/blog/category/medicos/category/duvidas/category/dicas/page/2/category/sem categoria/

  (11) 3340.6655     contato@pigatti.com.br      Cliente      Processos   
    
  
pigatti
Sem categoria   

O que são impostos diretos e indiretos? Entenda as diferenças

No mundo da contabilidade e das finanças empresariais, é crucial compreender a distinção entre impostos diretos e indiretos. Esses termos referem-se a diferentes formas de tributação que afetam...

29/04/2024
+ continue lendo
pigatti
Sem categoria   

A nova fase do mercado de AAIs para contabilidade

O mercado de Agentes Autônomos de Investimentos (AAIs) está passando por uma  transformação significativa, marcada por diversos aspectos que estão moldando o cenário atual  e futuro dessa...

02/04/2024
+ continue lendo
pigatti
Sem categoria   

Desvendando o BPO Financeiro: Veja os benefícios para sua Empresa!

No mundo empresarial em constante evolução, as organizações enfrentam desafios crescentes para manter a eficiência operacional, reduzir custos e permanecer competitivas. Uma solução  cada vez...

28/03/2024
+ continue lendo
pigatti
Sem categoria   

Transformações no Cenário Contábil: O Impacto Positivo das Fusões

No universo da contabilidade, as mudanças constantes são inevitáveis, e a adaptação a novos paradigmas é crucial para a excelência operacional. Este é precisamente o contexto em que a união...

26/03/2024
+ continue lendo

Leia também sobre

Consultoria
Contabilidade
Curiosidades
Departamento Pessoal
Dicas
DP
Dúvidas
Empreendedorismo
Gerais
Informações
Médicos
Negócios
Pessoas
Pigatti Contabilidade
Sem categoria
Tributário



{"continue":{"imcontinue":"401464|Falta_imagem_aves.svg","grncontinue":"0.442680957441|0.442680957441|0|0","continue":"grncontinue||revisions"},"warnings":{"main":{"*":"Subscribe to the mediawiki-api-announce mailing list at for notice of API deprecations and breaking changes. Use [[Special:ApiFeatureUsage]] to see usage of deprecated features by your application."},"revisions":{"*":"Because \"rvslots\" was not specified, a legacy format has been used for the output. This format is deprecated, and in the future the new format will always be used."}},"query":{"pages":{"241846":{"pageid":241846,"ns":0,"title":"Camarsac","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Comuna da Fran\u00e7a|\n|nome = Camarsac\n|regi\u00e3o = Nova Aquit\u00e2nia\n|departamento = Gironda\n|\u00e1rea = 5.35\n|altitude = \n|latP = N | latG = 44 | latM = 50 | latS = 0\n|lonP = O | lonG = 0 | lonM = 22 | lonS = 0\n|popula\u00e7\u00e3o = 743\n|densidade = auto\n|censo = 1999\n|insee = 33083\n|insee_ref = s\n|c\u00f3dpostal = 33750 \n|mapa = \n|escudo = Blason ville fr Camarsac (Gironde).svg\n|bandeira = \n|imagem = Camarsac Eglise St Saturnin 2.JPG\n|legenda = \n|gent\u00edlico = \n|website = \n|notas = \n}}\n'''Camarsac''' \u00e9 uma [[comuna francesa]] na [[Regi\u00f5es administrativas francesas|regi\u00e3o administrativa]] da [[Nova Aquit\u00e2nia]], no [[Departamentos franceses|departamento]] da [[Gironda]]. Estende-se por uma \u00e1rea de 5,35 [[Quil\u00f3metro quadrado|km\u00b2]]. {{Pop comuna francesa2|33083|5.35}}\n\n{{Refer\u00eancias}}\n{{Commonscat}}\n\n{{Comunas do departamento Gironda|estado=collapsed}}\n{{Portal3|Fran\u00e7a}}\n{{esbo\u00e7o-geofr}}\n[[Categoria:Comunas da Gironda]]"}],"images":[{"ns":6,"title":"Ficheiro:BlasonNouvelleAquitaine.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Blason d\u00e9partement fr Gironde.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Blason ville fr Camarsac (Gironde).svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Camarsac Eglise St Saturnin 2.JPG"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Commons-logo.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Disc Plain red (edge).svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Flag of France.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:France d\u00e9partementale.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:France location map-Regions and departements-2016.svg"}]},"4380575":{"pageid":4380575,"ns":0,"title":"Queda do Imp\u00e9rio Inca","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Civiliza\u00e7\u00e3o inca}}\nA '''queda do Imp\u00e9rio Inca''', tamb\u00e9m conhecida como a '''queda do Tahuantinsuyo''', '''conquista do Tahuantinsuyo''' ou '''conquista do Imp\u00e9rio Inca''', foi um per\u00edodo de decl\u00ednio do [[Imp\u00e9rio Inca]] ou Tahuantinsuyo que come\u00e7ou no reinado de [[Huayna Capac]] culminando com a anexa\u00e7\u00e3o do Imp\u00e9rio ao [[Imp\u00e9rio Espanhol]]. A morte de Huayna Capac e [[Ninan Cuyuchi]], seu sucessor, deu in\u00edcio \u00e0 [[Guerra dos Dois Irm\u00e3os]], uma guerra de exterm\u00ednio na qual [[Hu\u00e1scar]] e [[Atahualpa]] lutaram pelo trono. Paralelamente, o espanhol [[Francisco Pizarro]], juntamente com [[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]], embarca em duas expedi\u00e7\u00f5es, financiadas por [[Hernando de Luque]] e [[Gaspar de Espinosa]], para explorar os territ\u00f3rios a sul do Panam\u00e1. J\u00e1 ciente da exist\u00eancia de um imp\u00e9rio nas terras exploradas, depois de passar por v\u00e1rias adversidades, e antes da recusa do governador [[Pedro de los R\u00edos]] em permitir uma terceira viagem, Pizarro embarca para a Espanha, onde obt\u00e9m a permiss\u00e3o da coroa espanhola, conhecida como [[Capitula\u00e7\u00e3o de Toledo]], para conquistar o referido territ\u00f3rio. Por sua vez, Hu\u00e1scar j\u00e1 derrotado e preso, Atahualpa torna-se o novo Inca sem o reconhecimento da [[Panacas|panaca]] (fam\u00edlia real) de Cuzco.\n\nPizarro, depois de superar as intrigas de exterm\u00ednio que Atahualpa tinha organizado contra ele e seus homens, saiu ao encontro do Inca em Cajamarca. Tanto Atahualpa quanto Pizarro haviam feito planos para capturar o outro. Em Cajamarca, Atahualpa encontra a tropa espanhola composta de brancos, volunt\u00e1rios [[Mulato|mulatos]], ind\u00edgenas e escravos negros, todos liderados por Pizarro.Restall, M. (2003) p. 58Lockhart, J. (2012) A partir desse encontro, Atahualpa e sua comitiva s\u00e3o emboscados, o Inca sendo feito prisioneiro. O plano de Atahualpa para capturar os espanh\u00f3is n\u00e3o se concretizou. Atahualpa, para conseguir sua liberdade, oferece um resgate e, enquanto o acordo \u00e9 transferido, ordena o assassinato de seu irm\u00e3o Hu\u00e1scar, que estava sendo levado para Cajamarca. Hu\u00e1scar \u00e9 jogado de um precip\u00edcio e a m\u00e3e e a esposa de Hu\u00e1scar s\u00e3o mortas pelos homens de Atahualpa. Atahualpa acabaria sendo executado em 26 de julho de 1533.\n\nAp\u00f3s a morte de Hu\u00e1scar e Atahualpa, [[T\u00fapac Hualpa]] \u00e9 proclamado como o novo Inca, com a inten\u00e7\u00e3o de transform\u00e1-lo em um rei fantoche. As tropas de Pizarro, junto com os homens de Hu\u00e1scar e povos vassalos dos Incas, marcham em dire\u00e7\u00e3o a Cuzco onde entram em 14 de novembro de 1533 ap\u00f3s alguns confrontos com as tropas de Atahualpa e a morte de T\u00fapac Hualpa. [[Manco Capac II|Manco Inca]] \u00e9 proclamado o novo Inca e junto com Pizarro perseguem e matam os generais de Atahualpa. No entanto, ent\u00e3o Manco Inca se rebelou contra Pizarro e seus aliados e iniciou uma guerra contra ele em maio de 1536 com o cerco de Cuzco. Embora tenham causado muitas baixas aos espanh\u00f3is, as for\u00e7as de Manco Inca n\u00e3o puderam tomar a cidade de Cuzco. Finalmente, Manco Inca teve que dissolver seu ex\u00e9rcito e recuar para as montanhas de [[Vilcabamba]], onde instalou a sede de um novo governo Inca conhecido como o \"[[Estado neoinca|Estado Neoinca]]\" ou \"Reino de Vilcabamba\". O reinado dos incas de Vilcabamba duraria at\u00e9 1572, quando o vice-rei [[Francisco de Toledo]] executou o inca [[T\u00fapac Amaru|T\u00fapac Amaru I]].\n\n== Antecedentes ==\n\n=== A decad\u00eancia do Imp\u00e9rio Inca ===\n\n==== Primeiros sinais ====\n[[Ficheiro:Pachacutec_e_hijo.jpg|miniaturadaimagem|[[Pachacuti]] com seu filho [[T\u00fapac Yupanqui]]|305x305px]]\nO Inca [[Pachacuti]] inaugurou o per\u00edodo imperial dos incas, anexando numerosas povoa\u00e7\u00f5es. O trabalho de Pachacuti foi continuado por seu filho [[T\u00fapac Yupanqui]] que, ap\u00f3s sua morte, foi sucedido por [[Huayna Capac]]. Nessa \u00e9poca, o [[Imp\u00e9rio Inca]] estava entrando em uma fase de decl\u00ednio. Era um imp\u00e9rio que, devido \u00e0 extens\u00e3o de seu territ\u00f3rio, estava em processo de dissolu\u00e7\u00e3o. As vit\u00f3rias obtidas pelos incas eram feitas a grande custo e os povos conquistados rapidamente se rebelaram contra os incas.Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) p. 55 [[Huayna Capac]], apesar de ser um governante guerreiro e amado por seus vassalos, era propenso a beber e \"vicioso das mulheres\".Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) p. 56 O moral do ex\u00e9rcito inca havia declinado at\u00e9 mesmo Huayna Capac, em uma batalha, foi derrubado de sua liteira em um ataque dos rebeldes cayambi. \n\nO sistema econ\u00f4mico foi gradualmente transformado. As terras foram dadas pelo Inca aos nobres e curacas, que as arrendaram aos \u00edndios para que pudessem cultiv\u00e1-las, com a obriga\u00e7\u00e3o de entregar uma parte do que era cultivado.Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) p. 57 A propriedade da terra \u00e9 perpetuada no poder de um propriet\u00e1rio e a distribui\u00e7\u00e3o peri\u00f3dica torna-se mais simb\u00f3lica. As melhores terras permaneceram como propriedade dos nobres e curacas.Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) pp. 57 - 58 A transfer\u00eancia for\u00e7ada das popula\u00e7\u00f5es \u00e9 acentuada e a figura das [[Pinacuna|pinacunas]] \u00e9 estabelecida, escravos que eram enviados para trabalhar em condi\u00e7\u00f5es muito duras nas planta\u00e7\u00f5es de coca da selva alta junto com os filhos das prostitutas. \n\nApesar das revoltas, o governo de Huayna Capac manteve-se est\u00e1vel, o que lhe permitiu construir grandes templos e obras p\u00fablicas.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20180306040023/https://pueblosoriginarios.com/biografias/huayna.html |titulo=Huayna Capac |data=2018-03-06 |acessodata=2021-05-16 |website=web.archive.org}} No entanto, facilitou a desintegra\u00e7\u00e3o do Imp\u00e9rio ao dividi-lo em duas partes, uma ao sul com capital em Cuzco e outra ao norte com capital em Quito. Ap\u00f3s sua morte, isso levaria \u00e0 guerra entre [[Hu\u00e1scar]] e [[Atahualpa]].\n\nComo aconteceu com os [[Civiliza\u00e7\u00e3o maia|maias]] e [[Civiliza\u00e7\u00e3o asteca|astecas]], a queda do Imp\u00e9rio Inca foi precedida por eventos prodigiosos e profecias. Os \u00faltimos anos de [[Huayna Capac]] foram seguidos por tremores de terra excepcionalmente violentos, um raio golpeou o Pal\u00e1cio Inca e cometas de aspecto tem\u00edvel foram vistos no ar. Durante a celebra\u00e7\u00e3o da festa do Sol, um [[condor]], o mensageiro do deus Sol, foi perseguido por falc\u00f5es e caiu no meio da grande pra\u00e7a de Cuzco. Quando o pegaram, perceberam que estava doente, coberto de [[sarna]], e, apesar dos cuidados, acabou morrendo. Ent\u00e3o, em uma noite muito clara, a lua apareceu rodeada por uma tripla aur\u00e9ola, a primeira cor de sangue, a segunda de uma cor preta-esverdeada e a terceira semelhante \u00e0 fuma\u00e7a. Um adivinho interpretou que o sangue anunciava uma guerra entre os descendentes de Huayna Capac, o negro significava a ru\u00edna da religi\u00e3o e do Imp\u00e9rio que, como a \u00faltima aur\u00e9ola indicava, desapareceria. Foi ent\u00e3o que Huayna Capac soube da chegada de seres de apar\u00eancia estranha \u00e0 costa. Isto lembrou uma profecia proferida por seu antepassado, [[Viracocha Inca]], que havia previsto que, no reinado do d\u00e9cimo segundo Inca, homens desconhecidos chegariam e derrubariam o Imp\u00e9rio.Wachtel, Nathan (1971) pp. 40 - 41\n\n==== Guerra dos Dois Irm\u00e3os ====\n{{AP|Guerra dos Dois Irm\u00e3os\u00a0\u200e}}\n[[Ficheiro:Retrato_de_Huayna_C\u00e1pac.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|A morte de [[Huayna Capac|Huayna C\u00e1pac]] desencadearia uma guerra civil entre [[Hu\u00e1scar]] e [[Atahualpa]] pelo trono, esta guerra seria conhecida como a \"[[Guerra dos Dois Irm\u00e3os]]\"]]\nEm 1525 houve uma epidemia de uma doen\u00e7a desconhecida dos incas, que os historiadores costumam identificar como [[var\u00edola]] ou [[sarampo]], que supostamente causou a morte do Inca [[Huayna Capac|Huayna C\u00e1pac]] em [[Quito]]Espinoza Soriano, Waldemar (1997) p. 104 (embora outros historiadores sugiram que o inca foi envenenado por um curaca [[chachapoya]]).{{Citar web |url=https://www.researchgate.net/publication/332947056_REVISION_DE_ARGUMENTOS_RESPETO_AL_HIPOTETICO_ASESINATO_DEL_INCA_HUAYNA_CAPAC |titulo=Revisi\u00f3n de argumento respecto al hipot\u00e9tico asesinato del Inca Huayna Capac |acessodata=2021-05-06 |website=ResearchGate |lingua=en}} Antes de morrer, Huayna C\u00e1pac havia nomeado [[Ninan Cuyuchi]] como seu sucessor, mas ele tamb\u00e9m adoeceu e morreu em Tomepampa sem o conhecimento do pai. Embora tenham tentado manter em segredo a morte do Inca e de seu sucessor,Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (2002) p. 172 Hu\u00e1scar descobriu por meio de sua m\u00e3e [[Raura Ocllo]].Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) p. 409 A epidemia tamb\u00e9m matou dois dos ''orejones'' (nobres) regentes, deixando Hu\u00e1scar como a melhor op\u00e7\u00e3o para suceder a seu pai.Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (2002) p. 171 Huayna C\u00e1pac morreu sem obter resposta sobre a identidade dos estranhos, embora em seu leito de morte, anunciou a destrui\u00e7\u00e3o do Imp\u00e9rio recordando a profecia do reinado do d\u00e9cimo segundo Inca ordenando-lhes que n\u00e3o resistam \u00e0 vontade do c\u00e9u, mas que se submetam a seus representantes.Prescott, William (1851) p. 85 \n[[Ficheiro:Hp_inka12.jpg|miniaturadaimagem|Hu\u00e1scar capturado sendo levado por [[Quizquiz]] e [[Chalcuch\u00edmac]]]]\nEm Cuzco, Chuquishuaman e Conono, irm\u00e3os de Hu\u00e1scar, tentaram se levantar para colocar [[Cusi Atauchi]] no trono, mas a [[Batalha de Chillopampa|tentativa falhou]] e a desconfian\u00e7a e a preocupa\u00e7\u00e3o come\u00e7aram a crescer em Hu\u00e1scar.Espinoza Soriano, Waldemar (1997) p. 105 Quando a m\u00famia de Huayna Capac chegou a Cuzco, Hu\u00e1scar enfureceu-se com a delega\u00e7\u00e3o por n\u00e3o ter trazido consigo [[Atahualpa]], seu outro irm\u00e3o. Ele matou v\u00e1rios nobres de Cuzco apenas por serem suspeitos de trai\u00e7\u00e3o e assim come\u00e7ou a ganhar a antipatia da nobreza de Cuzco.Espinoza Soriano, Waldemar (1997) p. 108 Por sua vez, Atahualpa guardou os intestinos do Inca falecido. A rela\u00e7\u00e3o com o irm\u00e3o piorou progressivamente, Atahualpa mandou construir v\u00e1rios edif\u00edcios em homenagem a Hu\u00e1scar mas a \u00fanica coisa que conseguiu foi aumentar as intrigas e a desconfian\u00e7a do governo de Cuzco. Atahualpa, de Quito, mandou presentes ao irm\u00e3o em sinal de respeito e reconhecimento, mas Hu\u00e1scar assassinou os mensageiros e enviou outros com presentes depreciativos e uma mensagem ordenando que Atahualpa fosse a Cuzco. No entanto, Atahualpa reagiu organizando seu ex\u00e9rcito e declarando guerra contra ele.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) p. 405 Atahualpa foi preso e libertado por seus apoiadores aproveitando o epis\u00f3dio de forma propagand\u00edstica, fazendo crer que o Inti (Deus Sol) o havia transformado em ''amaru'' (cobra) para que ele pudesse escapar.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) p. 410 Atahualpa reorganizou suas for\u00e7as e atacou Tomepampa. Durante sua marcha para Caxabamba, Atahualpa ordenou o massacre de todas as cidades e tribos que se aliaram a Hu\u00e1scar. O confronto logo se transformou em uma verdadeira guerra de exterm\u00ednio. Em Ambato, os atahualpistas derrotam os huascaristas e os chefes huascaristas s\u00e3o decapitados, incluindo [[Atoc]], tamb\u00e9m filho de [[Huayna Capac]], cuja cabe\u00e7a \u00e9 transformada em um copo cerimonial que seria usado mais tarde por Atahualpa.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) p. 411 Em [[Tumbes]], Atahualpa executou todos os chefes huascaristas e usou suas peles para fazer tambores. Diante do avan\u00e7o da torcida de Atahualpa, a torcida de Hu\u00e1scar recuou mais ao sul, em dire\u00e7\u00e3o a Cuzco, sofrendo sucessivas derrotas pelo caminho.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) p. 412 O confronto terminou com a vit\u00f3ria de Atahualpa sobre Hu\u00e1scar ap\u00f3s a [[Batalha de Quipaip\u00e1n]]. Hu\u00e1scar seria feito prisioneiro e levado para Cuzco, onde foi for\u00e7ado a testemunhar a morte de seus parentes.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2004) pp. 405 - 406 Ent\u00e3o ele foi preso. Na pris\u00e3o, Hu\u00e1scar foi insultado, o alimentaram com dejetos humanos e zombavam dele a toda a hora.\n\n=== Explora\u00e7\u00f5es espanholas ===\n\n==== Primeiras noticias ====\n[[Ficheiro:Vasco_-N\u00fa\u00f1ez_de_Balboa.jpg|miniaturadaimagem|Vasco N\u00fa\u00f1ez de Balboa reivindicando o Oceano Pac\u00edfico para a Espanha em 1513 com seus soldados]]\nAp\u00f3s o culminar do processo de [[Reconquista]], ap\u00f3s a queda do [[Reino Nac\u00e9rida|reino de Granada,]] em 1492, a unidade da Espanha foi consolidada. Nesse mesmo ano, come\u00e7aram as viagens de Colombo, que culminariam na [[Descobrimento da Am\u00e9rica|descoberta da Am\u00e9rica]]. O objetivo de Colombo era encontrar uma rota que permitisse o [[Rota das especiarias|com\u00e9rcio de especiarias]] com a \u00c1sia devido ao bloqueio da rota anterior pelo [[Imp\u00e9rio Otomano]]. Depois das viagens de Colombo, os espanh\u00f3is se estabeleceram nas ilhas das [[Antilhas]] e se dedicaram a explorar as costas setentrionais da [[Am\u00e9rica Central]] e do Sul, territ\u00f3rio que chamaram de [[Reino da Tierra Firme|Tierra Firme]].Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 1 [[Vasco N\u00fa\u00f1ez de Balboa]] seria o primeiro a receber not\u00edcias de um fabuloso imp\u00e9rio localizado mais ao sul. Balboa considerou ver\u00eddicas as informa\u00e7\u00f5es fornecidas por [[Panquiaco]], filho do cacique Comagre, e organizou uma expedi\u00e7\u00e3o que culminaria, depois de uma dif\u00edcil jornada, na descoberta do Mar do Sul ([[Oceano Pac\u00edfico]]).Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) pp. 7-8 Com isso, o [[Istmo do Panam\u00e1]] se tornou o centro da conquista e coloniza\u00e7\u00e3o da [[Am\u00e9rica do Sul]]. Balboa foi nomeado Adelantado do Mar do Sul (1514)Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 86 e planejou uma expedi\u00e7\u00e3o destinada a avan\u00e7ar pela costa do Mar do Sul, mas n\u00e3o chegou a realizar sua expedi\u00e7\u00e3o. Ap\u00f3s as reivindica\u00e7\u00f5es de Enciso, a coroa espanhola nomearia [[Pedro Arias D\u00e1vila]] ou Pedrarias como governador das novas terras conquistadas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 89 Balboa acabaria decapitado em 1519.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 103 Em 1522, [[Pascual de Andagoya]] foi o primeiro a tentar a expedi\u00e7\u00e3o, mas terminou em fracasso.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 12 Por\u00e9m, era de Andagoya que as terras localizadas mais ao sul do Golfo de San Miguel eram chamadas de \"Bir\u00fa\" (palavra que mais tarde se tornaria [[Peru]]).Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 3 A origem desta palavra \u00e9 desconhecida, embora seja possivelmente o nome de um chefe.\n\nEm 1523, [[Francisco Pizarro]] viveu no Panam\u00e1. Come\u00e7ou a entender com seu amigo mais \u00edntimo, o Capit\u00e3o [[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]], sobre a possibilidade de organizar uma expedi\u00e7\u00e3o ao referido \"Bir\u00fa\". A parceria foi concretizada com um terceiro s\u00f3cio, o padre [[Hernando de Luque]]. As responsabilidades da expedi\u00e7\u00e3o estavam divididas: Pizarro iria comand\u00e1-la, Almagro se encarregaria do abastecimento militar e da alimenta\u00e7\u00e3o e Luque se encarregaria das finan\u00e7as e da ajuda.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) pp. 4 - 7 Menciona-se um quarto s\u00f3cio \"oculto\": o licenciado [[Gaspar de Espinosa]], que n\u00e3o queria aparecer publicamente, mas que era o verdadeiro financiador das expedi\u00e7\u00f5es atrav\u00e9s de Luque.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 5\n\n==== As viagens de Pizarro ====\n\n===== Primeira viagem =====\n[[Ficheiro:Portrait_of_Francisco_Pizarro.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|260x260px|[[Francisco Pizarro]], natural de [[Trujillo (Espanha)|Trujillo]], que liderou a conquista do [[Imp\u00e9rio Inca]]]]\nObtendo autoriza\u00e7\u00e3o do governador [[Pedro Arias D\u00e1vila|Pedrarias]], Pizarro deixou o Panam\u00e1 a bordo de um pequeno brigue, o Santiago, com cerca de 80 homens, alguns \u00edndios nicaraguenses e quatro cavalos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 20 Ele deixou Almagro com a tarefa de recrutar mais volunt\u00e1rios e montar outro navio para segui-lo quando estivesse pronto. Pizarro chegou \u00e0 Ilha das P\u00e9rolas, contornou a costa de Chochama, chegando a Puerto Pi\u00f1as e Puerto del Hambre (costa do Pac\u00edfico da atual [[Col\u00f4mbia]]), continuou sua jornada, ap\u00f3s uma s\u00e9rie de sofrimentos e falta de comida, at\u00e9 Pueblo Quemado onde travou uma luta feroz contra os ind\u00edgenas.do lugar com o resultado de dois espanh\u00f3is mortos e vinte feridos (segundo Cieza) ou cinco mortos e dezessete feridos (segundo Jerez). O pr\u00f3prio Pizarro tamb\u00e9m seria ferido.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 153 - 156\n\nA hostilidade dos \u00edndios e a \u00e1rea insalubre obrigaram Pizarro a voltar para o norte, chegando novamente \u00e0s margens do Chochama. Por sua vez, Almagro, que j\u00e1 havia sa\u00eddo do Panam\u00e1 em um brigue de 60 homens, se cruzou sem ver Pizarro. Seguindo a trilha de Pizarro, Almagro desembarcou em Pueblo Quemado, onde travou um combate violento com os \u00edndios, perdendo um olho em decorr\u00eancia de uma lan\u00e7a ou flecha.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 11 Almagro decidiu continuar mais para o sul, chegando ao rio San Juan, mas n\u00e3o encontrou seu parceiro, decidindo retornar \u00e0 Ilha das P\u00e9rolas, onde conheceu as experi\u00eancias de Pizarro. Ele ent\u00e3o saiu para encontrar seu parceiro em Chochama. Pizarro, interessado em continuar a expedi\u00e7\u00e3o, ordenou a Almagro que deixasse seus soldados ali e voltasse ao Panam\u00e1 para consertar os dois navios e reunir mais gente. No Panam\u00e1, o governador Pedrarias culpou Pizarro pelo fracasso da expedi\u00e7\u00e3o e pela perda de vidas espanholas. Isso motivou Almagro e Luque a intercederem por Pizarro, conseguindo apaziguar a situa\u00e7\u00e3o por enquanto. Pedrarias autorizou a continua\u00e7\u00e3o da expedi\u00e7\u00e3o e Almagro foi nomeado Vice-Capit\u00e3o.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) pp. 11 - 12\n\n===== Segunda viagem =====\n[[Ficheiro:Retrato_hipotetico_de_Diego_de_Almagro.jpg|miniaturadaimagem|Retrato hipot\u00e9tico de [[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]]]]\nEm dezembro de 1525, Almagro deixou o Panam\u00e1 levando dois navios com 110 soldados para Chochama, para se encontrar com Pizarro e seus homens que j\u00e1 haviam reduzido seu n\u00famero para 50.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 170 No in\u00edcio de 1526, Pizarro e Almagro, junto com os 160 homens, foram para o mar novamente. Eles seguiram a rota anterior at\u00e9 chegarem ao rio San Juan, onde Almagro foi enviado de volta ao Panam\u00e1 em busca de refor\u00e7os e suprimentos, enquanto [[Bartolom\u00e9 Ruiz]] foi enviado ao sul para explorar essas regi\u00f5es.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 12 Ruiz avistou a Ilha do Galo, a ba\u00eda de San Mateo, Atacames e Coaque; neste \u00faltimo, encontrou uma jangada de \u00edndios de Tumbes que iam negociar, aparentemente, para o Panam\u00e1. Ruiz levou algumas das mercadorias: objetos de ouro e prata, tecidos de algod\u00e3o, frutas e provis\u00f5es, e manteve tr\u00eas meninos \u00edndios que levou consigo para trein\u00e1-los como int\u00e9rpretes. Em seguida, ele rumou para o norte, de volta ao rio San Juan, onde Pizarro o esperava.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 181 - 182 Enquanto Almagro estava no Panam\u00e1 e Ruiz navegava no oceano, Pizarro se dedicou a explorar o rio San Juan. Muitos de seus homens morreram de doen\u00e7as e outros foram comidos por animais selvagens.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 185 Quando Ruiz voltou, Pizarro prometeu aos seus homens que, assim que Almagro chegasse, partiriam para o sul, para a terra onde os \u00edndios afirmavam vir. Quando Almagro finalmente chegou, com 30 homens e seis cavalos, todos embarcaram e rumaram para o sul.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 186\n\nPassaram pela Ilha do Galo e acabaram na foz do rio Santiago. Em seguida, eles dirigiram para a ba\u00eda de San Mateo. Vendo que a costa estava segura, eles pularam na praia. Chegaram \u00e0 foz do rio Esmeraldas, onde avistaram oito grandes canoas, tripuladas por ind\u00edgenas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 187 Eles chegaram \u00e0 cidade de [[Atacames]], onde lutaram com os nativos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 189 - 190 At\u00e9 agora 180 espanh\u00f3is morreram. Foi no Atacames onde ocorreu a \"Porfiria de Atacames\" entre Almagro e Pizarro onde os dois quase se enfrentaram em um duelo. A interven\u00e7\u00e3o de Bartolom\u00e9 Ruiz, Nicol\u00e1s de Ribera e outros conseguiu separ\u00e1-los e concili\u00e1-los.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp . 191 - 192 Com o \u00e2nimo mais calmo, eles se retiraram para o rio Santiago. Em busca de um lugar mais prop\u00edcio, Pizarro e Almagro decidiram ir para a Ilha do Galo, onde chegaram em maio de 1527. Ficou acertado, novamente, que Almagro deveria retornar com um navio ao Panam\u00e1 para trazer novos contingentes.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 193 - 194 Pizarro e Almagro costumavam cuidar para que as cartas que os soldados mandavam \u00e0s suas fam\u00edlias n\u00e3o chegassem ao Panam\u00e1 para evitar que as den\u00fancias fossem conhecidas pelas autoridades. No entanto, no Panam\u00e1, Almagro se viu em dificuldades quando um novelo de l\u00e3, enviado de presente a Catalina de Saavedra (a esposa do novo governador, [[Pedro de los R\u00edos]], sucessor de [[Pedro Arias D\u00e1vila|Pedrarias]]), um soldado descontente expressou em um [[d\u00edstico]]: \"Bem, senhor governador, d\u00ea uma boa olhada em tudo isso, que l\u00e1 vai o catador e aqui est\u00e1 o a\u00e7ougueiro\".Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p . 15\n[[Ficheiro:Los_13_de_la_Isla_del_Gallo.jpg|miniaturadaimagem|227x227px|O Treze da Ilha do Galo]]\nAssim informado do sofrimento dos expedicion\u00e1rios, o governador impediu que Almagro partisse com novos socorros e, ao contr\u00e1rio, enviou um navio sob o comando do Capit\u00e3o [[Juan Tafur]] para buscar Pizarro e seus companheiros, que se encontravam na Ilha do Galo.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 197 Dois anos de viagens com muitos perigos e calamidades j\u00e1 haviam se passado e nenhum resultado havia sido alcan\u00e7ado. Pizarro estava tentando convencer seus homens a seguirem em frente, por\u00e9m a maioria deles queria desertar e voltar para o Panam\u00e1. Havia um total de 80 homens na Ilha do Galo, todos magros e abatidos, dos quais 20 n\u00e3o conseguiam ficar de p\u00e9.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 195 Tafur chegou \u00e0 Ilha do Galo em agosto de 1527, em meio \u00e0 alegria dos homens de Pizarro, que viram seu sofrimento terminar assim. Foi nesse momento que Pizarro tra\u00e7ou uma linha com sua espada nas areias da ilha, exortando seus homens a decidirem se continuavam ou n\u00e3o na expedi\u00e7\u00e3o. Apenas treze homens cruzaram a linha que seria conhecido como \"Treze da Fama\" ou \"[[Treze da Ilha do Galo]]\".Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 199\n\nPizarro e os \"Treze da Fama\" esperaram cinco meses pelos refor\u00e7os, que chegaram do Panam\u00e1 enviados por Diego de Almagro e Hernando de Luque sob o comando de Bartolom\u00e9 Ruiz (janeiro de 1528).Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) pp. 18 - 19 O navio encontrou Pizarro na Ilha Gorgona (localizada mais ao norte da Ilha do Galo), famintos e perseguidos pelos \u00edndios.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 200 - 201 Nesse mesmo dia, Pizarro ordenou que navegasse para o sul, deixando tr\u00eas dos \"Treze\" que estavam doentes na Gorgona. Eles estavam sob os cuidados de alguns \u00edndios de servi\u00e7o.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 204\n[[Ficheiro:Historia_de_la_conquista_del_Per\u00fa,_1851_\"Pedro_de_Cand\u00eda\"._(3971678512).jpg|miniaturadaimagem|Gravura que representa Pedro de Cand\u00eda atirando com um [[arcabuz]], com o objetivo de mostrar e surpreender os \u00edndios de Tumbes]]\nOs membros da expedi\u00e7\u00e3o chegaram \u00e0s praias de [[Tumbes]] (extremo norte do atual [[Peru]]), a primeira cidade inca que viram. L\u00e1, um nobre inca se aproximou deles em uma jangada, sendo recebido cortesmente por Pizarro. O nobre convidou Pizarro a desembarcar para visitar Chilimasa, o chefe tall\u00e1n da cidade de Tumbes. Pizarro mandou [[Afonso de Molina (conquistador)|Alonso de Molina]] desembarcar com um escravo negro e trazer um casal de porcos e galinhas de presente para o chefe, o que causou grande impress\u00e3o entre os \u00edndios.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 206 - 208 Em seguida, o grego [[Pedro de Cand\u00eda]] foi enviado para demonstrar aos \u00edndios o poder das armas espanholas com seu [[arcabuz]]. Os \u00edndios acolheram Cand\u00eda com hospitalidade, permitindo-lhe visitar os principais edif\u00edcios da cidade: o Templo do Sol, o [[Acllahuasi]] ou Casa das Escolhidas e a Pucara ou fortaleza. Na volta, Cand\u00eda relatou suas experi\u00eancias, afirmando que Tumbes era uma grande cidade constru\u00edda em pedra, o que causou grande impress\u00e3o entre os espanh\u00f3is.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 209 - 210Prescott, William (1851) p. 71\n\nPizarro ordenou continuar mais ao sul ao longo da costa dos atuais departamentos peruanos de [[Piura (regi\u00e3o)|Piura]], [[Lambayeque (regi\u00e3o)|Lambayeque]] e [[Liberdade (regi\u00e3o)|La Libertad]] at\u00e9 a foz do rio Santa (13 de maio de 1528). Em algum lugar na costa de Piura, ele se encontrou com a chefa local, a quem os espanh\u00f3is deram o nome de Capullana. Durante o banquete, Pizarro aproveitou para tomar posse do lugar em nome da [[Coroa de Castela]]. [[Pedro de Halc\u00f3n]], um dos \"Treze\", apaixonou-se por Capullana e quis ficar em terra mas os seus companheiros obrigaram-no a embarcar e todos partiram.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 211 - 217 Na viagem de volta ao Panam\u00e1, Pizarro voltou a desembarcar em Tumbes, onde o soldado Alonso de Molina obteve permiss\u00e3o para ficar entre os \u00edndios.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 221 Antes, outros espanh\u00f3is haviam optado por ficar entre os \u00edndios: Bocanegra, que se hospedou em algum ponto do litoral do atual departamento de La Libertad;Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 212 - 213 e Gin\u00e9s, que ficou em Paita (litoral de Piura).Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 218 - 219 Os tr\u00eas espanh\u00f3is provavelmente se encontraram em Tumbes com a ideia de se encontrar com Pizarro quando ele voltasse para sua terceira viagem.\n\nPizarro continuou sua viagem de volta ao Panam\u00e1. Ao passar pela Ilha Gorgona, ele resgatou os tr\u00eas membros da expedi\u00e7\u00e3o que havia deixado se recuperando de suas doen\u00e7as, mas soube que um deles, Gonzalo Mart\u00edn de Trujillo, havia morrido.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 223 Ele finalmente chegou ao Panam\u00e1 com a certeza de ter descoberto um imp\u00e9rio opulento.\n\n===== Capitula\u00e7\u00e3o de Toledo =====\n{{AP|Capitula\u00e7\u00e3o de Toledo}}\n[[Ficheiro:Francisco_Pizarro_ante_Carlos_V.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Gravura que representa o conquistador espanhol [[Francisco Pizarro]] expondo ao rei [[Carlos V do Sacro Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico|Carlos I de Espanha]] os ind\u00edcios da descoberta do Imp\u00e9rio dos Incas.]]\nDiante da recusa do governador De los R\u00edos em conceder autoriza\u00e7\u00f5es para uma nova viagem. Os tr\u00eas s\u00f3cios (Pizarro, Almagro e Luque) concordaram em administrar a licen\u00e7a antes da mesma coroa. Pizarro foi designado procurador ou mensageiro que apresentou a peti\u00e7\u00e3o diretamente ao rei [[Carlos V do Sacro Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico|Carlos I da Espanha]].Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 229 - 231 Apesar de Pizarro ser analfabeto, sua escolha se deu pela sua postura e flu\u00eancia na fala.Prescott, William (1851) p. 73 Pizarro deixou o Panam\u00e1 acompanhado de Pedro de Cand\u00eda, Domingo de Soraluce, al\u00e9m de alguns ind\u00edgenas tallanes de Tumbes (entre os quais estava o int\u00e9rprete [[Felipillo]]); eles tamb\u00e9m carregavam camel\u00eddeos sul-americanos, tecidos de l\u00e3, objetos de ouro e prata e outras coisas que haviam coletado em suas viagens.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 232 Pizarro desembarcou em [[Sanl\u00facar de Barrameda]] e chegou a [[Sevilha]] em mar\u00e7o de 1529.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 236 Pizarro e seus companheiros partiram para [[Toledo]] para se encontrar com o monarca. L\u00e1 encontrou o conquistador [[Hern\u00e1n Cort\u00e9s]], j\u00e1 prestigioso pela [[conquista do Imp\u00e9rio Asteca]]. Pizarro foi recebido por Carlos I em Toledo, mas este monarca, que se preparava para partir para a It\u00e1lia, deixou o assunto nas m\u00e3os do [[Conselho das \u00cdndias]], presidido pelo conde de Osorno, Garc\u00eda Fern\u00e1ndez Manrique.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 238 - 239Prescott, William (1851) p. 78 Tanto Pizarro quanto Cand\u00eda apresentaram suas raz\u00f5es para que o rei lhes desse autoriza\u00e7\u00e3o para a conquista. Cand\u00eda exp\u00f4s um pano onde havia desenhado a planta da cidade de Tumbes.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 241 Ap\u00f3s a negocia\u00e7\u00e3o, foi elaborada a [[Capitula\u00e7\u00e3o de Toledo]]. Na aus\u00eancia do rei Carlos I, a rainha consorte [[Isabel de Portugal, Imperatriz Romano-Germ\u00e2nica|Isabel de Portugal]] assinou o documento a 26 de Julho de 1529. Os principais acordos da Capitula\u00e7\u00e3o foram:Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 241 - 242\n\n* Francisco Pizarro foi autorizado a descobrir e conquistar toda a prov\u00edncia do Peru ou [[Governo de Nova Castela|Nova Castela]], localizada entre a cidade de Tempulla ou Santiago (atual Equador) at\u00e9 200 l\u00e9guas ao sul.\n* Pizarro recebeu os t\u00edtulos de Governador e Capit\u00e3o Geral da Prov\u00edncia do Peru, bem como os de Prefeito de Alguacil e Adelantado, todos vital\u00edcios, com um sal\u00e1rio anual de 725 000 [[Maravedi|maraved\u00eds]].\n* Diego de Almagro recebeu o governo da fortaleza que se ergueria em Tumbes, bem como o t\u00edtulo de Hidalgo, com um sal\u00e1rio de 5 000 maraved\u00edes por ano e uma ajuda para despesas de 200 000 maraved\u00edes.\n* Hernando de Luque recebeu o Bispado de Tumbes e o t\u00edtulo de \"[[Protetor dos \u00cdndios]]\" com 1 000 ducados de sal\u00e1rio por ano.\n* Os \"Treze da Ilha do Galo\" foram elevados \u00e0 categoria de nobres de terras conhecidas e, aos que j\u00e1 o eram, receberam o t\u00edtulo de \"Cavaleiros da Espora Dourada\".\n* Bartolom\u00e9 Ruiz foi nomeado \"Grande Piloto do Mar do Sul\" com 75 000 maraved\u00edes de sal\u00e1rio anual.\n* Pedro de Cand\u00eda foi nomeado \"Major Artilheiro do Peru\" e Regidor de Tumbes.\n* Pizarro teve de partir seis meses a partir da data do documento, e do Panam\u00e1 mais seis meses para seguir para as terras do Peru. Foi autorizado a trazer 150 peninsulares espanh\u00f3is, 100 que poderiam ser recrutados na Am\u00e9rica, al\u00e9m de 50 escravos negros, funcion\u00e1rios do Tesouro Real, eclesi\u00e1sticos e religiosos.\n\nO grande benefici\u00e1rio da Capitula\u00e7\u00e3o foi Francisco Pizarro em detrimento dos s\u00f3cios Almagro e Luque.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 27Prescott, William (1851) p. 80 Isso resultaria em conflitos entre eles, principalmente entre Almagro e Pizarro.Espino, A. (2019) p. 79\n\n===== Terceira viagem =====\n[[Ficheiro:Pizarro_navegando_por_la_costa_de_Tumbez.jpg|miniaturadaimagem|Pizarro navegando ao longo da costa de Tumbes]]\nPizarro aproveitou a passagem pela Espanha para visitar Trujillo, sua cidade natal, onde se encontrou com seus irm\u00e3os [[Gonzalo Pizarro|Gonzalo]], [[Hernando Pizarro|Hernando]] e [[Juan Pizarro|Juan]], a quem convenceu a ingressar na companhia conquistadora.Prescott, William (1851) p. 79Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 244 - 246 Ele reuniu quatro navios, mas foi dif\u00edcil para ele reunir os 150 homens exigidos pelas cl\u00e1usulas da Capitula\u00e7\u00e3o. No entanto, Pizarro conseguiu contornar os controles das autoridades e em 26 de janeiro de 1530, ele partiu de [[Sanl\u00facar de Barrameda]].Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 248 - 250 Depois de uma viagem sem intercorr\u00eancias, se encontrou com Almagro que recebeu com desagrado a not\u00edcia das poucas prerrogativas que lhe foram obtidas na Capitula\u00e7\u00e3o. Soma-se a esse desprazer a atitude arrogante de Hernando Pizarro, o mais temperamental dos Irm\u00e3os Pizarro. Almagro pensou em se separar da empresa, mas Luque conseguiu reconciliar os s\u00f3cios.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 257 - 264Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 32\n\nPizarro finalmente deixou o Panam\u00e1 em 20 de janeiro de 1531, com dois navios, deixando o outro navio no porto sob o comando do capit\u00e3o [[Crist\u00f3bal de Mendoza Orellana|Crist\u00f3bal de Mena]] com a ordem de segui-lo posteriormente. Como nas expedi\u00e7\u00f5es anteriores, Almagro ficou no Panam\u00e1 para providenciar todo o necess\u00e1rio para a expedi\u00e7\u00e3o.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 273 Ap\u00f3s 13 dias de navega\u00e7\u00e3o, Pizarro chegou \u00e0 ba\u00eda de San Mateo e decidiu avan\u00e7ar por terra.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 277 Os membros da expedi\u00e7\u00e3o caminharam sob as duras condi\u00e7\u00f5es do clima tropical, a enchente dos rios, a fome e as doen\u00e7as tropicais. Eles encontraram v\u00e1rias aldeias abandonadas e em uma delas, Coaque, permaneceram por v\u00e1rios meses. Pizarro despachou os navios com as riquezas encontradas para servir de incentivo. A t\u00e1tica deu certo: os navios voltaram do Panam\u00e1 com trinta homens de infantaria e vinte e seis homens de cavalo, enquanto na [[Nicar\u00e1gua]] o capit\u00e3o [[Hernando de Soto]] come\u00e7ou a recrutar gente para partir para o Peru.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 284 - 288 Em Coaque, muitos soldados de Pizarro adoeceram com uma doen\u00e7a estranha a que chamaram de \"bubas\", devido aos tumores que surgiram na sua pele, doen\u00e7a que causou algumas v\u00edtimas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 286\n\nPizarro deixou Coaque em outubro de 1531. Continuando para o sul, come\u00e7ou a cruzar a atual costa do Equador. Ele passou pelo Cabo Pasado, habitado por \u00edndios guerreiros e canibais.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 291 Percorreu a ba\u00eda de Car\u00e1quez, onde embarcaram todos os enfermos, continuando o resto da viagem por via terrestre. Os cronistas chamavam toda a regi\u00e3o de Puerto Viejo ou [[Portoviejo]].Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 295 Em seguida, passaram por Tocagua, Charapot\u00f3 e Mataglan; Neste \u00faltimo se encontraram com [[Sebasti\u00e1n de Belalc\u00e1zar|Sebasti\u00e1n de Benalc\u00e1zar]], que viera da Nicar\u00e1gua e comandava 30 homens bem armados, com doze cavalos, que se juntaram \u00e0 expedi\u00e7\u00e3o de Pizarro (novembro de 1531).Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 298 - 299 Posteriormente passaram por Picuaza, Marchan, Manta, Punta de Santa Elena, Od\u00f3n, at\u00e9 a entrada do [[Golfo de Guaiaquil]], sempre amea\u00e7ados pela fome e pela sede.\n\n== A queda do Imp\u00e9rio ==\n\n=== Avan\u00e7o na Ilha de Pun\u00e1 ===\n[[Ficheiro:Historia_de_la_conquista_del_Per\u00fa,_1851_\"Hernando_Pizarro_herido_en_Pun\u00e1\"._(3971678154).jpg|miniaturadaimagem|234x234px|Gravura que representa [[Hernando Pizarro]] ferido, durante a luta contra os \u00edndios de Pun\u00e1]]\nPassando pelo Golfo de Guaiaquil, Pizarro e seus expedicion\u00e1rios avistaram a grande [[Ilha Pun\u00e1|ilha de Pun\u00e1]], separada do continente por um estreito bra\u00e7o de mar denominado \"a passagem de Huayna C\u00e1pac\". O chefe da ilha, [[Tumbal\u00e1 (curaca)|Tumbal\u00e1]], convidou os espanh\u00f3is a cruzarem e visitarem seus dom\u00ednios. Pizarro aceitou apesar do perigo de emboscada, pois planejava usar a ilha como cabe\u00e7a de ponte para o desembarque em Tumbes.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 309 - 311 Em Pun\u00e1, Pizarro soube do fim violento de Alonso de Molina e de outros soldados espanh\u00f3is que permaneceram com os \u00edndios na segunda viagem. Os espanh\u00f3is encontraram um lugar na ilha que tinha uma cruz alta e uma casa com um crucifixo pintado em uma porta e um sino pendurado. Mais de trinta meninos de ambos os sexos sa\u00edram de dita casa dizendo em coro: \"Louvado seja [[Jesus|Jesus Cristo]], Molina, Molina\". Os \u00edndios diziam que Molina viera para Pun\u00e1 fugindo dos tumbesinos e que se dedicou a ensinar \u00e0s crian\u00e7as a [[Cristianismo|f\u00e9 crist\u00e3]]; posteriormente, os ilh\u00e9us fizeram dele seu l\u00edder durante a guerra travada contra os chonos, travando v\u00e1rias batalhas, at\u00e9 que, em certa ocasi\u00e3o, quando ele pescava a bordo de uma jangada, foi surpreendido e morto pelos chonos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 312 - 313 Tumbal\u00e1 fechou acordo com Pizarro, este ofereceu sua ajuda no avan\u00e7o para Tumbes.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 34 Isso porque houve uma guerra cont\u00ednua entre Pun\u00e1 e Tumbes; havia at\u00e9 600 prisioneiros tumbesianos na ilha, escravizados pelos habitantes de Pun\u00e1. Os espanh\u00f3is receberam presentes e instrumentos musicais de Tumbal\u00e1, como s\u00edmbolo de alian\u00e7a.\n\nNaquela \u00e9poca chegou a Pun\u00e1 o curaca [[Chilimasa]] de Tumbes, que se encontrou secretamente com Pizarro; Isso fez com que Chilimasa e Tumbal\u00e1 se tornassem amigos e fizessem as pazes. O que Pizarro n\u00e3o sabia \u00e9 que os dois curacas n\u00e3o lutavam mais entre si, mas estavam sob a vontade do Inca [[Atahualpa]], por meio de um nobre qu\u00edchua que serviu como governador de Tumbes e Pun\u00e1. Ambos tinham um plano secreto para exterminar os espanh\u00f3is seguindo as diretrizes do Inca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 313 - 314 Tumbal\u00e1 se preparava para realizar o exterm\u00ednio dos espanh\u00f3is quando [[Felipillo]], o int\u00e9rprete dos espanh\u00f3is (e um dos recolhidos da jangada de Tumbes por Ruiz), soube desse plano e informou Pizarro. Sabendo disso, Pizarro ordenou a pris\u00e3o de Tumbal\u00e1. Em meio a lutas entre \u00edndios e espanh\u00f3is, o capit\u00e3o [[Hernando de Soto]] chegou a Pun\u00e1. Soto trouxe cem homens, um refor\u00e7o significativo que decidiu o triunfo espanhol sobre os \u00edndios.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 314 - 315 Pizarro, para ganhar o apoio dos tumbesinos, entregou alguns dos chefes de Pun\u00e1 que haviam sido feitos prisioneiros e libertou os escravos tumbesinos que estavam na ilha. Em sinal de gratid\u00e3o, Chilimasa concordou em emprestar suas jangadas para que os espanh\u00f3is pudessem transferir seus fardos nelas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 315 - 316 Pizarro mandou enterrar secretamente o cavalo morto de seu irm\u00e3o [[Hernando Pizarro]] para que os \u00edndios \"n\u00e3o acreditassem que eram poderosos para matar cavalos\".Espino, A. (2019) p. 90 A pol\u00edtica desenvolvida por Pizarro foi a de n\u00e3o parecer fraco diante dos \u00edndios para que eles n\u00e3o o atacassem. O cronista Miguel de Estete aponta que \"se os muitos \u00edndios [aliados] que carreg\u00e1vamos sentissem alguma fraqueza em n\u00f3s, eles nos matariam\". Pizarro permaneceu em Pun\u00e1 at\u00e9 abril de 1532, quando come\u00e7ou a avan\u00e7ar para a costa de Tumbes.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 317\n\n=== Desembarque de Tumbes ===\n[[Ficheiro:Pintura_de_Francisco_Pizarro_en_la_llegada_a_Tumbes.jpg|miniaturadaimagem|283x283px|Desembarque de Pizarro em Tumbes em 1532. Esta pintura est\u00e1 localizada na [[Catedral de Lima]], exatamente no t\u00famulo do conquistador]]\nA navega\u00e7\u00e3o espanhola at\u00e9 Tumbes durou tr\u00eas dias. Ainda em alto mar, Pizarro mandou avan\u00e7ar as quatro jangadas que [[Chilimasa]] lhe dera para transportar a bagagem, nas quais em cada uma delas havia tripulantes \u00edndios e tr\u00eas espanh\u00f3is. O que Pizarro n\u00e3o sabia \u00e9 que Chilimasa tamb\u00e9m tinha uma estrat\u00e9gia para exterminar os espanh\u00f3is. Foi ent\u00e3o que os \u00edndios passaram a executar a estrat\u00e9gia. A primeira balsa que chegou \u00e0 terra foi cercada por \u00edndios e os tr\u00eas espanh\u00f3is que nela estavam foram atacados e arrastados para um pequeno bosque onde foram desmembrados e seus peda\u00e7os jogados em grandes panelas de \u00e1gua fervente. O mesmo destino aconteceria com os outros espanh\u00f3is que chegaram na segunda jangada, mas os pedidos de socorro surtiram efeito. Hernando Pizarro, com um grupo de espanh\u00f3is a cavalo, atacou os \u00edndios. Muitos deles morreram e outros fugiram para as florestas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 325 - 330\n\nOs espanh\u00f3is, que n\u00e3o entenderam o motivo da belicosidade dos tumbesinos, a quem consideravam seus aliados, encontraram a cidade de Tumbes totalmente devastada e descobriram que n\u00e3o era uma cidade de pedra, mas de adobes, o que decepcionou n\u00e3o poucos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 331 A cidade havia sido destru\u00edda por ordem do Inca [[Atahualpa]] como puni\u00e7\u00e3o por ter apoiado [[Hu\u00e1scar]] no meio da [[Guerra dos Dois Irm\u00e3os]] e for\u00e7aram os tumbesinos a render vassalagem a Atahualpa, que ordenou que Chilimasa realizasse uma comiss\u00e3o especial para demonstrar sua lealdade: ganhar a confian\u00e7a dos espanh\u00f3is para mat\u00e1-los mais tarde. Hernando de Soto perseguiu os tumbesinos, caindo sobre seus acampamentos, surpreendendo-os e matando-os. No dia seguinte, a persegui\u00e7\u00e3o continuou. Chilimasa apareceu antes de Hernando de Soto, que o levou a Pizarro. Questionado, Chilimasa se limitou a negar tudo e acusou seus principais chefes de terem tra\u00e7ado a estrat\u00e9gia. Pizarro pediu-lhe que entregasse esses chefes, mas Chilimasa disse que n\u00e3o estava ao seu alcance porque tinham fugido da regi\u00e3o. Ap\u00f3s o incidente, Chilimasa tornou-se aliado dos espanh\u00f3is e n\u00e3o os traiu novamente.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 334 - 335\n\nEm Tumbes, Pizarro fica sabendo da exist\u00eancia de Cuzco por meio de uma conversa que teve com um \u00edndio.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 340 Por sua vez, Hernando de Soto, ao perseguir os tumbesinos, havia descoberto os [[Caminhos Incas|caminhos do Inca]]. Soto ent\u00e3o quis comandar um grande ex\u00e9rcito, tornar-se independente de Pizarro e liderar uma expedi\u00e7\u00e3o por conta pr\u00f3pria, mas v\u00e1rios homens se recusaram a segui-lo e alguns disseram a Pizarro. Pizarro fingiu n\u00e3o saber mais, a partir da\u00ed passou a monitorar Soto com mais rigor.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 338 Em 16 de maio de 1532, Pizarro deixou Tumbes, onde deixou uma guarni\u00e7\u00e3o espanhola sob o comando de oficiais reais.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 341\n\n=== Em Poechos ===\n[[Ficheiro:Retrato_de_la_fundaci\u00f3n_espa\u00f1ola_de_San_Miguel_de_Tangarar\u00e1.jpg|miniaturadaimagem|Retrato da funda\u00e7\u00e3o espanhola de San Miguel de Tangarar\u00e1]]\nAs tropas de Pizarro avan\u00e7aram para Poechos chegando em 25 de maio de 1532.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 366 Foram cordialmente recebidas por [[Maizavilca]] que, para ganhar a confian\u00e7a de Pizarro, deu a seu sobrinho, um menino que foi batizado como Martinillo e que se tornou int\u00e9rprete.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 371 Pizarro enviou [[Juan Pizarro]], [[Sebasti\u00e1n de Belalc\u00e1zar|Sebasti\u00e1n de Benalc\u00e1zar]] e [[Hernando de Soto]] para explorar a regi\u00e3o. Soto encontrou numerosas popula\u00e7\u00f5es com curacas de tend\u00eancia levantina que capturou e levou a Poechos onde foram for\u00e7ados a jurar vassalagem ao rei de Espanha.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 371 - 372 Foi em Poechos que os espanh\u00f3is souberam da exist\u00eancia de um grande monarca que dominava o Imp\u00e9rio. Eles obtiveram informa\u00e7\u00f5es sobre a guerra que o rei travou com seu irm\u00e3o e o destino do irm\u00e3o que havia sido capturado. [[Hernando Pizarro]], devido \u00e0s preocupa\u00e7\u00f5es do irm\u00e3o, foi enviado a Tumbes para trazer consigo todos os seus homens.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 372 Estourou uma revolta organizada pelos curacas de Chira e Amotape obrigando os espanh\u00f3is de Hernando Pizarro a se entrincheirar na huaca Chira e enviar uma mensagem pedindo ajuda. Francisco Pizarro foi ajud\u00e1-los, salvando-os. Posteriormente, os curacas foram severamente punidos. Eles foram atormentados para confessar sua conspira\u00e7\u00e3o e treze deles foram estrangulados e seus corpos queimados.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 374\n\nQuando Maizavilca soube que Pizarro planejava fundar uma cidade de crist\u00e3os perto de seu territ\u00f3rio, ele ficou incomodado e concordou com os outros curacas tallanes sobre como se livrar dos espanh\u00f3is. Mandaram mensageiros a Atahualpa, que estava em [[Huamachuco]] celebrando o triunfo sobre Hu\u00e1scar, para inform\u00e1-lo da presen\u00e7a em Tumbes e Piura de gente estranha saindo do mar que, segundo eles, poderiam ser os deuses [[Viracocha]]. Eles queriam que o Inca se interessasse e convidasse os espanh\u00f3is para conhec\u00ea-lo.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 375 - 377 Atahualpa interessou-se pelo assunto e enviou um espi\u00e3o a Poechos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 383 Disfar\u00e7ado de r\u00fastico vendedor de fardos, [[Ciquinchara]] entrou no acampamento espanhol sem levantar suspeitas. Mas Hernando Pizarro, suspeitando de sua presen\u00e7a, o empurrou e chutou, gerando alvoro\u00e7o entre os ind\u00edgenas, que Ciquinchara aproveitou para escapar e se dirigir ao Inca. Em seu relato, Ciquinchara detalha tr\u00eas espanh\u00f3is que chamaram sua aten\u00e7\u00e3o: o treinador de cavalos, o barbeiro que rejuvenesceu \"os velhos\" com sua arte e o ferreiro que forjou espadas. Ciquinchara pensava que quando os espanh\u00f3is fossem exterminados, aqueles tr\u00eas seriam preservados, pois seriam de grande utilidade.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 380 - 382 Atahualpa ent\u00e3o soube o n\u00famero de cavalos e homens de Pizarro, sabendo assim qu\u00e3o pequenos eles eram. \n\nEm 15 de agosto de 1532, foi fundado o povoado de San Miguel de Tangarar\u00e1.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 384 Este local foi escolhido porque as terras eram muito f\u00e9rteis e habitualmente povoadas por \u00edndios.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) pp. 33 - 35 Ap\u00f3s a cerim\u00f4nia, 46 conquistadores foram registrados como vizinhos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 384 - 386\n\n=== A marcha para Cajamarca ===\n\n==== Primeiros avan\u00e7os ====\n[[Ficheiro:Lizcano-Pizarro.jpg|miniaturadaimagem|236x236px|Pizarro e suas tropas dirigem-se a Cajamarca para se encontrar com Atahualpa]]\nOs espanh\u00f3is continuaram recebendo not\u00edcias sobre a riqueza e a vastid\u00e3o do Imp\u00e9rio. Eles sabiam que o Inca Atahualpa, ap\u00f3s derrotar seu irm\u00e3o Hu\u00e1scar, estava em [[Cajamarca (regi\u00e3o)|Cajamarca]], a doze ou quinze dias de San Miguel. O medo se espalhou entre os espanh\u00f3is, que queriam voltar ao Panam\u00e1. Um dia, um papel pregado foi encontrado na porta da igreja de San Miguel, onde estava escrito um d\u00edstico contra Pizarro. [[Juan de la Torre]], um dos Treze, foi acusado de ser o seu autor que, sujeito a torturas, confessou a sua responsabilidade e foi condenado \u00e0 morte. No entanto, Pizarro comutou a senten\u00e7a e o exilou. Alguns anos depois, sua inoc\u00eancia foi provada e ele voltou ao Peru.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 387 - 389\n\nO cronista Jerez conta que Pizarro deixou San Miguel em 24 de setembro de 1532. Atravessou o rio Chira e chegou ao vale do rio Piura. Saiu de Piura em 8 de outubro de 1532. Nesse mesmo dia enviou um posto avan\u00e7ado de 50 a 60 soldados, sob o comando de [[Hernando de Soto]], para a cidade de Caxas, onde se dizia estar o ex\u00e9rcito de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 390 - 391 Soto chegou a Caxas no dia 10 de outubro, encontrando a cidade destru\u00edda e quase despovoada, sabendo que tudo isso foi obra dos atahualpistas que os puniram porque o curaca da cidade era um huascarista. Os espanh\u00f3is encontraram dep\u00f3sitos de alimentos e roupas, e um [[acllahuasi]] com mais de 500 virgens do sol que Soto distribuiu entre seus homens. Foi ent\u00e3o que apareceu Ciquinchara que censurou Soto por sua ousadia e se apresentou como embaixador de Atahualpa com a miss\u00e3o de convidar Pizarro para um encontro com o Inca. Ciquinchara trouxe de presente para Pizarro alguns patos pelados e algumas pequenas fortalezas de pedra.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 392 - 393\n\nSoto deixou Caxas no dia 13 de outubro acompanhado de Ciquinchara e chegou a Huacabamba, cidade com melhores constru\u00e7\u00f5es e uma fortaleza bem entalhada. Por ali passava os [[Caminhos Incas|caminhos incas]], o que causou admira\u00e7\u00e3o entre os espanh\u00f3is por sua grandeza e boa f\u00e1brica.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 393 Enquanto isso, Pizarro chegou \u00e0 cidade de Pavur e depois \u00e0 cidade de Zar\u00e1n, onde acampou para esperar Soto, que chegou no dia 16 de outubro.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 391 Ciquinchara encontrou-se com Pizarro para lhe fazer saber que o Inca \"tem vontade de ser seu amigo e de o esperar em paz em Caxamarca\". Depois disso, o embaixador voltou a Atahualpa levando consigo alguns presentes que Francisco Pizarro mandou com ele (uma camisa branca, facas, tesouras, pentes e espelhos da Espanha) e para inform\u00e1-lo que o chefe espanhol \"se apressaria em chegar a Caxamarca e ser um amigo do Inca\".Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 394 - 398 Em 19 de outubro, Pizarro continuou sua marcha para Cajamarca. Passou pelas cidades de Copis, Motupe, Jayanca e T\u00facume. No dia 30 de outubro chegou ao povoado de Cinto, cujo curaca informou a Pizarro que Atahualpa tinha estado em Huamachuco e que se dirigia a Cajamarca com cinquenta mil homens de guerra. De Cinto, Pizarro enviou um chefe tall\u00e1n, [[Guachapuro]], como mensageiro para falar com Atahualpa junto com alguns presentes (uma ta\u00e7a de vidro de Veneza, botas, camisas da Holanda, contas de vidro e p\u00e9rolas).Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 403 - 405\n\nEm 4 de novembro, Pizarro continuou sua marcha passando por Reque, Mocupe e Sa\u00f1a.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 404 Neste \u00faltimo, os espanh\u00f3is encontram uma bifurca\u00e7\u00e3o no caminho: um deles levava a Chincha, o outro a Cajamarca. Alguns espanh\u00f3is achavam que era melhor ir a Chincha e adiar o confronto com Atahualpa. Por\u00e9m, Pizarro decidiu seguir rumo a Cajamarca, argumentando que o Inca j\u00e1 sabia que eles haviam partido de San Miguel, al\u00e9m disso, mudar a rota faria Atahualpa acreditar que os espanh\u00f3is se encolheram de covardia.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 407 - 408 Pizarro, seguindo o conselho de [[Hern\u00e1n Cort\u00e9s|Hern\u00e1n Cort\u00e9z]], queria capturar o l\u00edder ind\u00edgena: \u201ca primeira coisa a fazer \u00e9 prender o chefe, eles o consideram seu deus e t\u00eam poder absoluto. Com isso, os outros n\u00e3o sabem o que fazer\". Ele pr\u00f3prio j\u00e1 tinha experimentado isso em Pun\u00e1 e Tumbes e sabia que ao capturar um curaca e mant\u00ea-lo como ref\u00e9m, ganhava muito. Em vez disso, \u00e0 solta, o curaca tornou-se um inimigo perigoso.Villanueva Sotomayor, Julio (2002)\n\nEm 8 de novembro, os espanh\u00f3is come\u00e7aram a escalar a cordilheira.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 415 Pizarro decidiu dividir seu ex\u00e9rcito em dois. Ap\u00f3s um dia de caminhada, Pizarro disse a seu irm\u00e3o Hernando Pizarro para se juntar a ele para continuar a jornada juntos. No dia 9 de novembro, Pizarro acampou no frio nas montanhas onde recebeu uma embaixada de Atahualpa, com dez [[Lhama|lhamas]] que o Inca havia enviado de presente e avisando que eram cinco dias de Cajamarca. No dia 10 de novembro, Pizarro continuou seu caminho e acampou no local que poderia ser a atual cidade de Pallaques.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 416 Aqui, Pizarro recebeu uma embaixada chefiada por Ciquinchara que trouxe mais um presente de dez lhamas e ratificou os relat\u00f3rios da embaixada anterior, no sentido de que Atahualpa estava em Cajamarca onde estava esperando pacificamente os espanh\u00f3is. Ciquinchara acompanhou os espanh\u00f3is at\u00e9 Cajamarca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 419 Pizarro continuou sua jornada chegando no dia 11 de novembro a um lugar que possivelmente \u00e9 o atual Llapa onde descansou o dia 12.\n\n==== Chegada a Cajamarca ====\n[[Ficheiro:Los_Ba\u00f1os_del_Inca_2012.JPG|miniaturadaimagem|Entrada para as fontes termais dos Ba\u00f1os del Inca ]]\nEm 13 de novembro de 1532, Guachapuro voltou. Jerez conta que Guachapuro, vendo Ciquinchara, o atacou e agarrou pelas orelhas, sendo separado por Pizarro. Quando questionado sobre o motivo de sua agress\u00e3o, Guachapuro disse-lhe que o enviado do Inca (Ciquinchara) era um mentiroso, que Atahualpa n\u00e3o estava em Cajamarca, mas no campo (Ba\u00f1os del Inca) e tinha muitas pessoas acampadas em in\u00fameras tendas; que queriam mat\u00e1-lo, mas ele foi salvo porque amea\u00e7ou que os embaixadores de Atahualpa seriam executados por Pizarro; que n\u00e3o permitiram que ele falasse diretamente com o Inca, porque ele estava jejuando e se encontrou com um tio de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 419 - 420 Ciquinchara, espantado, respondeu que se Atahualpa n\u00e3o estava em Cajamarca era porque suas casas haviam sido reservadas para os crist\u00e3os; que Atahualpa estava no campo porque era seu costume; que quando o inca jejuasse, eles n\u00e3o o deixariam falar com ningu\u00e9m, exceto com seu Pai, o Sol. Pizarro encerrou a discuss\u00e3o insinuando que n\u00e3o tinha motivos para duvidar das inten\u00e7\u00f5es de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) pp. 420 - 421\n\nOs espanh\u00f3is continuaram seu caminho. Em 14 de novembro, eles descansaram em Zavana. Em Zavana, eles receberam outra embaixada de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) p. 417 Os espanh\u00f3is avistaram Cajamarca das alturas de Shicuana, a nordeste do vale, em 15 de novembro.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 45 O [[Inca Garcilaso de la Vega]] e [[Miguel de Estete]] asseguram que os espanh\u00f3is encontraram em Cajamarca \"gente popular e alguns guerreiros\" de Atahualpa. Eles tamb\u00e9m foram bem recebidos. Outros cronistas, como Jerez, asseguram que os espanh\u00f3is n\u00e3o encontraram gente na cidade. [[Antonio de Herrera y Tordesillas|Antonio de Herrera y Tordesilhas]] afirma que \"num dos extremos da pra\u00e7a s\u00f3 havia mulheres que choravam o destino que o destino reservava aos espanh\u00f3is que provocaram a ira do imperador \u00edndio\".Antonio de Herrera y Tordesillas: ''Hechos de los castellanos'', D\u00e9cada V. Quando Pizarro entrou em Cajamarca, Atahualpa estava em Pultumarca ou Ba\u00f1os del Inca, onde estava sentado \"com quarenta mil \u00edndios de guerra\". O acampamento era formado por extensas linhas de tendas brancas, com milhares de guerreiros e servos incas, estacionados ao p\u00e9 de uma cadeia de montanhas. O cronista [[Miguel de Estete]], testemunha dos acontecimentos, relata: \u201ce eram tantas tendas ... que era verdade que fic\u00e1vamos apavoradas, porque n\u00e3o pens\u00e1vamos que os \u00edndios pudessem ter uma estadia t\u00e3o soberba, nem tantas tendas, nem t\u00e3o pronto, o que at\u00e9 ent\u00e3o nas \u00cdndias nunca foi visto, o que causou muita confus\u00e3o e medo a todos os espanh\u00f3is\u201d.\n\n==== Entrevista em Pultumarca ====\n \nEnquanto em Cajamarca, Pizarro enviou [[Hernando de Soto]], [[Felipillo]] e um grupo de vinte espanh\u00f3is, como embaixada para dizer a Atahualpa \"que ele veio de Deus e do Rei para pregar e t\u00ea-los como amigos, e outras coisas de paz e amizade, e que eles v\u00eam para v\u00ea-lo\". Quando Soto estava na metade do caminho, Pizarro, olhando do topo de uma das \"torres\" de Cajamarca para o impressionante acampamento inca, temeu que seus homens fossem emboscados e enviou [[Hernando Pizarro]] com Martinillo e outros vinte mais incorporados.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 17-18\n\nSoto e seus homens foram os primeiros a chegar antes do Pal\u00e1cio Imperial que era guardado por cerca de 400 soldados incas. Felipillo foi enviado para solicitar a presen\u00e7a do Inca. Um nobre inca foi entregar a mensagem e os espanh\u00f3is esperaram por uma resposta. No entanto, o tempo passou sem que ningu\u00e9m sa\u00edsse. Hernando Pizarro chega nessa hora e vai a Soto perguntando-lhe o motivo do atraso, ao que ele responde: \"Aqui me dizem que Atabalipa [Atahualpa] sair\u00e1... e n\u00e3o sai\". Hernando Pizarro, irritado, mandou [[Martinillo]] chamar o Inca, mas como ele n\u00e3o saiu ficou ainda mais zangado e disse: \"Diga ao c\u00e3o que saia..!\".Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 21-22 Ap\u00f3s do grito de Hernando Pizarro, um nobre inca deixou o pal\u00e1cio para observar a situa\u00e7\u00e3o e voltou para dentro, informando Atahualpa que fora estava o mesmo espanhol irasc\u00edvel que o havia espancado em Poechos. O dito nobre era Ciquinchara. Atahualpa saiu caminhando em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 porta do pal\u00e1cio e procedeu a sentar-se em um banco vermelho atr\u00e1s de uma cortina que s\u00f3 permitia que sua silhueta fosse vista.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 22 \n\nSoto se aproximou da cortina, ainda montado em seu cavalo, e apresentou o convite a Atahualpa. Atahualpa, sem olhar para Soto, come\u00e7ou a sussurrar algumas coisas com um de seus nobres. Hernando Pizarro, muito irasc\u00edvel, perdeu a compostura e come\u00e7ou a gritar uma s\u00e9rie de coisas que acabaram chamando a aten\u00e7\u00e3o do Inca, que mandou levantar a cortina. Pela primeira vez, os espanh\u00f3is puderam ver o Inca e o descreveram como um \u00edndio de cerca de trinta e cinco anos de idade, com um olhar feroz, em cuja cabe\u00e7a brilhava uma borla de ouro vermelho, a [[mascaipacha]]. Atahualpa olhou muito particularmente para o homem ousado que o chamava de \"c\u00e3o\", mas foi at\u00e9 Soto, dizendo-lhe para dizer seu chefe que no dia seguinte iria v\u00ea-lo em Cajamarca e que deveriam pagar tudo o que levaram durante sua perman\u00eancia em suas terras.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 22-23 Hernando Pizarro, sentindo-se deslocado, disse a Martinillo para dizer ao Inca que n\u00e3o havia diferen\u00e7a entre ele e Soto, porque ambos eram capit\u00e3es de Sua Majestade Espanhola. Mas Atahualpa o ignorou enquanto pegava dois copos de ouro, cheios de chicha ou licor de milho, que foram entregues a ele por algumas mulheres. Soto disse ao Inca que seu companheiro era irm\u00e3o do Governador. O Inca continuou a mostrar-se indiferente a Hernando Pizarro, mas finalmente foi at\u00e9 ele dizendo que Maizavilca o havia informado sobre a maneira como humilhara v\u00e1rios curacas acorrentando-os, e que, por outro lado, o pr\u00f3prio Maizavilca se gabava de ter matado tr\u00eas crist\u00e3os e um cavalo; ao que o impulsivo Hernando Pizarro respondeu que Maizavilca era um canalha e que ele e todos os \u00edndios nunca podiam matar crist\u00e3os ou cavalos porque eram todos galinhas, e que se quisesse verificar, ele pr\u00f3prio iria acompanh\u00e1-lo na guerra contra seus inimigos para que pudesse ver como os espanh\u00f3is lutaram.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 23-24Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 46 O Inca, olhando com desd\u00e9m para o espanhol, limitou-se a responder que havia uma curaca que n\u00e3o lhe obedecia e que aquela poderia ser a ocasi\u00e3o para os espanh\u00f3is acompanharem o seu povo na guerra que pretendia travar. Hernando Pizarro, longe de manter a compostura, soltou mais bravatas, dizendo que n\u00e3o era necess\u00e1rio que o Inca mandasse todos os seus homens, pois apenas dez espanh\u00f3is a cavalo bastavam para subjugar qualquer curaca. A linguagem belicosa de Hernando Pizarro ia contra os planos de seu irm\u00e3o Francisco Pizarro, mas felizmente para ele, Atahualpa decidiu interpret\u00e1-la como uma simples bravata.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 24 \n\nMais tarde, o Inca ofereceu aos espanh\u00f3is ta\u00e7as de licor, mas estes, temerosos de que a bebida estivesse envenenada, desculparam-se de tom\u00e1-la, dizendo que estavam em jejum. O Inca disse a eles que ele tamb\u00e9m estava jejuando e que a bebida n\u00e3o poderia quebrar o jejum. Para desencadear algum medo, o Inca deu um gole em cada um dos copos, o que tranquilizou os espanh\u00f3is, que beberam a bebida. Soto, montado em seu cavalo, quis se exibir imediatamente e come\u00e7ou a galopar, saltitando diante do Inca, avan\u00e7ou sobre o Inca como se quisesse atropel\u00e1-lo, mas parou bruscamente. Soto ficou surpreso ao ver que o Inca havia permanecido imut\u00e1vel, sem fazer o menor gesto de medo. Alguns servos do Inca mostraram medo e por isso foram castigados. Atahualpa mandou trazer mais bebida e todos beberam. A entrevista terminou com a promessa de Atahualpa de ir no dia seguinte ao encontro de Francisco Pizarro.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 24-25 Uma vez que os espanh\u00f3is partiram, o general [[Rumi\u00f1ahui]] chorou de raiva porque Atahualpa havia permitido que os espanh\u00f3is sa\u00edssem vivos. O Inca elaborou um plano com seus generais e confiou a Rumi\u00f1ahui a miss\u00e3o de cercar Cajamarca com suas tropas, posicionando-se em uma estrada \"com muitas cordas para que, quando fugissem, os pegassem e amarrassem\".{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210128061923/https://historiaperuana.pe/biografia/ruminahui |titulo=Rumi\u00f1ahui {{!}} Historia Peruana |data=2021-01-28 |acessodata=2021-05-14 |website=web.archive.org}} No acampamento de Atahualpa, corria o boato de que as armas espanholas disparavam apenas duas vezes e que os cavalos perdiam a efic\u00e1cia durante a noite.Wachtel, Nathan (1971) p. 49 Vinte mil soldados imperiais foram posicionados nos arredores de Cajamarca para capturar os espanh\u00f3is: tinha certeza de que, vendo tanta gente, os espanh\u00f3is se renderiam. \n\n=== Captura de Atahualpa ===\n\n==== A captura ====\n[[Ficheiro:Atawallpa_Pizarro_tinkuy.jpg|miniaturadaimagem|Desenho de [[Felipe Guam\u00e1n Poma de Ayala|Guam\u00e1n Poma de Ayala]] representando Atahualpa em Cajamarca, sentado em seu trono e acompanhado por seus guerreiros. Na sua frente est\u00e3o [[Francisco Pizarro]] e Vicente de Valverde]]\nO ex\u00e9rcito espanhol era composto por 165 homens: 63 homens a cavalo, 93 soldados de infantaria, 4 artilheiros, 2 arcabuzeiros e 2 trombetas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 39 Al\u00e9m de Pizarro, apenas Soto e Cand\u00eda eram soldados de profiss\u00e3o. Eles tamb\u00e9m tiveram tr\u00eas int\u00e9rpretes ind\u00edgenas: [[Felipillo]], [[Francisquillo]] e [[Martinillo]]. Os \u00edndios nicaraguenses e escravos negros que vieram com os espanh\u00f3is eram muito poucos e eles tiveram que agir como escudeiros. N\u00e3o tinham c\u00e3es de guerra, visto que tinham ficado em San Miguel.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 40 Na noite de 15 de novembro de 1532, antes do encontro com o Inca, o medo se espalhou entre as tropas espanholas. [[Pedro Pizarro]], cronista e primo de Pizarro, conta: \u201cPois bem, estando os espanh\u00f3is assim, chegou a Atahualpa a not\u00edcia ... que os espanh\u00f3is estavam presos num galp\u00e3o, cheios de medo, e que ningu\u00e9m aparecia na pra\u00e7a. E a verdade \u00e9 que o \u00edndio disse isso porque ouvi muitos espanh\u00f3is que, sem sentir, urinaram de puro medo\".Pedro Pizarro: ''Relaci\u00f3n del descubrimiento y la conquista de los reinos del Per\u00fa'', cap. IX. Os espanh\u00f3is ficaram despertos durante a noite. Pizarro, baseado nas hist\u00f3rias que Hern\u00e1n Cort\u00e9s lhe contou sobre a conquista dos astecas, tinha em mente capturar o Inca.\n\nPizarro mandou colocar Pedro de Cand\u00eda no alto da pequena fortaleza ou tambo real, no centro da pra\u00e7a, com duas ou tr\u00eas soldados de infantaria e dois falconetes ou pequenos canh\u00f5es, fixando tamb\u00e9m duas trombetas. Os homens a cavalo foram divididos em duas fac\u00e7\u00f5es, sob o comando de Hernando de Soto e Hernando Pizarro, respectivamente. A infantaria tamb\u00e9m foi dividida em duas fac\u00e7\u00f5es, uma sob o comando de Francisco Pizarro e a outra sob o comando de Juan Pizarro. Todos tiveram que ser escondidos nos pr\u00e9dios que cercavam a pra\u00e7a, aguardando a chegada do Inca e at\u00e9 ouvir o sinal de ataque. Este seria um arcabuzazo disparado por um dos que estavam com Pizarro, e o grito retumbante de \"Santiago!\". Se por algum motivo o tiro n\u00e3o fosse ouvido por Cand\u00eda, um len\u00e7o branco seria acenado como um sinal para que ele disparasse sua falconete e tocasse as trombetas. A ordem era causar estragos entre os \u00edndios e capturar o Inca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 37-38\n\nAtahualpa presidiu uma marcha lenta e cerimoniosa de milhares de seus s\u00faditos. O deslocamento tomou grande parte do dia, causando desespero em Pizarro e seus soldados, pois n\u00e3o queriam lutar \u00e0 noite. Os cronistas marcaram as quatro da tarde como a hora em que Atahualpa entrou na pra\u00e7a de Cajamarca, pensando que bastaria um ex\u00e9rcito de 20 000 homens para que os espanh\u00f3is se retirassem sem lutar, de modo que os que o acompanhavam n\u00e3o estavam armados. [[Miguel de Estete]] relata: \u201c\u00c0s quatro horas come\u00e7a a caminhar pela estrada \u00e0 sua frente, mesmo para onde est\u00e1vamos; e \u00e0s cinco horas ou pouco mais, chega \u00e0 porta da cidade\u201d. O Inca iniciou sua entrada em Cajamarca, precedido por sua vanguarda de quatrocentos homens, entrando na pra\u00e7a em uma \"liteira riqu\u00edssima, as extremidades das madeiras cobertas de prata ...; que oitenta senhores carregavam nos ombros; todos vestidos de uma riqu\u00edssima farda azul; e ele vestia sua pessoa ricamente com a coroa na cabe\u00e7a e ao redor do pesco\u00e7o um colar de grandes esmeraldas; e sentado na liteira em uma cadeirinha com uma almofada riqu\u00edssima \u201d. Por sua vez, Jerez destaca: \"Entre eles veio Atahualpa em uma liteira forrada com penas coloridas de papagaio, guarnecido com placas de ouro e prata\". Atr\u00e1s do Inca vinham duas outras liteiras, onde estavam Chinchay C\u00e1pac, o grande senhor de Chincha, e a outra provavelmente era o Chim\u00fa C\u00e1pac, o grande senhor dos chim\u00faes (outros dizem que ele era o senhor de Cajamarca). Os guerreiros incas que entraram no recinto s\u00e3o estimados entre 6 000 e 7 000 e ocuparam meia pra\u00e7a.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 50-51\n\nPizarro enviou ao Inca o frade [[Vicente de Valverde]], o soldado [[Hernando de Aldana]] e [[Martinillo]]. Antes do Inca, o frade Valverde fez o pedido formal a Atahualpa para abra\u00e7ar a f\u00e9 cat\u00f3lica e se submeter ao governo do Rei da Espanha, ao mesmo tempo que lhe deu um [[brevi\u00e1rio]] ou um Evangelho da B\u00edblia. Segundo alguns cronistas, a rea\u00e7\u00e3o do Inca foi de surpresa, curiosidade, indigna\u00e7\u00e3o e desd\u00e9m. Atahualpa abriu e revisou o brevi\u00e1rio cuidadosamente. N\u00e3o encontrando nenhum significado nisso, ele o jogou no ch\u00e3o, mostrando um desprezo singular. Ent\u00e3o, dizendo a Velarde, exigiu que os espanh\u00f3is devolvessem tudo o que haviam tirado de suas terras sem seu consentimento, reclamando especialmente as roupas que haviam tirado de seus armaz\u00e9ns; que ningu\u00e9m tinha autoridade para dizer ao Filho do Sol o que ele tinha que fazer e que faria a sua vontade; e, finalmente, que os estrangeiros \"v\u00e3o embora como malfeitores e ladr\u00f5es\"; do contr\u00e1rio, ele os mataria.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 53-55 Cheio de medo, Valverde correu para Pizarro, seguido por Aldana e o int\u00e9rprete, enquanto gritava: \"O que est\u00e1 fazendo sua gra\u00e7a, que Atabalipa [Atahualpa] se torna um L\u00facifer!\" Mais tarde, Valverde disse-lhe que o \"c\u00e3o\" (id\u00f3latra) tinha atirado ao ch\u00e3o o brevi\u00e1rio, pelo que prometia absolvi\u00e7\u00e3o a quem sa\u00edsse para lutar contra ele.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 55\n\nAo sinal de Pizarro, Cand\u00eda disparou seu falconete, as trombetas soaram e os homens a cavalo sa\u00edram sob o comando de Hernando de Soto e Hernando Pizarro. Os cavalos causaram mais p\u00e2nico aos ind\u00edgenas, que n\u00e3o conseguiram se defender e s\u00f3 pensaram em fugir do local; tamanho era o desespero que formaram pir\u00e2mides humanas para chegar ao topo do muro que circundava a pra\u00e7a, muitos morrendo asfixiados pela aglomera\u00e7\u00e3o. At\u00e9 que finalmente, devido \u00e0 press\u00e3o, o muro desabou e, por cima dos mortos sufocados, os sobreviventes fugiram para o campo. Os homens a cavalo espanh\u00f3is correram atr\u00e1s deles, alcan\u00e7ando e matando aqueles que podiam.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 60-61 Por sua vez, enquanto esperava o sinal para capturar os espanh\u00f3is, Rumi\u00f1ahui ouviu o tiro de Pedro de Cand\u00eda e viu, surpreso, como o \u00edndio que deveria dar o sinal foi atirado do alto da torre da pra\u00e7a e, mais tarde, aos poucos minutos, observou uma das paredes da pra\u00e7a desabar como resultado da multid\u00e3o em fuga. Rumi\u00f1ahi n\u00e3o p\u00f4de tomar uma decis\u00e3o r\u00e1pida provavelmente porque acreditava que Atahualpa havia morrido. Naquela mesma noite, Rumi\u00f1ahui marchou em dire\u00e7\u00e3o a Quito. J\u00e1 em Quito, Ru\u00f1inahui mandaria matar os irm\u00e3os de Atahualpa que ali estavam e se nomearia como Scyri (Chefe Supremo da Confedera\u00e7\u00e3o Quite\u00f1a) com o nome de Ati II Pillahuaso.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210515142453/http://dbe.rah.es/biografias/15107/ruminahui |titulo=Rumi\u00f1ahui |data=2021-05-15 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} \n[[Ficheiro:John_Everett_Millais_-_Pizarro_seizing_the_Inca_of_Peru.jpg|miniaturadaimagem|Pintura que representa Francisco Pizarro no momento em que captura Atahualpa, evitando sua morte nas m\u00e3os de um soldado espanhol]]\nEnquanto isso, na pra\u00e7a de Cajamarca, Pizarro procurava o Inca, enquanto Juan Pizarro e seus homens cercavam o Senhor de Chincha e o matavam em sua liteira. Os espanh\u00f3is atacaram especialmente os nobres e os curacas, que se distinguiam por suas libr\u00e9s com quadrados roxos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 67 \u201cMorreram outros capit\u00e3es, mas devido ao seu grande n\u00famero n\u00e3o prestamos aten\u00e7\u00e3o a eles, porque todos aqueles que vieram para guardar Atahuapa eram grandes senhores\u201d (Jerez). Entre os que ca\u00edram naquele dia estava Ciquinchara.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 60 A mesma sorte teria acontecido com Atahualpa se n\u00e3o fosse a interven\u00e7\u00e3o de Pizarro. Os espanh\u00f3is, apesar de matarem os carregadores, n\u00e3o conseguiram derrubar a liteira do Inca, pois quando eles ca\u00edram, outros carregadores se apressaram a substitu\u00ed-los. Assim, eles lutaram por muito tempo; um espanhol queria ferir o Inca com uma faca, mas Pizarro interveio gritando que \"ningu\u00e9m deve ferir o \u00edndio sob pena de vida\". Nesta luta, Pizarro sofreu uma ferida na m\u00e3o com uma espada. No final, a liteira caiu e o Inca foi capturado, sendo levado prisioneiro para um pr\u00e9dio chamado [[Amaru Huasi]].Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 66-67 Como resultado do encontro, entre 4 000 e 5 000 pessoas morreram, embora Jerez afirmou que houve 2 000 mortos.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 53 Muitos foram esmagados at\u00e9 a morte durante a debandada, outros 7 000 foram feridos ou capturados. Os espanh\u00f3is tiveram apenas um morto (um escravo negro)MacQuarrie, Kim (2007) p. 84 e v\u00e1rios feridos.\n\n==== Ap\u00f3s a captura ====\nDepois da vit\u00f3ria em Cajamarca, os vencedores dividiram os despojos da guerra em Pultumarca ou Ba\u00f1os del Inca. O cronista soldado Estete refere que \"todas essas coisas de barracas e roupas de l\u00e3 e algod\u00e3o eram em tal quantidade que, a meu ver, eram necess\u00e1rios muitos navios para caber\". Outro cronista escreve: \"o ouro e a prata e outras coisas de valor foram todos recolhidos e levados para Cajamarca e colocados nas m\u00e3os do Tesoureiro de Sua Majestade\". Os metais preciosos somavam oitenta mil pesos em ouro e sete mil marcos em prata; quatorze esmeraldas tamb\u00e9m foram encontradas,Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 77 embora as esmeraldas, naquela \u00e9poca, n\u00e3o fossem consideradas valiosas para eles.Espino, A. (2019) p. 82 Francisco L\u00f3pez de Gomara destaca que \u201cnenhum soldado ficou t\u00e3o rico em t\u00e3o pouco tempo e sem risco\u201d, acrescentando que \u201cnunca saltou assim, porque houve muitos que perderam a sua parte nos dados\u201d.\n\nPara levar o que obtiveram, come\u00e7aram a fazer prisioneiros entre os \u00edndios, mas, para sua surpresa, viram que se ofereciam para fazer o trabalho dos cargueiros. Todos reunidos na pra\u00e7a de Cajamarca, ali Pizarro falou com eles por meio de um int\u00e9rprete, dizendo que o Inca estava vivo, mas era seu prisioneiro. Vendo que os \u00edndios estavam em paz, ordenou que fossem soltos. Eles eram partid\u00e1rios de Hu\u00e1scar e, portanto, inimigos de Atahualpa e, como tal, eram gratos aos espanh\u00f3is que viam como aliados. Pizarro escolheu os mais fortes para servirem de carregadores, separou tamb\u00e9m as \u00edndias mais jovens e mais belas para se tornarem criadas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 79 - 81\n\n=== O resgate ===\n\n==== Oferta de Atahualpa ====\n[[Ficheiro:Carlos_Baca-Flor_-_The_ransom_of_Atahualpa_-_Google_Art_Project.jpg|miniaturadaimagem|249x249px|O Resgate de Atahualpa, uma pintura de Carlos Baca-Flor que representa as negocia\u00e7\u00f5es de Atahualpa|esquerda]]\nEnquanto estava na pris\u00e3o, Atahualpa recebe a visita de curacas que lhe trazem presentes em ouro e prata. O Inca percebe que os metais preciosos t\u00eam um valor diferente para os espanh\u00f3is do que ele e seu povo lhes deram. Ele se convenceu de que a \u00fanica maneira de obter a liberdade era oferecendo-lhes uma grande quantidade de ouro e prata. Ele prop\u00f4s a Pizarro que lhe daria, em troca de sua liberdade, uma sala cheia de v\u00e1rias pe\u00e7as de ouro, at\u00e9 onde sua m\u00e3o levantada pudesse alcan\u00e7ar, e duas vezes a mesma sala cheia de objetos de prata. A sala, conhecida como [[Quarto do Resgate]], tinha 7 metros de comprimento e 5 metros de largura. Atahualpa prometeu que encontraria toda aquela quantidade de metais preciosos dentro de dois meses. Pizarro confirmou a promessa por escrito em um documento perante um not\u00e1rio p\u00fablico.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 83-84 Atahualpa tamb\u00e9m ofereceu sua irm\u00e3 [[Quispe Sisa]] como esposa para Pizarro. Quispe Sisa levaria o nome de In\u00e9s Huaylas ap\u00f3s ser batizada e teria com Pizarro uma filha que se chamaria [[Francisca Pizarro Yupanqui]], considerada a \"primeira mestiza\" do Peru.Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (1994) \n\nA primeira remessa de ouro oferecida por Atahualpa veio do sul e foi trazida por um irm\u00e3o do Inca, \"e ent\u00e3o alguns dias vinte mil chegam, e outras vezes trinta mil, e outras vezes cinq\u00fcenta e outros sessenta mil pesos de ouro em jarras e grandes potes de tr\u00eas arrobas e de duas, e jarras e grandes potes de prata e muitos outros vasos\". No entanto, os soldados espanh\u00f3is come\u00e7aram a sussurrar que, ao ritmo que a colheita estava acontecendo, as salas n\u00e3o seriam ocupadas dentro do tempo estabelecido. Percebendo os coment\u00e1rios, Atahualpa prop\u00f4s a Pizarro que, para agilizar o transporte de ouro e prata, enviasse seus soldados tanto ao santu\u00e1rio [[Pachacamac]] quanto \u00e0 cidade de Cuzco. Pizarro aceitou a proposta.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 80 Em Quito, por outro lado, o general Rumi\u00f1ahui ordenou o assassinato dos emiss\u00e1rios incas que chegaram com a ordem de recolher o ouro.\n\nEnquanto isso, seis navios chegaram ao porto de Manta. Em 20 de janeiro de 1533, Pizarro recebeu mensageiros enviados de San Miguel de Tangarar\u00e1 avisando-o dessa chegada. Tr\u00eas dos maiores navios vieram do Panam\u00e1, comandados por Diego de Almagro, com 120 homens. No total, 150 homens desembarcaram.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 108 O curaca de Tumbes se rebelou, mas n\u00e3o levantou seu povo. Em 25 de mar\u00e7o de 1533, Diego de Almagro chegaria a Cajamarca. Almagro e seus homens ficariam desapontados ao saber que nada do resgate do Inca correspondia a eles, j\u00e1 que haviam chegado tarde demais. No entanto, ficaram tranquilos em saber que, a partir de agora, toda a arrecada\u00e7\u00e3o seria repartida entre todos. Mas para que isso fosse vi\u00e1vel, o Inca tinha que morrer. \u00c9 por isso que Almagro foi um dos que mais tarde instigou a execu\u00e7\u00e3o de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 110 - 111\n\n==== Expedi\u00e7\u00e3o para Pachacamac ====\n[[Ficheiro:PACHACAMAC2.jpg|miniaturadaimagem|Vista fotogr\u00e1fica de Pachacamac, por volta de 1900]]\nSeguindo o conselho de Atahualpa, Pizarro enviou uma expedi\u00e7\u00e3o a [[Pachacamac]], na costa do vale do Lima. Pachacamac era um santu\u00e1rio de origem pr\u00e9-incaica, lar de um prestigioso or\u00e1culo onde os \u00edndios peregrinavam.Tauro del Pino, Alberto (2001) p. 1894 A expedi\u00e7\u00e3o a Pachacamac foi liderada por [[Hernando Pizarro]]. Para servir de guia, Atahualpa entregou aos espanh\u00f3is o grande sacerdote de Pachacamac e quatro outros sacerdotes menores.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 93 Atahualpa n\u00e3o sentia nenhum respeito pelo Deus Pachacamac porque, em certa ocasi\u00e3o, n\u00e3o atingiu um dos or\u00e1culos consultados a respeito de sua pessoa durante a guerra contra Hu\u00e1scar.\n\nA expedi\u00e7\u00e3o saiu de Cajamarca em 5 de janeiro de 1533 e entrou em Pachacamac em 2 de fevereiro.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 94 Chegando ao templo, Hernando Pizarro exigiu que os servos do templo lhe dessem o ouro que guardavam. Estes deram-lhe uma pequena quantia que n\u00e3o satisfez o espanhol que entrou no recinto sagrado, subiu ao topo onde estava localizado o \u00eddolo do Deus Pachacamac. Vendo isso como uma coisa de idolatria, ele removeu a imagem e a queimou, aproveitando para ensinar sobre a f\u00e9 crist\u00e3.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 95 A profana\u00e7\u00e3o chocou os nativos, que temiam uma cat\u00e1strofe, mas nada aconteceu.\n\nComo encontraram pouco metal precioso em Pachacamac, nos dias seguintes, Hernando Pizarro enviou mensageiros aos curacazgos vizinhos ordenando-lhes que trouxessem o m\u00e1ximo de ouro poss\u00edvel. Os espanh\u00f3is juntaram um butim avaliado em 90 000 pesos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 96 Em 26 de fevereiro de 1533, Hernando Pizarro saiu de Pachacamac e entrou nas montanhas, rumo a Jauja, ao saber que o general atahualpista [[Chalcuch\u00edmac]] estava ali com gente de guerra e mais ouro. Hernando Pizarro chegou a Jauja no dia 16 de mar\u00e7o. Chalcuch\u00edmac o recebeu com grandes festas e Hernando Pizarro, com ast\u00facia, convenceu o general a acompanh\u00e1-lo com suas tropas a Cajamarca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 97-98 A expedi\u00e7\u00e3o de Hernando Pizarro voltou a Cajamarca no dia 14 de abril trazendo \"vinte e sete cargas de ouro e duas mil de prata\", al\u00e9m de ter consigo o feroz Chalcuch\u00edmac.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 98-99 Ao chegar a Cajamarca, Chalcuch\u00edmac apareceu diante de Atahualpa e chorou ao v\u00ea-lo preso. Vendo que a entrega do tesouro estava atrasada, Pizarro pensou que Chalcuch\u00edmac estava conspirando contra os espanh\u00f3is e ordenou que fosse submetido a torturas. A interven\u00e7\u00e3o de Hernando Pizarro fez parar a tortura. Chalcuch\u00edmac nunca conseguiu se recuperar dos ferimentos e n\u00e3o perdoou Atahualpa por sua indiferen\u00e7a quando foi torturado. Seria ent\u00e3o dedicado a tramar uma rebeli\u00e3o contra os espanh\u00f3is enquanto se distanciava do Inca.{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20170612135217/http://historiaperuana.pe/biografia/calcuchimac/ |titulo=Calcuchimac |publicado=Historia peruana}}\n\n==== Expedi\u00e7\u00e3o para Cuzco ====\n[[Ficheiro:Cusco_Coricancha_Inti-Huasi_main_view.jpg|miniaturadaimagem|Coricancha]]\nPizarro encomendou a um nobre inca, junto com os espanh\u00f3is Pedro Mart\u00edn de Moguer, Mart\u00edn Bueno e Juan de Z\u00e1rate, uma viagem a Cuzco. Sua miss\u00e3o era agilizar o embarque de ouro e prata, tomar posse da capital do Imp\u00e9rio e conhecer sua situa\u00e7\u00e3o.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 102-103Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 59 Os espanh\u00f3is deixaram Cajamarca em 15 de fevereiro de 1533, acompanhados por escravos negros e centenas de \u00edndios aliados.\n\nOs tr\u00eas espanh\u00f3is chegaram a Jauja, onde encontraram uma floresta de lan\u00e7as com cabe\u00e7as, l\u00ednguas e m\u00e3os no final, \"foi aterrador ver as crueldades que haviam cometido\". Chalcuch\u00edmac, anteriormente, havia reprimido uma rebeli\u00e3o contra os atahualpistas. Depois seguiram para Vilcashuam\u00e1n e finalmente avistaram a cidade de Cuzco. Eles foram os primeiros europeus a ver a capital dos Incas. O general atahualpista [[Quizquiz]] estava estacionado l\u00e1, com tropas de Quito que somavam cerca de 30 000 homens. Ele gentilmente deu as boas-vindas aos espanh\u00f3is, pois estavam acompanhados por um nobre inca, ent\u00e3o os deixou em liberdade para agir. Os espanh\u00f3is continuaram a saquear a cidade e at\u00e9 mesmo saquearam as placas de ouro do [[Coricancha|Templo de Coricancha]]. Quando descobriram o [[Acllahuasi]], eles se dedicaram a estuprar as donzelas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 103-104\n\nOs tr\u00eas espanh\u00f3is voltaram a Cajamarca carregando cerca de 600 arrobas de ouro, n\u00e3o podendo transportar a carga de prata, por ser excessiva, deixando-a aos cuidados de Quizquiz, que prometeu guard\u00e1-la at\u00e9 a chegada de Francisco Pizarro. Juan de Z\u00e1rate informou a Pizarro que \"tomou posse em nome de Sua Majestade naquela cidade de Cuzco\", al\u00e9m de lhe dizer o n\u00famero e a descri\u00e7\u00e3o das cidades existentes entre Cajamarca e Cuzco, a quantidade de ouro e prata recolhidos e, principalmente a presen\u00e7a do general Quizquiz na cidade.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 104-105\n\n==== A morte de Hu\u00e1scar ====\n[[Ficheiro:Muerte_de_Hu\u00e1scar.jpg|miniaturadaimagem|Gravura que representa a morte do Inca Hu\u00e1scar, atirado de um precip\u00edcio no rio, por ordem de seu irm\u00e3o Atahualpa]]\nAtahualpa, em sua pris\u00e3o, era extrovertido, alegre e falante com os espanh\u00f3is, embora sem perder sua solenidade de monarca. Ele foi autorizado a ter todos os confortos, sendo cuidado por seus servos e suas mulheres. Demonstrou grande intelig\u00eancia e, ensinado pelos espanh\u00f3is, jogou xadrez e dados.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 114 Atahualpa recebia a visita de Pizarro todas as noites, eles jantavam e conversavam por meio de um int\u00e9rprete. Em uma dessas conversas, Pizarro soube que Hu\u00e1scar estava vivo e prisioneiro dos atahualpistas. Pizarro fez com que Atahualpa prometesse n\u00e3o matar o pr\u00f3prio irm\u00e3o e traz\u00ea-lo s\u00e3o e salvo para Cajamarca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 116-117\n\nHu\u00e1scar, ent\u00e3o, foi transferido em dire\u00e7\u00e3o a Cajamarca, pelas estradas da serra, com os ombros furados pelas cordas que seus zeladores arrastavam. Hu\u00e1scar, sabendo que Atahualpa estava nas m\u00e3os de gente estranha e que tinha oferecido um grande tesouro pela sua liberdade, disse em voz alta que era o verdadeiro dono de todos esses metais e que os daria aos espanh\u00f3is para se salvar e que Atahualpa seria o \u00fanico a morrer. Isso chegou aos ouvidos de Atahualpa, que decidiu eliminar Hu\u00e1scar antes que ele conhecesse os espanh\u00f3is. Os atahualpistas ent\u00e3o cumpriram sua miss\u00e3o. Hu\u00e1scar foi jogado de um precip\u00edcio no rio Andamarca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 117-120 Da mesma forma, a esposa e a m\u00e3e de Hu\u00e1scar, que o acompanhava em seu cativeiro, foram assassinadas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 122\n\n==== A distribui\u00e7\u00e3o do tesouro ====\nEnquanto isso, embarques de metais preciosos continuaram chegando a Cajamarca. O mulato [[Juan Garc\u00eda (conquistador)|Juan Garc\u00eda]] se encarregou de pesar e contar o ouro e a prata.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210130101825/https://traslaultimafrontera.com/el-conquistador-negro-juan-garcia/ |titulo=Juan Garc\u00eda: Conquistador, negro y espa\u00f1ol - Tras la \u00faltima frontera |data=2021-01-30 |acessodata=2021-05-14 |website=web.archive.org}} Pizarro e seus homens, ansiosos por dividir o resgate, n\u00e3o esperaram que os quartos estivessem cheios e providenciaram o in\u00edcio das tarefas de distribui\u00e7\u00e3o. Em 13 de maio de 1533, as pe\u00e7as de ouro e prata come\u00e7aram a ser derretidas, trabalho realizado por metal\u00fargicos ind\u00edgenas, segundo seu m\u00e9todo. Eles levaram um m\u00eas inteiro para fazer o trabalho.Prescott, William (1851) p. 114 Normalmente, cinquenta ou sessenta mil pesos eram derretidos todos os dias. O trono do Inca n\u00e3o entrou na fundi\u00e7\u00e3o, permanecendo nas m\u00e3os de Pizarro.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 62\n\nEm 17 de junho, quando a fundi\u00e7\u00e3o foi conclu\u00edda, Pizarro ordenou a distribui\u00e7\u00e3o.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 37 A soma total de ouro atingiu \"um milh\u00e3o e trezentos e vinte e seis mil quinhentos e trinta e nove pesos de ouro\". O total de prata derretida foi avaliado em \"cinquenta e um mil seiscentos e dez marcos\".Prescott, William (1851) p. 114-115 O Quinto Real foi reservado para a coroa espanhola. Pizarro, em sua opini\u00e3o, premiou alguns com mais e outros com menos. Para o bispado de Tumbes, foram reservados 2 220 pesos de ouro e 90 marcos de prata. Pizarro recebeu 57 220 pesos de ouro e 2 350 marcos de prata. Hernando Pizarro recebeu 31 080 pesos e 1 267 marcos de prata; para Hernando de Soto, 1 740 pesos de ouro.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 126 O mulato Juan Garc\u00eda tamb\u00e9m receberia sua parte com a qual compraria uma ind\u00edgena de outro soldado, tendo uma filha com ela.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20200703012044/https://www.labrujulaverde.com/2016/04/los-conquistadores-espanoles-de-raza-negra |titulo=Los conquistadores espa\u00f1oles de \u2018raza\u2019 negra |data=2020-07-03 |acessodata=2021-05-14 |website=web.archive.org}} Quando a reparti\u00e7\u00e3o ocorreu, [[Hernando de Luque]] j\u00e1 estava morto.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20191103081705/http://dbe.rah.es/biografias/12490/hernando-de-luque |titulo=Hernando de Luque |data=2019-11-03 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Outro que recebeu sua parte foi Martinillo.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20190714233512/http://dbe.rah.es/biografias/95449/martinillo-de-poechos |titulo=Martinillo de Poechos |data=2019-07-14 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} [[Martinillo]] se casaria mais tarde com uma espanhola, [[Luisa de Medina]], teria um escravo negro a seu servi\u00e7o{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210520152147/https://elperuano.pe/noticia/73834-martinillo-el-interprete-biblico |titulo=Martinillo, el int\u00e9rprete b\u00edblico |data=2021-05-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} e obteria um bras\u00e3o e h\u00e1bito de uma Ordem de Cavalaria.\n\nTamb\u00e9m cerca de 15 000 pesos de ouro foram dados aos vizinhos que permaneceram em San Miguel de Tangarar\u00e1. Embora Diego de Almagro e seus homens n\u00e3o tivessem direito a nenhum dos resgates, Pizarro lhes deu 20 000 pesos de ouro para serem distribu\u00eddos entre eles. Almagro havia pedido que ele e seus companheiros recebessem metade do que os de Cajamarca, mas eles n\u00e3o conseguiram concordar. [[Hernando Pizarro]] deixou Cajamarca para a Espanha para levar o que havia sido separado do Quinto Real.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 133 O primeiro dos quatro navios chegou em Sevilha em 5 de dezembro de 1533. Em 4 de janeiro de 1534, o navio Santa Mar\u00eda del Campo chegou em [[Sevilha]], onde estava Hernando Pizarro. Tudo o que foi trazido foi depositado na [[Casa de Contrataci\u00f3n de Sevilha]]; de l\u00e1 foi transferido para a c\u00e2mara do rei da Espanha. \n\nMuitos decidiram voltar \u00e0 Espanha, a fim de aproveitar o que haviam obtido; e foi assim que cerca de trinta dos que haviam participado da captura do Inca, cheio de ouro e prata, chegaram a Sevilha no in\u00edcio de 1535. Entretanto, por ordem do rei, todos os seus bens foram confiscados porque o rei estava arrecadando fundos para pagar sua campanha no norte da \u00c1frica.Teodoro Hampe (7 de febrero de 1982). \u00abRecensi\u00f3n. La hueste perulera\u00bb. ''Dominical'' de ''El Comercio'' Jerez conta que a abund\u00e2ncia de dinheiro foi t\u00e3o grande que fez com que o valor das coisas aumentasse enormemente. A infla\u00e7\u00e3o ocorreu no Peru e tamb\u00e9m na Espanha.\n\n==== A morte de Atahualpa ====\n[[Imagem:Luis Montero - The Funerals of Inca Atahualpa - Google Art Project.jpg|thumb|Um dos principais eventos da conquista do [[Imp\u00e9rio Inca]] foi a morte de [[Atahualpa]], o \u00faltimo [[Sapa Inca]], em 26 de agosto de 1533]]\nQuando a distribui\u00e7\u00e3o do resgate terminou, a situa\u00e7\u00e3o dos espanh\u00f3is em Cajamarca tornou-se espinhosa. Os homens de Almagro estavam ansiosos para entrar em a\u00e7\u00e3o e marchar para o sul, para territ\u00f3rios ainda desconhecidos.Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 67 O car\u00e1ter do Inca fez com que muitos capit\u00e3es de Pizarro tomassem partido por ele, com destaque para [[Hernando de Soto]] e [[Hernando Pizarro]]. Hernando Pizarro estabeleceu uma amizade muito pr\u00f3xima com Atahualpa e Hernando de Soto queria que Atahualpa fosse levado para a Espanha. Por outro lado, entre aqueles que queriam a elimina\u00e7\u00e3o do Inca estavam Almagro e seus homens; o padre Valverde, que ficou escandalizado com os pecados do Inca; o tesoureiro Riquelme e outros.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 145 [[Felipillo]], que havia se apaixonado por uma das jovens noivas de Atahualpa, [[Cusi Rimay Ocllo]], e que por essa a\u00e7\u00e3o despertou a ira do Inca, se vingou transmitindo not\u00edcias alarmantes aos espanh\u00f3is, fingindo que o Inca estava preparando sua fuga em coordena\u00e7\u00e3o com seus generais e de planejar a morte de todos os crist\u00e3os.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 142-144 \n\nPizarro, aproveitando que seu irm\u00e3o Hernando Pizarro estava viajando para a Espanha, aproveitou a situa\u00e7\u00e3o para despachar Hernando de Soto a Huamachuco a fim de verificar e se necess\u00e1rio espancar os \u00edndios que ali estavam em \"p\u00e9 de guerra\".Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) p. 66 Desta forma, Pizarro iniciou um processo contra o Inca. O tribunal que julgou Atahualpa foi uma corte marcial presidida por Pizarro. As respostas do Inca foram manipuladas e modificadas por Felipillo para encerrar sua vingan\u00e7a contra o Inca.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 164 Atahualpa foi considerado culpado de idolatria, heresia, regic\u00eddio, fratric\u00eddio, trai\u00e7\u00e3o, poligamia e incesto e foi sentenciado a ser queimado na fogueira. A senten\u00e7a foi proferida em 26 de julho de 1533 e a execu\u00e7\u00e3o da senten\u00e7a foi marcada para esse dia. Atahualpa rejeitou as acusa\u00e7\u00f5es e pediu para falar com Pizarro, mas ele recusou.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 171-172 \n\n\u00c0s 19 horas, Atahualpa foi retirado de sua cela e levado para o centro da pra\u00e7a, onde um tronco foi pregado. Ali, cercado pelos soldados espanh\u00f3is que carregavam tochas e pelo padre Valverde, ele foi amarrado enquanto as toras eram postas em p\u00e9. Vendo que ele seria queimado, Atahualpa iniciou um di\u00e1logo com Valverde. Preocupado que seu corpo fosse consumido pelas chamas e n\u00e3o preservado, ele aceitou a oferta de Valverde de ser batizado para trocar a pena da fogueira pela do enforcamento. Ele foi batizado l\u00e1 e chamaram-no Francisco. Em seguida, uma corda foi enrolada em seu pesco\u00e7o e foi estrangulado.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 172-175 O corpo de Atahualpa recebeu um enterro crist\u00e3o.Espino, A. (2019) p. 115 Durante a celebra\u00e7\u00e3o da cerim\u00f4nia f\u00fanebre em Quito, [[Rumi\u00f1ahui]] profanou a m\u00famia do Inca e ordenou o assassinato de Quilliscacha, regente e tutor dos filhos de Atahualpa. Embora as [[panacas]] reais de Cuzco n\u00e3o o tivessem reconhecido como Inca, os espanh\u00f3is sim. Pizarro decidiu nomear Inca a [[T\u00fapac Hualpa]]. T\u00fapac Hualpa era muito jovem e inexperiente. A cerim\u00f4nia de entroniza\u00e7\u00e3o foi realizada em Cajamarca, onde os conquistadores, juntamente com os nobres incas, o reconheceram como Inca. Uma lhama branca imaculada foi sacrificada, de acordo com a tradi\u00e7\u00e3o de Cuzco, e o novo Inca retirou-se para jejuar. Presentes foram trocados e T\u00fapac Hualpa reconheceu seu desejo de se colocar sob a prote\u00e7\u00e3o do rei espanhol. A cerim\u00f4nia correspondente foi feita com suas respectivas atas para o not\u00e1rio da expedi\u00e7\u00e3o.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20180601203455/http://books.openedition.org/ifea/937 |titulo=Francisco Pizarro - 8 Hacia el ombligo del mundo - Institut fran\u00e7ais d\u2019\u00e9tudes andines |data=2018-06-01 |acessodata=2021-05-14 |website=web.archive.org}} \n\n=== A marcha para Cuzco ===\n\n==== Primeiros avan\u00e7os ====\n[[Ficheiro:Paso_de_los_Andes.jpg|miniaturadaimagem|Gravura representando os homens de Pizarro viajando pela acidentada [[Andes|cordilheira dos Andes]]]]\nA Pizarro decidiu deixar Cajamarca para Cuzco. Antes de partir, [[Sebasti\u00e1n de Belalc\u00e1zar|Sebasti\u00e1n de Benalc\u00e1zar]] foi nomeado vice-governador da cidade de San Miguel de Tangarar\u00e1. Partiu em 11 de agosto de 1533, levando o general Chalcuch\u00edmac como prisioneiro. Na vanguarda estava T\u00fapac Hualpa, tamb\u00e9m chamado de Toparpa, acompanhado por uma grande comitiva de cortes\u00e3os. Atr\u00e1s deles estavam homens de infantaria espanh\u00f3is seguidos por cargueiros ind\u00edgenas que eram guardados por escravos negros e \u00edndios nicaraguenses.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 196-197 No primeiro dia da viagem, eles acamparam pr\u00f3ximo ao rio Cajamarca. L\u00e1 eles souberam da morte de [[Huari Tito]], irm\u00e3o de T\u00fapac Hualpa, que havia sa\u00eddo para verificar o bom estado das pontes e estradas. Huari Tito foi assassinado por partid\u00e1rios de Atahualpa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 199 Eles chegaram a Huamachuco em 17 de agosto. L\u00e1 eles foram recebidos como libertadores porque h\u00e1 muito tempo, Atahualpa havia profanado o templo de Deus Catequil e assassinado o sacerdoteBusto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 200 esmagando seu cr\u00e2nio com um cassetete dourado por ter previsto um \"fim ruim\".Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (2002) p. 179\n\nAo longo do caminho, Pizarro soube que os generais atahualpista Yncorabaliba, Yguaparro e Mortay vinham recrutando guerras em Bomb\u00f3n e que sabiam dos movimentos dos espanh\u00f3is por meio de not\u00edcias enviadas por Chalcuch\u00edmac. Pizarro ordenou que ele fosse rigorosamente monitorado. Em 7 de outubro eles chegaram a Bomb\u00f3n. Pizarro redobrou sua vigil\u00e2ncia. \u00c0 noite ele soube que cinco l\u00e9guas de Jauja os atahualpistas tinham se reunido, cujo plano era retirar-se para Cuzco e juntar-se com Quizquiz, mas n\u00e3o antes de deixar toda a cidade de Jauja arrasada para que os espanh\u00f3is n\u00e3o encontrassem com que se abastecer. Pizarro avan\u00e7ou em dire\u00e7\u00e3o a Jauja levando Chalcuch\u00edmac com o prop\u00f3sito de us\u00e1-lo como ref\u00e9m.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 203 Ao entardecer de 10 de outubro, chegaram a Tarma sem encontrar resist\u00eancia. L\u00e1 eles passaram a noite sofrendo de fome, sede, chuva e granizo. Ao amanhecer retomaram a marcha em dire\u00e7\u00e3o a Jauja.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 204 Em Jauja, Pizarro encontrou as tropas dos generais Yurac Huallpa e Ihua Paru. Uma batalha come\u00e7ou entre os atahualpistas e os espanh\u00f3is com seus aliados.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 69-70 Os pr\u00f3prios locais ajudaram a exterminar os atahualpistas, contando aos espanh\u00f3is onde eles estavam se escondendo.\n\n==== A morte de T\u00fapac Hualpa ====\nEm Jauja, T\u00fapac Hualpa morre de uma forma misteriosa.Espinoza Soriano, Waldemar (1986) p. 92 De repente, ele perdeu a consci\u00eancia e desmaiou. A morte de T\u00fapac Hualpa deixou Pizarro muito triste porque o falecido lhe tinha mostrado uma boa amizade. O boato que se espalhou foi que Chalcuch\u00edmac o envenenou dando-lhe uma bebida com a\u00e7\u00e3o letal retardada para beber em Cajamarca. Pizarro evitou a suspeita e convocou Chalcuch\u00edmac e outros nobres incas colaboradores para propor um novo inca. Chalcuch\u00edmac prop\u00f4s Aticoc, filho de Atahualpa, enquanto os nobres de Cuzco propuseram um irm\u00e3o do Inca morto, mas de origem cusquenho. Como estavam perto de Cuzco, Pizarro decidiu-se pelo Inca de origem cusquenho.\n\nPizarro percebeu que havia se mudado para muito longe de San Miguel de Tangarar\u00e1. Atra\u00eddo pela regi\u00e3o onde se encontrava, al\u00e9m de ser povoada por \u00edndios amig\u00e1veis, os huancas, decidiu fazer dele a segunda popula\u00e7\u00e3o de espanh\u00f3is. Pizarro informou sobre o projeto, tendo uma boa recep\u00e7\u00e3o. Cerca de oitenta espanh\u00f3is pediram para ser admitidos como vizinhos e se ofereceram para ficar com o ouro e a prata de seus companheiros enquanto eles continuavam a marcha para Cuzco. Come\u00e7aram a fazer preparativos para realizar a funda\u00e7\u00e3o quando Pizarro recebeu not\u00edcias alarmantes de seus aliados huancas: os atahualpistas devastaram os campos, destru\u00edram as planta\u00e7\u00f5es e foram cada vez mais numerosos. Decidiu-se adiar a funda\u00e7\u00e3o e a marcha continuou. [[Hernando de Soto]] tinha ido na frente.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 210-214 Em 30 de outubro, chegaram a Panarai, encontrando-a destru\u00edda. No dia seguinte chegaram a Tarcos onde o curaca os entreteve com comida e bebida e os informou sobre Hernando de Soto. No dia 3 de novembro, Pizarro chega a uma cidade semidestru\u00edda onde recebe uma carta de Hernando de Soto que lhe fala de uma batalha que travou em Vilcashuam\u00e1n, onde enfrentou as tropas de Apo Maila.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 72-73\n\nPizarro chegou a Vilcashuam\u00e1n no dia 4 de novembro e garantiu que Soto j\u00e1 havia partido h\u00e1 dois dias. Em 6 de novembro, ele chegou a Andahuyalas. Saindo de Andahuaylas, Pizarro recebe uma carta de Soto informando que ele est\u00e1 encurralado em Vilcaconga. A carta foi interrompida abruptamente e o mensageiro indiano n\u00e3o deu not\u00edcias. Isso fez Pizarro temer que Soto e seus homens tivessem sido exterminados.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 216 Soto havia encontrado as tropas do ex\u00e9rcito de Quizquiz cujos aliados eram os tarmas, cujo l\u00edder era Yurac Huallpa. Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 75 Os tarmas se aliaram a Quizquiz por uma afronta cometida por Soto contra seus mensageiros. Os atahualpistas, que perceberam que os espanh\u00f3is estavam cansados, \u00e0s vezes os atacavam sem as ordens do Quizquiz. Quizquiz ordenou a retirada porque foi informado que [[Manco Capac II|Manco Inca]], um nobre inca huascarista, estava marchando contra ele para lutar contra ele. Manco Inca manteve a inten\u00e7\u00e3o de se aliar aos espanh\u00f3is e foi ao seu encontro.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 74-76 Hernando de Soto e Diego de Almagro, que tinha vindo em seu aux\u00edlio,Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 215 - 216 continuaram sua viagem a Cuzco juntos quando foram informados da presen\u00e7a de uma tropa enviada por Quizquiz, ent\u00e3o optaram por se entrincheirar em uma cidade \u00e0 espera de Pizarro.\n\n==== A morte de Chalcuch\u00edmac ====\nSabendo dos ataques que haviam sofrido seu avan\u00e7ado encabe\u00e7ado por Soto, Pizarro suspeitou que seus movimentos eram espiados e que [[Chalcuch\u00edmac]] foi quem enviou esses relat\u00f3rios aos atahualpistas. Eles continuaram a estrada e j\u00e1 estando perto de Cuzco, Diego de Almagro apareceu no acampamento de Pizarro e continuaram at\u00e9 onde estava Hernando de Soto. Juntos, eles continuaram para Jaquijahuana onde acamparam em 12 de novembro de 1533.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 218 No caminho, os ca\u00f1aris, liderados por Chilche, ofereceram seu apoio aos espanh\u00f3is que aceitaram. Estes faziam parte do ex\u00e9rcito de Quizquiz, mas devido a desentendimentos com ele, juntaram-se aos espanh\u00f3is.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 76-77\n\nDiego de Almagro e Hernando de Soto convenceram Pizarro de que os ataques em Vilcashuam\u00e1n e Vilcaconga foram produto da \"infid\u00eancia de Chalcuch\u00edmac\".Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 76 Os chefes espanh\u00f3is concordaram em condenar Chalcuch\u00edmac a morrer na fogueira. Por meio de um int\u00e9rprete, o padre Valverde tentou persuadir Chalcuch\u00edmac a se tornar crist\u00e3o, mas ele se recusou e come\u00e7ou a invocar o Deus Pachacamac para que, por meio de Quizquiz, viesse em ajud\u00e1-lo.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 218 - 219\n\nChalcuch\u00edmac foi queimado at\u00e9 a morte na pra\u00e7a de Jaquijahuana, recusando-se a ser batizado como crist\u00e3o. Um cronista relata que \u201ctodas as pessoas da terra se alegraram infinitamente com sua morte, porque ele era muito odiado por todos por saberem o qu\u00e3o cruel ele era\u201d. Pizarro prometeu que pegaria e faria o mesmo com Quizquiz.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 78 No dia seguinte, foi anunciada a visita de um pr\u00edncipe de Cuzco ao acampamento espanhol, o que pegou Pizarro de surpresa.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 219\n\n==== Chegada a Cuzco ====\n[[Ficheiro:Simulaci\u00f3n_de_lo_que_probablemente_fue_el_Cusco_en_\u00e9poca_incaica.jpg|miniaturadaimagem|Restaura\u00e7\u00e3o digital do que provavelmente foi a cidade de Cusco na \u00e9poca dos incas. Voc\u00ea pode ver na imagem, a pra\u00e7a central dividida pelo rio Saphy em dois setores, o Huacaypata (lugar de l\u00e1grimas) e a Cusipata (lugar de alegria)]]\nEm 14 de novembro de 1533, Manco Inca Yupanqui, filho de [[Huayna Capac]], apareceu no acampamento de Pizarro. Este personagem, tamb\u00e9m chamado de [[Manco Capac II|Manco Inca]], apareceu para apoiar os espanh\u00f3is na guerra comum que enfrentavam contra as tropas atahualpistas. Pizarro aceitou de bom grado a alian\u00e7a e apressou a marcha at\u00e9 Cuzco, que, segundo Manco Inca, foi amea\u00e7ado de inc\u00eandio pelos atahualpistas.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) pp. 220-221 O apoio de Manco Inca acrescentou tropas ao lado dos espanh\u00f3is. Perto da cidade, eles encontraram as tropas de Quizquiz contra as quais lutaram em Anta. Vendo que era improv\u00e1vel que a batalha fosse ganha, os homens de Quizquiz se retiraram; Eles tamb\u00e9m n\u00e3o queriam defender a cidade de Cuzco porque viram como seria dif\u00edcil defender a cidade rua a rua.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 78 - 79 Cansados \u200b\u200bda longa campanha, muitos deles s\u00f3 queriam voltar para Quito.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 222\n\nSem obst\u00e1culos, Pizarro entrou em Cuzco junto com Manco Inca e seus aliados. Pizarro chegou com seus homens \u00e0 grande pra\u00e7a e ap\u00f3s escrutinar seus edif\u00edcios, enviou alguns pe\u00f5es para visit\u00e1-los. Os espanh\u00f3is pediram permiss\u00e3o para saquear a cidade e seu pedido foi concedido para que os espanh\u00f3is entrassem nos edif\u00edcios de pedra, alguns dos quais haviam sido incendiados pelos atahualpistas. Dentro eles encontraram ouro e recolheram o que puderam, depois visitaram os dep\u00f3sitos de roupas, seguidos pelos dep\u00f3sitos de alimentos, sapatos, cordas de todos os tamanhos, armas ofensivas e defensivas, barras de cobre, dep\u00f3sitos de coca e pimenta, encontrando tamb\u00e9m dep\u00f3sitos de corpos esfolados que eram usados para fazer tambores.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (1981) p. 76 A caminho do [[Coricancha]], um sumo sacerdote \"cheio de ira sagrada\" saiu tentando bloquear seu caminho e avisou-os de que, para entrarem no recinto sagrado, deveriam jejuar por um ano, estar descal\u00e7os e com uma carga em seus ombros. Os espanh\u00f3is pararam por um momento, esperaram que traduzissem suas palavras, entenderam a ideia, riram e correram para o templo.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (1981) p. 79 \n\nEm 16 de novembro, Pizarro transformou Manco Inca em Inca, mas ao mesmo tempo um vassalo da coroa espanhola. Os espanh\u00f3is o chamaram de Manco II, pois souberam que o primeiro Inca tamb\u00e9m se chamava Manco ([[Manco Capac]]). Pizarro mandou legalizar a vassalagem de Manco Inca num domingo, deixando a missa a que assistira com ele. Pizarro seguiu o protocolo tradicional espanhol para esses casos; no final, abra\u00e7ou Manco Inca e ele retribuiu o gesto, oferecendo-lhe chicha em um copo dourado.\n\n=== Alian\u00e7a Manco Inca - Pizarro ===\n\n==== A persegui\u00e7\u00e3o de Quizquiz ====\n[[Ficheiro:Inca-espa\u00f1oles.jpg|miniaturadaimagem|235x235px|Tropas de Quizquiz enfrentando o ex\u00e9rcito combinado de [[Manco Capac II|Manco Inca]] e [[Francisco Pizarro|Pizarro]]]]\nPizarro ordena que Hernando de Soto deixe Cuzco com os homens de Manco Inca para lutar contra Quizquiz. Quizquiz estava em Capi, onde ocorreu uma batalha na qual foi derrotado. Ap\u00f3s esta batalha, voltaram a Cuzco enquanto o general [[Paullu Inca]] perseguia o ex\u00e9rcito de Quizquiz sendo derrotado na persegui\u00e7\u00e3o. Chegando ao ver\u00e3o, as campanhas param at\u00e9 fevereiro de 1534, quando a persegui\u00e7\u00e3o \u00e9 retomada. Chegando a Vilcashuam\u00e1n, receberam a not\u00edcia de que o ex\u00e9rcito de Quizquiz estava marchando sobre Jauja preocupado, com isso, aos espanh\u00f3is porque tinham deixado uma guarni\u00e7\u00e3o na cidade. \u00a0Em Jauja houve uma batalha sangrenta entre o capit\u00e3o Gabriel de Rojas e C\u00f3rdova e o general Quizquiz. A alian\u00e7a indo-espanhola, que inclu\u00eda os [[Yanacona|yanaconas]] pela primeira vez, fez com que Quizquiz se retirasse sem conseguir tomar a cidade.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 82-83\n\nEnquanto isso, em 23 de mar\u00e7o de 1534, ocorre a funda\u00e7\u00e3o espanhola de Cuzco. Como em qualquer cidade da corte espanhola, a Plaza Mayor e o local da catedral foram escolhidos al\u00e9m de fazer a distribui\u00e7\u00e3o de lotes, terras e \u00edndios entre os 40 espanh\u00f3is que resolveram se estabelecer como vizinhos.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 236 A essa altura, j\u00e1 havia chegado a not\u00edcia de que [[Pedro de Alvarado]] planejava organizar uma expedi\u00e7\u00e3o. Isso levou Pizarro a apressar a funda\u00e7\u00e3o de Cuzco para que Alvarado n\u00e3o pudesse argumentar que a terra n\u00e3o tinha dono e reivindicar direitos sobre ela. Pizarro enviou Diego de Almagro \u00e0 costa para tomar estes territ\u00f3rios em possess\u00e3o do rei da Espanha. \n\nPizarro partiu para Jauja, encontrando no caminho sinais deixados por Quizquiz em seu retiro: pontes queimadas, campos arrasados, tambos saqueados. Soube-se que Quizquiz e seu ex\u00e9rcito estavam em retirada para o norte depois de serem repelidos pelos espanh\u00f3is e seus aliados em Jauja. Mas junto com esta not\u00edcia vieram not\u00edcias mais preocupantes: um filho de Atahualpa vinha de Quito com um grande ex\u00e9rcito de \u00edndios canibais prontos para vingar a morte de seu pai. Pizarro pediu \u00e0 Manco Inca que os avisasse sobre o envio de refor\u00e7os, depois foi para Jauja, onde entrou em 20 de abril de 1534. Em 25 de abril, Pizarro fundou a nova cidade espanhola de Jauja, com o objetivo de transform\u00e1-la na capital de seu governo.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) pp. 240-241 Por seu lado, Hernando de Soto ao lado de Paullu Inca foi em busca de Quizquiz, chegando a ele em Maracaylla, onde se realizou em confronto. Este confronto ocorreu nas margens do rio Mantaro, onde ambos os ex\u00e9rcitos estavam separados por este rio. As armas utilizadas foram a besta, flechas e \"arcos como pedra\". Finalmente as tropas de Quizquiz se retiraram do local sendo perseguidas pelas tropas de Paullu Inca. Quizquiz se retirou para Tarma, mas o curaca local o impediu de entrar na cidade. Quizquiz continuou o retiro para Quito. Maracaylla significaria a derrota definitiva de Quizquiz.\n\n==== Rumo a Quito ====\n[[Ficheiro:Rumi\u00f1ahui,_por_Jos\u00e9_Y\u00e9pez_A._(1925).jpg|miniaturadaimagem|239x239px|Representa\u00e7\u00e3o de Rumi\u00f1ahui]]\n[[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]], viajando ao longo da costa, fez a primeira funda\u00e7\u00e3o da cidade de [[Trujillo (Peru)|Trujillo]] perto da antiga cidade chim\u00fa de [[Chan Chan]]. Continuando mais ao norte, chega a San Miguel de Tangarar\u00e1, onde fica sabendo que [[Sebast\u00edan de Benalc\u00e1zar]] havia partido para Quito. O general [[Rumi\u00f1ahui]] estava em Quito. Rumi\u00f1ahui havia esmagado uma rebeli\u00e3o dos ca\u00f1aris contra o poder inca, no entanto, eles enviaram secretamente uma embaixada a Sebast\u00edan de Benalc\u00e1zar. Com o pretexto de ajudar os ca\u00f1aris, Benalc\u00e1zar partiu com o objetivo de tomar Quito. As tropas hispano-ca\u00f1aris lutaram contra as tropas de Rumi\u00f1ahui em Teocaxas, onde conseguiram derrot\u00e1-las. Rumi\u00f1ahui se fortificou em Riobamba, onde os hispano-ca\u00f1aris o atacaram e, apesar de terem sido rejeitados no in\u00edcio, capturaram a cidade. Outra vit\u00f3ria aconteceu em Pancallo, perto de Ambato.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 85-86 Estando Rumi\u00f1ahui prestes a derrotar os hispano-ca\u00f1aris, o vulc\u00e3o Tungurahua entrou em erup\u00e7\u00e3o, fazendo com que seu ex\u00e9rcito se desmoralizasse e recuasse temendo a ira divina.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) p. 90\n\nRumi\u00f1ahui, vendo que era imposs\u00edvel defender Quito, abandona a cidade levando as riquezas. Rumi\u00f1ahui queria que todas as virgens do sol o acompanhassem, no entanto, 300 mulheres se recusaram a deixar a cidade e Rumi\u00f1ahui, desprezando-as, rotulou-as de prostitutas e as mandou executar. Uma vez mortos, os cad\u00e1veres foram jogados \"em alguns buracos profundos que ficavam perto dali\".Espino, A. (2019) p. 129 Benalc\u00e1zar entra em Quito encontrando-a queimada.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) pp. 90-91 Rumi\u00f1ahui op\u00f4s alguma resist\u00eancia a Yurbo at\u00e9 que entrou na selva e n\u00e3o foi ouvido por algum tempo.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 87 Ap\u00f3s a retirada de Rumi\u00f1ahui, Diego de Almagro e Benalc\u00e1zar se encontraram em Riobamba onde fundaram a cidade de Santiago de Quito em 15 de agosto de 1534.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) pp. 91-92 Mas antes de consolidar a conquista, os dois concordaram em enfrentar a presen\u00e7a de Pedro de Alvarado que queria tirar o que eles haviam alcan\u00e7ado.\n\n==== Expedi\u00e7\u00e3o de Pedro de Alvarado ====\nPedro Alvarado, depois de fundar o porto de [[Iztapa]], na Guatemala, partiu no in\u00edcio de 1534 para as terras do sul, chegando em 10 de fevereiro de 1534 na ba\u00eda de Car\u00e1quez. Eles seguiram para Quito, atrav\u00e9s de uma regi\u00e3o tropical povoada por p\u00e2ntanos e vegeta\u00e7\u00e3o rasteira. O frio e a fome causaram grandes danos. Morreram 85 espanh\u00f3is e 6 castelhanas, al\u00e9m de grande n\u00famero de \u00edndios auxiliares e escravos negros. Ningu\u00e9m se preocupou em manter a contagem exata. A marcha foi dif\u00edcil nas montanhas, no meio da neve que cegava os olhos e no momento em que o vulc\u00e3o Cotopaxi entrou em erup\u00e7\u00e3o. Mas Alvarado insistiu em sua determina\u00e7\u00e3o de chegar a Quito e n\u00e3o desistiu.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 87-88\n\nPreocupado com a presen\u00e7a de Alvarado, Pizarro instruiu Diego de Almagro a negociar com ele. Almagro deixou Benalc\u00e1zar como governador em Quito e foi ao encontro de Alvarado. No caminho, ele enfrentou alguns \u00edndios rebeldes que derrotou em Liriabamba.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 88 O encontro entre Almagro e Alvarado realizou-se em Riobamba. A princ\u00edpio, um confronto entre os dois foi temido a tal ponto que Felipillo, vendo que as for\u00e7as de Alvarado eram mais numerosas, ofereceu seu apoio, levando consigo alguns curacas. No entanto, os dois espanh\u00f3is decidiram iniciar conversa\u00e7\u00f5es para resolver qualquer problema de forma pac\u00edfica. Alvarado afirmou que Cuzco n\u00e3o estava dentro dos limites do governo de Pizarro, ent\u00e3o ele poderia marchar para conquistar a cidade e os territ\u00f3rios localizados mais ao sul. A princ\u00edpio, Almagro queria negociar com ele uma alian\u00e7a para conquistar juntos as regi\u00f5es localizadas ao sul de Cuzco, mas, ap\u00f3s tr\u00eas dias de conversas, Almagro percebeu que os t\u00edtulos de Alvarado n\u00e3o eram claros, ent\u00e3o optou por defender a causa de Pizarro. Almagro aproveitou para conquistar os soldados de Alvarado, que passaram para o seu lado. Alvarado, vendo que tinha tudo a perder, optou por um compromisso com Almagro: decidiu voltar \u00e0 Guatemala em troca de 100 000 pesos de ouro.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) pp. 246-247 O acordo foi assinado em 26 de agosto de 1534.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) p. 95\n\nPouco depois de assinar o pacto com Alvarado, Almagro fundou a cidade de San Francisco de Quito em 28 de agosto de 1534, embora fosse uma disposi\u00e7\u00e3o nominal.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) p. 96 Benalc\u00e1zar ficou em Quito enquanto Almagro e Alvarado foram para o sul para encontrar Pizarro.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 89-90 Benalc\u00e1zar foi o encarregado de estabelecer o dom\u00ednio espanhol em Quito e em 6 de dezembro de 1534 entrou, pela segunda vez, no centro da cidade inca de Quitu, fundando, sobre os escombros deixados por Rumi\u00f1ahui, a cidade de San Francisco de Quito, a atual cidade de Quito.Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) pp. 96-97 No in\u00edcio de 1535, Alvarado conheceu Pizarro em Pachacamac e recebeu seu pagamento em ouro. Houve comemora\u00e7\u00f5es para este evento.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 247 Para Pizarro e Almagro foi um grande neg\u00f3cio ter adquirido as tropas, navios e mantimentos trazidos por Alvarado.\n\n==== A morte de Quizquiz ====\nEnquanto Diego de Almagro e Pedro de Alvarado avan\u00e7avam para o sul, Quizquiz, que havia escapado da persegui\u00e7\u00e3o de [[Hernando de Soto]] e [[Manco Capac II|Manco Inca]], reorganizou suas for\u00e7as e marchou sobre Quito. Ele planejava retomar a cidade. Quizquiz conseguiu separar as for\u00e7as de Alvarado e Almagro e se lan\u00e7ou sobre o primeiro, no entanto, Alvarado partiu para a ofensiva e capturou a general Socta Urco, l\u00edder da vanguarda de Quizquiz.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 90 \n\nEncorajado, Alvarado avan\u00e7ou para o sul sem esperar por Almagro. Por sua vez, Almagro enfrentou [[Huayna Palc\u00f3n]], tenente de Quiquiz e filho de Huayna Capac. Em outra ocasi\u00e3o, Quizquiz atacou os espanh\u00f3is, conseguindo matar 53 deles e um bom n\u00famero de cavalos. No entanto, 4 000 dos homens de Quizquiz desertaram e foram para o lado espanhol. Posteriormente, Quizquiz sofreu grandes derrotas at\u00e9 que finalmente a \u00faltima de suas tropas foi eliminada por Benalc\u00e1zar na segunda batalha de Riobamba.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 90-91\n\nQuizquiz, junto com Huayna Palc\u00f3n, retirou-se para a selva para planejar uma estrat\u00e9gia contra os espanh\u00f3is. Quizquiz queria desenvolver uma luta de guerrilha \u00e0 qual Huayna Palc\u00f3n se op\u00f4s. Huayna Palc\u00f3n levantou a op\u00e7\u00e3o de se render aos espanh\u00f3is. Indignado, Quizquiz o reprovou por sua atitude, pela qual Huayna Palc\u00f3n, ofendido e atordoado, em um acesso de raiva enfiou a lan\u00e7a no peito de Quizquiz, cujo corpo rolou no ch\u00e3o sem vida.Velasco, Juan de (1841) Horrorizado, com um golpe, Huayna Palc\u00f3n cortou sua m\u00e3o direita com a esquerda.\n\n==== A morte de Rumi\u00f1ahui ====\nA impossibilidade de capturar Rumi\u00f1ahui, e assim conhecer o segredo do tesouro que havia levado, causou a frustra\u00e7\u00e3o de Benalc\u00e1zar. Em Quioche, a frustra\u00e7\u00e3o se transformou em crueldade. Ele ordenou \"matar todos com o motivo de que seria uma li\u00e7\u00e3o, para que os outros voltassem para suas casas... crueldade, indigna de um homem castelhano\", al\u00e9m de enterrar vivos \"mais de trezentos \u00edndios em Riobamba\".Espino, A. (2019) p. 127 Por sua vez, Rumi\u00f1ahui tentou reorganizar as tropas e recuperar Quito, mas falhou antes da alian\u00e7a forjada entre espanh\u00f3is e \u00edndios. Embora os espanh\u00f3is fossem algumas centenas, os \u00edndios chegavam aos milhares. Esses clamavam por vingan\u00e7a contra os atahualpistas pelos massacres que cometeram na [[Guerra dos Dois Irm\u00e3os]]. Rumi\u00f1ahui foi capturado junto com seus capit\u00e3es, ap\u00f3s a queda do forte Pillaro, e mais tarde torturado para revelar a localiza\u00e7\u00e3o do tesouro inca e possivelmente enforcado,Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 92 embora se espalhou a hist\u00f3ria de que foi queimado vivo na atual Plaza Grande em Quito.\n\n== Anos turbulentos ==\n\n=== Funda\u00e7\u00e3o da Cidade dos Reis (Lima) ===\n[[Ficheiro:Fundaci\u00f3n_de_Lima_Effio.jpg|miniaturadaimagem|202x202px|Funda\u00e7\u00e3o de [[Lima]]]]\nDepois de entrar em Cuzco, Pizarro empreendeu a busca de um local adequado para estabelecer a capital.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210118151113/https://sisbib.unmsm.edu.pe/Exposiciones/FundLima/fundacion/fundacion_Lima.htm |titulo=Historia de la fundaci\u00f3n de Lima |data=2021-01-18 |acessodata=2021-05-19 |website=web.archive.org}} Sua primeira op\u00e7\u00e3o foi Jauja, por\u00e9m, devido \u00e0 altitude e \u00e0 dist\u00e2ncia do mar, o local foi descartado.Hemming, John (1993) pp. 140, 145 Optou-se ent\u00e3o por fundar a cidade no vale do [[Rio R\u00edmac|R\u00edmac]], perto do [[Oceano Pac\u00edfico]], com extensos campos e um bom clima.Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2006) p. 42 O lugar era governado por [[Taulichusco]], um yanacona (criado) de [[Mama Vilca]], esposa de Huayna Capac,Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) p. 184 a quem os Incas colocaram como autoridade do lugar.Charney, Paul (2001) p. 6 Por ser um yanacona, a terra onde ele governava n\u00e3o pertencia a ele.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20200128164504/http://historiadordelperu.blogspot.com/2011/01/la-lima-de-taulichusco.html#!http://web.archive.org/web/20210519034210/http://historiadordelperu.blogspot.com/2011/01/la-lima-de-taulichusco.html |titulo=Rinc\u00f3n de historia peruana: La Lima de Taulichusco |data=2020-01-28 |acessodata=2021-05-19 |website=web.archive.org}} Devido \u00e0 sua idade avan\u00e7ada, Taulichusco governou ao lado de seu filho [[Guachinamo]].Rostworowski, Mar\u00eda (2002) p. 239\n\nQuando os espanh\u00f3is chegaram, Taulichusco os recebeu com hospitalidade, oferecendo-lhes presentes e comida,Charney, Paul (2001) pp. 4-5 e mais tarde colaborou com eles.Rostworowski, Mar\u00eda (2002) p. 238 A cidade de Lima foi fundada em 18 de janeiro de 1535 com o nome de \"Cidade dos Reis\", assim nomeada em homenagem \u00e0 [[Epifania do Senhor|Epifania]], embora logo seria conhecida como Lima.Sanz, Porfirio (2008) p. 434 Pizarro, em colabora\u00e7\u00e3o com [[Nicol\u00e1s de Ribera]], [[Diego de Ag\u00fcero]] e Francisco Quintero, tra\u00e7ou a Plaza de Armas e o resto da cidade. A localiza\u00e7\u00e3o do Pal\u00e1cio Viceroyal (hoje o Pal\u00e1cio do Governo do Peru) e da Catedral, cuja primeira pedra foi colocada por Pizarro,Bennett, Ralph (1993) p. 35 foi arranjada. Taulichusco morreu logo ap\u00f3s a funda\u00e7\u00e3o de Lima deixando o controle para Guachinamo, que governaria a partir de Chuntay. Nos anos seguintes Lima ganhou prest\u00edgio quando foi designada capital do [[Vice-Reino do Peru|Vice-reinato do Peru]] e sede de uma [[Real Audi\u00eancia de Lima|Real Audi\u00eancia]] em 1543.Klar\u00e9n, Peter (2000) p. 87\n\n=== Manco Inca contra Pizarro ===\n\n==== O rei fantoche ====\n[[Ficheiro:Encuentro_entre_Manco_Inca_y_Francisco_Pizarro.jpg|miniaturadaimagem|224x224px|Manco Inca e Pizarro]]\nAp\u00f3s a derrota dos atahualpistas, Manco Inca logo percebeu seu papel de rei fantoche. Ap\u00f3s a derrota dos atahualpistas, Manco Inca logo percebeu seu papel de rei fantoche. Portanto, ele planejou acabar com a influ\u00eancia espanhola, entretanto, seus planos foram descobertos e ele foi feito prisioneiro em meados de 1535. Enquanto Manco Inca estava na pris\u00e3o, [[Hernando Pizarro]] chegou em Cuzco e o libertou na condi\u00e7\u00e3o de que n\u00e3o pudesse sair da cidade. Manco Inca escondeu sua raiva e mostrou sua demiss\u00e3o dando como sinal de gratid\u00e3o lou\u00e7a, est\u00e1tuas, vigas do Coricancha e ar\u00edbalos, todos feitos de ouro. Observando a ambi\u00e7\u00e3o de Hernando Pizarro, Manco Inca ofereceu-se para trazer-lhe mais riqueza.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 131 Hernando Pizarro concordou em deixar Manco Inca e [[Vila Oma]] deixar a cidade, fazendo-os prometer seu retorno. No entanto, a inten\u00e7\u00e3o de Manco Inca era fugir para se encontrar com seus generais e capitais em Calca. Logo Hernando Pizarro percebeu o engano e liderou uma expedi\u00e7\u00e3o contra o ex\u00e9rcito inca. O ataque foi um fracasso devido ao tamanho do ex\u00e9rcito do Manco Inca. Entretanto, Manco Inca n\u00e3o atacou Cuzco diretamente, mas esperou at\u00e9 que tivesse reunido todo seu ex\u00e9rcito de entre 100 000 e 200 000 soldados com os quais em 3 de maio de 1536Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 132 iniciou o cerco de Cuzco contra os espanh\u00f3is e seus aliados ind\u00edgenas.\n\n==== Avan\u00e7o contra os espanh\u00f3is e seus aliados ind\u00edgenas ====\n[[Ficheiro:Manco-Inca.jpg|miniaturadaimagem|Manco Inca liderando a rebeli\u00e3o, detalhe da pintura de Juan Bravo, no munic\u00edpio de Cuzco]]\nEntre maio de 1536 e mar\u00e7o de 1537, o [[cerco de Cuzco]] foi desenvolvido. Cercaram a cidade, queimando as aldeias vizinhas.Espino, A. (2019) p. 141 O ex\u00e9rcito inca lan\u00e7ou um ataque em grande escala na pra\u00e7a principal da cidade, conquistando grande parte dela. Os espanh\u00f3is comandados por [[Hernando Pizarro|Hernando]], [[Juan Pizarro|Juan]] e [[Gonzalo Pizarro]], junto com escravos negros, nicaraguenses, guatemaltecos, chachapoyas, ca\u00f1aris, huascaristas e milhares de \u00edndios auxiliares, fortaleceram-se em dois grandes pr\u00e9dios pr\u00f3ximos \u00e0 pra\u00e7a central, de onde conseguiram rejeitar os ataques dos incas e lan\u00e7aram contra-ataques freq\u00fcentes.Hemming, John (1993)\n\nEm maio de 1536, ap\u00f3s v\u00e1rios dias de luta, as tropas incas conquistaram a fortaleza de [[Sacsayhuaman]], o que colocou os espanh\u00f3is e seus aliados em s\u00e9rias dificuldades. Em resposta, cinquenta soldados a cavalo sob o comando de [[Juan Pizarro]], acompanhados por \u00edndios auxiliares, fingiram recuar e deixaram Cuzco, cercaram a cidade e atacaram Sacsayhuaman de fora da cidade. Durante o ataque, Juan Pizarro foi atingido por uma pedra na cabe\u00e7a e morreu v\u00e1rios dias depois, devido aos ferimentos. Ent\u00e3o, as for\u00e7as espanholas e seus aliados repeliram v\u00e1rios contra-ataques incas e tentaram um novo ataque noturno com escalas. Neste ataque eles conseguiram o controle das muralhas de Sacsayhuaman e o ex\u00e9rcito inca teve que se refugiar em duas torres do complexo. O comandante [[Pa\u00facar Huam\u00e1n]] decidiu deixar as torres com parte de seus soldados e ir para Calcas, onde ficava o quartel-general de Manco Inca, para voltar com refor\u00e7os. Com a diminui\u00e7\u00e3o do n\u00famero de defensores, as tropas espanholas conseguiram conquistar o resto da fortaleza e quando Pa\u00facar Huam\u00e1n voltou a encontrou sob firme controle espanhol. Na defesa das torres de Sacsayhuaman, destacou-se um nobre chamado [[Cahuide]] pelos espanh\u00f3is, que, com uma ma\u00e7a de ponta de cobre e armado com coura\u00e7a e escudos espanh\u00f3is, causou estragos quando os espanh\u00f3is escalaram a fortaleza. Hernando Pizarro, admirado pelo que fazia, mandou captur\u00e1-lo vivo. No entanto, Cahuide, quando ficou evidente que a torre iria cair nas m\u00e3os dos espanh\u00f3is, atirou-se ao vazio envolvendo-se no seu manto.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) pp. 137-138Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 115-116\n\nCom a queda de Sacsayhuaman, a press\u00e3o sobre a guarni\u00e7\u00e3o de Cuzco diminuiu e os combates se tornaram uma sequ\u00eancia de escaramu\u00e7as di\u00e1rias interrompidas apenas pela tradi\u00e7\u00e3o religiosa inca de suspender os combates durante a lua nova. Encorajado pelo sucesso, Hernando Pizarro liderou um ataque contra o quartel-general da Manco Inca, ent\u00e3o em Ollantaytambo, em janeiro de 1537.Hemming, John (1993) p. 207 Ao chegar \u00e0 fortaleza, Hernando Pizarro decidiu enviar uma expedi\u00e7\u00e3o de flanco sob o comando de um capit\u00e3o. Em seguida, foi ao p\u00e9 dela com a inten\u00e7\u00e3o de capturar Manco Inca encontrando uma situa\u00e7\u00e3o completamente inesperada j\u00e1 que \u201cencontrou coisas muito diferentes do que esperava porque havia muitas sentinelas no campo e pelas paredes, e muitos guardas tocando o arma com grande grito como os \u00edndios costumam ... foi not\u00e1vel ver alguns sa\u00edrem ferozmente com espadas castelhanas, rodelas e morriones ... O Inca apareceu a cavalo entre o seu povo com a sua lan\u00e7a na m\u00e3o, mantendo o ex\u00e9rcito reunido e apoiado, muito bem fortificado com uma muralha e um rio, com boas trincheiras e fortes aterros, em se\u00e7\u00f5es e em boa ordem\".Herrera, Antonio de (1601) As tropas incas tinham come\u00e7ado a usar armas espanholas. Em certa ocasi\u00e3o, enquanto Gabriel de Rojas procurava provis\u00f5es, ele foi atacado por muitos \u00edndios \"com armas castelhanas, e cavalos, e alguns mosquetes montados, daqueles que haviam levado os castelhanos que haviam morrido, porque os oito ou nove que o Inca tinha prisioneiros ele fez refinar a p\u00f3lvora e temperar as armas\".Espino, A. (2019) p. 143 \n\nA luta come\u00e7ou em Ollantaytambo. As tropas de Hernando Pizarro perdem o controle e agora Manco Inca \u00e9 quem vai atr\u00e1s de Hernando Pizarro para captur\u00e1-lo. Os espanh\u00f3is fugiram do campo de batalha enquanto seus aliados ind\u00edgenas foram eliminados pelos homens de Manco Inca. A persegui\u00e7\u00e3o foi feroz, \u201ctantos \u00edndios se apoderaram de Pizarro e seu cavalo que o largaram, e o cercaram valentemente defendendo-se com sua espada e escudo, dois a cavalo vieram ajud\u00e1-lo, levando-o pelo meio embora com dificuldade tirou-o de f\u00faria e porque para sair do meio deles era necess\u00e1rio correr, [[Pedro Pizarro]] estando muito cansado estava se afogando e implorou a seus companheiros que esperassem por ele porque queria morrer lutando em vez de fugir afogado\". No dia seguinte, quando as tropas de Manco Inca foram ao acampamento espanhol, encontraram-no abandonado. Eles riram alto quando souberam que os espanh\u00f3is fugiram de medo. Um dos espanh\u00f3is passou para o lado de Manco Inca.Espino, A. (2019) p. 148\n\n==== A campanha de Quizu Yupanqui ====\n[[Quizu Yupanqui]], o filho mais novo de [[T\u00fapac Yupanqui]], foi nomeado capit\u00e3o-geral do ex\u00e9rcito da Serra Central por Manco Inca e Vila Oma. Ele deixou Tambo para atacar Lima e destruir a cidade rec\u00e9m-fundada.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) p. 140 Em seu avan\u00e7o para Lima, ele encontrou as tropas comandadas por Gonzalo de Tapia, que derrotou em Huaytar\u00e1. Em seguida, enfrenta Diego Pizarro derrotando-o em Parcos. A terceira expedi\u00e7\u00e3o de socorro a Cuzco, sob o comando de Juan de Mogrovejo y Qui\u00f1ones, \u00e9 derrotada a caminho de Vilcashuam\u00e1n. Finalmente, a quarta expedi\u00e7\u00e3o, sob o comando de Alonso de Gaete, foi derrotada em Jauja. Todos os expedicion\u00e1rios espanh\u00f3is, incluindo seus aliados, foram exterminados por Quizu Yupanqui.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 120-123 Apenas dois soldados foram salvos que, em sua fuga, toparam com o capit\u00e3o e prefeito de Lima Francisco de Godoy que subia \u00e0s montanhas \u00e0 frente de uma quinta expedi\u00e7\u00e3o. Ciente dos fatos, Godoy ordenou a retirada total de suas tropas para Lima. Pizarro passou a acreditar que os \u00edndios haviam exterminado todos os espanh\u00f3is em Cuzco, incluindo seus irm\u00e3os Hernando, Gonzalo e Juan.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) pp. 139-140 Ap\u00f3s seus triunfos, Quizu Yupanqui continuou sua marcha para Lima, embora tenha perdido tempo recrutando pessoas no Vale do Jauja. Isso permitiu a chegada de refor\u00e7os do norte a Pizarro.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) pp. 123-124\n\n==== Cerco de Lima ====\n[[Ficheiro:Kusi_Yupanqui.jpg|miniaturadaimagem|285x285px|Morte de Quizu Yupanqui]]\nO [[cerco de Lima]] ocorreu em agosto de 1536. Quizu Yupanqui, comandando 40 000 homens, iniciou a marcha para Lima. Ele estava acompanhado por [[Illa T\u00fapac]], [[Puyo Vilca]] e outros capit\u00e3es. Quizu Yupanqui desceu da Serra de Huarochir\u00ed e acampou nas encostas do Cerro San Crist\u00f3bal, destruindo a cruz que ali estava. Em Lima, os vizinhos espanh\u00f3is se refugiaram no porto \u00e0 espera dos navios que os buscassem para o Panam\u00e1, enquanto Pizarro e seus homens, entre espanh\u00f3is e \u00edndios, os defenderiam.\n\nNo sexto dia do cerco, Quizu Yupanqui reuniu seus capit\u00e3es e disse-lhes: \"Quero entrar hoje na cidade e matar todos os espanh\u00f3is que est\u00e3o nela, e levaremos suas mulheres com quem nos casaremos e faremos um forte gera\u00e7\u00e3o para a guerra, quem for comigo tem que ir com essa condi\u00e7\u00e3o, que se eu morrer, todos morrer\u00e3o e se eu fugir, todos ir\u00e3o fugir\u201d.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 283 Depois dessas palavras, o ex\u00e9rcito inca, usando seus estandartes e ao som de pututos e tambores, deu in\u00edcio ao assalto a Lima gritando \"Para o mar, barbudos!\". Quizu Yupanqui, que ia \u00e0 frente carregado em liteiras, junto com um seleto n\u00famero de capit\u00e3es, tenha cruzado o [[Rio R\u00edmac|rio Rimac]], mas quando come\u00e7avam a entrar nas ruas da cidade foi emboscado pela cavalaria espanhola. Quizu Yupanqui, que estava lutando de sua liteira, recebeu uma lan\u00e7a no peito que o matou. Os outros chefes incas que acompanharam Quizu sofreram o mesmo destino.Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001) p. 284 Em outra vers\u00e3o de sua morte, Quizu Yupanqui recebeu um tiro de arquebus que destruiu sua perna, ferida que causou sua morte, quando se retirava.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 126\n\nApesar da morte de Quizu Yupanqui, a luta continuou por um tempo, com resultados desfavor\u00e1veis \u200b\u200bpara os incas. Manco Inca n\u00e3o lhes enviou capit\u00e3es de socorro enquanto os huancas e outras etnias, que deveriam entrar pelo sul, desertavam. A curaca [[Contarhuacho]], m\u00e3e de Quispe Sisa, esposa de Pizarro, enviou milhares de \u00edndios aliados para apoiar os espanh\u00f3is.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20201101110612/http://dbe.rah.es/biografias/contarhuacho |titulo=Contarhuacho |data=2020-11-01 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Diante dos resultados desfavor\u00e1veis, Pa\u00facar Huam\u00e1n e Illa T\u00fapac, convencidos da inutilidade de seus esfor\u00e7os, decidiram levantar a cerca e recuar, obrigando Puyo Vilca a recuar tamb\u00e9m. Mais tarde, Illa T\u00fapac lideraria a resist\u00eancia Inca em Hu\u00e1nuco, acabando com a vida de Francisco Ch\u00e1vez, que cometeu atrocidades com a inten\u00e7\u00e3o de destruir o moral dos incas.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20191021100636/http://dbe.rah.es/biografias/95174/illa-tupac |titulo=Illa Tupac |data=2019-10-21 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Ap\u00f3s a retirada dos incas, os espanh\u00f3is reconheceram que, com todo o plano de Quizu Yupanqui sendo colocado em pr\u00e1tica, nenhum espanhol teria sobrevivido em Lima.Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) p. 127\n\n=== Conflitos entre conquistadores ===\n\n==== Diego de Almagro contra Pizarro ====\n\n===== A desilus\u00e3o de Diego de Almagro =====\n[[Ficheiro:Expedici\u00f3n_de_Almagro_Pedro_Subercaseaux.jpg|miniaturadaimagem|Expedi\u00e7\u00e3o de Almagro para o Chile]]\nEm 1535, [[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]] decidiu ocupar Cuzco.Prescott, William (1851) p. 150 O desacordo sobre onde terminava o [[Governo de Nova Castela]] e onde come\u00e7ava o [[Governo de Nova Toledo]], criado para Almagro com o Decreto Real de 1534,{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210120032113/https://archivoshistoria.com/pizarro-y-almagro-i-guerra-civil-entre-los-conquistadores-del-peru/ |titulo=Pizarro y Almagro (I): Guerra Civil entre los conquistadores del Per\u00fa |data=2021-01-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} motivou esta decis\u00e3o. Pizarro convenceu seu s\u00f3cio a ir para o Chile, pois se dizia ser uma terra onde abundavam os metais preciosos e onde provavelmente encontraria um segundo Cuzco. Em 3 de julho de 1535, Almagro partiu para o Chile. A viagem foi \u00e1rdua e nada de valor foi encontrado.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210428193010/http://www.memoriachilena.gob.cl/602/w3-article-584.html |titulo=Diego de Almagro (ca. 1479-1538) - Memoria Chilena, Biblioteca Nacional de Chile |data=2021-04-28 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Em sua maior parte, era um territ\u00f3rio deserto povoado por \u00edndios guerreiros. A expedi\u00e7\u00e3o durou dois anos e terminou em 1537 com o retorno de Almagro e suas tropas. Em sua expedi\u00e7\u00e3o, foi acompanhado por [[Paullu Inca]], [[Felipillo]] e [[Vila Oma]]. Vila Oma desertou e Felipillo decidiu partir para apoiar Manco Inca, mas foi capturado, acusado de trai\u00e7\u00e3o e executado em 1536.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210520040837/http://dbe.rah.es/biografias/13827/paullu-topa-inga |titulo=Paullu Topa Inga |data=2021-05-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}}{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20190813224725/http://dbe.rah.es/biografias/17894/felipillo |titulo=Felipillo |data=2019-08-13 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Vila Oma havia recebido uma mensagem de Manco Inca para ele e Paullu Inca dizendo que planejava levante-se para matar todos os espanh\u00f3is e restaurar o Imp\u00e9rio. Paullu Inca, ao receber a mensagem, decidiu n\u00e3o agir porque eles n\u00e3o estavam em condi\u00e7\u00f5es, embora a fuga de Vila Oma foi coordenado enquanto Paullu Inca ficava com Almagro para informar Manco Inca sobre seus movimentos.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210505045027/http://dbe.rah.es/biografias/6465/diego-de-montenegro-gutierrez |titulo=Diego de Montenegro Guti\u00e9rrez |data=2021-05-05 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Por seu lado, [[Hernando de Soto]] se ofereceu como tenente para a expedi\u00e7\u00e3o, mas Almagro preferiu dar essa posi\u00e7\u00e3o a [[Rodrigo Org\u00f3\u00f1ez]]. Hernando de Soto, decepcionado e n\u00e3o querendo intervir no confronto entre Pizarro e Almagro decidiu deixar o Peru embarcando com a inten\u00e7\u00e3o de retornar \u00e0 Espanha.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210419144611/http://dbe.rah.es/biografias/8390/hernando-de-soto |titulo=Hernando de Soto |data=2021-04-19 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Mais tarde, liderou uma expedi\u00e7\u00e3o ao atual territ\u00f3rio dos [[Estados Unidos]], morrendo em 1542 nas margens do [[rio Mississippi]]. Soto teve uma filha chamada [[Leonor de Soto]]. Sua m\u00e3e era [[Leonor Curicuillor]], uma nobre ind\u00edgena filha de Hu\u00e1scar que se apaixonou por [[Quillaco]], capit\u00e3o de Atahualpa. Quando a [[Guerra dos Dois Irm\u00e3os]] estourou, seu amor foi interrompido. Soto liderou o casamento de ambos, por\u00e9m, Quillaco faleceu poucos meses depois, ent\u00e3o Soto acolheu Leonor Curicuillor em sua casa tornando-a sua amante.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210429140559/http://dbe.rah.es/biografias/94399/leonor-curicuillor |titulo=Leonor Curicuillor |data=2021-04-29 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}} Ao deixar o Peru, Soto deixou Hern\u00e1n Ponce de Le\u00f3n a cargo de sua filha.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210522033701/https://www.artehistoria.com/es/personaje/soto-leonor-de |titulo=Leonor de Soto |data=2021-05-22 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}} Anos depois, Leonor de Soto acabaria por se casar com o escriv\u00e3o real de Cuzco. \n\nDesanimado com o resultado da expedi\u00e7\u00e3o e ciente da revolta de Manco Inca, Almagro decidiu tomar a cidade de Cuzco. E o fez no momento em que os irm\u00e3os Gonzalo e Hernando Pizarro tinham acabado de romper o cerco de Cuzco em 8 de abril de 1537. Almagro capturou Gonzalo e Hernando Pizarro e se proclamou governador de Cuzco.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210520041341/http://www.bibliotecanacionaldigital.gob.cl/visor/BND:98360 |titulo=De como vino don Diego de Almagro sobre el Cuzco i prendi\u00f3 \u00e0 Hernando Pizarro |data=2021-05-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Antes ele havia tentado fazer um acordo com Manco Inca, mas isso foi frustrado. Ao saber que o capit\u00e3o pizarrista Alonso de Alvarado vinha de Lima com suas tropas, saiu ao encontro e o derrotou na batalha da Ponte de Abancay, em 12 de julho de 1537.Prescott, William (1851) p. 151 Alvarado foi levado prisioneiro para Cuzco e Almagro coroou Paullu Inca como novo Inca. Os ind\u00edgenas aliados sob o comando de Paullu Inca patrulhavam as estradas de Cuzco para impedir a sa\u00edda da capital de quem n\u00e3o fosse autorizado por Almagro.Espino, A. (2019) p. 169 Uma vez ocupado Cuzco, aconselhado por seus partid\u00e1rios, Almagro estabeleceu Lima como seu objetivo. Levando Hernando Pizarro com ele, Almagro deixou Cuzco para Lima, mas cometeu o erro de deixar [[Gonzalo Pizarro]] e [[Alonso de Alvarado]], que logo escaparam da pris\u00e3o. [[Gaspar de Espinosa]] tentou mediar entre Almagro e Pizarro, mas n\u00e3o teve sucesso. Ele acabou morrendo em Cuzco em 1537.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210422025936/http://dbe.rah.es/biografias/8952/gaspar-de-espinosa |titulo=Gaspar de Espinosa |data=2021-04-22 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}}\n\nNo caminho para Lima, Almagro fundou Chincha com a inten\u00e7\u00e3o de torn\u00e1-la capital de seu governo.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20201128132543/https://www.enperu.org/ica/distrito-chincha-baja-provincia-chincha |titulo=Chincha Baja |data=2020-11-28 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} No meio das comemora\u00e7\u00f5es da funda\u00e7\u00e3o, Almagro descobriu a fuga de Gonzalo Pizarro e Alvarado e pensou em executar Hernando Pizarro, mas n\u00e3o o fez porque algumas cartas de Pizarro chegaram a ele convidando-o a resolver o conflito de forma pac\u00edfica. Eles se reuniram em Mala em 13 de novembro de 1537, sem chegar a um acordo. O frade merced\u00e1rio [[Francisco de Bobadilla]], nomeado \u00e1rbitro, decidiu a favor de Pizarro, sem a presen\u00e7a de Almagro, ordenando a cessa\u00e7\u00e3o das hostilidades e obrigando Almagro a deixar Cuzco e libertar Hernando Pizarro. Essa decis\u00e3o irritou os almagristas, que exigiram que seu chefe decapitasse Hernando Pizarro. No entanto, Pizarro interveio sugeriu uma tr\u00e9gua aceitando que Almagro fosse o governador de Cuzco at\u00e9 a chegada de um emiss\u00e1rio do rei [[Carlos V do Sacro Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico|Carlos I]] que definiria a quest\u00e3o, em troca, solicitou a liberta\u00e7\u00e3o de [[Hernando Pizarro]]. Almagro aceitou o acordo.Prescott, William (1851) p. 153\n\n===== Estabelecimento do Reino de Vilcabamba =====\n[[Ficheiro:SAHUARAURA_p108_MANCO_INCA.jpg|miniaturadaimagem|194x194px|Manco Inca]]\nO cerco de Cuzco fracassou. Devido \u00e0 sua longa dura\u00e7\u00e3o, falta de apoio dos povos ind\u00edgenas, lutas internas e secas que for\u00e7aram os aliados de Manco Inca a recuar para evitar a fome, o cerco de Cuzco enfraqueceu.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20201017083531/http://dbe.rah.es/biografias/95329/manco-inca-yupanqui |titulo=Manco Inca Yupanqui |data=2020-10-17 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}} Manco Inca esperava retomar a campanha em tempos melhores. A reaproxima\u00e7\u00e3o entre os ind\u00edgenas que apoiavam os espanh\u00f3is e os incas n\u00e3o ocorreu porque Manco Inca ordenou que fossem mortos sem hesita\u00e7\u00e3o.Espino, A. (2019) p. 165 O cerco caiu e Diego de Almagro capturou Gonzalo e Hernando Pizarro, proclamando-se governador de Cuzco. Manco Inca pediu a [[Paullu Inca]] que se juntasse a ele e terminasse com Diego de Almagro, mas ele recusou. Diego de Almagro sabendo da Manco Inca, enviou [[Rodrigo Org\u00f3\u00f1ez]] para captur\u00e1-lo, mas ele n\u00e3o p\u00f4de. Quando Org\u00f3\u00f1ez o procurava nas montanhas, recebeu a ordem de retornar a Cuzco para acompanhar Diego de Almagro em sua expedi\u00e7\u00e3o a Lima.Guill\u00e9n, Edmundo (1994) Org\u00f3\u00f1ez voltou levando consigo [[Titu Cusi|Titu Cusi Yupanqui]], filho de Manco Inca, al\u00e9m dos corpos mumificados dos governantes incas que Manco Inca havia levado com ele. A m\u00famia de [[Huayna Capac]] foi dada a Paullu Inca para enterr\u00e1-lo. Manco Inca decidiu estabelecer-se em Vilcabamba deixando Ollantaytambo, considerando-a muito pr\u00f3xima a Cuzco,Hemming, John (1993) p. 222 e passando por Vitcos. Em Vilcabamba, um novo estado conhecido como \"[[Estado neoinca|Estado Neoinca]]\" ou \"Reino de Vilcabamba\" foi estabelecido. Em seguida, ele ordenou que os huancas fossem subjugados e punidos por sua alian\u00e7a com os espanh\u00f3is. No entanto, diante da derrota de seus soldados, Manco Inca, enfurecido, marchou matando todos que encontrou em seu caminho, derrotando a coaliz\u00e3o hispano-huanca. Depois disso, como puni\u00e7\u00e3o, ordenou que se retirasse o \u00eddolo huanca, o Deus Virahuillca, e jog\u00e1-lo no [[rio Mantaro]].\n\n===== A morte de Diego de Almagro =====\nUma vez em Lima, Hernando Pizarro permaneceu no comando das tropas aguardando a decis\u00e3o real. Com a chegada do documento com a assinatura do rei que indicava que Almagro e Pizarro deviam ficar com o que era conquistado e ocupado por cada um, Hernando Pizarro se encarregou de levar a ordem a Almagro.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210429143515/http://dbe.rah.es/biografias/14195/hernando-pizarro |titulo=Hernando Pizarro |data=2021-04-29 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Hernando avan\u00e7ou para Cuzco e Almagro entendeu que n\u00e3o tinha outra alternativa sen\u00e3o a guerra, encaminhando-se para o seu encontro, embora, estando doente, tenha deixado a dire\u00e7\u00e3o da campanha a [[Rodrigo Org\u00f3\u00f1ez]], que seria derrotado. Hernando Pizarro chegou perto de Cuzco em abril de 1538. Uma batalha foi travada nos pampas de Las Salinas.MacQuarrie, Kim (2007) pp. 272\u2013276 As tropas de Almagro foram derrotadas e Org\u00f3\u00f1ez morreu no campo de batalha.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210504150408/http://dbe.rah.es/biografias/13712/rodrigo-orgonez-orgones |titulo=Rodrigo Org\u00f3\u00f1ez (Orgo\u00f1es) |data=2021-05-04 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Almagro, que testemunhou a batalha de longe, fugiu para Cuzco e se refugiou em uma das torres de Sacsayhuaman, mas foi feito prisioneiro por Alonso de Alvarado. Almagro foi julgado e condenado \u00e0 morte, mas como a senten\u00e7a provocou animados protestos em Cuzco, Hernando Pizarro ordenou que fosse estrangulado em sua cela e que seu cad\u00e1ver fosse levado para a pra\u00e7a para ser degolado. Quando Pizarro chegou a Cuzco, Almagro, seu s\u00f3cio, havia sido executado. Isto lhe causaria uma forte depress\u00e3o. \n\nPor sua vez, Manco Inca soube que um grande avan\u00e7o liderado por [[Gonzalo Pizarro]] vinha em sua dire\u00e7\u00e3o. Na luta, Inguill e Huaspar foram presos e, apesar dos apelos da coya [[Curi Ocllo]], Manco Inca os decapitou dizendo: \"\u00c9 mais justo para mim cortar suas cabe\u00e7as do que n\u00e3o tirar a minha\". Manco Inca, vendo que os espanh\u00f3is estavam vencendo, se jogou no rio e chegou do outro lado gritando: \"Eu sou Manco Inca, eu sou Manco Inca\". No entanto, n\u00e3o conseguiu evitar que Curi Ocllo fosse capturada. Os vencedores partiram para Cuzco e durante a viagem alguns decidiram estuprar Curi Ocllo, mas ela se defendeu cobrindo-se de \"coisas fedorentas e de desprezo\". Manco Inca atacou planta\u00e7\u00f5es, destruindo casas, matando seus habitantes e roubando gado, \u00e0s vezes atacando viajantes que iam sozinhos ou em caravanas, matando-os colocando-os em tormentos cru\u00e9is. V\u00e1rios destacamentos foram enviados atr\u00e1s dele e ele todos os derrotou.Prescott, William (1851) p. 163 Pizarro optou por negociar com Manco Inca e enviou um escravo negro com grandes presentes. No entanto, o emiss\u00e1rio foi assassinado por ordem de Manco Inca, o que levou Pizarro a ordenar o assassinato de Curi Ocllo, seu cad\u00e1ver sendo jogado no rio Yuncay. O assassinato provocou protestos de curacas aliados e espanh\u00f3is.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210429034520/http://dbe.rah.es/biografias/94398/curi-ocllo |titulo=Curi Ocllo |data=2021-04-29 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}} Vila Oma e outros generais de Manco Inca tamb\u00e9m foram mortos. Posteriormente, Manco Inca mandou trazer seu filho [[Titu Cusi|Titu Cusi Yupanqui]] e sua m\u00e3e de Cuzco, indo receb\u00ea-los em Vitcos em 1541. Enquanto em Vitcos, chegaram sete almagristas que haviam estado presentes em Las Salinas implorando para servir ao Inca em perpetuidade se ele protegesse suas vidas. Manco Inca os aceitou e os tomou como vassalos. \n\n===== A morte de Pizarro =====\n[[Ficheiro:Historia_de_la_conquista_del_Per\u00fa,_1851_\"Asesinato_de_Pizarro\"._(3970920817).jpg|miniaturadaimagem|Morte de [[Francisco Pizarro|Pizarro]]|esquerda]]\nDiego de Almagro teve um filho de mesmo nome com uma \u00edndia panamenha. Seu filho era conhecido como \"El Mozo\" e estava sob a tutela de [[Juan de Rada]]. Ambos se mudaram para Lima e ap\u00f3s a morte de [[Diego de Almagro, o Velho|Diego de Almagro]], a casa de Almagro tornou-se um ref\u00fagio para os almagristas, mas a fome os dominou e tiveram que se dispersar, deixando apenas uma d\u00fazia fazendo companhia a [[Diego de Almagro, o Mo\u00e7o|Almagro el Mozo]], que eram t\u00e3o empobrecidos que tiveram que vender suas capas para ganhar a vida. Assim, na hora de sair, se revezavam vestindo a \u00fanica capa que possu\u00edam, por isso eram conhecidos como \"[[Os Cavaleiros da Capa]]\".{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210520044737/http://lacapaespa%C3%B1ola.es/website/26-de-junio-de-2019-los-12-caballeros-de-la-capa/ |titulo=Los 12 caballeros de la capa |data=2021-05-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Para aliviar a pobreza, o escriv\u00e3o Domingo de la Presa deu-lhes um campo de milho, do qual tamb\u00e9m receberam lenha, mas Domingo de la Presa morreu e Pizarro transferiu a propriedade para outra pessoa.\u00a0Isto aprofundou a mis\u00e9ria de \" Os Cavaleiros da Capa\", que furiosos, come\u00e7aram a planejar o assassinato de Pizarro. Juan de Rada foi o principal conselheiro de Almagro el Mozo e instigador da morte de Pizarro.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20191021132914/http://dbe.rah.es/biografias/100182/juan-de-rada |titulo=Juan de Rada |data=2019-10-21 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Enquanto isso, [[Hernando Pizarro]] viajou para a Espanha carregando o Quinto Real junto com v\u00e1rios objetos de valor para garantir a posi\u00e7\u00e3o de seu irm\u00e3o, Francisco Pizarro, perante o rei e o [[Conselho das \u00cdndias]]. No entanto, foi processado pela morte de Diego de Almagro e preso no Castillo de la Mota, Valladolid.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210429143515/http://dbe.rah.es/biografias/14195/hernando-pizarro |titulo=Hernando Pizarro |data=2021-04-29 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}}\n\nSuspeitando de um compl\u00f4 dos almagristas, Pizarro pensou em prender Almagro el Mozo e Rada, mas se conteve devido \u00e0 proximidade do Visitador [[Crist\u00f3bal Vaca de Castro]], encomendado pelo rei que vinha para mediar como juiz. Os almagristas tamb\u00e9m estavam esperando por Vaca de Castro e pensaram em enviar Alonso Portocarrero e Juan Balza como comiss\u00e1rios para se encontrarem com Vaca de Castro, para inform\u00e1-lo e implorar o rem\u00e9dio e repara\u00e7\u00e3o dos males que sofriam, mas mudaram de id\u00e9ia porque os pizarristas lhe haviam enviado o boato de que tais comiss\u00e1rios estavam l\u00e1 para assassin\u00e1-lo.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210413104618/http://dbe.rah.es/biografias/9181/diego-de-almagro |titulo=Diego de Almagro |data=2021-04-13 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Diante disso, o plano de assassinato de Pizarro se acelerou, mas tomando cuidado para que Almagro el Mozo n\u00e3o participasse do evento para evitar que corresse perigo. A morte de Pizarro foi consumada em 26 de junho de 1541, sob o pretexto de que ele queria assassinar Almagro el Mozo. Liderados por Rada, foram \u00e0 Catedral e, como n\u00e3o o encontraram, invadiram o Pal\u00e1cio do Governo gritando \"Viva o rei, morra o tirano\".{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210201144143/http://dbe.rah.es/biografias/9825/francisco-pizarro-gonzalez |titulo=Francisco Pizarro Gonz\u00e1lez |data=2021-02-01 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Ao descobrir que ia ser assassinado, Pizarro pegou sua espada e lhe disse: \"Venha, aqui voc\u00ea, minha boa espada, companheira de minhas obras\". Pizarro lutou contra os almagristas, mas recebeu um golpe de espada no pesco\u00e7o por [[Mart\u00edn de Bilbao]]. Todos os almagristas se jogaram sobre ele esfaqueando-o at\u00e9 que caiu no ch\u00e3o dizendo \"Confiss\u00e3o\". \"Jesus!\" exclamou moribundo e tra\u00e7ou uma cruz, dobrando a cabe\u00e7a para beij\u00e1-la.Prescott, William (1851) p. 171 Ent\u00e3o [[Juan Rodr\u00edguez Barrag\u00e1n]] agarrou um jarro e quebrou-o na cabe\u00e7a dizendo: \"Para o inferno, para o inferno voc\u00ea ir\u00e1 se confessar\". Pizarro, ao receber o golpe, morreu. Os conspiradores sa\u00edram \u00e0 rua e brandindo suas espadas gritaram: \"O tirano est\u00e1 agora morto: as leis s\u00e3o restauradas: viva o rei nosso senhor e seu governador Almagro!\".\n\n==== Almagro el Mozo contra Vaca de Castro ====\n\n===== O Visitador =====\n[[Ficheiro:Vaca_de_Castro.jpg|miniaturadaimagem|Vaca de Castro]]\nQuando Pizarro morreu, os almagristas nomearam Almagro el Mozo como Governador do PeruPrescott, William (1851) p. 175 e se levantaram contra a autoridade do enviado da Espanha, Vaca de Castro. Vaca de Castro estava em Cali no final de abril de 1541, sendo recebido por [[Sebasti\u00e1n de Belalc\u00e1zar|Sebasti\u00e1n de Benalc\u00e1zar]], que havia conquistado Popay\u00e1n, mas teve que enfrentar uma doen\u00e7a que o impediu de continuar por tr\u00eas meses. Vaca de Castro enviou mensageiros a Quito informando sua chegada. Deixou Cali em agosto de 1541 e chegou em Popayan, onde soube da morte de Pizarro. Partiu para Quito, recrutando for\u00e7as para enfrentar Almagro el Mozo. Vaca de Castro chegou a Quito em 25 de setembro de 1541 e no dia seguinte apresentou a disposi\u00e7\u00e3o real que o nomeou governador na morte de Pizarro, sendo reconhecido como tal.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210503120549/http://dbe.rah.es/biografias/4630/cristobal-vaca-de-castro |titulo=Crist\u00f3bal Vaca de Castro |data=2021-05-03 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Ao saber da chegada de Vaca de Castro, [[Pedro \u00c1lvarez Holgu\u00edn]], em Cuzco, e [[Alonso de Alvarado]], em Chachapoyas, aliaram-se a Vaca de Castro contra Almagro el Mozo.\n\nDiante desse cen\u00e1rio, Almagro el Mozo e seus partid\u00e1rios deixam Lima para organizar a resist\u00eancia contra Vaca de Castro, al\u00e9m de buscar conter Pedro \u00c1lvarez Holgu\u00edn. [[Juan de Rada]] aconselhou Almagro el Mozo a tomar Cuzco, no entanto, Rada, antes de chegar a Jauja, adoeceu e morreu. Em Jauja, Almagro el Mozo enviou [[Garc\u00eda de Alvarado]] \u00e0 procura de Pedro \u00c1lvarez Holgu\u00edn, para o impedir de descer \u00e0 costa e juntar-se a Alonso de Alvarado, mas Garc\u00eda de Alvarado falhou na sua miss\u00e3o.Prescott, William (1851) pp. 176-177 Almagro el Mozo dispensou-o proclamando-se o \u00fanico Capit\u00e3o General e ao mesmo tempo nomeando [[Crist\u00f3bal de Sotelo]] como Mestre de Campo. Garc\u00eda de Alvarado, vendo isso, decidiu se vingar. Enquanto isso, j\u00e1 em Cuzco, Almagro el Mozo escreveu a Vaca de Castro dizendo que s\u00f3 queria ser reconhecido como governador de Nova Toledo, al\u00e9m de ficar com Cuzco para si. Em Cuzco, Crist\u00f3bal de Sotelo, doente de cama, recebe a visita de Garc\u00eda de Alvarado que estava acompanhado por Juan Garc\u00eda de Guadalcanal e Diego P\u00e9rez Becerra. Ambos come\u00e7aram a discutir, Garc\u00eda de Alvarado segurou sua m\u00e3o e se lan\u00e7ou sobre Crist\u00f3bal de Sotelo. Garc\u00eda de Guadalcanal interveio e, atacando Sotelo, perfurou-o com sua espada. Diante da humilha\u00e7\u00e3o sofrida por Almagro el Mozo, Garc\u00eda de Alvarado pensou em mat\u00e1-lo e entregar seu ex\u00e9rcito a Vaca de Castro. Ele organizou um banquete para o qual Almagro el Mozo foi convidado, mas este, suspeitando de uma trai\u00e7\u00e3o, preparou uma emboscada dizendo que estava doente. Garc\u00eda de Alvarado foi procurar pessoalmente Almagro el Mozo em sua casa e, ao entrar, foi abra\u00e7ado por Juan Balsa, que Almagro el Mozo aproveitou para esfaque\u00e1-lo na cabe\u00e7a enquanto os demais presentes acabavam com ele. Por sua vez, Vaca de Castro entrou em Lima. Mudou-se para Jauja onde se encontrou com os pizarristas que queriam vingar a morte de seu l\u00edder. Antes de todos eles, Vaca de Castro se autoproclamou Governador do Peru e Capit\u00e3o Geral do Ex\u00e9rcito Realista.\n\n===== A morte de Almagro el Mozo =====\n[[Ficheiro:Battle_of_chupas.jpg|miniaturadaimagem|Batalha de Chupas]]\nVaca de Castro come\u00e7ou sua marcha em dire\u00e7\u00e3o a Huamanga. Almagro el Mozo n\u00e3o quis esperar por ele em Cuzco e partiu com seu ex\u00e9rcito para seu encontro recebendo informa\u00e7\u00f5es sobre os movimentos de seu inimigo atrav\u00e9s do [[Chasqui|chasquis]] de [[Manco Capac II|Manco Inca]]. Manco Inca deu a Almagro el Mozo, numerosas armaduras e armamentos espanh\u00f3is.Prescott, William (1851) p. 177 Refor\u00e7ado e de bom \u00e2nimo, continuou sua marcha. No in\u00edcio de 1542 chegou em Vilcas. A falsa not\u00edcia de que Almagro el Mozo estava deixando Vilcas alarmou Vaca de Castro que apressou sua entrada em Huamanga. Enquanto isso, os soldados de Manco Inca atacavam os soldados do ex\u00e9rcito de Vaca de Castro sendo contidos pelos chachapoyas e outros grupos ind\u00edgenas. Almagro el Mozo enviou mensagens a Vaca de Castro exigindo o reconhecimento do governo de Nova Toledo. Vaca de Castro rejeitou. Almagro el Mozo decidiu continuar as negocia\u00e7\u00f5es, mas, ao saber que alguns de seus homens estavam negociando com Vaca de Castro em paralelo, decidiu enfrent\u00e1-lo.Prescott, William (1851) p. 179 Em 13 de setembro de 1542, Almagro el Mozo deixa Vilcas. O encontro com as tropas de Vaca de Castro aconteceu em Chupas, bem perto de Huamanga. Os almagristas tinham uma artilharia muito boa gra\u00e7as a [[Pedro de Cand\u00eda]], mas do lado de Vaca de Castro surgiu [[Francisco de Carvajal]] que arengou um ataque que acabou derrotando as for\u00e7as de Almagro el Mozo.Prescott, William (1851) p. 182 Almagro el Mozo, vendo que os disparos de artilharia eram sempre esquecidos, dirigiu-se a Pedro de Cand\u00eda que encontrou no meio dos canh\u00f5es. Ele se lan\u00e7ou sobre Cand\u00eda e o matou com lan\u00e7as enquanto dizia: \"Traidor, por que voc\u00ea me vendeu!\".{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210520173440/http://dbe.rah.es/biografias/25525/pedro-de-candia |titulo=Pedro de Candia |data=2021-05-20 |acessodata=2021-05-20 |website=web.archive.org}} Pedro \u00c1lvarez Holgu\u00edn tamb\u00e9m morreria nesta batalha.Presta, Ana Mar\u00eda (2000) p. 74 Juan Balsa fugiu, mas foi exterminado junto com seus homens pelos \u00edndios. Almagro el Mozo fugiu em busca de asilo com [[Manco Capac II|Manco Inca]]. Mas quando entrou em Cuzco foi reconhecido. Fugiu da cidade e foi capturado no Vale do Yucay. Preso, recebeu a visita de Vaca de Castro. Foi condenado \u00e0 morte, apelou ao rei e \u00e0 Audi\u00eancia do Panam\u00e1, mas seus recursos foram negados. Vendo isso, Almagro el Mozo convocou Vaca de Castro \"ao tribunal de Deus\". Antes de morrer ele disse que, como \"estava morrendo no lugar onde seu pai foi assassinado, ele deveria ser enterrado no t\u00famulo onde seu corpo estava\". Almagro el Mozo foi executado em 27 de novembro de 1542.\n\n===== Estabelecimento do Vice-Reino do Peru =====\nDiante do conflito gerado entre os conquistadores, o rei [[Carlos V do Sacro Imp\u00e9rio Romano-Germ\u00e2nico|Carlos I da Espanha]] assinou as [[Leis Novas]] em 20 de novembro de 1542, um conjunto legislativo para as [[\u00cdndias]] entre o qual se ordenou a cria\u00e7\u00e3o do [[Vice-Reino do Peru]] para substituir os governos de [[Governo de Nova Castela|Nova Castela]] e [[Governo de Nova Toledo|Nova Toledo]], ao mesmo tempo que a Audiencia do Panam\u00e1 se transferia para Lima.{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20210308134857/https://www.biblioteca.org.ar/libros/155745.pdf |titulo=Leyes y Ordenanzas |data=2021-03-08 |acessodata=2021-05-22 |website=web.archive.org}} Vaca de Castro, ao aplicar as Leis Novas, que institu\u00edam o bom trato aos \u00edndios e a elimina\u00e7\u00e3o a curto prazo do sistema de [[encomienda]], entrou em conflito com os conquistadores que queriam preservar o sistema. No entanto, apesar disso, Vaca de Castro conseguiu se aproximar de Manco Inca e o batismo de Paullu Inca tamb\u00e9m ditou as Ordenanzas de Minas, onde providenciou que \u00edndios de diferentes climas n\u00e3o fossem levados para o trabalho de minera\u00e7\u00e3o e a proibi\u00e7\u00e3o do castigo corporal, e a Ordenanza de Tambos, onde providenciou a manuten\u00e7\u00e3o do sistema de [[Tambo (arquitetura)|tambos]] dos incas. Antes da chegada de [[Gonzalo Pizarro]] ap\u00f3s sua expedi\u00e7\u00e3o fracassada ao \"Pa\u00eds da Canela\", ele o chamou a Cuzco enquanto corriam os rumores de uma poss\u00edvel revolta liderada por ele. Dada a escalada das tens\u00f5es, foi decidido nomear [[Blasco N\u00fa\u00f1ez Vela]] como o primeiro vice-rei para que possa colocar as Leis Novas em pr\u00e1tica. Isso desencadearia a rebeli\u00e3o dos encomenderos.\n\n== Ver tamb\u00e9m ==\n*[[Conquista do Imp\u00e9rio Asteca|Queda do Imp\u00e9rio Asteca]]\n*[[Reconquista]]\n*[[Coloniza\u00e7\u00e3o europeia da Am\u00e9rica]]\n*[[Imp\u00e9rio Inca]]\n*[[Imp\u00e9rio Espanhol]]\n*[[Vice-Reino do Peru]]\n*[[Atahualpa]]\n*[[Hu\u00e1scar]]\n*[[Francisco Pizarro]]\n*[[Diego de Almagro, o Velho]]\n*[[Diego de Almagro, o Mo\u00e7o]]\n*[[Hernando de Luque]]\n\n{{refer\u00eancias}}\n\n== Bibliografia ==\n\n* Bennett, Ralph (1993) ''Settlements in the Americas: Cross-Cultural Perspectives''. Newark: University of Delaware Press\n*Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2000) ''Pizarro 1'' (1\u00aa edici\u00f3n) Lima: Ediciones COP\u00c9\n*Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2001). ''Pizarro'' 2 (1\u00aa edici\u00f3n). Lima: Ediciones COP\u00c9\n* Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (2011) ''La conquista del Per\u00fa''. Lima: Empresa Editora El Comercio S.A. Colecci\u00f3n de obras escogidas de Jos\u00e9 Antonio del Busto\n*Busto Duthurburu, Jos\u00e9 Antonio del (1981) \u00abLa marcha al Cusco\u00bb. ''La conquista del Per\u00fa''. Lima, Per\u00fa: El Comercio S.A.\n*Charney, Paul (2001) ''Indian Society in the Valley of Lima, Peru, 1532-1824''. University Press of America\n*Efr\u00e9n Reyes, \u00d3scar (1970) ''Brev\u00edsima historia del Ecuador (Desde sus or\u00edgenes hasta nuestros d\u00edas)'' Quito: Editorial ABC\n*Espino L\u00f3pez, Antonio (2019) ''Plata y sangre: La conquista del Imperio Inca y las guerras civiles del Per\u00fa.'' Madrid: Desperta Ferro Ediciones SLNE\n* Espinoza Soriano, Waldemar (1997) ''Los incas'' (3\u00aa edici\u00f3n) Lima: Amaru editores\n*Espinoza Soriano, Waldemar (1986) ''Destrucci\u00f3n del Imperio de los incas'' (4\u00aa edici\u00f3n) Lima: Amaru Editores S.A\n*Guill\u00e9n, Edmundo (1994) ''La guerra de reconquista inka. Vilcabamba: ep\u00edlogo tr\u00e1gico del Tawantinsuyo'' ''(1536-1572).'' Lima\n*Hemming, John (1993) ''The conquest of The Incas.'' London: Macmillan\n*Herrera, Antonio de (1601) ''Historia general de los hechos de los castellanos en las Islas y Tierra Firme del mar Oc\u00e9ano.'' Madrid \n*Herrera Cuntti, Ar\u00edstides (2006) ''Apuntes hist\u00f3ricos de una gran ciudad'' 4. Lima\n* Herrera Cunti, Ar\u00edstides (2004) ''Divagaciones hist\u00f3ricas en la web''. ''Libro 2.'' Chincha: AHC Ediciones\n*Klar\u00e9n, Peter (2000) ''Peru: society and nationhood in the Andes'' (en ingl\u00e9s). Nueva York: Oxford University Press\n* Lockhart, J. (2012) ''The men of Cajamarca''. Austin, TX: Institute of Latin American Studies by the University of Texas Press\n*MacQuarrie, Kim (2007) ''The Last Days of the Incas''. Simon & Schuster\n*Porras Barrenechea, Ra\u00fal (1995) ''El legado quechua. Indagaciones peruanas.'' Lima: Universidad Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM) - Instituto Ra\u00fal Porras Barrenechea (IRPB)\n* Prescott, William (1851) ''Historia de la Conquista del Per\u00fa'' (5\u00aa edici\u00f3n) Madrid: Imprenta y Librer\u00eda de Gaspar y Roing, Editores\n*Presta, Ana Mar\u00eda (2000) ''Encomienda, familia y negocios en Charcas colonial, Bolivia. Los encomenderos de La Plata, 1550-1600.'' Instituto de Estudios Peruanos\n* Restall, M. (2003) ''Seven Myths of the Spanish Conquest'' (1\u00aa edici\u00f3n) New York: Oxford University Press\n*Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (1994) ''Do\u00f1a Francisca Pizarro: una ilustre mestiza 1534-1598''. Lima: IEP\n* Rostworowski de Diez Canseco, Mar\u00eda (2002) ''Historia del Tawantinsuyu.'' FIMART S.A.C\n*Rostworowski, Mar\u00eda (2002) ''Obras completas: una trayectoria milenaria. Pachacamac y el Se\u00f1or de los Milagros. Se\u00f1or\u00edos ind\u00edgenas de Lima y Canta''. Instituto de Estudios Peruanos\n*Sanz, Porfirio (2008) ''Poder y Poderes en las ciudades-capitales de los Virreinatos durante los Austrias (en Revista Destiempos; Dossier: Virreinatos, Marzo-Abril 2008)''. M\u00e9xico, D. F.: Destiempos\n*Tauro del Pino, Alberto (2001). \u00abPACHAC\u00c1MAC\u00bb. ''Enciclopedia Ilustrada del Per\u00fa'' 12 (3 edici\u00f3n). Lima: PEISA\n* Vargas Ugarte, Rub\u00e9n (1981) ''Historia General del Per\u00fa 1'' (3\u00aa edici\u00f3n) Lima: Editor Carlos Milla Batres\n*Velasco, Juan de (1841). ''Historia del reino de Quito en la Am\u00e9rica Meridional: La historia antigua''\n*Vega, Juan Jos\u00e9 (1969) ''La guerra de los viracochas'' (3\u00aa edici\u00f3n) Lima: Edici\u00f3n Universidad Nacional de Educaci\u00f3n (EUNE)\n* Villanueva Sotomayor, Julio (2002) ''El Per\u00fa en los tiempos modernos''. Lima, Per\u00fa: Quebecor World Per\u00fa\n*Wachtel, Nathan (1971) ''Los vencidos. Los indios del Per\u00fa frente a la conquista espa\u00f1ola (1530 - 1570)'' Madrid: Alianza Editorial \n{{Pre-colombiano}}\n{{Portal3|Am\u00e9rica Latina|Peru|Hist\u00f3ria}}\n\n[[Categoria:Coloniza\u00e7\u00e3o espanhola da Am\u00e9rica]]\n[[Categoria:Guerras do s\u00e9culo XVI]]\n[[Categoria:Incas]]\n[[Categoria:Hist\u00f3ria do Peru]]\n[[Categoria:Hist\u00f3ria do Equador]]\n[[Categoria:Hist\u00f3ria da Espanha]]\n[[Categoria:Hist\u00f3ria da Bol\u00edvia]]\n[[Categoria:Queda de imp\u00e9rios]]"}]},"2953794":{"pageid":2953794,"ns":0,"title":"Sidney Thornton","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Biografia/Wikidata\n|nascimento_data = {{dni|2|9|1954|si}}\n|nascimento_local = [[Nova Orle\u00e3es]], [[Estados Unidos]]\n|morte_data = {{morte|1|2|2023|2|9|1954}}\n}}\n'''Sidney Thornton''' ([[Nova Orle\u00e3es]], [[2 de setembro]] de [[1954]] \u2013 [[1 de fevereiro]] de [[2023]]) foi um jogador profissional de [[futebol americano]] [[estadunidenses|estadunidense]].\n\n== Carreira ==\nSidney Thornton foi campe\u00e3o da [[temporada de 1979 da National Football League]] jogando pelo [[Pittsburgh Steelers]].{{citar web|url=http://www.pro-football-reference.com/teams/pit/1979_roster.htm |titulo=1979 Pittsburgh Steelers - Starters & Roster |lingua2=en |autor=|data=|publicado=Reference.com|acessodata=11 de novembro de 2010}}\n== Morte ==\nThornton morreu no dia 1 de fevereiro de 2023, aos 68 anos.{{Citar web|ultimo=Geddes|primeiro=Nick|url=https://outsider.com/sports/nfl/sidney-thornton-former-pittsburgh-steelers-rb-dead-68/|titulo=Pittsburgh Steelers Announce Death of Former Running Back|data=2023-02-01|acessodata=2023-02-02|website=Outsider|lingua=en-US}}\n{{Refer\u00eancias}}\n\n{{Esbo\u00e7o-desportista|futebol americano}}\n{{Portal3|Futebol americano|Estados Unidos}}\n\n{{DEFAULTSORT:Thornton, Sidney}}\n[[Categoria:Jogadores de futebol americano da Luisiana]]\n[[Categoria:Jogadores do Pittsburgh Steelers]]\n[[Categoria:Naturais de Nova Orleans]]"}]},"3228768":{"pageid":3228768,"ns":0,"title":"Delta-valerolactona","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{DISPLAYTITLE:''delta''-Valerolactona}}\n\n{{Info/Qu\u00edmica\n | Verifiedfields = changed\n | verifiedrevid = 407467062\n |Name=''delta''-Valerolactone\n |Reference=[http://www.basf.de/en/intermed/products/acetylenic-alcohols/commercial-products.htm delta-Valerolactone] from BASF\n |ImageFile=delta-valerolactone.png\n |ImageSize=150px\n |IUPACName=tetrahydro-2H-pyran-2-one\n |OtherNames=Penta-1,5-lactone\n |Section1= {{Info/Qu\u00edmica/Identifiers\n | ChemSpiderID_Ref = {{chemspidercite|correct|chemspider}}\n | ChemSpiderID = 10488\n | KEGG_Ref = {{keggcite|changed|kegg}}\n | KEGG = C02240\n | InChI = 1/C5H8O2/c6-5-3-1-2-4-7-5/h1-4H2\n | InChIKey = OZJPLYNZGCXSJM-UHFFFAOYAZ\n | ChEMBL_Ref = {{ebicite|correct|EBI}}\n | ChEMBL = 452383\n | StdInChI_Ref = {{stdinchicite|correct|chemspider}}\n | StdInChI = 1S/C5H8O2/c6-5-3-1-2-4-7-5/h1-4H2\n | StdInChIKey_Ref = {{stdinchicite|correct|chemspider}}\n | StdInChIKey = OZJPLYNZGCXSJM-UHFFFAOYSA-N\n | CASNo_Ref = {{cascite|correct|CAS}}\n | CASNo=542-28-9\n | PubChem=10953\n | SMILES = O=C1OCCCC1\n}}\n |Section2= {{Chembox Properties\n |Reference=[http://www.chemblink.com/products/542-28-9.htm delta-Valerolactone], Chemlink[http://www.lookchem.com/cas-542/542-28-9.html delta-Valerolactone], LookChem\n | C=5|H=8|O=2\n | Appearance = \n | Density=1.079 g/mL\n | MeltingPtC=-13\n | BoilingPt=230-260 \u00b0C\n | Solubility = \n }}\n |Section4= {{Chembox Hazards\n | MainHazards = \n | FlashPt=112\u00b0C\n | Autoignition = \n }}\n | Section8 = {{Chembox Related\n | Function = [[Lactona]]s\n | OtherFunctn = [[Gama-butirolactona]] (pentagonal)
[[gama-Valerolactona|''gama''-valerolactona]] (pentagonal, uma ramifica\u00e7\u00e3o)
[[Dioxanona]] (hexagonal, dois ''O'' no anel)
[[Caprolactona]] (heptagonal)\n | OtherCpds = [[\u00c1cido 5-hidroxi-val\u00e9rico]]\n }}\n}}\n'''''delta''-Valerolactona''' \u00e9 uma [[lactona]] usada como intermedi\u00e1rio em processos como a produ\u00e7\u00e3o de [[poli\u00e9ster]]es.[http://www.guidechem.com/dictionary/542-28-9.html Delta-Valerolactone] - '''www.guidechem.com'''{{citar peri\u00f3dico|autor1=Yang J|autor2= Jia L|autor3=Hao Q, |numero-autores=''et al'' |t\u00edtulo=New biodegradable amphiphilic block copolymers of epsilon-caprolactone and delta-valerolactone catalyzed by novel aluminum metal complexes. II. Micellization and solution to gel transition |peri\u00f3dico=Macromolecular bioscience |volume=5 |n\u00famero=9 |p\u00e1ginas=896\u2013903 |ano=2005 |pmid=16134088 |doi=10.1002/mabi.200500096}} \u00c9 um is\u00f4mero estrutural da [[gama-Valerolactona|''gama''-valerolactona]].\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n{{Portal3|Qu\u00edmica}}\n\n{{DEFAULTSORT:Valerolactona, Delta }}\n[[Categoria:Lactonas]]\n[[Categoria:Compostos heteroc\u00edclicos com oxig\u00e9nio]]"}]},"6036899":{"pageid":6036899,"ns":0,"title":"Sagaingue","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Assentamento/Birm\u00e2nia|cidade\n|nome = Sagaingue\n|imagens_tamanho= 300\n|imagem = Sagaing3.jpg\n|imagem_legenda = Ponte de Yadanabon\n|latd = 21\n|latm = 52 \n|latNS = N\n|longd = 95\n|longm = 58 \n|longEW = E\n|regi\u00e3o = [[Sagaingue (regi\u00e3o)|Sagaingue]]\n|distrito = [[Sagaingue (distrito)|Sagaingue]]\n|popula\u00e7\u00e3o_em = 2014\n|popula\u00e7\u00e3o_total= 81432\n}}\n'''Sagaingue'''{{sfn|Almanaque|1995}} ({{langx|my|''Sagaing''}}) \u00e9 a [[capital]] e a maior [[cidade]] na [[subdivis\u00f5es de Mianmar|regi\u00e3o]] de [[Sagaingue (regi\u00e3o)|Sagaingue]], na [[Birm\u00e2nia]] (ou Mianmar). De acordo com o censo de 2014, havia {{fmtn|81432}} habitantes.{{sfn|CP|2019}}\n\n== Galeria de imagens ==\n
\nSagaing-Myanmar-28-Panorama-2006-gje.jpg|Panorama de Sagaing Hill\nSagaing-Myanmar-22-Panorama-2006-gje.jpg|Panorama de Sagaing Hill\nSagaing-Aung Myae Oo-Klosterschule-20-kleine Moenche-gje.jpg|Aung Myae Oo\nSagaing-Aung Myae Oo-Klosterschule-34-burmesisches Alphabet-gje.jpg|Aung Myae Oo\nSagaing-Kaung Hmu Daw-06-Kuppel-gje.jpg|Kaung Hmu Daw\nSun U Ponnya Shin-Sagaing-Myanmar-16-2006-gje.jpg|Sun U Ponnya Shin\nSagaing-Myanmar-Silberschmiede-08-2006-gje.jpg|Forjar prata\nSagaing-Myanmar-Silberschmiede-06-2006-gje.jpg|Forjar prata\nSagaing-Kaung Hmu Daw-44-oeffentlicher Bus-gje.jpg|\u00d4nibus p\u00fablico\nSagaing-Myanmar-Mittagstisch-02-2006-gje.jpg|Restaurante\n\n\n{{refer\u00eancias|col=2}}\n\n== Bibliografia ==\n\n{{In\u00edcioRef|2}}\n\n* {{Citar livro|ref={{harvid|Almanaque|1995}}|t\u00edtulo=Almanaque Abril|editora=Editora Abril|local=S\u00e3o Paulo|ano=1995}}\n\n* {{Citar web|ref={{harvid|CP|2019}}|ano=2019|url=https://www.citypopulation.de/Myanmar-Cities.html|t\u00edtulo=Regions, States & Cities - Myanmar|publicado= City Population}}\n\n{{-fim}}\n\n{{esbo\u00e7o-geomm}}\n\n[[Categoria:Cidades de Mianmar]]"}]},"2542706":{"pageid":2542706,"ns":0,"title":"Sankt Martin im Innkreis","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Cidade da \u00c1ustria\n| nome = Sankt Martin im Innkreis\n| imagem = St. Martin im Innkreis.JPG\n| texto da imagem = Pfarrkirche in Sankt Martin\n| bras\u00e3o = Wappen at st martin im innkreis.png\n| mapa = \n| lema = \n| estado = [[Alta \u00c1ustria]]\n| distrito = [[distrito de Ried im Innkreis]]\n| lat_deg = 48\n| lat_min = 17\n| lat_sec = 39\n| lon_deg = 13\n| lon_min = 26\n| lon_sec = 25\n| \u00e1rea = 9\n| altitude = 372\n| popula\u00e7\u00e3o = 1797\n| censo = 2008-12-31\n| densidade = \n| placa = RI\n| codigopostal = 4973\n| codigotelefone = 07751\n| endere\u00e7o = Diesseits 184\n| website = st-martin-innkreis.ooe.gv.at\n| e-mail = \n| prefeito = Kurt H\u00f6retzeder\n| partido = FP\u00d6\n| nuts = AT311\n| mapa distrito = Sankt Martin im Innkreis im Bezirk RI.png\n| mapa estado = \n}}\n\n'''Sankt Martin im Innkreis''' \u00e9 um munic\u00edpio da [[\u00c1ustria]] localizado no [[distrito de Ried im Innkreis]], no [[Estados da \u00c1ustria|estado]] de [[Alta \u00c1ustria]].{{citar web|url=http://www.statistik.at/blickgem/gemDetail.do?gemnr=41228|t\u00edtulo=Ein Blick auf die Gemeinde|autor=|data=|publicado=Statistik.at|acessodata=15 de agosto de 2012|l\u00edngua2=de}}\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n{{Portal3|\u00c1ustria}}\n{{Esbo\u00e7o-geoat}}\n\n{{\u00c1ustria/Distrito de Ried im Innkreis}}\n\n\n[[Categoria:Distrito de Ried im Innkreis]]\n[[Categoria:Munic\u00edpios da Alta \u00c1ustria]]"}]},"401464":{"pageid":401464,"ns":0,"title":"Microcephala","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Taxonomia\n |nome =Microcephala\n |reino = [[Plantae]]\n |clado1 = [[Angiosperma|angiosp\u00e9rmicas]]\n |clado2 = [[Eudicotiled\u00f4neas|eudicotiled\u00f3neas]]\n |ordem = [[Asterales]]\n |fam\u00edlia = [[Asteraceae]]\n |g\u00e9nero = '''''Microcephala'''''\n |subdivis\u00e3o_nome = Esp\u00e9cies\n |subdivis\u00e3o = \n
\n}}\n{{Wikispecies|Microcephala}}\n'''''Microcephala''''' \u00e9 um [[g\u00e9nero (biologia)|g\u00e9nero]] [[bot\u00e2nica|bot\u00e2nico]] pertencente \u00e0 [[fam\u00edlia (biologia)|fam\u00edlia]] [[Asteraceae]]{{Citar web |url=http://www.worldfloraonline.org/taxon/{{#property:P7715}} |titulo=Microcephala \u2014 World Flora Online |acessodata=2020-08-19 |website=www.worldfloraonline.org}}.\n\n{{Esbo\u00e7o-aster\u00e1cea}}\n{{Portal3|Bot\u00e2nica}}\n\n[[Categoria:Asteraceae]]\n[[Categoria:G\u00e9neros de aster\u00e1ceas]]"}],"images":[{"ns":6,"title":"Ficheiro:Crystal Clear app demo.png"}]},"6473609":{"pageid":6473609,"ns":0,"title":"Leana Wen","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Biografia/Wikidata}}\n\n'''Leana Sheryle Wen''' ([[Xangai]], [[27 de janeiro]] de [[1983]]) \u00e9 uma [[m\u00e9dica]] [[norte-americana]], colunista do ''[[The Washington Post]]'' e analista m\u00e9dica da [[CNN]].{{citar jornal|\u00faltimo = Tanner |primeiro = Lindsay |t\u00edtulo= Forget Marcus Welby: Today's Docs Want a Real Life |url = http://bigstory.ap.org/article/forget-marcus-welby-todays-docs-want-real-life |acessodata=17 de janeiro de 2013 |jornal= AP News |data=2 de setembro de 2013 }}{{citar jornal|\u00faltimo = Mallozzi |primeiro = Vincent |t\u00edtulo= Leana Wen, Sebastian Walker--Weddings |url = https://www.nytimes.com/2012/02/12/fashion/weddings/leana-wen-sebastian-walker-weddings.html?_r=0 |acessodata=12 de julho de 2013 |jornal= The New York Times |data=12 de fevereiro de 2012 }}{{citar jornal|\u00faltimo1 = Domonoske |primeiro1 = Camila |t\u00edtulo= Planned Parenthood Chooses Baltimore's Health Commissioner As Its Next President |url = https://www.npr.org/2018/09/12/647128716/planned-parenthood-chooses-baltimores-health-commissioner-as-its-next-president |acessodata=13 de setembro de 2018 |obra= NPR.org |data=12 de setembro de 2018 |l\u00edngua= en }}{{citar comunicado de imprensa|t\u00edtulo=Dr. Leana Wen to Serve as President of Planned Parenthood |data=12 de setembro de 2018 |url=https://www.plannedparenthood.org/about-us/newsroom/press-releases/planned-parenthood-announcement |publicado=Planned Parenthood Federation of America |acessodata=2018-09-14}} Em 2019, apareceu na lista de 100 pessoas mais influentes do ano pela ''[[Time (revista)|Time]]''.{{citar web|url=https://time.com/collection/100-most-influential-people-2020|t\u00edtulo=TIME 100 Most Influential People of 2019|publica\u00e7\u00e3o=[[Time]]|data=2019|acessodata=24 de janeiro de 2021}}{{citar web|t\u00edtulo= Leana S. Wen joins Washington Post Opinions as contributing columnist |url = https://www.washingtonpost.com/pr/2020/05/12/leana-s-wen-joins-washington-post-opinions-contributing-columnist/#comments-wrapper |obra= The Washington Post |acessodata=12 de maio de 2020 }}\n\n{{Refer\u00eancias}}\n{{Esbo\u00e7o-pessoa}}\n\n[[Categoria:M\u00e9dicos dos Estados Unidos]]"}]},"5782382":{"pageid":5782382,"ns":0,"title":"Forte Apache","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Desambigua\u00e7\u00e3o|Forte Apache|Fort Apache}}\n\n* [[Forte Apache (Porto Alegre)]] - pr\u00e9dio hist\u00f3rico de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul\n* [[Forte Apache (Gulliver)]] - brinquedo\nOu ainda:\n* [[Fort Apache]] - filme de 1948\n\n[[Categoria:Desambigua\u00e7\u00e3o]]"}]},"7212479":{"pageid":7212479,"ns":0,"title":"Parlement (s\u00e9rie de televis\u00e3o)","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Televis\u00e3o\n | t\u00edtulo = Parlement\n | imagem = ParlementSerieLogo.svg\n | local =\n | distribuidor =\n | guionista =\n | elenco = Xavier Lacaille,
Liz Kingsman,
Philippe Duquesne,
Lucas Englander,
William Nadylam\n | abertura =\n | encerramento =\n | compositor =\n | emp_produ\u00e7\u00e3o = Cin\u00e9t\u00e9v\u00e9, Artemis Productions, CineCentrum\n | emissora orig = [[France T\u00e9l\u00e9visions|France.tv]], [[BeTV]], [[Westdeutscher Rundfunk|WDR]]\n | emissora luso = [[RTP2]]\n | cinematografia =\n | form_exibi\u00e7\u00e3o =\n | form_\u00e1udio =\n | data_estreia = {{Dtext|09|04|2020}}\n | data_fim =\n | temporadas = 3\n | epis\u00f3dios = 30\n | precedida_por =\n | c\u00e2mara =\n | editor_hist\u00f3ria =\n | imagem =\n | idioma = [[L\u00edngua francesa|Franc\u00eas]], [[L\u00edngua inglesa|ingl\u00eas]], [[L\u00edngua alem\u00e3|alem\u00e3o]]\n | tamanho =\n | legenda =\n | formato = S\u00e9rie\n | g\u00e9nero =\n | dura\u00e7\u00e3o = 26 min.\n | criador = No\u00e9 Debr\u00e9\n | pa\u00eds = {{FRA}}\n | director =\n | editor =\n | director_cria\u00e7\u00e3o =\n | produtor =\n | co-produtor =\n | produtor_executivo =\n | co_exec =\n | produtor_de_supervis\u00e3o =\n | produtores_associados =\n | produtor_consultivo =\n | seguida_por =\n}}\n'''Parlement''' \u00e9 uma [[s\u00e9rie de televis\u00e3o]] [[Fran\u00e7a|francesa]] sobre uma vers\u00e3o fict\u00edcia do [[Parlamento Europeu]].\n\n== Sinopse ==\nA s\u00e9rie acompanha as perip\u00e9cias de Samy, um jovem assistente rec\u00e9m-chegado ao Parlamento Europeu, que acaba por ficar encarregue de escrever um relat\u00f3rio sobre ''[[Shark finning|finning]] (a pesca ilegal de tubar\u00f5es para remover as barbatanas).{{Citar web|url=https://www.seriesdatv.pt/nacional/canaisnacionais/2023/02/rtp2-estreia-hoje-serie-francesa-parlement|titulo=RTP2 estreia hoje s\u00e9rie francesa Parlement|data=2023-02-19|acessodata=2023-09-19|website=S\u00e9riesdaTV}}\n\n== Elenco ==\n* [[Xavier Lacaille]]: Samy Kantor, assistente parlamentar franc\u00eas de Michel Specklin, e depois de Valentine Cantel\n* [[Liz Kingsman]]: Rose Pilkington, assistente parlamentar inglesa de Sharon Redlion, e depois lobista\n* [[Philippe Duquesne]]: Michel Specklin, eurodeputado franc\u00eas, e depois presidente do Parlamento Europeu\n* [[Georgia Scalliet]]: Valentine Cantel, eurodeputada francesa\n* [[Lucas Englander]]: Torsten Muckenstrum, vulgo \u201cToto\u201d, assistente alem\u00e3o de Ingeborg e amigo de Samy\n* [[William Nadylam]]: Eamon, administrador da Comiss\u00e3o de Pesca e mentor enigm\u00e1tico de Samy\n* [[Christiane Paul]]: Ingeborg Becker, conselheira pol\u00edtica alem\u00e3 de direita, ambiciosa e manipuladora\n* [[Niccol\u00f2 Senni]]: Guido Bonafide, lobista italiano\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n{{esbo\u00e7o-s\u00e9riestv}}\n{{Portal3|Televis\u00e3o|Fran\u00e7a}}\n\n[[Categoria:S\u00e9ries de televis\u00e3o de com\u00e9dia dram\u00e1tica da Fran\u00e7a]]\n[[Categoria:Programas de televis\u00e3o em l\u00edngua francesa]]"}]}}}}