da seguinte indaga\u00e7\u00e3o: existe liberdade da vontade?\n\n=== Schopenhauer ===\nPara [[Arthur Schopenhauer]] (1788-1860), a a\u00e7\u00e3o humana n\u00e3o \u00e9 absolutamente livre. Todo o agir humano, bem como todos os fen\u00f3menos da natureza, at\u00e9 mesmo suas leis, s\u00e3o n\u00edveis de objetiva\u00e7\u00e3o da coisa-em-si kantiana que o fil\u00f3sofo identifica como sendo puramente [[vontade]].\n\nPara Schopenhauer, o homem \u00e9 capaz de acessar sua realidade por um duplo registro: o primeiro, o do [[fen\u00f4meno]], onde todo o existente reduz-se, nesse n\u00edvel, a mera [[representa\u00e7\u00e3o]].\n\nNo n\u00edvel essencial, que n\u00e3o se deixa apreender pela intui\u00e7\u00e3o intelectual, pela experi\u00eancia dos sentidos, o mundo \u00e9 apreendido imediatamente como vontade, [[Vontade de Vida]]. Nesse caso, a no\u00e7\u00e3o de vontade assume um aspecto amplo e aberto, transformando-se no princ\u00edpio motor dos eventos que se sucedem na dimens\u00e3o fenom\u00eanica segundo a lei da causalidade.\n\nO homem, objeto entre objetos, coisa entre coisas, n\u00e3o possui liberdade de a\u00e7\u00e3o porque n\u00e3o \u00e9 livre para deliberar sobre sua vontade. O homem n\u00e3o escolhe o que deseja, o que quer. Logo, n\u00e3o \u00e9 livre: \u00e9 absolutamente determinado a agir segundo sua vontade particular, objetiva\u00e7\u00e3o da vontade metaf\u00edsica por tr\u00e1s de todos os eventos naturais. O que parece delibera\u00e7\u00e3o \u00e9 uma ilus\u00e3o ocasionada pela mera consci\u00eancia sobre os pr\u00f3prios desejos. \u00c9 poder viver sem ningu\u00e9m mandar.\n\n=== Sartre ===\nPara [[Jean-Paul Sartre]] (1905-1980), a liberdade \u00e9 a condi\u00e7\u00e3o [[Ontologia|ontol\u00f3gica]] do ser humano. O homem \u00e9, antes de tudo, livre.\n\nO homem \u00e9 livre mesmo de uma ess\u00eancia particular, como n\u00e3o o s\u00e3o os objetos do mundo, as coisas. Livre a um ponto tal que pode ser considerado a brecha por onde o [[Nada]] encontra seu espa\u00e7o na [[ontologia]]. O homem \u00e9 nada antes de definir-se como algo, e \u00e9 absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo.\n\nO tema da liberdade \u00e9 o n\u00facleo central do pensamento do fil\u00f3sofo franc\u00eas e resume toda a sua doutrina.\n\nSua tese \u00e9 que a liberdade \u00e9 absoluta ou n\u00e3o existe. Sartre recusa todo [[determinismo]] e mesmo qualquer forma de [[condicionamento]]. Assim, ele recusa [[Deus]] e inverte a tese de [[Lutero]]: para este, a liberdade n\u00e3o existe justamente porque Deus tudo sabe e tudo prev\u00ea, mas, para Sartre, como Deus n\u00e3o existe, a liberdade \u00e9 absoluta. E recusa tamb\u00e9m o determinismo [[Materialismo|materialista]]: se tudo se reduzisse \u00e0 [[mat\u00e9ria]], n\u00e3o haveria [[consci\u00eancia]] e n\u00e3o haveria liberdade. Qual \u00e9 ent\u00e3o o fundamento da liberdade? \u00c9 o nada, o indeterminismo absoluto. Agora entende-se melhor a m\u00e1-f\u00e9: a tend\u00eancia a ser termina sendo a nega\u00e7\u00e3o da liberdade. Se o fundamento da consci\u00eancia \u00e9 o nada, nenhum ser consegue ser princ\u00edpio de explica\u00e7\u00e3o do comportamento humano. N\u00e3o h\u00e1 nenhum tipo de ess\u00eancia (divina, biol\u00f3gica, psicol\u00f3gica ou social) que anteceda e possa justificar o ato livre. \u00c9 o pr\u00f3prio ato que tudo justifica. Por exemplo: de certo modo, eu escolho inclusive o meu nascimento. Por qu\u00ea? Se eu me explicasse a partir de meu nascimento, de uma certa constitui\u00e7\u00e3o psicossom\u00e1tica, eu seria apenas uma sucess\u00e3o de objetos. O homem, por\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 objeto. Ele \u00e9 sujeito. Isso significa que, aqui e agora, a cada instante, \u00e9 a minha consci\u00eancia que est\u00e1 \"escolhendo\" para mim aquilo que meu nascimento foi. O modo como sou meu nascimento \u00e9 eternamente mediado pela consci\u00eancia, ou seja, pelo nada. A falsifica\u00e7\u00e3o da liberdade, ou a m\u00e1-f\u00e9, reside precisamente na inven\u00e7\u00e3o dos determinismos de toda esp\u00e9cie, que p\u00f5em o ser no lugar do nada.\n\nA liberdade humana revela-se na [[ang\u00fastia]]. O homem angustia-se diante de sua condena\u00e7\u00e3o \u00e0 liberdade. O homem s\u00f3 n\u00e3o \u00e9 livre para n\u00e3o ser livre: est\u00e1 condenado a fazer escolhas, e a responsabilidade de suas escolhas \u00e9 t\u00e3o opressiva que surgem escapat\u00f3rias atrav\u00e9s das atitudes e [[paradigma]]s de m\u00e1-f\u00e9, em que o homem aliena-se de sua pr\u00f3pria liberdade, mentindo para si mesmo atrav\u00e9s de condutas e [[ideologia]]s que o isentem da responsabilidade sobre as pr\u00f3prias decis\u00f5es.\n\n== Pol\u00edtica ==\n\n=== Guy Debord ===\nNo livro [[A Sociedade do Espet\u00e1culo]], [[Guy Debord]] (1931-1994), ao criticar a [[sociedade de consumo]] e o [[mercado]], afirma que a liberdade de escolha \u00e9 uma liberdade ilus\u00f3ria, pois escolher \u00e9 sempre escolher entre duas ou mais coisas prontas, isto \u00e9, predeterminadas por outros. Uma sociedade como a capitalista, onde a \u00fanica liberdade que existe socialmente \u00e9 a liberdade de escolher qual mercadoria consumir, impede que os indiv\u00edduos sejam livres na sua vida quotidiana. A vida quotidiana, na sociedade capitalista, se divide em tempo de trabalho (que \u00e9 n\u00e3o livre, submetido \u00e0 [[hierarquia]] de administradores e \u00e0s exig\u00eancias de [[lucro]] impostas pelo mercado) e tempo de lazer (onde os indiv\u00edduos t\u00eam uma liberdade domesticada que \u00e9 escolher entre coisas que foram feitas sem liberdade durante o tempo de trabalho da sociedade). Assim, a sociedade da mercadoria faz da passividade (escolher, consumir) a liberdade ilus\u00f3ria que se deve buscar a todo o custo, enquanto que, de fato, como seres ativos, pr\u00e1ticos (no trabalho, na produ\u00e7\u00e3o), somos n\u00e3o livres.\n\n=== \u00c9tienne de La Bo\u00e9tie ===\nO fil\u00f3sofo [[\u00c9tienne de La Bo\u00e9tie]], em seu ''[[Discurso da Servid\u00e3o Volunt\u00e1ria|Discurso sobre a Servid\u00e3o Volunt\u00e1ria]],'' trata especificamente da [[liberdade pol\u00edtica]], que se d\u00e1 em meio aos outros humanos e n\u00e3o algo estritamente individual. A liberdade \u00e9 natural, assim como a vontade de defend\u00ea-la{{citar livro|t\u00edtulo=Discursos sobre a Servid\u00e3o Volunt\u00e1ria|ultimo=La Bo\u00e9tie|primeiro=\u00c9tienne de|editora=Cultura Brasil, LCC|ano=2006}} - de modo que um ex\u00e9rcito de homens livres est\u00e1 muito mais disposto a vencer uma guerra que um ex\u00e9rcito de servos, j\u00e1 que os servos n\u00e3o possuem nenhuma motiva\u00e7\u00e3o para vencer tal combate. Como os homens s\u00e3o livres e iguais, qualquer divis\u00e3o na sociedade a transforma em uma sociedade de [[servid\u00e3o]] e, diferentemente de [[Jean-Jacques Rousseau|Jean Jacques Rousseau]], La Bo\u00e9tie n\u00e3o presume que tais sociedades nunca tenham existido, mas afirma que evidentemente as sociedades eram livres antes de sua divis\u00e3o, ou seja, antes do nascimento do Estado.CLASTRES, Pierre. Liberdade, Mau Encontro, Inomin\u00e1vel''.'' In: LA BO\u00c9TIE, \u00c9tienne de. '''Discurso da servid\u00e3o volunt\u00e1ria.''' S\u00e3o Paulo: Brasiliense, 1999. pp. 109-123. Por essa raz\u00e3o, La Bo\u00e9tie pode ser considerado um precursor do pensamento [[Anarquismo|anarquista]].\n\nO car\u00e1ter natural da liberdade \u00e9 t\u00e3o pujante que, de fato, nem mesmo os animais suportam a servid\u00e3o sem protestar, como La Bo\u00e9tie descreve no seguinte trecho:\n\n''\u201cS\u00f3 quem for surdo n\u00e3o ouve o que dizem os animais: viva a liberdade! Muitos deles morrem quando os apanham.'' [...] ''O que quer dizer o elefante que, depois de se defender at\u00e9 mais n\u00e3o poder, sentindo-se impotente e prestes a ser apanhado, espeta as presas nas \u00e1rvores e as quebra, assim mostrando o grande desejo que tem de continuar livre como nasceu? Assim d\u00e1 a entender que deseja negociar com os ca\u00e7adores, dando-lhes os dentes para que o soltem, entregando-lhes o marfim em penhor da liberdade.\u201d''\n\nEnt\u00e3o, como \u00e9 poss\u00edvel que a maioria se curve e obede\u00e7a de bom grado \u00e0 poucas pessoas ou at\u00e9 a apenas uma pessoa? Na verdade, La Bo\u00e9tie n\u00e3o responde o porqu\u00ea em primeiro lugar houve a divis\u00e3o da sociedade, mas responde a como esse tirano se mant\u00e9m no poder e d\u00e1 tr\u00eas raz\u00f5es para isso:\n\n# o h\u00e1bito - as pessoas n\u00e3o tem lembran\u00e7a alguma da liberdade pois j\u00e1 nascem em servid\u00e3o, e mesmo que os humanos sejam naturalmente livres, tamb\u00e9m est\u00e1 na natureza a tend\u00eancia a adquirir certos costumes. Essa \u201cmudan\u00e7a de natureza\u201d humana \u00e9 o precursor do que poder\u00edamos chamar de aliena\u00e7\u00e3o, conceito que seria desenvolvido s\u00e9culos depois por [[Georg Wilhelm Friedrich Hegel|Hegel]].\n# a covardia derivada de uma \u201cilus\u00e3o\u201d acerca do tirano - os s\u00fabitos se encantam de tal maneira, \u201cmanietados e entorpecidos\u201d pelos \u201cteatros, jogos, farsas, espet\u00e1culos, feras ex\u00f3ticas, as medalhas, os quadros e outras bugigangas\u201d que perdem qualquer for\u00e7a ou energia.\n# a pr\u00f3pria estrutura hier\u00e1rquica do poder - as poucas pessoas que cercam o tirano e s\u00e3o de sua confian\u00e7a s\u00e3o dominadas por ele e dominam as demais, o que para La Bo\u00e9tie \u00e9 como estender \u201cambas as m\u00e3os\u201d \u00e0 servid\u00e3o, afastar-se definitivamente da liberdade. O autor explica melhor a din\u00e2mica no seguinte trecho: ''\u201cEssa meia d\u00fazia tem ao seu servi\u00e7o mais seiscentos que procedem com eles como eles procedem com o tirano. Abaixo destes seiscentos h\u00e1 seis mil devidamente ensinados a quem confiam ora o governo das prov\u00edncias ora a administra\u00e7\u00e3o do dinheiro, para que eles ocultem as suas avarezas e crueldades, para serem seus executores no momento combinado e praticarem tais malef\u00edcios que s\u00f3 \u00e0 sombra deles podem sobreviver e n\u00e3o cair sob a al\u00e7ada da lei e da justi\u00e7a. E abaixo de todos estes v\u00eam outros.\u201d''\n\nO poder do tirano em \u00faltima inst\u00e2ncia est\u00e1 sempre em seus s\u00fabitos: o povo voluntariamente nega sua liberdade e transfere poder para o tirano. Sem a liberdade, nem mesmo as posses s\u00e3o apraz\u00edveis, porque nada \u00e9 definitivamente nosso - e ao tirano n\u00e3o resta muita coisa, pois at\u00e9 mesmo a amizade \u00e9 imposs\u00edvel a ele. Para La Bo\u00e9tie, existe uma maneira de escapar da servid\u00e3o, que \u00e9 simplesmente cessando de desej\u00e1-la, como explicita na seguinte passagem:\n\n''\u201co mais espantoso \u00e9 sabermos que nem sequer \u00e9 preciso combater esse tirano, n\u00e3o \u00e9 preciso defendermo-nos dele. Ele ser\u00e1 destru\u00eddo no dia em que o pa\u00eds se recuse a servi-lo. N\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio tirar-lhe nada, basta que ningu\u00e9m lhe d\u00ea coisa alguma. N\u00e3o \u00e9 preciso que o pa\u00eds fa\u00e7a coisa alguma em favor de si pr\u00f3prio, basta que n\u00e3o fa\u00e7a nada contra si pr\u00f3prio.\u201d''\n\nPortanto, a liberdade \u00e9 alcan\u00e7ada atrav\u00e9s de um simples ato de vontade: n\u00e3o \u00e9 necess\u00e1ria ousadia, guerra ou combate.\n\n=== Marx ===\nInfluenciado por [[Hegel]],Gon\u00e7al Mayos, [http://www.ub.edu/histofilosofia/gmayos/4presentacio.htm \"Libertade \u00e9 Estado\", G. W. F. Hegel. Vida, pensamento e obra.] {{Wayback|url=http://www.ub.edu/histofilosofia/gmayos/4presentacio.htm#|date=20110721181704}} nos [[\u00d6konomisch-philosophische Manuskripte|Manuscritos econ\u00f4mico-filos\u00f3ficos]] e em [[A Ideologia Alem\u00e3]], [[Karl Marx]] (1818-1883) entende a liberdade humana como a constante cria\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica pelos indiv\u00edduos de circunst\u00e2ncias objetivas nas quais despontam suas faculdades, sentidos e aptid\u00f5es (art\u00edsticas, sensorias, te\u00f3ricas...). Ele, assim, critica as concep\u00e7\u00f5es [[metaf\u00edsica]]s da liberdade.\n\nPara ele, n\u00e3o h\u00e1 liberdade sem o mundo material no qual os indiv\u00edduos manifestam na pr\u00e1tica sua liberdade junto com outras pessoas, em que transformam suas circunst\u00e2ncias objetivas de modo a criar o mundo objetivo de suas faculdades, sentidos e aptid\u00f5es. Ou seja, a liberdade humana s\u00f3 pode ser encontrada de fato pelos indiv\u00edduos na produ\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica das suas pr\u00f3prias condi\u00e7\u00f5es materiais de exist\u00eancia.\n\nDesse modo, se os indiv\u00edduos s\u00e3o ''privados'' de suas pr\u00f3prias condi\u00e7\u00f5es materiais de exist\u00eancia, isto \u00e9, se suas condi\u00e7\u00f5es objetivas de exist\u00eancia s\u00e3o ''[[propriedade privada]]'' (de outra pessoa, portanto), n\u00e3o h\u00e1 verdadeira liberdade e a sociedade se divide em [[proletariado|prolet\u00e1rios]] e capitalistas. Sob o dom\u00ednio do capital, a manifesta\u00e7\u00e3o pr\u00e1tica da vida humana, a atividade produtiva, se torna coer\u00e7\u00e3o, [[trabalho assalariado]]; as faculdades, habilidades e aptid\u00f5es humanas se tornam mercadoria, [[for\u00e7a de trabalho]], que \u00e9 vendida no [[mercado de trabalho]], e a vida humana se reduz \u00e0 mera sobreviv\u00eancia.\n\nMarx diz que as v\u00e1rias liberdades parciais que existem no [[capitalismo]] - por exemplo, a liberdade econ\u00f4mica (de comprar e vender mercadorias), a liberdade de express\u00e3o ou a liberdade pol\u00edtica (decidir quem governa) - pressup\u00f5em que a separa\u00e7\u00e3o dos homens com rela\u00e7\u00e3o \u00e0s suas condi\u00e7\u00f5es de exist\u00eancia seja mantida, pois, caso essa separa\u00e7\u00e3o seja atacada pelos homens em busca de sua liberdade material fundamental, todas essas liberdades parciais s\u00e3o suspensas ([[ditadura]]) para restabelecer o capitalismo. Mas se a luta dos indiv\u00edduos privados de suas condi\u00e7\u00f5es de exist\u00eancia (prolet\u00e1rios) tiver \u00eaxito e se eles conseguirem abolir a propriedade privada dessas condi\u00e7\u00f5es seria instaurado o [[comunismo]], que ele entende como a [[associa\u00e7\u00e3o livre dos produtores]].\n\n=== Mikhail Bakunin ===\n[[Bakunin]] (1814-1876) n\u00e3o se referia a um ideal abstrato de liberdade mas a uma realidade concreta baseada na liberdade sim\u00e9trica de outros. Liberdade consiste no \"desenvolvimento pleno de todas as faculdades e poderes de cada ser humano, pela educa\u00e7\u00e3o, pelo treinamento cient\u00edfico, e pela prosperidade material.\" Tal concep\u00e7\u00e3o de liberdade \u00e9 \"eminentemente social, porque s\u00f3 pode ser concretizada em sociedade,\" n\u00e3o em isolamento. Em um sentido negativo, liberdade \u00e9 \"a revolta do indiv\u00edduo contra todo tipo de autoridade, divina, coletiva ou individual.\"\n\n== Ver tamb\u00e9m ==\n* [[Livre-arb\u00edtrio]]\n* [[Teodiceia]]\n* [[Vontade]]\n* [[Lei de igual liberdade]]\n* [[Liberdade de express\u00e3o]]\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n== Bibliografia ==\n{{Wikiquote|Liberdade}}\n{{Wikcion\u00e1rio|liberdade}}\n* Aristoteles, ''The Nicomachean Ethics'', volume III.\n* Augustine (Santo), ''On Free Will''.\n* Hobbes, Thomas, ''Of Liberty and Necessity''.\n* Hume, David, ''An Enquiry Concerning Human Understanding''.\n* Mill, John Stuart, ''On Liberty''.\n* Pecoctche, Carlos Bernardo Gonz\u00e1lez RAUMSOL, ''Colecci\u00f3n de la Revista Logosofia Tomo II''. Editora Logos\u00f3fica\n* Plato, ''The Republic''.\n* Schiller, Friedrich, ''Letters upon the Aesthetic Education of Man''. ISBN 1-4191-3003-X\n* Wolf, Susan, ''Freedom Within Reason'', Oxford: 1990.\n* Berlin, Isaiah, ''Four Essays on Liberty''. Londres: Oxford University Press, 1969.\n* Pettit, Philip. \"Teoria da Liberdade\"; tradu\u00e7\u00e3o de Renato S\u00e9rgio Pubo Maciel; coordena\u00e7\u00e3o e supervis\u00e3o Luiz Moreira \u2013 Belo Horizonte: Del Rey, 2007.\n* Kersting, Wolfgang. \"Liberdade bem ordenada: filosofia do direito e do Estado em Immanuel Kant\"; tradu\u00e7\u00e3o e revis\u00e3o Lu\u00eds Afonso Heck. \u2013 3. Ed., ampl. e trabalhada \u2013 Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Ed., 2012.\n* Rousseau, Jean-Jacques. \"O Contrato Social\". S\u00e3o Paulo: Martins Fontes, 2001.\n* Gunther, Klaus. \"Teoria da Responsabilidade no Estado Democr\u00e1tico de Direito\". Organizadoras: Flavia Portella Puschel e Marta Rodriguez de Assis Machado. Editora Saraiva. 96 p\u00e1ginas.\n\n{{Liberdade}}\n{{\u00c9tica}}\n{{Controle de autoridade}}\n{{Portal3|Filosofia|Direitos humanos}}\n\n[[Categoria:\u00c9tica]]\n[[Categoria:Filosofia pol\u00edtica]]\n[[Categoria:Metaf\u00edsica]]\n[[Categoria:Conceitos do anarquismo]]"}],"images":[{"ns":6,"title":"Ficheiro:Disambig grey.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Eug\u00e8ne Delacroix - La libert\u00e9 guidant le peuple.jpg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:HumanRightSymbol.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Portal.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Question book-new.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:SeptemArtes-Philosophia-Detail.jpg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Symbol category class.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Torch.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Wikidata-logo.svg"}]},"3693183":{"pageid":3693183,"ns":0,"title":"Borgonha Transjurana","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Sem infocaixa|Estado extinto}}\n{{Sem-fontes||hist-eu|data=outubro de 2013}}\n[[Imagem:Karte Hoch und Niederburgund EN.png|thumb|upright=1.3|{{legend|#ECE87B|Alta Borgonha, em 888 (Transjurana + Condado da Borgonha)}}\n{{legend|#FBCB8C|[[Baixa Borgonha]], em 879}}\n{{legend|#D6B68A|[[Ducado da Borgonha]] de [[Ricardo, Duque da Borgonha|Ricardo, Justiceiro]]}}]]\n\nA '''Borgonha Transjurana''' \u00e9 um espa\u00e7o territorial localizado na actual [[Fran\u00e7a]] e que foi institu\u00eddo como [[Monarquia|reino]] sob a denomina\u00e7\u00e3o de '''Reino da Borgonha Transjurana''' tamb\u00e9m denominado '''Reino da Alta Borgonha''' ou '''Reino da Borgonha Transjurana''' , tendo existido entre [[888]] e [[933]]. \n\nEste reino [[medieval]] numa posi\u00e7\u00e3o mais ou menos central no territ\u00f3rio da actual Fran\u00e7a, foi criado a partir dos antigos reinos dos [[burg\u00fandios]], em ambos os lados das [[Jura (cordilheira)|montanhas do Jura]], entre a [[Su\u00ed\u00e7a]] ocidental de [[l\u00edngua francesa]], o [[Vale de Aosta]], de [[l\u00edngua italiana]] e do vale do [[rio Sona]], tendo isto acontecido como resultado da decomposi\u00e7\u00e3o da Fran\u00e7a pol\u00edtica medieval resultante dos conflitos ocorridos ap\u00f3s a morte do [[Anexo:Lista de imperadores do Sacro Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico|Imperador do Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico]], [[Lot\u00e1rio I]] {{nwrap||795|855}}. \n\nEste reino foi o n\u00facleo do [[Reino de Arles]], tamb\u00e9m denominado como Reino de Borgonha, onde se integrou desaparecendo como assim como uma unidade pol\u00edtica.\n\nO territ\u00f3rio deste reino estendia-se por uma [[\u00e1rea]] corresponde a grande parte da Su\u00ed\u00e7a (as partes a oeste da linha [[Br\u00fcnig-Napf-Reuss]], incluindo a [[Su\u00ed\u00e7a romanda]], os [[Cant\u00e3o de Berna|cant\u00f5es de Berna]] e de [[Aargau]] e [[Valais]]) e Fran\u00e7a as regi\u00e3o de [[Franco-Condado]], bem como partes adjacentes dos departamentos franceses de [[Alta Saboia]] e [[Ain]], e o [[Vale de Aosta]], que atualmente faz parte da [[It\u00e1lia]].\n\n== Origens do reino ==\nNo [[Imp\u00e9rio Carol\u00edngio]] ap\u00f3s o [[Tratado de Verdun]]\n\no [[Tratado de Verdun]] assinado em 843 foi um acordo entre os filhos de [[Lu\u00eds, o Piedoso]], que dividiu o grande [[Imp\u00e9rio Carol\u00edngio]] em tr\u00eas, duas entidades pol\u00edticas bastante homog\u00e9neas e um conglomerado de territ\u00f3rios entre os dois primeiros:\n\n*[[Fr\u00e2ncia Ocidental]] ficou para o filho mais novo, [[Carlos II de Fran\u00e7a]], \"o Calvo\", no que ser\u00e1 o precursor da atual Fran\u00e7a.\n*[[Fr\u00e2ncia oriental]] ficou para [[Lu\u00eds o Germ\u00e2nico|Lu\u00eds]], \"o Germ\u00e2nico\", e o germe da atual [[Su\u00ed\u00e7a]], [[Alemanha]] e [[\u00c1ustria]].\n*[[Fr\u00e2ncia M\u00e9dia]] ficou para o filho mais velho e herdeiro do t\u00edtulo imperial, [[Lot\u00e1rio I]], o territ\u00f3rio que, em teoria, contendo a capital original do [[imp\u00e9rio Carol\u00edngio]] ([[Aquisgrano]]), o cemit\u00e9rio imperial ([[Metz]] acolheu os restos mortais de Lu\u00eds, \"o Piedoso\"), no norte da [[It\u00e1lia]] e o protetorado do [[papa]] de [[Roma]].Este territ\u00f3rio parecia destinado \u00e0 supremacia imperial sobre os outros, no entanto tal n\u00e3o aconteceu e acabou dividido entre [[Carlos II de Fran\u00e7a]] e [[Lu\u00eds o Germ\u00e2nico|Lu\u00eds]], \"o Germ\u00e2nico\".\n\n==Ver tamb\u00e9m==\n*[[Reino da Borgonha]]\n\n{{Esbo\u00e7o-hist\u00f3riafr}}\n\n[[Categoria:Hist\u00f3ria da Borgonha]]\n[[Categoria:Reinos da Fran\u00e7a]]"}]},"6775131":{"pageid":6775131,"ns":0,"title":"Szin","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Assentamento\n|nome = Szin\n|assentamento_tipo = Munic\u00edpio\n|imagem_horizonte = Szin, Reform\u00e1tus Templom, 2017-03.jpg\n|imagem_tamanho = 270px\n|imagem_legenda = \n|imagem_bandeira = \n|imagem_escudo = Coa Hungary Town Szin.svg\n|mapa_alfinete = Hungria\n|mapa_alfinete_posi\u00e7\u00e3o = top\n|mapa_alfinete_tamanho = 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