/blog/passo a passo para formalizar o seu negocio/

  (11) 3340.6655     contato@pigatti.com.br      Cliente      Processos   
    
  


Passo a Passo para Formalizar o Seu Negócio
escrito em 19 de outubro de 2024

Abrir uma empresa no Brasil pode parecer um processo burocrático e desafiador, mas com o planejamento certo e o auxílio de um contador, é possível dar os primeiros passos rumo ao sucesso empresarial. A abertura de empresa envolve etapas essenciais como a definição do modelo de negócio, escolha do regime tributário, obtenção do CNPJ, e a regularização de documentos junto aos órgãos competentes. Neste guia, vamos mostrar como realizar a formalização da sua empresa de maneira eficiente e dentro das normas legais.

1. Planejamento do Negócio

Antes de iniciar o processo de abertura de empresa, é fundamental fazer um bom planejamento do negócio. Defina o produto ou serviço que será oferecido, identifique o público-alvo e estude o mercado em que a empresa atuará. Esse planejamento inicial ajudará a determinar questões importantes, como o tipo de empresa que será aberta e qual o melhor regime tributário.

Outro ponto importante é a escolha do nome da empresa, que deve ser único e não pode conflitar com outras empresas já registradas. Vale a pena fazer uma pesquisa prévia para garantir que o nome está disponível na Junta Comercial.

2. Escolha do Tipo de Empresa

Um dos primeiros passos na abertura de uma empresa é definir o tipo jurídico que ela terá. No Brasil, os tipos mais comuns de empresas são:

  • MEI (Microempreendedor Individual): Ideal para quem deseja formalizar um pequeno negócio com faturamento anual de até R$ 144.900. O MEI pode ter apenas um funcionário e possui tributação simplificada.
  • EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): Modelo voltado para quem deseja abrir uma empresa sozinho, mas com responsabilidade limitada ao capital social.
  • Sociedade Limitada (LTDA): Modalidade mais comum para pequenas e médias empresas, permite a formação de uma sociedade com dois ou mais sócios, onde a responsabilidade é limitada ao capital investido.
  • Sociedade Anônima (S.A.): Geralmente usada por grandes empresas, esse modelo permite a captação de recursos por meio da venda de ações. A Sociedade Anônima pode ser de capital aberto ou fechado.

3. Elaboração do Contrato Social

O contrato social é um dos documentos mais importantes no processo de abertura de empresa. Ele define as regras internas da empresa, como a divisão das cotas entre os sócios, as atividades que serão realizadas, a administração e o capital social da empresa.

No caso de sociedades limitadas (LTDA), o contrato social precisa ser registrado na Junta Comercial do estado em que a empresa terá sede. Empresas individuais, como o MEI e a EIRELI, também têm documentos específicos que cumprem a mesma função.

4. Inscrição no CNPJ

Após a elaboração do contrato social, o próximo passo é registrar a empresa junto à Receita Federal para obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). O CNPJ é o número que identifica a empresa perante o fisco e é necessário para abrir contas bancárias, emitir notas fiscais, contratar funcionários e realizar qualquer operação comercial.

Esse processo pode ser feito de forma digital por meio do Coletor Nacional, um sistema da Receita Federal que permite a solicitação do CNPJ e o envio de documentos de forma integrada.

5. Escolha do Regime Tributário

Escolher o regime tributário correto é um dos passos mais importantes para garantir que a empresa pague seus impostos da maneira mais adequada e com menor impacto financeiro. No Brasil, as empresas podem optar entre três regimes tributários principais:

  • Simples Nacional: Um regime simplificado e com carga tributária reduzida, ideal para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica o pagamento de vários impostos federais, estaduais e municipais em uma única guia.
  • Lucro Presumido: Regime voltado para empresas com faturamento até R$ 78 milhões por ano. Nesse modelo, a base de cálculo para o imposto de renda e a contribuição social é presumida, ou seja, calculada de acordo com uma porcentagem fixa sobre o faturamento.
  • Lucro Real: Obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões ou que realizam atividades específicas, como bancos. Nesse regime, os impostos são calculados sobre o lucro real obtido pela empresa, o que exige um controle financeiro rigoroso.

A decisão sobre qual regime escolher depende do tipo de atividade, faturamento e margem de lucro da empresa, sendo recomendável o auxílio de um escritório de contabilidade para essa escolha.

6. Obtenção de Licenças e Alvarás

Após o registro da empresa, o próximo passo é obter as licenças e alvarás necessários para o funcionamento. Esses documentos variam de acordo com a atividade da empresa e o local onde ela estará sediada. Por exemplo:

  • Alvará de Funcionamento: Autorização concedida pela prefeitura para que a empresa possa operar no endereço indicado.
  • Licença Ambiental: Necessária para empresas que realizam atividades que impactam o meio ambiente, como indústrias e empresas de construção civil.
  • Licença Sanitária: Obrigatória para empresas que atuam na área da saúde, alimentação ou outros setores que envolvem a manipulação de produtos que podem impactar a saúde pública.

Além disso, dependendo do ramo de atuação, pode ser necessário obter outras autorizações, como o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), por exemplo.

7. Abertura de Conta Bancária e Emissão de Notas Fiscais

Com o CNPJ em mãos e todas as licenças e alvarás concedidos, o próximo passo é a abertura de uma conta bancária empresarial. Isso é essencial para separar as finanças pessoais das empresariais, o que facilita o controle financeiro e a organização tributária da empresa.

Além disso, é necessário cadastrar a empresa na Secretaria da Fazenda Estadual ou Municipal para a emissão de notas fiscais. A depender da atividade, pode ser exigida a emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e), e o sistema de faturamento precisa estar em conformidade com as normas tributárias.

8. Contratação de Contabilidade

A contratação de um contador ou de um escritório de contabilidade é fundamental em todas as etapas do processo de abertura de empresa. Esse profissional será responsável por garantir que a empresa esteja em conformidade com as obrigações fiscais, tributárias e trabalhistas, além de prestar assessoria para a tomada de decisões estratégicas, como a escolha do regime tributário.

A contabilidade é também responsável pelo envio das obrigações acessórias, como o SPED Fiscal, DCTF e outras declarações exigidas pelo fisco.

O processo de abertura de empresa envolve diversas etapas, desde o planejamento inicial até a obtenção de licenças e alvarás. Embora seja possível realizar grande parte desses procedimentos de forma online, o suporte de um contador é indispensável para garantir que todas as obrigações legais sejam cumpridas, evitando problemas com o fisco e garantindo o sucesso do seu negócio.

Com o planejamento certo e uma assessoria contábil qualificada, a formalização do seu negócio pode ser um passo decisivo para o crescimento e consolidação no mercado.


voltar