/blog/category/medicos/category/informac/category/category/category/curiosidades/

  (11) 3340.6655     contato@pigatti.com.br      Cliente      Processos   
    
  
pigatti
Curiosidades   

Convergência entre Inteligência Artificial (IA) e Contabilidade

Vivemos em uma era onde a tecnologia redefine constantemente as fronteiras do possível, e no universo da contabilidade, a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma força transformadora. Neste...

28/03/2024
+ continue lendo
pigatti
Curiosidades   

Cidade privada: conheça Próspera, em Honduras

Um projeto futurista está sendo construído em uma das ilhas mais bonitas de Honduras: uma cidade privada chamada Próspera. Em primeiro lugar, a cidade-inteligente é baseada em um “estado...

28/10/2021
+ continue lendo

Leia também sobre

Consultoria
Contabilidade
Curiosidades
Departamento Pessoal
Dicas
DP
Dúvidas
Empreendedorismo
Gerais
Informações
Médicos
Negócios
Pessoas
Pigatti Contabilidade
Sem categoria
Tributário



{"continue":{"imcontinue":"69029|Flag_of_Brazil.svg","grncontinue":"0.824422657104|0.824422657104|0|0","continue":"grncontinue||revisions"},"warnings":{"main":{"*":"Subscribe to the mediawiki-api-announce mailing list at for notice of API deprecations and breaking changes. Use [[Special:ApiFeatureUsage]] to see usage of deprecated features by your application."},"revisions":{"*":"Because \"rvslots\" was not specified, a legacy format has been used for the output. This format is deprecated, and in the future the new format will always be used."}},"query":{"pages":{"1414520":{"pageid":1414520,"ns":0,"title":"Aumsville","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Localidade dos EUA|\n|nome = Aumsville\n|imagem = Pleasant Grove Church (Marion County, Oregon scenic images) (marDA0036).jpg\n|imagem_legenda = \n|estado = Oregon\n|condado = [[Condado de Marion (Oregon)|Condado de Marion]]\n|popula\u00e7\u00e3o = 3330\n|data_pop = 2006\n|\u00e1rea = 2.1\n|\u00e1rea_\u00e1gua = 0.0\n|latG = 44\n|latM = 50\n|latS = 40\n|latP = N\n|lonG = 122\n|lonM = 52\n|lonS = 17\n|lonP = W\n|coord_t\u00edtulo = s\n|altitude = \n|c\u00f3digoFIPS = 03250\n|tipo = cidade\n|mapa_detalhado = \n|data_funda\u00e7\u00e3o = \n|incorpora\u00e7\u00e3o = \n|web = \n}}\n\n'''Aumsville''' \u00e9 uma [[cidade]] localizada no [[Estados dos Estados Unidos da Am\u00e9rica|estado]] [[Estados Unidos da Am\u00e9rica|norte-americano]] de [[Oregon]], no [[Condado de Marion (Oregon)|Condado de Marion]].\n\n== Demografia ==\nSegundo o [[Censo demogr\u00e1fico|censo]] norte-americano de 2000, a sua popula\u00e7\u00e3o era de 3003 [[habitante]]s.[http://www.census.gov/Press-Release/www/2001/sumfile1.html U.S. Census Bureau. Census 2000 Summary File 1] \nEm 2006, foi estimada uma popula\u00e7\u00e3o de 3330,[http://www.census.gov/popest/datasets.html U.S. Census Bureau. Estimativa da popula\u00e7\u00e3o (julho de 2006)] um aumento de 327 (10.9%).\n\n== Geografia ==\nDe acordo com o '''[[United States Census Bureau]]''' tem uma [[\u00e1rea]] de \n2,1 [[km\u00b2]], dos quais 2,1 km\u00b2 cobertos por terra e 0,0 km\u00b2 cobertos por [[\u00e1gua]].\n\n== Localidades na vizinhan\u00e7a ==\nO diagrama seguinte representa as [[localidade]]s num [[Raio (geometria)|raio]] de 12 km ao redor de Aumsville. \n
\n[[Ficheiro:Blank map.svg|400px|left|Localidades na vizinhan\u00e7a]] \n{{Image label|x=0.5|y=0.5|scale=400|text=[[Ficheiro:Map pointer black.svg|20px|Aumsville]]'''Aumsville'''}}\n{{Image label|x=0.202|y=0.149|scale=400|text=[[Ficheiro:Small-city-symbol.svg|18px|Localidade com 13922 habitantes (2000).]] [[Four Corners (Oregon)|Four Corners]] (12 km)}} \n{{Image label|x=0.295|y=0.892|scale=400|text=[[Ficheiro:Small-city-symbol.svg|6px|Localidade com 274 habitantes (2000).]] [[Marion (Oregon)|Marion]] (12 km)}} \n{{Image label|x=0.725|y=0.678|scale=400|text=[[Ficheiro:Small-city-symbol.svg|16px|Localidade com 6816 habitantes (2000).]] [[Stayton]] (8 km)}} \n{{Image label|x=0.733|y=0.561|scale=400|text=[[Ficheiro:Small-city-symbol.svg|10px|Localidade com 2148 habitantes (2000).]] [[Sublimity]] (6 km)}} \n{{Image label|x=0.260|y=0.494|scale=400|text=[[Ficheiro:Small-city-symbol.svg|10px|Localidade com 1199 habitantes (2000).]] [[Turner (Oregon)|Turner]] (6 km)}} \n

\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n== Liga\u00e7\u00f5es externas ==\n{{Commonscat|Aumsville, Oregon}}\n* {{City-data|Aumsville|Oregon}}\n\n{{esbo\u00e7o-cidades-oregon}}\n\n{{Portal3|Estados Unidos}}\n[[Categoria:Cidades do Oregon]]\n[[Categoria:Condado de Marion (Oregon)]]"}]},"6045659":{"pageid":6045659,"ns":0,"title":"Norival Pereira da Silva","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Biografia/Wikidata}}\n'''Norival Pereira da Silva''' (Rio de Janeiro, 5 de junho de 1917 - Nova Igua\u00e7u, janeiro de 1988) foi um [[futebolista]] brasileiro que atuava como [[zagueiro]].[https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/norival-1548 terceirotempo.uol.com.br/] ''Que Fim Levou? Norival Pereira da Silva'' Defendeu as camisas do [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]], {{Futebol Fluminense}}, {{Futebol Am\u00e9rica-RJ}}, {{Futebol Bonsucesso}}, {{Futebol Portuguesa-RJ}} e Jequi\u00e9, al\u00e9m de ter disputado 20 jogos pela sele\u00e7\u00e3o brasileira, entre 1940 e 1946, e marcou um gol.[https://books.google.com.br/books?id=e7Jrej-ddv8C&pg=PA283&lpg=PA283&dq=Norival+Pereira+da+Silva+morte&source=bl&ots=ADQCGtiofm&sig=ACfU3U1AR2-JnDaOyBSgYJKqZk5enlDTXw&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwib3L61nMvjAhXtGLkGHQh1BmIQ6AEwEnoECAkQAQ#v=onepage&q=Norival%20Pereira%20da%20Silva%20morte&f=false ''Livro \"Sele\u00e7\u00e3o brasileira: 1914-2006\"'']\n\nNorival come\u00e7ou sua carreira no Madureira. No tricolor, estreou em campeonatos cariocas no ano de 1935, numa \u00e9poca em que o futebol carioca tinha duas ligas. O Madureira fazia parte da Federa\u00e7\u00e3o Metropolitana de Desportos, pela qual tamb\u00e9m jogavam Vasco, Botafogo, Bangu, S\u00e3o Crist\u00f3v\u00e3o, Olaria e Andara\u00ed, e Norival j\u00e1 fazia parte do time principal. O campeonato da Liga Carioca de Futebol era disputado por Flamengo, Fluminense, Am\u00e9rica, Bonsucesso, Portuguesa e Jequi\u00e9.\n\nNorival permaneceu no Madureira at\u00e9 o ano de 1939. Em 1940, foi contratado pelo Fluminense, que montara um verdadeiro esquadr\u00e3o no final da d\u00e9cada de 30 e conquistara o tricampeonato de 1936/37/38. A seq\u00fc\u00eancia de t\u00edtulos do tricolor foi interrompida pelo Flamengo em 1939, mas os dirigentes das Laranjeiras voltaram a refor\u00e7ar o time em busca de novos t\u00edtulos. Desta forma, o Fluminense foi bicampe\u00e3o em 1940/41.\n\nFoi contratado ent\u00e3o pelo Flamengo, tendo feito sua estreia com a camisa rubro-negra em 5 de abril de 1942, numa goleada de 6 x 0 do Flamengo sobre o Canto do Rio, pelo Campeonato Carioca daquele ano. Foi reserva na conquista do tri-campeonato de 1942, 1943 e 1944, com a dupla de zaga titular formada por [[Domingos da Guia]] e Newton Canegal. Quando Domingos foi contratado pelo Corinthians, em 1944, quam ganhou a posi\u00e7\u00e3o foi o mineiro Quirino, que chegou ao Flamengo junto a Norival, em 1942, oriundo do Atl\u00e9tico Mineiro. Norival s\u00f3 se tornou titular a partir de 1945. Jogou 140 partidas com a camisa rubro-negro\n, ficando na G\u00e1vea at\u00e9 junho de 1949, quando se transferiu para o Corinthians, em S\u00e3o Paulo. Encerrou sua carreira em 1951 pelo Atletico Junior de Barranquilla, da Col\u00f4mbia.\n\n== Conquistas ==\n; Fluminense\n* Campeonato Carioca: 1940, 1941\n\n; Flamengo\n* Campeonato Carioca: 1942, 1943, 1944\n\n; Sele\u00e7\u00e3o Brasileira\n* Copa Roca: 1945\n\n{{refer\u00eancias}}\n\n{{Sele\u00e7\u00e3o Brasileira de Futebol de 1942}}\n{{Sele\u00e7\u00e3o Brasileira de Futebol de 1945}}\n{{Sele\u00e7\u00e3o Brasileira de Futebol de 1946}}\n{{Controle de autoridade}}\n\n[[Categoria:Futebolistas do Clube de Regatas do Flamengo]]\n[[Categoria:Jogadores da Sele\u00e7\u00e3o Brasileira de Futebol]]"}]},"69029":{"pageid":69029,"ns":0,"title":"Passagem de Humait\u00e1","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Ver desambig|este=uma opera\u00e7\u00e3o militar da Guerra do Paraguai|outros artigos com o mesmo nome|Humait\u00e1}}{{coord|27|04|S|58|31|W|region:PY_type:event|display=title}}\n{{Info/Conflito militar\n|nome = Passagem de Humait\u00e1\n|conflito = {{nobold|Parte da}} [[Campanha de Humait\u00e1]] {{nobold|na}} [[Guerra do Paraguai]]\n|imagens_tamanho = \n|imagem = Passagem de Humait\u00e1.jpg\n|legenda = Momento em que o [[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|coura\u00e7ado ''Bahia'']] transpunha as amarras, seguido pelo terceiro par, o [[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|''Tamandar\u00e9'']] e [[Monitor Encoura\u00e7ado Par\u00e1|''Par\u00e1'']]\n|data = {{Dtlink |19 |02 |1868}}\n|local = [[Rio Paraguai]], [[Fortaleza de Humait\u00e1]]\n|resultado = Vit\u00f3ria brasileira\n|combatente1 = {{Lista simples|\n* {{flagicon image|Flag of Empire of Brazil (1822-1870).svg}} [[Imp\u00e9rio do Brasil|Brasil]]\n* {{flagicon image|Flag of Argentina.svg}} [[Argentina]]\n* {{flagicon image|Flag of Uruguay.svg}} [[Uruguai]]\n}}\n|combatente2 = {{PRYb}} [[Paraguai]]\n|comandante1 = [[Delfim Carlos de Carvalho]]\n|comandante2 = [[Paulino Al\u00e9n Ben\u00edtez]]\n|for\u00e7a1 = {{Lista simples|\n* 3 encoura\u00e7ados\n* [[Encoura\u00e7ado Barroso|''Barroso'']]\n* [[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|''Bahia'']]\n* [[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|''Tamandar\u00e9'']]\n* 3 monitores fluviais\n* [[Monitor Encoura\u00e7ado Rio Grande|''Rio Grande'']]\n* [[Monitor Encoura\u00e7ado Alagoas|''Alagoas'']]\n* [[Monitor Encoura\u00e7ado Par\u00e1|''Par\u00e1'']]\n}}\n|for\u00e7a2 = {{Lista simples|\n* [[Fortaleza de Humait\u00e1]]\n* 8 baterias fluviais\n* N\u00famero desconhecido de minas\n}}\n|baixas1 = 10 feridos (1200 mortos ou feridos no ataque diversion\u00e1rio){{sfn|Whigham|2017|p=225}}\n|baixas2 = desconhecido (150 mortos ou feridos no ataque diversion\u00e1rio)\n|campanha = Guerra do Paraguai\n}}\nA '''Passagem de Humait\u00e1''' foi uma opera\u00e7\u00e3o naval durante a [[Guerra do Paraguai]] em que uma for\u00e7a de seis [[Monitor encoura\u00e7ado|monitores encoura\u00e7ados]] brasileiros for\u00e7aram a passagem sob fogo da artilharia paraguaia da [[fortaleza de Humait\u00e1]]. Foi considerado por observadores como um feito admir\u00e1vel.\n\nO objetivo da a\u00e7\u00e3o era acabar com o fornecimento de provis\u00f5es pelo rio at\u00e9 a fortaleza e fornecer ao [[Imp\u00e9rio do Brasil]] e seus [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a|aliados]] a t\u00e3o necess\u00e1ria vit\u00f3ria que elevasse o moral. A tentativa ocorreu em 19 de fevereiro de 1868 e foi bem sucedida, tendo os brasileiros alcan\u00e7ado o ponto fraco da fortaleza. Tal feito restaurou a reputa\u00e7\u00e3o da armada imperial, e fez com que os paraguaios evacuassem a capital [[Assun\u00e7\u00e3o]]. Alguns autores consideram o feito como o ponto de virada ou evento culminante da guerra. A fortaleza, at\u00e9 ent\u00e3o totalmente cercada por for\u00e7as aliadas por terra ou \u00e1gua, foi capturada em 25 de julho de 1868.\n\n== Antecedentes ==\n{{AP|Fortaleza de Humait\u00e1|Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a}}\nA Fortaleza de Humait\u00e1 era um sistema defensivo, por muito tempo considerado quase inexpugn\u00e1vel, localizado perto da foz do [[rio Paraguai]]. Impediu o inimigo de subir o rio, e invadir a [[Paraguai|Rep\u00fablica do Paraguai]]. Havia outros caminhos pelos quais o Paraguai poderia ter sido invadido, mas foram consideradas mais dif\u00edceis.{{sfn|Burton|1870|p=296}}{{sfn|Tasso Fragoso|1956a|p=33}} A [[Guerra do Paraguai]] (tamb\u00e9m conhecida como a Guerra da Tr\u00edplice Alian\u00e7a) de 1864-1870 foi o mais letal conflito na hist\u00f3ria da [[Am\u00e9rica do Sul]] e, \u2014 em termos de sua relativa mortalidade{{Nota de rodap\u00e9|Ou seja a taxa de mortalidade global, civil e militar.}} \u2014 muito possivelmente o pior da hist\u00f3ria moderna.{{sfn|Whigham|2015|loc=7898}} O conflito iniciou-se quando o l\u00edder paraguaio [[Francisco Solano L\u00f3pez]] apreendeu o navio brasileiro ''[[Vapor Marqu\u00eas de Olinda|Marqu\u00eas de Olinda]]''{{sfn|Pl\u00e1|1976|p=222}} em rota pelo rio Paraguai para a [[Prov\u00edncias do Imp\u00e9rio do Brasil|prov\u00edncia]] brasileira de [[Prov\u00edncia de Mato Grosso|Mato Grosso]] (hoje no territ\u00f3rio do estado de [[Mato Grosso do Sul]]), em seguida, enviou tropas para invadir a prov\u00edncia. Desenvolveu-se ainda mais quando ele apreendeu embarca\u00e7\u00f5es navais argentinas atracadas no porto de Corrientes, nordeste da Argentina.{{sfn|Pl\u00e1|1976|p=222}}\n\nPosteriormente, L\u00f3pez enviou mais dois ex\u00e9rcitos, um para invadir a Argentina na [[Corrientes (prov\u00edncia)|prov\u00edncia de Corrientes]], ao longo do [[rio Paran\u00e1]]{{sfn|Whigham|2002|pp=262\u2013271}} e o outro para [[Invas\u00e3o do Rio Grande do Sul|invadir a prov\u00edncia brasileira do Rio Grande do Sul]] ao longo do [[rio Uruguai]].{{sfn|Whigham|2002|pp=328\u2013352}} Em 1 de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai assinaram o [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a]], pelo qual n\u00e3o negociariam a paz com o Paraguai{{Nota de rodap\u00e9|Exceto pelo consentimento un\u00e2nime de todos os tr\u00eas aliados.}} at\u00e9 que o governo de L\u00f3pez fosse deposto.{{Sfn|Schneider|1875|p=105|loc=Ap\u00eandice}} Al\u00e9m disso, o rio era a \u00fanica poss\u00edvel rota para alcan\u00e7ar a prov\u00edncia de Mato Grosso,{{sfn|Doratioto|2008|p=26}}{{sfn|Thompson|1869|p=16}} que havia sido invadido pelas for\u00e7as de L\u00f3pez antes de uma declara\u00e7\u00e3o de guerra.{{sfn|Whigham|2002|pp=192\u2013216}}{{sfn|Doratioto|2008|pp=91\u2013114}} Um dos objetivos dos [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a|aliados]] ([[Brasil]], [[Argentina]] e [[Uruguai]]) explicitamente inclu\u00eda a captura e destrui\u00e7\u00e3o de Humait\u00e1,{{Sfn|Schneider|1875|p=105|loc=Ap\u00eandice}} sendo o primeiro objetivo de seu alto comando.{{Nota de rodap\u00e9|No mesmo dia em que o tratado foi assinado (1\u00ba de maio de 1865), o alto comando aliado concordou com um plano estrat\u00e9gico. Seu primeiro ponto foi que o Humait\u00e1 era seu principal objetivo estrat\u00e9gico, ao qual todos os outros deveriam estar subordinados.{{sfn|Tasso Fragoso|1956a|p=33}}}}\n\n== O problema estrat\u00e9gico dos aliados ==\n[[Imagem:Humait\u00e1_in_context.png|thumb|\u00c1rea onde os aliados ficaram estagnados por 2,5 anos, nas zonas \u00famidas do sudoeste do Paraguai. Os aliados tinham capturado a base avan\u00e7ada de Curuz\u00fa, em setembro de 1866.{{sfn|Doratioto|2008|p=226}} Por Schneider, 1872.]]\nLevou cerca de um ano para que os aliados expulsassem os invasores da [[Prov\u00edncias do Imp\u00e9rio do Brasil|prov\u00edncia]] de [[Prov\u00edncia de S\u00e3o Pedro do Rio Grande do Sul|S\u00e3o Pedro do Rio Grande do Sul]] e da Argentina. De acordo com o tratado, tinham de neutralizar Humait\u00e1 e depor [[Francisco Solano L\u00f3pez]]. Em abril de 1866, os aliados atravessaram o rio Paran\u00e1 para sudoeste do Paraguai, ocupando uma pequena faixa de territ\u00f3rio.{{sfn|Pl\u00e1|1976|p=223}}\n\nResumidamente, a fortaleza de Humait\u00e1 foi constru\u00edda em uma curva c\u00f4ncava afiada no rio e compreendia mais de uma milha de baterias de artilharia pesada no topo de um penhasco baixo. O canal tinha apenas 200 metros de largura e corria a uma curta dist\u00e2ncia das baterias; uma barreira de correntes pesadas poderia ser levantada para bloquear a navega\u00e7\u00e3o e deter o transporte sob fogo das armas. [[Torpedo]]s (minas navais de contato improvisadas) poderiam ser liberados ou ancorados no c\u00f3rrego. Em seu lado terrestre, a fortaleza era protegida por terrenos intransit\u00e1veis e por 13 quil\u00f4metros de trincheiras com 120 canh\u00f5es pesados e uma guarni\u00e7\u00e3o de {{fmtn|18000}} homens. Uma tentativa de capturar uma de suas [[Obra exterior|obras exteriores]] por ataque frontal fracassou desastrosamente na [[Batalha de Curupaiti]] (22 de setembro de 1866); outro ataque frontal estava fora de quest\u00e3o.{{Nota de rodap\u00e9|\nEm abril de 1867 o comandante brasileiro Caxias admitiu que um ataque frontal seria o ato de um \"louco\" e levaria a \"derrota certa\". (Tasso Fragoso, 235)}}{{Nota de rodap\u00e9|Tempos depois, em 16 de julho de 1868, quando Caxias achava que a guarni\u00e7\u00e3o paraguaia estava abandonando Humait\u00e1, um ataque frontal foi tentado por Os\u00f3rio. Foi repelido com perda consider\u00e1vel.{{sfn|Doratioto|2008|pp=313-4}}}}\n\nDo ponto de vista naval, a pesada artilharia da fortaleza poderia \u2014 a princ\u00edpio \u2014 ser contornada pelos novos encoura\u00e7ados ([[Monitor encoura\u00e7ado|navios blindados]]), desde que as correntes de ferro pudessem ser rompidas e quaisquer \u201ctorpedos\u201d evitados. No entanto tais navios n\u00e3o poderiam operar muito distantes de suas bases avan\u00e7adas, porque precisariam ser reabastecidos com combust\u00edvel, muni\u00e7\u00e3o e provis\u00f5es.{{sfn|MacDermott|1976|p=xi}} Al\u00e9m disso, o comando da marinha brasileira alegou que n\u00e3o havia espa\u00e7o dentro dos encoura\u00e7ados para o transporte de tropas; os navios de transporte de madeira n\u00e3o poderiam acompanh\u00e1-los.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=265}} Para deixar as tropas de Humait\u00e1 sem acesso \u00e0 suprimentos, foi necess\u00e1rio impedir que os paraguaios os reabastecessem por via fluvial.{{sfn|Beverina|1943|p=179}}\n\n== Dificuldades enfrentadas pelos aliados ==\n=== Problemas internos ===\n[[Imagem:1868_lengthy_lines_of_communication.png|thumb|Longas linhas de comunica\u00e7\u00e3o: todas as muni\u00e7\u00f5es tinham de ser transportadas por mar do Rio de Janeiro, Brasil (1), para [[Montevid\u00e9u]], Uruguai (2). Posteriormente, em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 cidade de [[Corrientes (cidade)|Corrientes]], na Argentina (3); seguindo rumo a base naval sitiada no no [[rio Paraguai]] (4) \u2013 percurso aproximado de 3,3 mil quil\u00f4metros.]]\nNo final de 1867, os [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a|aliados]] precisavam urgentemente de uma vit\u00f3ria, uma vez que o moral e a reputa\u00e7\u00e3o da armada brasileira estavam baixos. A guerra havia lhes custado muitos homens{{sfn|Schneider|1902b|pp=390\u20133}}{{Nota de rodap\u00e9|Segundo Schneider, o n\u00famero de homens mortos, feridos e \"perdidos\" (desertores ou feitos prisioneiros) era de {{fmtn|18408}}, dos quais cerca de quatro mil foram mortos. No entanto, outros {{fmtn|10000}} foram mortos por c\u00f3lera e outras doen\u00e7as.{{sfn|Burton|1870|p=303}}}} e dinheiro; embora ainda tivessem m\u00e3o de obra maior.{{sfn|MacDermott|1976|p=xi}} No entanto, eles estavam presos na pequena \u00e1rea do sudoeste do Paraguai. O desastre de Curupaiti afetou profundamente o moral{{sfn|MacDermott|1976|p=xii}}{{sfn|Doratioto|p=267}} e levou a um ano de inatividade.{{sfn|Burton|1870|p=305}}{{sfn|Thompson|p=181}} E promoveu uma j\u00e1 forte fac\u00e7\u00e3o antiguerra na Argentina. Revoltas armadas irromperam naquele pa\u00eds \u2014 especialmente nas prov\u00edncias andinas \u2014 exigindo a paz com o Paraguai.{{sfn|Leuchars|2002|p=163}}{{sfn|McLynn|1984|p=85}}{{sfn|de la Fuente|2004|pp=140\u2013153}}{{sfn|Doratioto|2008|p=268}} Chegara ao ponto de o comandante-em-chefe aliado, general [[Bartolom\u00e9 Mitre]], ter que deixar temporariamente o Paraguai{{sfn|Ouro Preto|1894|p=288}} com {{fmtn|4000}} soldados argentinos, a fim de sufocar a revolta,{{sfn|Doratioto|2008|p=268}} deixando o general brasileiro, o [[Marqu\u00eas de Caxias]], no comando.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=298}}\n\nO Brasil financiou suas opera\u00e7\u00f5es b\u00e9licas, em parte, tomando empr\u00e9stimos nos mercados financeiros, especialmente em [[Londres]],{{sfn|Tate|1979|p=62}}{{sfn|Doratioto|2008|p=196}} e adiantou recursos para a Argentina e para o Uruguai.{{sfn|Doratioto|2008|p=150}} A falta de progresso na guerra estava afetando o seu cr\u00e9dito financeiro.{{sfn|Lennon Hunt|1874|p=42}} Em junho de 1867, Caxias escreveu a um colega: \"Meu amigo, vamos ver se podemos concluir esta maldita guerra que tem arruinado o nosso pa\u00eds, e cuja dura\u00e7\u00e3o nos envergonha.\"{{sfn|Doratioto|2008|p=280}}\n\n=== Linhas de comunica\u00e7\u00e3o estendidas ===\nLongas linhas de comunica\u00e7\u00e3o aumentaram muito a dificuldade e o custo da guerra para o Brasil. De acordo com o enviado americano ao Paraguai, [[Francisco Solano L\u00f3pez]] apoiou-se nisso ao decidir entrar em guerra com o [[Imp\u00e9rio do Brasil]].{{sfn|Washburn|1871a|p=564}} Embarca\u00e7\u00f5es a vapor eram o \u00fanico meio pr\u00e1tico de comunica\u00e7\u00e3o. Assim, no Brasil, a viagem terrestre de S\u00e3o Paulo para o Mato Grosso demorava dois meses e meio em mula r\u00e1pida; por navio a vapor, embora o desvio para o sul atrav\u00e9s do [[rio da Prata]] e atrav\u00e9s do [[rio Paraguai]] fosse vasto, poderia ser feito em pouco mais de uma quinzena.{{sfn|Burton|1870|p=296}}\n\nA tens\u00e3o sobre esta rota foi uma das causas da guerra paraguaia.{{sfn|Thompson|1869|p=16}} Muni\u00e7\u00f5es ou outros mantimentos enviadas do [[Rio de Janeiro]], para o arsenal naval da [[Isla del Cerrito]], perto da foz do rio Paraguai, tiveram que percorrer uma extensa rota fluvial.{{sfn|Ouro Preto|1894|pp=103-4}} Embarca\u00e7\u00f5es que precisavam ser consertadas n\u00e3o podiam ser enviadas para [[Buenos Aires]] por falta de instala\u00e7\u00f5es, e o Rio de Janeiro estava longe demais. A ''Isla del Cerrito'' (\"Ilha do Cerrado\") era e \u00e9 uma pequena ilha na conflu\u00eancia dos rios [[Rio Paran\u00e1|Paran\u00e1]] e Paraguai. Ali a marinha estabeleceu uma oficina mec\u00e2nica que empregava 20 homens; um estaleiro com 50 carpinteiros, etc; um bunker de carv\u00e3o; um moinho de p\u00f3lvora; um hospital naval; e at\u00e9 uma igreja. Boa madeira naval necess\u00e1ria para reparos foi colhida localmente.{{sfn|Oliveira Moitrel|2010|pp=2.4.1}}\n\n
\n{| class=\"wikitable\" style=\"margin-bottom: 10px;\"\n|+ Tabela 1: Rota simplificada pelo ministro da marinha.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=123}}\n|-\n!Rota\n!Rota fluvial\n!Milhas n\u00e1uticas\n!Quil\u00f4metros\n|-\n|''' Rio de Janeiro''' (Brasil) a '''Montevid\u00e9u''' (Uruguai)\n|Atl\u00e2ntico Sul\n|1099\n|2036\n|-\n|'''Montevid\u00e9u''' (Uruguai) a '''Corrientes''' (NE Argentina)\n|Rio da Prata \u2013 Paran\u00e1 delta do rio Paran\u00e1\n|651\n|1206\n|-\n|'''Corrientes''' (NE Argentina) a proximidade de '''Humait\u00e1''' (Paraguai)\n|Rio Paran\u00e1 \u2013 Rio Paraguai\n|14\n|26\n|}\n
\n\n=== Dificuldades ===\n[[Imagem:Brazilian_ironclads_Tamandare_and_Brasil.jpg|thumb|Danos causados aos encoura\u00e7ados: [[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|Tamandar\u00e9]] (''esquerda'') e Brasil (''direita'') danificados ap\u00f3s o ataque anterior a Curuz\u00fa,{{Nota de rodap\u00e9|A legenda diz erradamente \"Curupaiti\".}} um forte muito menos poderoso do que Curupaiti ou Humait\u00e1.]]\nEmbora alguns observadores estrangeiros{{sfn|Thompson|1869|pp=96\u201397, 124, 151, 165, 166, 214, 246, 250, 253}}{{sfn|Burton|1870|pp=263, 267, 300, 343, 369, 371}} criticassem a falta de progresso da marinha brasileira e insinuavam que ela deveria ter for\u00e7ado a passagem h\u00e1 muito tempo,{{sfn|Burton|1870|p=332}} esses observadores n\u00e3o tinham experi\u00eancia naval. Um dos observadores que efetivamente pertencia a marinha foi o comandante Kennedy{{Nota de rodap\u00e9|No entanto, o comandante Kennedy, que apenas visitou a cena ap\u00f3s o evento, n\u00e3o escondeu sua admira\u00e7\u00e3o pelo vice-almirante [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]], escrevendo: \"Os en\u00e9rgicos procedimentos do almirante Ignacio e a bravura mostrada pela frota foram o tema de admira\u00e7\u00e3o universal\".{{sfn|Kennedy|1869|p.144}} (\"Processo energ\u00e9tico\" \u00e9 contradito por v\u00e1rias outras fontes mencionadas neste artigo.).}} da [[Marinha Real Brit\u00e2nica]] e escreveu que havia dificuldades reais:\n\n# A aproxima\u00e7\u00e3o do rio a Humait\u00e1 \u2014 que inclu\u00eda as fortifica\u00e7\u00f5es preliminares fortemente armadas em Curupaiti \u2014 era superficial, estreita e inexplorada.\n# Diversos \"torpedos\" (minas navais de contato improvisadas) foram empregados.\n# Era muito raso para as embarca\u00e7\u00f5es mais pesadas, exceto durante a ascens\u00e3o sazonal do rio.{{Nota de rodap\u00e9|A precipita\u00e7\u00e3o tropical sazonal na bacia do Alto Paraguai faz com que o rio suba. Como o rio desagua no rio Paran\u00e1 (que sobe ou desce de acordo com as chuvas em suas pr\u00f3prias cabeceiras) pode haver apoio, e o padr\u00e3o n\u00e3o \u00e9 totalmente previs\u00edvel.{{sfn|Burton|1870|p=295}}{{sfn|Johnston|1875\u20131876|p=498}}}} A diferen\u00e7a sazonal entre o rio cheio e baixo pode chegar a 3 bra\u00e7as (5 \u00bd metros).{{sfn|Kennedy|1869|p=103}}\n#Mas se essas embarca\u00e7\u00f5es prosseguissem rio acima eles poderiam fica ancorados ou presos (nem capazes de avan\u00e7ar ou recuar), quando as \u00e1guas diminu\u00edssem novamente.{{sfn|Kennedy|1869|pp=103\u20134}}\n{{limpar}}\n\n{{Rquote|left|\"\u00c9 dif\u00edcil conceber um obst\u00e1culo mais formid\u00e1vel para um esquadr\u00e3o avan\u00e7ado do que esta pequena por\u00e7\u00e3o do rio entre Tr\u00eas Bocas e Humait\u00e1.|Avalia\u00e7\u00e3o do comandante Kennedy.{{carece de fontes}}}}\nAl\u00e9m disso, mesmo que os navios n\u00e3o fossem afundados pelas baterias fluviais do tipo possu\u00eddo pelo Paraguai, eles poderiam ser seriamente danificados.{{sfn|Burton|1870|p=368}}{{sfn|Thompson|1869|pp=124, 169, 180}}{{sfn|MacDermott|1976|p=xi}} Balas de canh\u00e3o \u00e0s vezes penetravam no casco passando por uma vigia ou uma canhoneira.{{sfn|Kennedy|1869|p=138}}{{sfn|Thompson|1869|p=123}} Quando isso acontecia, o tiro poderia fraturar ou ricochetear dentro da casamata, produzindo uma carnificina terr\u00edvel.{{sfn|Kennedy|1869|p=119}}{{sfn|Thompson|pp=123, 233}}{{sfn|Doratioto|2008|p=197}} E mesmo que a maioria dos disparos n\u00e3o chegasse ao interior do casco, sua for\u00e7a poderia romper os parafusos do revestimento de ferro,{{sfn|Burton|1870|p=344}} e produzir muitos danos estilha\u00e7ando o suporte de madeira.{{sfn|Azevedo|1870|pp=342\u20133}} Para marinheiros inexperientes o efeito poderia ser aterrorizante.{{sfn|Leuchars|2002|p=179}} De qualquer forma, teria sido necess\u00e1rio, de alguma modo, cortar ou evitar as barreiras de corrente, ou ent\u00e3o ser detido sob a artilharia paraguaia indefinidamente.{{sfn|Kennedy|1869|p=160}} De acordo com o ''Buenos Ayres Standard:'' Oficiais navais americanos, ingleses e franceses experientes, que haviam visto Humait\u00e1, inspecionaram a posi\u00e7\u00e3o e passaram pelas baterias, concordaram unanimemente com sua extrema for\u00e7a.{{sfn|The Times|p=5|loc=7/04/1868}}\n\n=== Dissens\u00f5es entre os comandos ===\n[[Imagem:Viscount_of_Inhauma_circa_1864.jpg|thumb|esquerda|Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio: um homem doente, \"um fantasma de um almirante\".]]\nA Argentina e o Brasil eram inimigos tradicionais.{{sfn|Whigham|2002|p=358|pp=326\u20137}} A alian\u00e7a entre eles era como \"c\u00e3o e gato\",{{sfn|Burton|1870|p=358|pp=326\u20137}} s\u00f3 aconteceu porque L\u00f3pez declarou guerra a ambos;{{Nota de rodap\u00e9|L\u00f3pez iniciou uma guerra contra o Brasil ao tomar o navio [[Vapor Marqu\u00eas de Olinda|Marqu\u00eas de Olinda]] em 12 de novembro de 1864.{{sfn|Pl\u00e1|1976|p=222}} Ele iniciou a guerra na Argentina em 13 de abril de 1965, apreendendo dois navios de guerra atracados no porto argentino de [[Corrientes (cidade)|Corrientes]] e invadindo a prov\u00edncia de mesmo nome.{{sfn|Pl\u00e1|1976|p=222}}}} estava repleto de desconfian\u00e7a e antagonismo velado. Por raz\u00f5es pol\u00edticas, o general argentino [[Bartolom\u00e9 Mitre]] era nominalmente [[Comandante em chefe|comandante-em-chefe]],{{Sfn|Schneider|1875|p=105|loc=Ap\u00eandice}} mas isso era ruim para o Brasil,{{sfn|Doratioto|2008|p=291}} cujas for\u00e7as terrestres eram muito maiores;{{sfn|Bethell|1996|p=7}}{{sfn|Whigham|2002|p=358|pp=151\u2013153}}{{sfn|Schneider|1902a|p=153|pp=151\u2013153}} na realidade, Mitre teve que buscar consenso com os comandos brasileiro e uruguaio.{{sfn|Doratioto|2008|p=153}} Al\u00e9m disso, o [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a]] estipulava que as for\u00e7as navais (para todos os efeitos, a marinha brasileira, uma vez que as for\u00e7as navais argentinas eram pequenas){{sfn|Doratioto|2008|p=197}}{{sfn|Schneider|1902a|p=156}} deveriam estar \"sob o comando imediato\" do almirante brasileiro;{{Sfn|Schneider|1875|p=105|loc=Ap\u00eandice}} e o governo brasileiro deixou claro que a marinha n\u00e3o receberia ordens de Mitre.{{sfn|Doratioto|2008|p=290}}\n\nDurante a guerra, a marinha brasileira foi criticada por sua in\u00e9rcia.{{sfn|Thompson|1869|p=64|pp=409\u2013411, 421}} Foram os navios modernos e robustos da marinha brasileira que ficaram parados e permitiram que o ex\u00e9rcito paraguaio que estava se retirando escapasse atrav\u00e9s do rio Paran\u00e1 em jangadas \u2014 junto com 100 mil cabe\u00e7as de gado \u2014 sem fazer nada para det\u00ea-los.{{sfn|Whigham|2002|pp=409\u2013411, 421}} Essas mesmas embarca\u00e7\u00f5es foram desafiadas por duas chatas paraguaias (barcos rebocadas de fundo chato que montavam uma \u00fanica arma).{{sfn|Thompson|1869|pp=122\u20134}}{{sfn|Hooker|2008|pp=32, 50, 117}} Embora o comando naval brasileiro tenha protestado alegando que \u00e1guas rasas do rio exigiram cautela,{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=117}} o ex\u00e9rcito brasileiro e o imperador Pedro II ficaram enojados.{{sfn|Doratioto|2008|p=192}} Como resultado, [[Joaquim Marques Lisboa]] \u2014 o almirante Tamandar\u00e9 \u2014 foi destitu\u00eddo de seu comando e [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]]{{Nota de rodap\u00e9|[[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] ou \"Ignacio\", de acordo com algumas conven\u00e7\u00f5es de ortografia. De acordo com as conven\u00e7\u00f5es de nomenclatura brasileiras, ele tamb\u00e9m \u00e9 conhecido como Mariz e Barros.{{sfn|Doratioto|2008|p=623.}}}} (1808-1869) assumiu suas fun\u00e7\u00f5es{{Nota de rodap\u00e9|Tecnicamente, ele ocupava o posto de vice-almirante.}} em 2 de dezembro de 1866.{{sfn|Doratioto|2008|p=267|pp=236\u20137}}\n\nO comando naval era objeto de desconfian\u00e7a pelo general Mitre{{sfn|Doratioto|2008|pp=236\u20137}} e a desconfian\u00e7a era m\u00fatua, pois os comandos brasileiros, militares e navais, suspeitavam que os argentinos ficariam muito satisfeitos se a marinha brasileira fosse destru\u00edda na guerra, j\u00e1 que enfraqueceria o poder brasileiro na regi\u00e3o do [[rio da Prata]].{{sfn|Doratioto|2008|p=290|pp=289\u2013290, 306}} Quanto mais Mitre pedia que a marinha fosse ousada, mais eles suspeitavam dele.{{sfn|Doratioto|2008|p=290}} Na pr\u00e1tica, Mitre nunca tentou dar ordens diretas \u00e0 marinha brasileira, em vez disso, tentou persuadi-la atrav\u00e9s do comandante das for\u00e7as em terra do Brasil.Tasso Fragoso, 1956b, ''passim''.\n\n=== O envelhecimento do comando naval ===\nO novo almirante [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] teve uma carreira de luta distinta e corajosa nos dias da marinha de [[mar aberto]]. Mas ele n\u00e3o havia estado no mar por anos, seguindo uma carreira como burocrata e depois como pol\u00edtico. No Paraguai, In\u00e1cio ficou doente, prematuramente velho, um \"fantasma de um almirante\", como diz o historiador [[Francisco Doratioto]].{{sfn|Doratioto|2008|p=312|pp=307\u20138}} De acordo com [[Arthur Silveira da Motta]], comandante do encoura\u00e7ado ''[[Encoura\u00e7ado Barroso|Barroso]]'' \"a maioria do comando naval s\u00eanior mostrou-se ser incompetente para o servi\u00e7o de guerra, seja pela idade avan\u00e7ada ou por anos de servi\u00e7os sedent\u00e1rios\"{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1903|p=174}} uma afirma\u00e7\u00e3o com a qual Doratioto estava inclinado a concordar.{{sfn|Doratioto|2008|p=308|pp=43\u201345}}\n\n== Dificuldades enfrentadas pelo Paraguai ==\nO Paraguai estava lutando em seu territ\u00f3rio; seus artilheiros eram bons;{{sfn|Hutchinson|1868|p=317}} poderiam construir grandes canh\u00f5es em fundi\u00e7\u00f5es situadas em [[Assun\u00e7\u00e3o]] e Ibicuy;{{sfn|Burton|1870|p=321}} e observadores estrangeiros \u2014 incluindo os aliados \u2014 foram un\u00e2nimes em afirmar que seus homens eram soberbamente guerreiros corajosos. No entanto, no in\u00edcio da guerra, o contato com mundo exterior foi cortado pelo bloqueio naval brasileiro e tiveram que se contentar apenas com os recursos que existiam no pa\u00eds.{{sfn|Marinha do Brasil}}\n\n=== Nenhum encoura\u00e7ado ===\nEm particular, o Paraguai n\u00e3o possu\u00eda um \u00fanico navio encoura\u00e7ado. Haviam encomendado coura\u00e7as a estaleiros brit\u00e2nicos e franceses, mas L\u00f3pez atacara o Brasil e a Argentina sem esperar que eles fossem entregues. Por causa do bloqueio, ele parou de fazer os pagamentos. O Brasil negociou a compra dos mesmos, adquirindo os encoura\u00e7ados ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|Bahia]]'', ''[[Encoura\u00e7ado Colombo|Colombo]]'', ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Lima Barros|Lima Barros]]'',[[Encoura\u00e7ado Cabral|'' Cabral '']] e ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Silvado|Silvado]]'', todos originalmente destinados ao Paraguai.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=115}} De acordo com Burton, era a opini\u00e3o geral de que, com apenas um encoura\u00e7ado, o Paraguai poderia ter limpado o rio.{{sfn|Burton|1870|p=312}}\n\n=== Armamento pouco perfurante ===\nO Paraguai tamb\u00e9m tinha poucas pe\u00e7as de artilharia de tiro perfurante.{{sfn|Burton|1870|p=344}} Segundo o diplomata Gregorio Ben\u00edtes, que representou o Paraguai no exterior durante a guerra:\n\n{{Quote\n|Se o marechal [[Francisco Solano L\u00f3pez|L\u00f3pez]] n\u00e3o tivesse sido precipitado em aceitar a guerra, para a qual foi provocado pelo [[Imp\u00e9rio do Brasil]], e se tivesse dado tempo suficiente para receber os grandes monitores e armamentos que havia encomendado na Europa, entre estes umas 36 pe\u00e7as de artilharia costeiras feitas no sistema Krupp, contratadas na [[Alemanha]] com a interven\u00e7\u00e3o pessoal do signat\u00e1rio, ent\u00e3o nem um \u00fanico soldado de \u00e1gua doce teria sido capaz de atacar as fortalezas supracitadas com sucesso, se elas tivessem sido armadas com aquela poderosa artilharia.\n\nDe fato, quem quer que tenha alguma ideia do formid\u00e1vel poder da artilharia Krupp, entender\u00e1 que tais canh\u00f5es estando montados nas baterias de Curuz\u00fa, Curupaity e Humait\u00e1, a tr\u00edplice alian\u00e7a n\u00e3o teria um \u00fanico encoura\u00e7ado que pudesse se aventurar sob seus fogos, certos do desastre. Al\u00e9m disso, L\u00f3pez deixou tarde demais para solicitar essas armas; de modo que o [[Bar\u00e3o de Itajub\u00e1]], o diplomata brasileiro acreditado em Berlim, ao descobrir a aquisi\u00e7\u00e3o desses canh\u00f5es em nome do Paraguai, fez uso de seu direito sob o direito internacional para exigir a deten\u00e7\u00e3o da dita artilharia.{{sfn|Ben\u00edtes|1904|pp=43\u201345}}\n|Gregorio Ben\u00edtes\n}}\n\n== Iniciativa aliada ==\nEm 5 de agosto de 1867, [[Bartolom\u00e9 Mitre]] apresentou um plano a seu subordinado, o comandante das for\u00e7as terrestres brasileiras Marqu\u00eas de Caxias. O principal ponto era a captura de Humait\u00e1, cortando suas linhas de comunica\u00e7\u00e3o: as for\u00e7as terrestres iriam flanquear a fortaleza a leste e as for\u00e7as navais interditariam as comunica\u00e7\u00f5es fluviais. Para que isso fosse feito, as for\u00e7as navais brasileiras teriam que for\u00e7ar a passagem do rio.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|pp=259\u2013261}} Caxias concordou e ordenou ao almirante brasileiro [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] que prosseguisse. Mas este \u00faltimo n\u00e3o estava muito confiante na miss\u00e3o: Humait\u00e1 era um ponto muito forte e, se a esquadra brasileira conseguisse ultrapass\u00e1-lo, como se comunicaria com sua base avan\u00e7ada atualmente em Curuz\u00fa? Ficariam presos.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|pp=264\u2013265}}\n\nCaxias ficou impressionado com o racioc\u00ednio de In\u00e1cio e contou a Mitre. Mitre foi mais uma vez insistente, e seguiu-se uma correspond\u00eancia na qual, posteriormente, o almirante brasileiro concordou em atacar as fortifica\u00e7\u00f5es de Curupaiti \u2014 a poucos quil\u00f4metros abaixo do rio \u2014 e, se ele passasse por l\u00e1, atacaria Humait\u00e1 em uma data posterior.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|pp=266\u20139}}\n\n== Passagem de Curupaiti ==\n{{Artigo principal|Passagem de Curupaiti}}Curupayty{{Nota de rodap\u00e9|Transcri\u00e7\u00e3o espanhola do nome em guaran\u00ed; em fontes brasileiras, '' Curupaiti ''.}} era um conjunto de fortifica\u00e7\u00f5es e trincheiras, alguns quil\u00f4metros rio abaixo da fortaleza de Humait\u00e1, e parte do complexo defensivo de Humait\u00e1. Ficava na esquina do Quadril\u00e1tero \u2014 a linha de terraplenagem que protegia Humait\u00e1 do confinamento em seu lado terrestre \u2014 no local onde ocorrera a desastrosa batalha terrestre. S\u00f3 a sua artilharia fluvial continha 35 armas pesadas;{{Nota de rodap\u00e9|Tasso Fragoso diz 29 armas,{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=272}} mas anteriormente na p\u00e1gina 212 ele reconheceu 35 de Thompson. Jourdan diz 32 armas{{sfn|Jourdan|1871a|p=51}}}} de fato, os paraguaios tinham parcialmente pilhado Humait\u00e1 de suas armas para refor\u00e7ar Curupaiti.{{sfn|Thompson|1869|p=214}} O maior canh\u00e3o atirava uma muni\u00e7\u00e3o de 10 polegadas (25 cm); foi chamado de ''[[El Cristiano]]'' (porque foi feito pela fus\u00e3o dos sinos contribu\u00eddos por todas as igrejas do Paraguai).{{sfn|Thompson|1869|pp=191\u20132}}{{Nota de rodap\u00e9|\nTasso Fragoso, 1956b, na p\u00e1gina 212, segue o relato de Thompson.}}\n\n=== Os navios for\u00e7am a passagem ===\n[[Imagem:Humait\u00e1 spied from Lima Barros.png|thumb|As barreiras de corrente \u00e0 mostra (rolagem horizontal): Humait\u00e1 esbo\u00e7ado a partir do encoura\u00e7ado Lima Barros dentro do alcance do telesc\u00f3pio, em 5 de setembro de 1867. A bateria '' Londres'' \u00e9 vis\u00edvel \u00e0 direita. Ao centro, abaixo do mastro da bandeira, a barreira: do t\u00fanel de tijolos na margem do rio, se estende at\u00e9 um suporte flutuante e desaparecendo embaixo d'\u00e1gua. No entanto, o \"Lima Barros\" observava a fortaleza em um \u00e2ngulo inclinado e n\u00e3o conseguia ver a maioria das baterias. Ficavam \u00e0 direita da imagem e precisavam ser ultrapassadas.]]\nAmarrado ao lado do ''Brasil'' estava o mensageiro a vapor ''Lindoya'' (para ajud\u00e1-la a virar);{{sfn|Kennedy|1869|p=148}} O ''Colombo'' e ''Cabral ''cada um rebocou uma chata (barca\u00e7a de fundo chato){{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=272}}\n\nNeste ponto, o rio tinha dois canais. Um era mais profundo, mas estava mais perto (\"dentro do alcance de um tiro de pistola\"){{sfn|Donato|1996|p=276}} das baterias inimigas, e a corrente era mais forte. No outro canal o risco de encalhar era muito maior; al\u00e9m disso, um desertor paraguaio afirmou que torpedos (minas) haviam sido colocados l\u00e1 recentemente. In\u00e1cio optou por seguir pelo canal mais pr\u00f3ximo das baterias, e sua escolha foi justificada. Enquanto as embarca\u00e7\u00f5es de madeira da marinha imperial forneciam [[fogo de supress\u00e3o]], os encoura\u00e7ados atravessaram Curupaiti. Cada navio levou cerca de 40 minutos para passar.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|pp=271\u20132}}''\n\nAlguns navios ficaram muito danificados. Um tiro penetrou o ''Tamandar\u00e9 ''atrav\u00e9s de uma de suas escotilhas matando ou ferindo 14 de sua tripula\u00e7\u00e3o. Seu motor foi danificado e parou, deixando-os \u00e0 deriva sob as armas do forte;{{sfn|Thompson|1869|p=213}} ele foi resgatado pelo ''Silvado'', que lhes jogou um cabo e levou-os a reboque.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=304}} O comandante do ''Tamandar\u00e9 ''Elis\u00e1rio Barbosa{{sfn|Ouro Preto|1894|p=304|pp=309\u2013310}} perdeu seu bra\u00e7o esquerdo.{{sfn|Doratioto|2008|p=276}}{{sfn|Azevedo|1870|p=333}} Segundo o comandante Kennedy RN, o acidente com o ''Tamandar\u00e9'' obrigou o ''Colombo'', que seguia na popa, a parar os motores para evitar um choque entre as embarca\u00e7\u00f5es. A forte correnteza os colocou lado a lado, tornando a manobrabilidade imposs\u00edvel. O ''Colombo'' aproximou-se dos canh\u00f5es paraguaios, o que causou s\u00e9rios danos antes que ele pudesse sair de sua posi\u00e7\u00e3o perigosa.{{sfn|Kennedy|1869|p=148}} Havia 25 baixas brasileiras incluindo tr\u00eas mortos.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=273}} Os encoura\u00e7ados, tomando o canal mais pr\u00f3ximo dos canh\u00f5es paraguaios, escaparam de um perigo mais s\u00e9rio, pois logo ap\u00f3s a passagem foram encontrados v\u00e1rios torpedos no outro canal.{{sfn|Kennedy|1869|pp=148\u20139}} Por este feito, em 27 de setembro, Joaquim In\u00e1cio recebeu o nobre t\u00edtulo de [[Bar\u00e3o de Inha\u00fama]].{{sfn|Donato|1996|p=276}}\n\nDe acordo com Thompson, L\u00f3pez havia explicado que ele permitiu que a frota passasse Curupaiti propositalmente, visto que seria uma armadilha para priv\u00e1-los de suprimentos levando-os \u00e0 fome, e que logo teria que repassar Curupaiti, onde iria afund\u00e1-los.{{sfn|Thompson|1869|p=213}} O jornal do governo paraguaio ''El Semanario de Avisos e Conocimienters \u00datiles'' reivindicou uma vit\u00f3ria, escrevendo: \"A esquadra brasileira est\u00e1 ferida no cora\u00e7\u00e3o, e temos uma parte de seus encoura\u00e7ados aprisionados entre Curupaiti e Humait\u00e1, desprovida de recursos, sem meios de repara\u00e7\u00e3o e entregue \u00e0 f\u00faria do nosso canh\u00e3o, o resto ter\u00e1 que vir em seu aux\u00edlio, e seguir o mesmo caminho de vergonha e derrota \".{{sfn|El Semanario|1867|p=1}} E \"Os encoura\u00e7ados devem agora fazer todos os esfor\u00e7os para se repararem, mas os impactos causados \u200b\u200bpelo s\u00f3lido disparo de Curupaiti n\u00e3o podem ser reparados, exceto nos arsenais, e nenhum deles pode ser encontrado entre Curupaiti e Humait\u00e1.\"{{sfn|El Semanario|1867|p=4}}\n\n
\n{| class=\"wikitable\" style=\"margin-bottom: 10px;\"\n|+ Tabela 2: Lista de encoura\u00e7ados brasileiros que entraram em a\u00e7\u00e3o em 15 de agosto de 1867.{{Nota de rodap\u00e9|Na tabela, o s\u00edmbolo '''P''' denota que o navio foi originalmente encomendado pelo Paraguai, mas obtido pelo Brasil nas circunst\u00e2ncias j\u00e1 explicadas. O almirante brasileiro [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] estava no comando geral na ponte do ''Brasil''.}}\n|-\n! width=\"150\"|Divis\u00e3o\n! width=\"180\"|Navio\n! width=\"130\"|Origem\n! width=\"160\"|Comandante\n|-\n|align=\"center\" rowspan=\"5\"|1\u00aa Divis\u00e3o
(T\u00f4rres o Alvim)\n|align=\"center\"|''[[Encoura\u00e7ado Cabral|Cabral]]''\n|align=\"center\"|'''P'''\n|align=\"center\"|Ger\u00f4nimo Gon\u00e7alves\n|-\n|align=\"center\"|[[Encoura\u00e7ado Barroso|''Barroso'']]\n|rowspan=\"2\" {{n/a|N/A}}\n|align=\"center\"|Silveira da Mota\n|-\n|align=\"center\"|''[[Corveta Encoura\u00e7ada Herval|Herval]]''\n|align=\"center\"|Mimede Sim\u00f5es\n|-\n|align=\"center\"|[[Monitor Encoura\u00e7ado Silvado|''Silvado'']]\n|align=\"center\" rowspan=\"2\"|'''P'''\n|align=\"center\"|Macedo Coimbra\n|-\n|align=\"center\"|[[Monitor Encoura\u00e7ado Lima Barros|''Lima Barros'']]
{{pequeno|(Navio-almirante de divis\u00e3o)}}\n|align=\"center\"|Garsino de S\u00e1\n|-\n|align=\"center\" rowspan=\"5\"|2\u00aa Divis\u00e3o
(Rodrigues da Costa)\n|align=\"center\"|[[Corveta Encoura\u00e7ada Brasil|''Brasil'']]
{{pequeno|(Capit\u00e2nia)}}\n|rowspan=\"3\" {{n/a|N/A}}\n|align=\"center\"|Salgado\n|-\n|align=\"center\"|''[[Corveta Encoura\u00e7ada Mariz e Barros|Mariz e Barros]]''\n|align=\"center\"|Neves de Mendon\u00e7a\n|-\n|align=\"center\"|[[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|''Tamandar\u00e9'']]\n|align=\"center\"|[[Elisi\u00e1rio Jos\u00e9 Barbosa|Elisi\u00e1rio Barbosa]]\n|-\n|align=\"center\"|''[[Encoura\u00e7ado Colombo|Colombo]]''\n|align=\"center\" rowspan=\"3\"|'''P'''\n|align=\"center\"|Bernardino de Queiroz\n|-\n|align=\"center\"|[[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|''Bahia'']]
{{pequeno|(Navio-almirante de divis\u00e3o)}}\n|align=\"center\"|Pereira dos Santos\n|}\n
\n\n== As barreiras de corrente impedem In\u00e1cio ==\n[[Imagem:Humait\u00e1_(late_1867).png|thumb|esquerda|Humait\u00e1, no final de 1867, com os coura\u00e7ados presos acima de Curupaiti. Os encoura\u00e7ados atracaram no porto Elis\u00e1rio e foram abastecidos por uma rota de emerg\u00eancia pelo quase intranspon\u00edvel [[Chaco]].]]\n[[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] enviou o ''Barroso'' rio acima para reconhecimento de Humait\u00e1; ele relatou que o rio estava de fato bloqueado por uma barreira de tr\u00eas correntes paralelas flutuando em [[pont\u00f5es]].{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=274}}{{Nota de rodap\u00e9|Outras fontes confi\u00e1veis, citadas no artigo [[Fortaleza de Humait\u00e1]] na [[Wikip\u00e9dia inglesa]], dizem que havia 7 cadeias torcidas juntas. Portanto, \u00e9 poss\u00edvel que houvesse uma corrente central de sete tor\u00e7\u00f5es flanqueada por duas correntes auxiliares.}} Havia algum conhecimento militar sobre isso. De acordo com um trabalho profissional publicado alguns anos antes pelo Corpo de Engenheiros Reais em [[Dublin]];{{sfn|Corps of Royal Engineers|1846|pp=168\u2013171}} um navio a vapor pesado poderia quebrar praticamente qualquer corrente, desde que estivesse se movendo r\u00e1pido o suficiente; por essa raz\u00e3o, era prudente que os defensores estabelecessem tr\u00eas correntes \u2014 quebrar o primeiro reduziria a velocidade do navio. O jornal disse que um navio de mil toneladas a vapor, a 15 n\u00f3s, poderia romper uma corrente de ferro de 2,5 polegadas. Os aliados n\u00e3o tinham conhecimento do di\u00e2metro das correntes; o maior coura\u00e7ado (''Brasil'') era de {{fmtn|1500}} toneladas, mas sua velocidade m\u00e1xima era de apenas 11.3 n\u00f3s;{{sfn|Campbell|1979|p=405}} ele estaria navegando contra uma corrente adversa de at\u00e9 tr\u00eas n\u00f3s.{{sfn|Burton|1870|p=313}}\n\nEm suas mem\u00f3rias, o ministro da marinha relatou que tinha conhecimento de que seus navios teriam que avan\u00e7ar em fila \u00fanica no canal estreito: se o primeiro n\u00e3o conseguisse romper a corrente, n\u00e3o poderia voltar nem virar, nem recuperar-se o suficiente para uma segunda tentativa. Os navios ficariam presos sob a mira dos canh\u00f5es de Humait\u00e1. Al\u00e9m disso, os brasileiros temiam que os paraguaios, que estavam desesperados em tomar um dos encoura\u00e7ados brasileiros, tentassem abordar a embarca\u00e7\u00e3o isolada com t\u00e1ticas de embarque.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=275|pp=309\u2013310}} Havia m\u00e9todos alternativos, um tanto heroicos, de cruzar as correntes, como o envio de um pequeno destacamento, apoiado pela artilharia.{{sfn|Burton|1870|p=105|pp=233\u2013234}}{{Nota de rodap\u00e9|Este m\u00e9todo foi utilizado com sucesso 24 anos antes pela esquadra anglo-franc\u00eas que for\u00e7ou a passagem do rio Paran\u00e1 na [[Batalha da Vuelta de Obligado]].{{sfn|Burton|1870|p=234}}}} Prender a casa de corrente ou explodi-la era outro m\u00e9todo.{{sfn|Burton|1870|p=332}} Ambos os m\u00e9todos foram instados aos brasileiros pelo general Mitre, mas n\u00e3o foram explorados.{{Sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=290}}\n\n{{quote box\n | quote = Finalmente: nas atuais circunst\u00e2ncias revolucion\u00e1rias das Rep\u00fablicas do Rio da Prata, conhecendo seus sentimentos sobre o [[Imp\u00e9rio do Brasil]], \u00e9 prudente arriscar a parte mais importante da nossa Marinha para uma certa e inevit\u00e1vel ru\u00edna, sem nos convencermos que evitar\u00edamos um mal maior, ou daria sucesso \u00e0 nossa causa e triunfo aos nossos bra\u00e7os?\n | source =\u2014Tasso Fragoso.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=275}}\n | width = 30%\n | align = right\n | style = padding:10px;\n}}\nAcredita-se que In\u00e1cio estava com [[Depress\u00e3o (humor)|depress\u00e3o]]; em 30 de agosto, enviou a seus comandantes subordinados um question\u00e1rio sobre a viabilidade de se passar Humait\u00e1; as perguntas sugeriam as respostas que ele desejava receber,{{sfn|Jaceguay|3=De Oliveira|4=1900|p=154}} In\u00e1cio informou Caxias: \"N\u00e3o vou arriscar a frota\".{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=278}} Em 26 de agosto, Caxias disse a Mitre que, em breve, a frota precisaria se retirar novamente abaixo do Curupaiti; nessas circunst\u00e2ncias, seria uma \"imprud\u00eancia imperdo\u00e1vel\" tentar passar Humait\u00e1; assim, ele ordenaria a retirada para sua posi\u00e7\u00e3o original.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=279}} Seguiu-se uma discuss\u00e3o entre Mitre e Caxias, na qual o comandante-chefe nominal e seu subordinado nominal argumentavam na linguagem diplom\u00e1tica da \u00e9poca; Mitre lembrou-o das ocasi\u00f5es em que a marinha os havia decepcionado. Descer para abaixo do Curupaiti novamente os faria parecerem fracos, bem como exporia os coura\u00e7ados ao fogo de bateria, torpedos e ao risco de apreens\u00e3o por abordagem.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=105}} Segundo George Thompson, se os encoura\u00e7ados tentassem passar Humait\u00e1 naquele ponto, teriam enfrentado apenas tr\u00eas canh\u00f5es de oito polegadas e seis canh\u00f5es de 32 libras; as outras armas tinham sido tomadas para refor\u00e7ar Curupaiti.{{sfn|Thompson|1869|p=356}}\n\n== Encoura\u00e7ados presos entre Curupaiti e Humait\u00e1==\n=== Linha regular de navios pelo rio Paraguai ===\nEm 4 de outubro de 1867, o ministro da marinha [[Afonso Celso de Assis Figueiredo|Affonso Celso de Assis Figueiredo]]{{Nota de rodap\u00e9|Na conven\u00e7\u00e3o de ortografia da \u00e9poca. Mais tarde ele foi feito [[Visconde de Ouro Preto]].}} por ordem, estabeleceu um servi\u00e7o de linha do Rio de Janeiro, exclusivamente para abastecer a marinha brasileira no Paraguai. Usando quatro navios a vapor, agendou viagens, em todos os caminhos, nos dias 15 e 30 de cada m\u00eas. Do Rio de Janeiro, os vapores pararam para o fornecimento de carv\u00e3o em [[Montevid\u00e9u]], Uruguai, e depois seguiam para [[Corrientes (cidade)|Corrientes]], na Argentina, para deixar a correspond\u00eancia antes de seguir para o arsenal naval de Cerrito, perto da foz do [[rio Paraguai]]. De acordo com as mem\u00f3rias de Afonso Celso, o que quer que o vice-almirante brasileiro pedisse era imediatamente fornecido pelo rio.{{sfn|Ouro Preto|1894|pp=103\u20134}}\n\n=== Ferrovia atrav\u00e9s do chaco ===\n[[Imagem:Emergency_tramway_past_Curupayty.png|thumb|Linha de emerg\u00eancia constru\u00edda pela marinha brasileira atrav\u00e9s do Chaco para abastecer seus coura\u00e7ados presos acima de Curupaiti: inclu\u00eda um bonde a vapor cujos vag\u00f5es quase flutuavam no ch\u00e3o pantanoso.]]\nNo entanto, desde que os coura\u00e7ados foram barrados acima do forte de Curupaiti, o governo brasileiro imediatamente ordenou que a Marinha constru\u00edsse uma linha de abastecimento atrav\u00e9s do [[Chaco]].{{Sfn|Marinha do Brasil|2006|p=119}} A linha de abastecimento, chamada Afonso Celso, em homenagem ao ministro da marinha, percorria entre dois portos improvisados \u200b\u200bna margem oeste do rio, ou seja, no interior, atrav\u00e9s do Chaco. Eles foram apelidados de \"porto Palmar\" (onde os navios de madeira estava ancorados, abaixo de Curupaiti) e \"porto Elis\u00e1rio\"{{Nota de rodap\u00e9|Nomeado ap\u00f3s o comandante do ''Tamandar\u00e9'' perder o bra\u00e7o.}}{{Nota de rodap\u00e9|Tamb\u00e9m escrito ''Eliziario''{{sfn|Ouro Preto|1894|p=106}}}} (acima); ambos estavam fora do alcance dos canh\u00f5es paraguaios. Os encoura\u00e7ados ancoravam neste \u00faltimo.{{Sfn|Doratioto|2002|p=301}} Foi poss\u00edvel viajar um tempo atrav\u00e9s de um riacho naveg\u00e1vel chamado ''Qu\u00ee\u00e1''.{{sfn|Thompson|1869|p=213}} De l\u00e1{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=69}} a Marinha Imperial, com grande esfor\u00e7o, construiu uma ferrovia militar. A princ\u00edpio movida por tra\u00e7\u00e3o animal, mais tarde por um motor a vapor improvisado, a linha carregava armas de artilharia, pequenos barcos a vapor e muni\u00e7\u00e3o pesada, assim como carv\u00e3o e outros suprimentos.{{sfn|Ouro Preto|1894|p=105-107}} Foi relatado que a linha transportava 65 toneladas de suprimentos por dia, seus vag\u00f5es ficavam quase flutuando no ch\u00e3o pantanoso.{{sfn|Doratioto|2008|p=289}}\n\n=== Encoura\u00e7ados bombardeiam Humait\u00e1 ===\nDurante cinco meses os coura\u00e7ados permaneceram nesta prec\u00e1ria (e, do ponto de vista sanit\u00e1rio, deplor\u00e1vel){{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=164}}{{Nota de rodap\u00e9|Houve casos de [[c\u00f3lera]], [[mal\u00e1ria]], [[disenteria]] e [[berib\u00e9ri]].}} posi\u00e7\u00e3o, frequentemente saindo para bombardear Humait\u00e1, por\u00e9m com pouco dano.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|pp=172\u20133}} A \u00fanica instala\u00e7\u00e3o que se podia ver claramente era a igreja de San Carlos Borromeo, e eles dispararam contra ela.{{sfn|Thompson|1869|p=214}}{{sfn|Ben\u00edtes|1904|p=36}} Burton escreveu: \"Os brasileiros golpearam a igreja como um artilheiro anglo-indiano em um mastro de bandeira; e os paraguaios \u00e0s vezes se divertiam consertando-a\".{{sfn|Burton|1870|p=317}} Outra fonte diz que a igreja foi respeitada a princ\u00edpio, mas depois foi bombardeada de prop\u00f3sito porque Caixas alegou que estava sendo usada como casa de p\u00f3lvora e como uma torre de vigia.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=174}} Suas ru\u00ednas ainda existem e s\u00e3o uma atra\u00e7\u00e3o tur\u00edstica.{{sfn|BienvenidoaParaguay.com}} De acordo com [[Arthur Silveira da Motta]], o almirante In\u00e1cio ficou na in\u00e9rcia, raramente deixando sua cabine a bordo do ''Brasil'', escrevendo artigos pitorescos para o seman\u00e1rio ''[[Semana Illustrada]]'' sob o pseud\u00f4nimo de Leva-Arriba, \"um pseud\u00f4nimo que as circunst\u00e2ncias n\u00e3o permitiram que ele confirmasse suas fa\u00e7anhas\".{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|pp=165}}\n\n=== Os suportes das correntes s\u00e3o afundados ===\nDe acordo com a doutrina militar, uma barreira de correntes nunca deveria repousar sobre suportes flutuantes ocos, pois o inimigo poderia facilmente afund\u00e1-los.{{sfn|Corps of Royal Engineers|1846|p=169}} A corrente deve ser presa a suportes flutuantes s\u00f3lidos; toras grossas de madeira ou mastros de navios condenados eram recomendados.{{sfn|Corps of Royal Engineers|1846|p=169}} Este detalhe iludiu o projetista de Humait\u00e1. Nas palavras do tenente-coronel [[George Thompson (engenheiro)|George Thompson]], do ex\u00e9rcito paraguaio, as correntes eram \"apoiados em um n\u00famero de canoas, e em tr\u00eas pont\u00f5es.{{Nota de rodap\u00e9|De acordo com Burton, eles foram apoiados por tr\u00eas '' chatas '' (barca\u00e7as).{{sfn|Burton|1870|p=332}} ''HMS Dotterell'' diz que havia tr\u00eas grandes correntes descansando em 10 pont\u00f5es (Schneider, 115). J\u00e1 Masterman (farmac\u00eautico-chefe das for\u00e7as paraguaias, cujas fun\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas o levaram a Humait\u00e1) argumentava que eles descansavam em \"isqueiros\" \u2014 que tamb\u00e9m serviam como pris\u00f5es flutuantes \u2014 e em fileiras de pilhas. O \u00faltimo falhou (ele disse) \"da necessidade de pescar quando o rio estava cheio\".{{sfn|Masterman|1870|p=139}}}} Os encoura\u00e7ados atiraram por tr\u00eas meses nesses pont\u00f5es e canoas, afundando todos eles, quando, claro, a corrente foi para o fundo, j\u00e1 que o rio tem cerca de 700 jardas de largura, e a corrente n\u00e3o podia ser esticada sem suportes intermedi\u00e1rios. A corrente foi assim enterrada cerca de dois p\u00e9s sob a lama do rio, n\u00e3o oferecendo nenhum obst\u00e1culo para a navega\u00e7\u00e3o.\"{{sfn|Thompson|1869|p=239}}\n\n== Preparativos dos paraguaios ==\n=== Abastecimento atrav\u00e9s do Chaco ===\n[[Imagem:Timb\u00f3_and_Tay\u00ed.png|thumb|A cena ao norte de Humait\u00e1 no final de 1867: os aliados bloquearam o rio em Tay\u00ed, mas o Paraguai construiu uma estrada atrav\u00e9s do Chaco at\u00e9 Timb\u00f3. De l\u00e1, duas embarca\u00e7\u00f5es a vapor reabasteceram a fortaleza.]]\nMesmo antes da passagem da Curupaiti, [[Francisco Solano L\u00f3pez]] come\u00e7ou a construir uma estrada pelo [[Chaco]] para abastecer Humait\u00e1. Terminava em Timb\u00f3, o local mais pr\u00f3ximo na margem oposta, onde um desembarque poderia ser alcan\u00e7ado. Apesar da natureza espantosa do terreno, a estrada percorria 87 km. A maior parte dela passava por lama profunda; o [[rio Bermejo]] tinha que ser atravessado e cinco outras correntes profundas.{{sfn|Thompson|1869|pp=164, 212\u20133}} Os vapores paraguaios ''Tacuar\u00ed ''e'' Ygurey ''realizaram todo o trabalho de transporte entre Timb\u00f3 e Humait\u00e1, desembarcando em frente \u00e0 igreja e fora da vista dos coura\u00e7ados brasileiros.{{sfn|Thompson|1869|pp=172\u20133, 240}} Assim, mesmo quando os [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a|aliados]] alcan\u00e7aram Humait\u00e1 por terra, Caxias podia ver os vapores paraguaios abastecendo Humait\u00e1.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=170}}\n\n=== Armas de Curupaiti ===\nComo os coura\u00e7ados n\u00e3o mostravam sinais de recuo abaixo de Curupaiti, os paraguaios tiveram tempo de remover quase todas as suas armas pesadas, transport\u00e1-las por terra e mont\u00e1-las no pr\u00f3ximo obst\u00e1culo, Humait\u00e1. George Thompson comentou: \"De modo que a frota, por sua infeliz lentid\u00e3o, teve que passar novamente pelas mesmas armas em Humait\u00e1.\"{{sfn|Thompson|1869|p=214}}\n\n=== Baterias em Timb\u00f3 ===\nNo in\u00edcio de fevereiro de 1868, L\u00f3pez enviou [[George Thompson (engenheiro)|George Thompson]] para iniciar uma bateria em [[Forte do Timb\u00f3|Timb\u00f3]]. Ele colocou seis canh\u00f5es de oito polegadas (20 cm) e oito canh\u00f5es de 32 libras. A margem do rio Paraguai no lado do Chaco \u00e9 baixa, ent\u00e3o as armas foram colocadas em plataformas de madeira.{{sfn|Thompson|1869|p=245}}\n\n== Decis\u00e3o de for\u00e7ar a passagem de Humait\u00e1 ==\n[[Imagem:CHEFE_DE_DIVIS\u00c3O_DELPHIM_CARLOS_DE_CARVALHO,_Bar\u00e3o_da_Passagem.jpg|thumb|esquerda|O oficial em comando, [[Delfim Carlos de Carvalho]], a quem foi dado o nobre t\u00edtulo de Bar\u00e3o da Passagem por conseguir for\u00e7\u00e1-la.]]\nEm 14 de mar\u00e7o de 1868, [[Bartolom\u00e9 Mitre]] deixou o Paraguai pela \u00faltima vez, voltando a assumir a lideran\u00e7a da Argentina, tendo o vice-presidente argentino morrido de c\u00f3lera.{{sfn|Doratioto|2008|pp=304, 306}} O comando geral das for\u00e7as aliadas, militares e navais, era agora brasileiro. Al\u00e9m disso, os novos monitores ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Par\u00e1|Par\u00e1]]'', ''[[Alagoas (monitor)|Alagoas]]'' e ''[[Rio Grande (monitor)|Rio Grande]]'' chegaram ao Paraguai, conforme solicitado por In\u00e1cio. O governo brasileiro continuou exortando In\u00e1cio a tentar a passagem de Humait\u00e1.{{sfn|Doratioto|2008|pp=306\u20137}}{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=171}}{{sfn|Ouro Preto|1894|pp=337\u2013342}} A essa altura, as for\u00e7as terrestres aliadas haviam executado uma [[Manobra de flanco|manobra estrat\u00e9gica de flanqueamento]], contornando o complexo de Fortaleza a leste, e finalmente voltando \u00e0 margem do [[rio Paraguai]] em Tay\u00ed,{{Nota de rodap\u00e9|Tagy em outras fontes.}} bem ao norte de Humait\u00e1. A fortaleza estava agora inteiramente bloqueada por terra,{{Sfn|Doratioto|2002|p=309}} mas ainda podia ser abastecida pelo rio.{{Sfn|Doratioto|2002|p=310}}\n\nPara tentar impedir isso, os aliados estenderam barreiras atrav\u00e9s do rio, acima de Humait\u00e1, nas proximidades de Tay\u00ed.{{sfn|Thompson|1869|p=227}} No entanto, os paraguaios continuaram abastecendo Humait\u00e1 de qualquer maneira, do lado do Chaco, usando a estrada que haviam feito anteriormente a Timb\u00f3 na margem oposta. De Timb\u00f3 a Humait\u00e1 era uma curta viagem fluvial a vapor, na qual o Paraguai utilizava dois navios.{{Sfn|Doratioto|2002|pp=315-316}} Em fevereiro de 1868, o rio subiu para um n\u00edvel excepcionalmente alto,{{sfn|Burton|1869|p=332}}{{sfn|Masterman|1870|p=190}}{{sfn|Doratioto|2008|p=307}} mas ent\u00e3o come\u00e7ou a diminuir no dia 16, recuando alguns cent\u00edmetros.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=190}}{{Nota de rodap\u00e9|Outra fonte diz que o n\u00edvel diminuiu no dia 17.{{sfn|Jourdan|1871a|p=61}}}} In\u00e1cio n\u00e3o tentava arrumar desculpas.{{sfn|Doratioto|2008|p=307}} Por\u00e9m ele n\u00e3o estava preparado para liderar a esquadra al\u00e9m de Humait\u00e1 porque ainda considerava a fa\u00e7anha imposs\u00edvel. Seu genro Delfim Carlos de Carvalho (1825-1896) se ofereceu para liderar a esquadra.{{sfn|Doratioto|2008|p=308}}\n\n== Chegam os monitores ==\n[[Imagem:Heroes_of_the_Passage_of_Humait\u00e1.png|miniatura|Her\u00f3is da Passagem de Humait\u00e1 (da esquerda para direita): [[Artur Silveira da Mota]] (que comandou o primeiro navio); [[Delfim Carlos de Carvalho|Carlos de Carvalho]] (comandante divisional); [[Joaquim Ant\u00f4nio Cordovil Maurity|Joaquim Mauriti]].]]\n\nEm 12 de fevereiro de 1868, chegam ao baixo Curupaiti os monitores ''Alagoas'', ''Par\u00e1 ''e ''Rio Grande''. Estas embarca\u00e7\u00f5es foram constru\u00eddas no [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro|estaleiro da Marinha Imperial no Rio de Janeiro]] e foram projetadas pelo arquiteto naval brasileiro Napole\u00e3o Jo\u00e3o Baptista (1828-1915) para tentar a passagem de Humait\u00e1.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=175}} Os navios eram propulsionados por dois motores a vapor de a\u00e7\u00e3o direta, cada um acionando uma h\u00e9lice de 1,3 metro (4 p\u00e9s e 3 pol),{{Sfn|Preston|1999|pp=154-156}} tinham um revestimento de blindagem de 10 cm e ficavam a apenas 30 cm de dist\u00e2ncia da \u00e1gua. Possu\u00edam um canh\u00e3o rotativo de cano curto Whitworth de 70 libras.{{Sfn|Preston|1999|pp=154-156}} Apenas seis meses ap\u00f3s a passagem de Humait\u00e1, o autor e explorador capit\u00e3o sir Richard Burton esteve em Humait\u00e1, e escreveu:\n\n{{Quote\n|N\u00f3s inspecionamos o ''Alagoas'', uma embarca\u00e7\u00e3o fluvial eficiente, projetando quatro p\u00e9s e dez polegadas, com motores de alta press\u00e3o, que ofegam e sopram como os de uma ferrovia, e armados como o ''Rio Grande'' e o ''Par\u00e1'', com cano de 70 libras. carregando Whitworths ... As tripula\u00e7\u00f5es contavam entre trinta e seis e trinta e nove homens, dos quais quatro trabalham na torre e quatro nas armas. A torre, cuja inven\u00e7\u00e3o pertence ao capit\u00e3o Cowper Coles, foi feita oval, uma melhoria, segundo os brasileiros, na torre circular. A espessura das placas de ferro variava de um m\u00ednimo de quatro e meia polegadas a um m\u00e1ximo de seis polegadas sobre a arma, cujo focinho encaixava bem na porta. Essa coura\u00e7a era apoiada por dezoito cent\u00edmetros de [[sucupira]] e [[Aspidosperma spruceanum|peroba]], mais r\u00edgidas e dur\u00e1veis do que o nosso cora\u00e7\u00e3o de carvalho.{{sfn|Burton|1870|p=344}}\n}}\n\nEstes monitores prepararam-se para executar a [[manopla]] do forte Curupaiti. No entanto, eles precisaram fazer uma pausa para reparos e passaram em Curupaiti no dia 13.{{sfn|Ouro Preto|1894|pp=343\u20134}}\n\n== A passagem ==\nPor volta do dia 16 de fevereiro, a ascens\u00e3o do rio era enorme e havia rumores de que a esquadra pretendia for\u00e7ar as baterias de Humait\u00e1. No dia 17, o general Argolo recebeu ordens para realizar um ataque terrestre de distra\u00e7\u00e3o no dia 19.{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=70}} O comando brasileiro escolheu uma t\u00e1tica diferente da que havia trabalhado anteriormente em Curupaiti. Desta vez, eles n\u00e3o tentaram uma corrida simult\u00e2nea por numerosos navios, destinados a esmagar as armas paraguaias. Em vez disso, haveria uma sucess\u00e3o de avan\u00e7os independentes durante as horas da madrugada. Cada avan\u00e7o, se bem sucedido, lan\u00e7aria um foguete de sinaliza\u00e7\u00e3o. Os navios deviam proceder em pares: porque a corrente era forte, os monitores de rio raso, que tinham motores menores, seriam amarrados ao lado de um navio maior.{{sfn|Thompson|1869|p=247}} A esquadra escolhida para for\u00e7ar a passagem (19 de fevereiro de 1868) foi a seguinte, e procedeu nesta ordem:{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|pp=412}}\n\n=== Primeiro avan\u00e7o ===\n{| class=\"wikitable\" style=\"margin-bottom: 10px;\"\n!Navio\n!Fun\u00e7\u00e3o\n!Tipo{{Nota de rodap\u00e9|Conforme descrito por Kennedy.{{sfn|Kennedy|1869|p=158}}}}\n!Deslocamento (normal){{sfn|Campbell|1979|pp=405-6}}\n!Calado (m\u00e9dia){{sfn|Very|1880|p=10}}\n!Cavalos de pot\u00eancia{{sfn|Kennedy|1869|p=158}}\n!Tripula\u00e7\u00e3o{{sfn|Kennedy|1869|p=158}}\n!Comandante\n|-\n|[[Encoura\u00e7ado Barroso|''Barroso'']]\n|Encoura\u00e7ado de defesa costeira\n|Bateria central\n|1354 t\n|9,0 p\u00e9s\n|130\n|132\n|[[Arthur Silveira da Motta]]\n|-\n|[[Monitor Encoura\u00e7ado Rio Grande|''Rio Grande'']]\n|Monitor fluvial\n|[[Torre de artilharia]]\n|490 t\n|4,9 p\u00e9s\n|30\n|30\n|Ant\u00f4nio Joaquim\n|}\nPor volta das 4:00 horas, um foguete de sinaliza\u00e7\u00e3o lan\u00e7ado do ''Barroso'' anunciou que o primeiro par tinha passado com sucesso sobre as barreiras de corrente.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=415}}\n\n=== Segundo avan\u00e7o ===\n{| class=\"wikitable\"\n!Navio\n!Papel de Design\n!Tipo\n!Deslocamento (normal)\n!Calado (m\u00e9dia)\n!Cavalos de pot\u00eancia{{sfn|Kennedy|p=158}}\n!Tripula\u00e7\u00e3o{{sfn|Kennedy|p=158}}\n!Comandante\n|-\n|[[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|''Bahia'']] (capit\u00e2nia)\n|Encoura\u00e7ado de defesa costeira\n|[[Torre de artilharia]]\n|1008 t\n|7,75 p\u00e9s\n|140\n|133\n|Guilhereme Jos\u00e9 Pereira dos Santos\n|-\n|[[Monitor Encoura\u00e7ado Alagoas|''Alag\u00f4as'']]\n|Monitor fluvial\n|[[Torre de artilharia]]\n|490 t\n|4,9 p\u00e9s\n|30\n|32\n|[[Joaquim Ant\u00f4nio Cordovil Mauriti]]\n|}\nQuando este par passava pela bateria do Cadenas, um tiro cortou o cabo pelo qual o ''Alagoas'' e o ''Bahia'' estavam presos, e eles se separaram. O Bahia foi liberado de suas obriga\u00e7\u00f5es as 04h50,{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=416}} mas o Alagoas desceu o rio. Segundo o relat\u00f3rio oficial de In\u00e1cio, o ''Alagoas'' foi ordenado a abandonar a tentativa; mas seu comandante (tenente Mauriti) ignorou as ordens \"como [[Batalha de Copenhaga|Nelson em Copenhague]]\".{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=71}} Ele ent\u00e3o avan\u00e7ou sozinho contras as barreiras. Um tiro das baterias danificou seu motor, tendo que abandonar a tentativa uma segunda vez. Ap\u00f3s os reparos, avan\u00e7aram novamente sobre a barreira. Este monitor ficou sob fogo de artilharia por duas horas e assim permaneceu at\u00e9 as 05h30 quando conseguiu atravessar.{{Sfn|Great Britain. Parliament. House of Commons|1868|p=13}}\n\n=== Terceiro avan\u00e7o ===\n{| class=\"wikitable\"\n!Navio\n!Papel de Design\n!Tipo\n!Deslocamento (normal)\n!Calado (m\u00e9dia)\n!Cavalos de pot\u00eancia{{sfn|Kennedy|p=158}}\n!Tripula\u00e7\u00e3o{{sfn|Kennedy|p=158}}\n!Comandante\n|-\n|[[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|''Tamandar\u00e9'']]\n|Encoura\u00e7ado de defesa costeira\n|Bateria central\n|980 t\n|8,0 p\u00e9s\n|80\n|105\n|Augusto C\u00e9sar Pires de Miranda\n|-\n|[[Monitor Encoura\u00e7ado Par\u00e1|''Par\u00e1'']]\n|Monitor Fluvial\n|[[Torre de artilharia]]\n|490 t\n|4,9 p\u00e9s\n|30\n|30\n|[[Cust\u00f3dio Jos\u00e9 de Melo]]\n|}\n\n=== Detalhes ===\n[[Imagem:Passagem_de_Humayt\u00e1.jpg|miniatura|''Passagem de Humait\u00e1''
[[Victor Meirelles]]|alt=|esquerda]]\n\n\"As unidades de artilharia do Marechal dispararam enormes quantidades de proj\u00e9teis quando a frota inimiga se aproximava\", escreveu o professor L. Whigham. \"Talvez cento e cinquenta armas estivessem disparando simultaneamente. O barulho era fant\u00e1stico e durou mais de quarenta minutos.\"{{sfn|Whigham|2018|p=220}} Nesta batalha ainda predominava os navios de madeira. Embora banhados a ferro, todos esses navios (exceto o ''Bahia'') foram constru\u00eddos em estruturas de madeira.{{sfn|Campbell|1979|pp=405\u20136}}{{sfn|Very|1880|p=10}} Delfim Carlos de Carvalho comandou a partir da ponte do ''Bahia''.Os encoura\u00e7ados ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Lima Barros|Lima Barros]]'' e ''[[Monitor Encoura\u00e7ado Silvado|Silvado]]'' forneceram fogo de supress\u00e3o.{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=71}} Enquanto isso, as for\u00e7as terrestres [[Combate de Laguna Cierva|lan\u00e7aram um ataque de distra\u00e7\u00e3o ao reduto de Cierva]].{{sfn|Doratioto|2008|p=309}} O comandante da fortaleza de Humait\u00e1 era o coronel [[Paulino Al\u00e9n Ben\u00edtez|Paulino Al\u00e9n]]. O coronel Francisco J. Martinez e os comandantes de artilharia Pedro Gill, Remigio Cabral e Pedro Hermosa dirigiram as baterias do rio.{{sfn|Ben\u00edtes|1904|p=20}} Os paraguaios previram que a tentativa brasileira poderia ser feita durante a noite e, ao detectar o avan\u00e7o dos encoura\u00e7ados, soltaram foguetes ao longo da superf\u00edcie da \u00e1gua para iluminar o rio. Eles tamb\u00e9m acenderam fogueiras em tr\u00eas pontos distintos na costa do [[Chaco]]: a luz era forte o suficiente para confundir os pilotos. O n\u00edvel do rio estava t\u00e3o alto que havia 12 a 15 p\u00e9s de \u00e1gua sobre as correntes;{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=73}}{{Nota de rodap\u00e9|Segundo Thompson,{{sfn|Thompson|1869|p=239}} as correntes foram enterradas na lama do leito do rio; mas isso parece ter se aplicado apenas \u00e0 se\u00e7\u00e3o central.{{sfn|Burton|1870|p=332}}}} a esquadra passou facilmente. Enquanto a expedi\u00e7\u00e3o se mantinha perto do banco do Chaco, a maioria dos tiros atingiram a praia.{{Sfn|Great Britain. Parliament. House of Commons|1868|pp=12-13}} Mesmo assim, os navios foram atingidos v\u00e1rias vezes. Os dois vapores de madeira que os paraguaios usavam para reabastecer Humait\u00e1 se esconderam em uma lagoa, e a esquadra brasileira passou sem not\u00e1-los.{{sfn|Thompson|1869|p=248}}\n\n=== Surpresas em Timb\u00f3 ===\nOs brasileiros n\u00e3o sabiam que os paraguaios tinham estabelecido uma outra bateria a alguns quil\u00f4metros do rio em Timb\u00f3;{{sfn|Doratioto|2008|p=309}} quando eles passaram, a artilharia causou tanto danos \u00e0 esquadra quanto Humait\u00e1, porque esta bateria estava mais pr\u00f3xima da superf\u00edcie do rio.{{sfn|Thompson|1869|p=247}}{{sfn|Maracaj\u00fa|1922|p=72}} Segue abaixo o n\u00famero de impactos que os encoura\u00e7ados receberam:\n{| class=\"wikitable\"\n!Navio\n!N\u00ba de tiros atingidos em Humait\u00e1\n!N\u00aa de tiros atingidos em Timb\u00f3\n|-\n|''Barroso''\n|4\n|12\n|-\n|''Rio Grande ''\n|0\n|6\n|-\n|''Bahia''\n|65\n|80\n|-\n|''Alag\u00f4as''\n|Indeterminado\n|4\n|-\n|''Tamandar\u00e9''\n|0\n|cerca de 110\n|-\n|''Par\u00e1''\n|38\n|25\n|}\n\nEm uma inspe\u00e7\u00e3o ao ''Alagoas'' seis meses depois, sir Richard Burton observou que o dano em sua blindagem era ainda vis\u00edvel.\n\n{{Quote\n|Os parafusos eram com frequ\u00eancia arrancados e as chapas eram enterradas profundamente pelos canh\u00f5es de 68 libras, como o pudim de ameixa do qual as \"ameixas\" haviam sido retiradas. Em alguns casos, haviam amassados e at\u00e9 perfura\u00e7\u00f5es pelo tiro de ponta de a\u00e7o de Blakeley, do qual o marechal-presidente L\u00f3pez tinha apenas uma pequena provis\u00e3o. Nossos oficiais da Marinha relataram que os proj\u00e9teis de ferro fundido quando atingiam a coura\u00e7a, se espalhavam em fragmentos irregulares, formando uma chuva de ferro incandescente, e deixavam as armas sem atiradores. Os homens da bateria sempre sabiam quando uma bola atingiam as placas \u00e0 noite, pelo flash luminoso que seguia o choque{{sfn|Burton|1870|p=344}}\n}}\n\nEnquanto o ''Alagoas'' passava por Timb\u00f3, 20 canoas partiam da costa com paraguaios armados com a inten\u00e7\u00e3o de abord\u00e1-lo. Os paraguaios estavam atacando um encoura\u00e7ado com canoas. (Quando isso foi relatado na imprensa de Buenos Aires, alguns estrangeiros pensaram que era um exagero do jornal.){{sfn|Burton|1870|p=182}} Mas os paraguaios fizeram isso em mais de uma ocasi\u00e3o, sendo metralhados pelos coura\u00e7ados.{{sfn|Donato|1996|pp=539-540}}\n\n=== Sucesso: v\u00edtimas e danos ===\n\n[[Ficheiro:Passagem de Humayt\u00e1 effectuada, na noite de 19 de Fevereiro de 1868, pelos encoura\u00e7ados Barroso, Bahia e Tamandar\u00e9, levando a reboque os monitores Rio Grande, Alagoas e Par\u00e1.jpg|thumb|Passagem de Humait\u00e1, efetuada na noite de [[19 de fevereiro]] de [[1868]], pelos encoura\u00e7ados [[Encoura\u00e7ado Barroso|Barroso]], [[Monitor Encoura\u00e7ado Bahia|Bahia]] e [[Encoura\u00e7ado Tamandar\u00e9|Tamandar\u00e9]], levando a reboque os monitores [[Rio Grande (monitor)|Rio Grande]], [[Alagoas (monitor)|Alagoas]] e [[Monitor Encoura\u00e7ado Par\u00e1|Par\u00e1]] ([[Angelo Agostini]], ''A Vida Fluminense'', n\u00ba 11, [[1868]]).]]\n\nA esquadra conseguiu for\u00e7ar a passagem de Humait\u00e1. As baixas brasileiras foram: um navio gravemente danificado e nove levemente danificados.{{sfn|Doratioto|2008|p=309}} As baixas sofridas no [[Combate de Laguna Cierva|ataque terrestre ao vale do Cierva]] (Estabelecimento Novo) foram muito maiores: as baixas do general Argolo chegaram a {{fmtn|1200}} homens.{{sfn|Whigham|2017|p=225}} Alguns dos coura\u00e7ados foram severamente danificados. O ''Tamandar\u00e9'' recebeu tr\u00eas tiros em seu arco e entrava cerca de seis polegadas de \u00e1gua por hora. Ela foi obrigada a encalhar de prop\u00f3sito na praia em Tay\u00ed para n\u00e3o afundar. O ''Alagoas'' e ''Par\u00e1'' tiveram seus componentes superiores retirados. Enquanto tr\u00eas navios pararam em Tay\u00ed para reparos, os outros (''Bahia'', ''Barroso'' e ''Rio Grande'') avan\u00e7aram em dire\u00e7\u00e3o a [[Assun\u00e7\u00e3o]]. Mas [[Francisco Solano L\u00f3pez|L\u00f3pez]] j\u00e1 havia dado ordens para que a capital fosse evacuada.{{sfn|Thompson|1869|p=248}}\n\n== Rea\u00e7\u00e3o internacional ==\n[[Imagem:L'Illustration_254.png|miniatura|Golpe de propaganda na imprensa ilustrada de Paris: [[L'Illustration|''L'Illustration, Journal Universel'']], s\u00e1bado, 18 de abril de 1868, p\u00e1gina 244. Mas In\u00e1cio (gravura superior) n\u00e3o foi o her\u00f3i da Passagem de Humait\u00e1; e a ilustra\u00e7\u00e3o de baixo foi de um esbo\u00e7o do futuro primeiro-ministro brasileiro, [[Jos\u00e9 Maria da Silva Paranhos|Jos\u00e9 Paranhos]], extra\u00eddo em grande parte de sua imagina\u00e7\u00e3o|alt=|esquerda]]\n=== Impacto na imprensa ===\nEm uma edi\u00e7\u00e3o especial, o jornal ''Buenos Aires Standard''{{Nota de rodap\u00e9|O '' Standard '' foi editado pelos irm\u00e3os irlandeses [[Michael George Mulhall]]. Alegou-se ser o primeiro di\u00e1rio de l\u00edngua inglesa no Hemisf\u00e9rio Sul.}} vers\u00e3o editada na irlanda, escreveu:\n\n{{Quote\n|O som dos canh\u00f5es dos encoura\u00e7ados brasileiros, uma vez que conseguiram for\u00e7ar a passagem de Humait\u00e1 com sucesso, [t\u00eam] ecoado sobre este continente, e vai reverberar por toda a Europa. Nenhum evento de igual import\u00e2ncia ocorreu nesta parte do mundo, durante a atual gera\u00e7\u00e3o; e, para grande honra da bandeira brasileira, deve ser dito que a vit\u00f3ria naval alcan\u00e7ada \u00e9 de todo modo digno de compara\u00e7\u00e3o com [[Batalha do Nilo|Aboukir]] ou [[Batalha de Trafalgar|Trafalgar]]... o Brasil fez jus a honra recebida.23 de fevereiro de 1868. Citado textualmente em '' The Times '', Londres, 7 de abril de 1868, p\u00e1gina 5.\n}}\n\nO artigo elogiava a bravura e habilidade dos oficiais e homens brasileiros. O ministro americano no Rio de Janeiro encaminhou uma c\u00f3pia ao secret\u00e1rio de Estado [[William H. Seward]].{{sfn|United States Congress|1869|pp=265\u20136}} Ainda no Rio de Janeiro, o ministro Brit\u00e2nico George Buckley Mateus, aconselhou o ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, lord Stanley:\n\n{{Quote\n|[\u00c9] um feito que vai encontrar o seu lugar nos anais do militar e naval, ci\u00eancia da idade, e que reivindica um alto padr\u00e3o para a coragem e a disciplina da marinha do brasil.{{sfn|Great Britain. Parliament. House of Commons|1868|p=9}}\n}}\n\nA not\u00edcia chegou a [[Lisboa]] no dia 2 de abril e foi telegrafada para outras capitais europeias, provocando um aumento das a\u00e7\u00f5es brasileiras e argentinas.''The Times'', Londres, 3 de abril de 1868, p.11. As not\u00edcias do Brasil e do [[Rio da Prata]] chegaram a Southampton no dia 6 de abril; no dia seguinte, o ''The Times of Londres'' publicou extensos extratos textuais descrevendo a passagem de Humait\u00e1.''The Times'', Londres, 7 de abril de 1868, p.5. Em uma \u00e9poca que ainda n\u00e3o tinha manchetes, o ''Glasgow Daily Herald'' come\u00e7ou seu relat\u00f3rio no topo da primeira coluna: \"A GUERRA NA AM\u00c9RICA DO SUL \u2014 A GRANDE FA\u00c7ANHA DOS ENCOURA\u00c7ADOS BRASILEIROS.\"{{sfn|Glasgow Herald|1868|p=4}} Um artigo de um jornal claramente pr\u00f3-paraguaio{{Nota de rodap\u00e9|O artigo argumentava que, mesmo que o Paraguai estivesse errado em tomar territ\u00f3rios brasileiros, o Brasil deveria ter concordado com isso, pois tinha muito mais. Um ano antes, o mesmo peri\u00f3dico publicou um longo artigo (''United Service Magazine'', n\u00ba 464, julho de 1867) descrevendo a conduta do Brasil como \"n\u00e3o apenas tola, mas injusta\"; dizendo que o Brasil sempre fomentou guerras civis no [[Uruguai]]; que o presidente [[Bartolom\u00e9 Mitre]], da [[Argentina]] estava agindo secretamente com o Brasil; que \"dificilmente \u00e9 poss\u00edvel reter nossa admira\u00e7\u00e3o por um homem [Presidente L\u00f3pez] que, achando a guerra inevit\u00e1vel, ousadamente agarra a urtiga, e espera que seus advers\u00e1rios escolham o local e hor\u00e1rio para iniciar as opera\u00e7\u00f5es (p. 398), que o general aliado Flores cometeu atrocidades sobre os invasores paraguaios, que a [[Batalha de Riachuelo]] foi realmente um empate (p. 399), insinuando que os feridos paraguaios foram assassinados na batalha de 24 de maio de 1866 ([[Batalha de Tuyut\u00ed]]) e que n\u00e3o tinha certeza de quem realmente venceu (p. 400) e que o Brasil n\u00e3o dispunha dos homens nem do dinheiro para continuar uma guerra prolongada (p.408-9). Um artigo posterior (agosto de 1867) declarou sua simpatia pr\u00f3-paraguaia nestes termos: \"A bravura com a qual eles lutam contra os aliados torna-os merecedores de sucesso, mesmo que sua causa n\u00e3o seja t\u00e3o boa quanto \u00e9\", descrevendo as pretens\u00f5es dos aliados como \"impudentes\", \"absurdas\" e \"t\u00e3o escandalosas\" que apenas um idiota poderia ser levado a acreditar \"(pp. 577-8).}} o ''Colburn's United Service Magazine and Naval and Military Journal'' de Londres, admitiu que a marinha brasileira tinha \"alcan\u00e7ado o que alguns excelentes especialistas de tais assuntos consideraram um feito praticamente imposs\u00edvel.\"{{sfn|Colburn's|1868|p=105}} Em Paris, ''L'Illustration, Jornal Universel'' dedicou uma p\u00e1gina inteira sobre a batalha.Vol 51, 1868, p. 244 Inclu\u00eda uma gravura de [[Joaquim Jos\u00e9 In\u00e1cio]] (agora elevado \u00e0 categoria de Visconde de Inha\u00fama), uma carta do diplomata [[Jos\u00e9 Maria da Silva Paranhos|Jos\u00e9 Paranhos]], prevendo que a guerra terminaria em um m\u00eas, e uma representa\u00e7\u00e3o da passagem de Humait\u00e1, de um esbo\u00e7o desenhado principalmente da imagina\u00e7\u00e3o de Paranhos.{{Nota de rodap\u00e9|Embora Paranhos tenha estado em Assun\u00e7\u00e3o em 1858 e tenha conservado uma mem\u00f3ria geral do rio, nem o desenho das embarca\u00e7\u00f5es, nem o n\u00famero nem a topografia de Humait\u00e1 correspondem muito ao desenho.}}\n\n=== A rea\u00e7\u00e3o do p\u00fablico ===\nNo Brasil foi um \"verdadeiro del\u00edrio\". No Rio de Janeiro, bandas seguidas por multid\u00f5es de pessoas festejaram nas ruas durante tr\u00eas dias. Em [[S\u00e3o Paulo]], as casas foram iluminadas e um servi\u00e7o de [[Te Deum|''te deum'']] foi ordenado para ser realizado na catedral. O pr\u00f3prio imperador achava que o fim da guerra estava pr\u00f3ximo.{{sfn|Doratioto|2008|p=311}}\n\n=== Impacto financeiro sobre os aliados ===\n[[Imagem:Os_Efeitos_das_Noticias_do_dia_1.3.1868.png|miniatura|Impacto financeiro: neste desenho (detalhe), a moeda brasileira sobe, especuladores de ouro contemplam a ru\u00edna e o suic\u00eddio''Semana Illustrada'', 8 de mar\u00e7o de 1868.|alt=]]\n\nA passagem de Humait\u00e1 chegou em um momento oportuno para o cr\u00e9dito financeiro do Brasil. Em seu relat\u00f3rio oficial ao Parlamento, o c\u00f4nsul brit\u00e2nico no Rio de Janeiro observou que o papel-moeda brasileiro e o pre\u00e7o dos t\u00edtulos do governo haviam ca\u00eddo para metade do seu valor pr\u00e9-guerra e ainda estavam caindo. \"Foi por um mero acidente que parou naquele momento. Um aumento no rio permitiu que a esquadra passasse Humait\u00e1 para fora do alcance das baterias [sic],{{Nota de rodap\u00e9|\u00c9 imposs\u00edvel conciliar a alega\u00e7\u00e3o de \"fora de alcance\" com os danos suportados pelos navios.}} e virou a mar\u00e9 da guerra, elevando a taxa de c\u00e2mbio pelo uso de uma probabilidade de um in\u00edcio de cessa\u00e7\u00e3o das hostilidades\".{{sfn|Lennon Hunt|1874|pp=37, 42}} Em maio de 1868, o Brasil, que anteriormente havia conseguido um empr\u00e9stimo pequeno em Londres,{{sfn|Platt|1983|p=34}} conseguiu fazer um empr\u00e9stimo de valor muito maior.{{sfn|Platt|1983|p=40}}\n\nA Argentina - cujo cr\u00e9dito internacional naquela \u00e9poca era muito mais pobre do que o do Brasil, portanto n\u00e3o tinha a alternativa de contrair empr\u00e9stimos estrangeiros num primeiro momento (exceto para financiamento de curto prazo){{sfn|Platt|1983|p=40}} \u2013 desfrutou de um impulso semelhante. Enquanto em 1867 ela n\u00e3o conseguira obter um empr\u00e9stimo de curto prazo em Londres, mesmo em condi\u00e7\u00f5es muito onerosas,{{sfn|Platt|1983|p=36}} em julho de 1868 a not\u00edcia permitiu que ela o fizesse.{{sfn|Platt|1983|p=37}}\n\n== Consequ\u00eancias ==\nDevido a falta de um planejamento claro, permitiu-se que [[Francisco Solano L\u00f3pez]] escapasse com boa parte de suas for\u00e7as e artilharia pelo [[Chaco]]. De l\u00e1, ele improvisou outros pontos de resist\u00eancia na margem esquerda do [[rio Paraguai]] e prolongou a guerra inutilmente. Ele deixou uma for\u00e7a esquel\u00e9tica para defender Humait\u00e1, que foi capturado em 25 de julho de 1868.{{sfn|Doratioto|2008|p=573}} Longe da previs\u00e3o de Paranhos de um t\u00e9rmino do conflito em um m\u00eas,L'Illustration, Journal Universel, s\u00e1bado, 18 de abril de 1868, p\u00e1gina 244. a guerra ainda duraria mais dois anos.{{Nota de rodap\u00e9|L\u00f3pez foi finalmente pego e morto em Cerro Cor\u00e1 em 1 de mar\u00e7o de 1870.{{sfn|Doratioto|2008|p=575}}}}\n\n== Aprecia\u00e7\u00e3o historiogr\u00e1fica ==\n[[Imagem:Medalha_homenagem_passagem_de_Humait\u00e0.png|miniatura|Medalha concedida por D. Pedro II aos oficiais e homens que conseguiram for\u00e7ar a passagem de Humait\u00e1.
[[Museu Imperial]]|alt=|esquerda]]\n\nEm seu livro ''Quatro S\u00e9culos de Actividade Marina: Portugal e Brasil'' o historiador naval{{Nota de rodap\u00e9|Por seus escritos, todos sobre hist\u00f3ria naval, Artur Jaceguai foi aceito na [[Academia Brasileira de Letras]]}} [[Artur Jaceguai]] considerou que:\n\n{{Quote\n|Seja uma vis\u00e3o pol\u00edtica ou militar, a passagem de Humait\u00e1 foi o evento naval culminante da guerra paraguaia. Militar, porque era o principal objetivo estrat\u00e9gico do esquadr\u00e3o brasileiro; pol\u00edtico, porque sancionou o direito, tradicionalmente sustentado pelo Brasil, de livre acesso por seus navios aos rios dos quais era o maior propriet\u00e1rio.{{sfn|Jaceguay|De Oliveira|1900|p=168}}\n}}\n\nEm sua hist\u00f3ria de cinco volumes sobre a guerra paraguaia, o historiador [[Augusto Tasso Fragoso]] escreveu que a passagem de Humait\u00e1 pela esquadra coura\u00e7ada mostrou a L\u00f3pez que a perda de sua fortaleza estava mais pr\u00f3xima do que ele imaginava: assim, decidiu se retirar de Humait\u00e1 com a maior parte de seu ex\u00e9rcito e artilharia enquanto havia tempo.{{sfn|Tasso Fragoso|1956b|p=432}} Chris Leuchars, em seu livro ''To the Bitter End: Paraguay and the War of the Triple Alliance'' (2002) avaliou: \"A passagem de Humait\u00e1 foi, em retrospecto, uma das a\u00e7\u00f5es mais significativas da guerra. O forte foi julgado justamente como a principal fortaleza paraguaia, e suas defesas fluviais sempre foram consideradas como controladoras e protetoras da rota para [[Assun\u00e7\u00e3o]]. Serviu n\u00e3o apenas a esse prop\u00f3sito pr\u00e1tico, mas tamb\u00e9m a um prop\u00f3sito moral consider\u00e1vel, e ao romper suas defesas, poderia-se dizer que os [[Tratado da Tr\u00edplice Alian\u00e7a|aliados]] haviam mudado a mar\u00e9 da guerra.\"{{sfn|Leuchars|2002|p=180}} Da mesma forma, David H. Zook do U.S. [[Col\u00e9gio de Guerra Naval|Naval War College]], escreveu que \"foi o evento culminante de toda a guerra\".{{sfn|Zook|1966|p=169}} Por outro lado no livro ''I Die with My Country: Perspectives on the Paraguayan War, 1864\u20131870'' (2004) os professores Whigham e Kraay argumentaram que a passagem de Humait\u00e1 foi uma fa\u00e7anha de significado militar limitado.{{sfn|Whigham|Kraay|2004|p=12}}\n\n{{Notas}}\n* {{Tradu\u00e7\u00e3o/ref|en|Passage of Humait\u00e1|859484340}}\n\n{{Refer\u00eancias|col=4}}\n\n== Bibliografia ==\n{{In\u00edcioRef}}\n\n=== Livros e peri\u00f3dicos ===\n{{In\u00edcioRef|3}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Azevedo|primeiro =Dr Carlos Frederico dos Santos Xavier|t\u00edtulo=Historia Medico-Cirurgica da Esquadra Brasileira|ano=1870|local=Rio de Janeiro|publicado=Typographia Nacional|url= https://books.google.com/?id=tubdpdr1BKIC&pg=PA138&dq=%22historia+medico-cirurgica%22#v=onepage&q=%22historia%20medico-cirurgica%22&f=false|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Ben\u00edtes|primeiro =Gregorio|t\u00edtulo=La Triple Alianza de 1865: Escapada de un desastre en la Guerra de Invasi\u00f3n al Paraguay|ano=1904|publicado=Talleres Mons. Lasagna|local=Asunci\u00f3n|l\u00edngua=es|url=https://archive.org/stream/latriplealianza01bengoog#page/n52/mode/1up|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Bethell|primeiro =Leslie|t\u00edtulo=The Paraguayan War (1864\u20131870)|ano=1996|publicado=Institute of Latin American Studies|local=Londres|isbn=1 900039 08 7|ref=harv}}, [http://sas-space.sas.ac.uk/3585/1/B28_-_The_Paraguayan_War_(1864-1870).pdf]. Recuperado em 2016.\n*{{citar livro|\u00faltimo =Beverina|primeiro =Juan|t\u00edtulo=La Guerra del Paraguay: Resumen Hist\u00f3rico|ano=1943|l\u00edngua=es|local=Buenos Aires|publicado=Biblioteca del Suboficial|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Burton|primeiro =Captain Sir Richard|t\u00edtulo=Letters From the Battle-Fields of Paraguay|ano=1870|publicado=Tinsley Brothers|local=Londres|ref=harv}}[https://archive.org/stream/lettersfrombatt00burtgoog#page/n10/mode/2up]\n*{{citar livro|editor-sobrenome1 =Chesneau|editor-nome1 =Roger|\u00faltimo =Campbell |numero-autores=et al|t\u00edtulo=Conway's All the World's Fighting Ships, 1860\u20131905|editor-sobrenome2 =Kole\u015bnik|editor-nome2 =Eug\u00e8ne M.|ano=1979|publicado=Conway Maritime Press|local=Londres|isbn=0851771335|ref=harv}}\n*{{citar livro|editor-sobrenome =Corps of Royal Engineers|editor-nome =a Committee of in Dublin|t\u00edtulo=Aide-M\u00e9moire to the Military Sciences|ano=1846|local=Londres|volume=1|pp=168\u2013171|publicado=John Weale|url=https://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=uiug.30112098435362;view=1up;seq=7|acessodata=09/04/2018|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =de la Fuente|primeiro =Ariel|editor-sobrenome1 =Kraay|cap\u00edtulo=Federalism and Opposition to the Paraguayan War in the Argentine Interior: La Rioja, 1865\u201367|editor-nome1 =Hendrik|editor-sobrenome2 =Whigham|editor-nome2 =Thomas L.|t\u00edtulo=I Die with My Country:Perspectives on the Paraguayan War, 1864\u20131870|p\u00e1ginas=140\u2013153|publicado=University of Nebraska Press|ano=2004|isbn=0803227620|ref=harv}}\n* {{citar livro|\u00faltimo =Donato|primeiro =Hern\u00e2ni|t\u00edtulo=Dicion\u00e1rio das batalhas brasileiras|ano=1996|local=S\u00e3o Paulo|publicado=Editora Ibrasa|isbn=9788534800341|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Doratioto|primeiro =Francisco|t\u00edtulo=Maldita Guerra|ano=2008|publicado=Emec\u00e9 Editores|local=Buenos Aires|l\u00edngua=es|isbn=978-950-04-2574-2|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo=Doratioto|primeiro=Francisco|t\u00edtulo=Maldita guerra: nova hist\u00f3ria da Guerra do Paraguai|ano=2002|editora=Companhia das Letras|local=S\u00e3o Paulo|isbn=85-359-0224-4|ref=harv}}\n*{{citar livro|cap\u00edtulo=Correspondence Respecting Hostilities in the River Plate: No. 2 (1868)|t\u00edtulo=Accounts and papers of the House of Commons|volume=73|autor =Great Britain. Parliament. House of Commons|editor=|ano=1868|local=Londres|url=https://books.google.com/books?id=RSpcAAAAQAAJ&pg=RA5-PA9|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Hooker|primeiro =Terry D.|t\u00edtulo=The Paraguayan War|publicado=Foundry Books|ano=2008|isbn=1-901543-15-3|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Hutchinson|primeiro =Thomas J.|t\u00edtulo=The Paran\u00e1; With Incidents of the Paraguayan War|publicado=Edward Stanford|local=Londres|ano=1868|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo1 =Jaceguay|primeiro1 =A.|\u00faltimo2 =De Oliveira|primeiro2 =Vidal|t\u00edtulo=Quatro S\u00e9culos de Actividade: Portugal e Brasil|ano=1900|local=Rio de Janeiro|publicado=Imprensa Nacional|url=https://archive.org/details/quatroseculosde00olivgoog|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo1 =Jaceguay|primeiro1 =A.|\u00faltimo2 =De Oliveira|primeiro2 =Vidal|t\u00edtulo=Ensaio Historico Sobre o Genesis e Desenvolvimento da Armada Brasileira At\u00e9 o Fim do {{s\u00e9c|XIX}}|ano=1903|local=Rio de Janeiro|publicado=Typographia Leuzinger|url=https://archive.org/stream/ensaiohistricos01jacegoog#page/n177/mode/1up|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Johnston|primeiro =Keith|t\u00edtulo=Notes on the Physical Geography of Paraguay|peri\u00f3dico=Proceedings of the Royal Geographical Society of Londres|volume=20|n\u00famero=6|p\u00e1ginas=494\u2013504|publicado=Wiley|ano=1875\u20131876|jstor=1799836|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Jourdan|primeiro =Emilio Carlos|t\u00edtulo=Guerra do Paraguay|ano=1871a|publicado=Perseveran\u00e7a|local=Rio de Janeiro|url= https://books.google.com/?id=DdwJAQAAIAAJ&printsec=frontcover&dq=inauthor:carlos+inauthor:emilio+inauthor:jourdan#v=onepage&q&f=false|ref=harv}}\n*{{citar livro|editor-sobrenome =Jourdan|editor-nome =Emilio Carlos, Tenente|t\u00edtulo=Atlas Historico da Guerra da Paraguay|ano=1871b|local=Rio de Janeiro|publicado=Lithographia Imperial de Eduardo Rensburg|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Kennedy|primeiro =Commander A. J.|t\u00edtulo=La Plata, Brazil and Paraguay During the Present War|publicado=Edward Stanford|local=Londres|ano=1869|url=https://archive.org/details/laplatabrazilpar00kenn|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Lennon Hunt|primeiro =Consul|cap\u00edtulo=Report on the Trade and Commerce of Rio de Janeiro for the Year 1872|t\u00edtulo=Reports of Her Majesty's Consuls on the Manufacture and Commerce &c of their Consular Districts: Part I|p\u00e1ginas=37\u201349|publicado=Harrison & Sons Printers in Ordinary to Her Majesty|ano=1874|url= https://books.google.com/?id=ByxcAAAAQAAJ&pg=PA42&dq=humaita+%22mere+accident%22#v=onepage&q=humaita%20%22mere%20accident%22&f=false|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Leuchars|primeiro =Chris|t\u00edtulo=To the Bitter End: Paraguay and the War of the Triple Alliance|ano=2002|publicado=Greenwood Press|local=Westport, Ct; Londres|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =MacDermott|primeiro =Brian Charles|t\u00edtulo=Historical Introduction|others=In Pl\u00e1, Josefina ''The British in Paraguay, 1850\u20131870''|ano=1976|publicado=The Richmond Publishing Co in association with St Antony's College, Oxford|isbn=0855461969|ref=harv}}\n*{{citar peri\u00f3dico|autor =Marinha do Brasil|t\u00edtulo =''Cole\u00e7\u00e3o Explorando o Ensino da Escola - A Import\u00e2ncia do Mar na Hist\u00f3ria do Brasil''|volume = 13|ano =2006|url =https://www.marinha.mil.br/sites/www.marinha.mil.br.secirm/files/historia.pdf|local =Bras\u00edlia|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Masterman|primeiro =George Frederick|t\u00edtulo=Seven Eventful Years in Paraguay: A Narrative of Personal Experience Amongst the Paraguayans|publicado=Sampson, Low, Son, and Marston|ano=1870|edi\u00e7\u00e3o=2|local=Londres|ref=harv}} [https://archive.org/stream/seveneventfulye00mast#page/n7/mode/2up]\n*{{citar livro|\u00faltimo =Maracaj\u00fa|primeiro =Marechal Visconde de (Rufino Eneias Gustavo Galv\u00e3o)|t\u00edtulo=Campanha do Paraguay (1867 e 1868)|publicado=Imprensa Militar Estado-Maior do Exercito|ano=1922|local=Rio de Janeiro|url=https://archive.org/details/campanhadoparagu00mara|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =McLynn|primeiro =F.J.|t\u00edtulo=Consequences for Argentina of the War of the Triple Alliance 1865\u20131870|peri\u00f3dico=The Americas|volume=41|n\u00famero=1|data=1984|jstor=1006949|publicado=Cambridge University Press|pp=81\u201398|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Ouro Preto|primeiro =Visconde de (Affonso Celso de Assis Figueiredo)|t\u00edtulo=A marinha d'outra'ora (Subsidios para a Historia)|ano=1894|local=Rio de Janeiro|publicado=Domingos de Magalh\u00e3es: Livraria Moderna|url=https://archive.org/details/amarinhadoutror00unkngoog|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Pl\u00e1|primeiro =Josefina|t\u00edtulo=The British in Paraguay 1850\u20131870|ano=1976|translator-last=MacDermot|translator-first=B.C.|publicado=The Richmond Publishing Co in association with St Antony's College, Oxford|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Platt|primeiro =D.C.M.|t\u00edtulo=Foreign Finance in Argentina for the First Half-Century of Independence|peri\u00f3dico=Journal of Latin American Studies|volume=15|n\u00famero=1|data=1983|publicado=Cambridge University Press|p\u00e1ginas=23\u201347|jstor=155922|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Scheina|primeiro =Robert L.|t\u00edtulo=Latin America's Wars: The Age of the Caudillo, 1791\u20131899|publicado=Potomac Books, Inc.|ano=2003|local=Washington, D.C.|isbn=9781574884500|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Schneider|primeiro =L.|t\u00edtulo=Der Krieg der Triple-Allianz|ano=1872|local=Berlim|l\u00edngua=de|publicado=B. Behr's Buchhandlung (E. Bock)|url= https://archive.org/stream/bub_br_1918_01647510#page/n236/mode/1up|ref=harv}}\n*{{citar livro|url=http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/242552/000210700_01.pdf?sequence=1|t\u00edtulo=A Guerra da Tr\u00edplice Allian\u00e7a (Imperio do Brazil, Rep\u00fablica Argentina e Rep\u00fablica Oriental do Uruguay) Contra o Governo da Rep\u00fablica do Paraguay (1864-1870)|ultimo=Schneider|primeiro=L.|editora=Typ. Americana|ano=1875|volume=2|local=Rio de Janeiro|acessodata=|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Schneider|primeiro =L.|others=Trans. Nogueira|t\u00edtulo=A Guerra Da Triplice Allian\u00e7a Contra A Goberno Da Republica Do Paraguay 1864\u20131870|volume=I|ano=1902a|publicado=H. Garnier|local=Rio de Janeiro|url=https://archive.org/details/guerradatrplic01schnuoft|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Schneider|primeiro =L.|others=Trans. Nogueira|t\u00edtulo=A Guerra Da Triplice Allian\u00e7a Contra A Goberno Da Republica Do Paraguay 1864\u20131870|volume=II|ano=1902b|publicado=H. Garnier|local=Rio de Janeiro|url=https://archive.org/details/guerradatrplic02schnuoft|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Sondhaus|primeiro =Lawrence|t\u00edtulo=Naval Warfare, 1815\u20131914|ano=2012|publicado=Routledge|isbn=1134609949|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Tasso Fragoso|primeiro =Augusto|t\u00edtulo=Hist\u00f3ria da Guerra entre a Tr\u00edplice Alian\u00e7a e o Paraguai|ano=1956a|publicado=Livraria Freitas Bastos S.A.|local=Rio de Janeiro; S\u0101o Paulo|edi\u00e7\u00e3o=2|volume=II|ref=harv}} (Em 5 volumes).\n*{{citar livro|\u00faltimo =Tasso Fragoso|primeiro =Augusto|t\u00edtulo=Hist\u00f3ria da Guerra entre a Tr\u00edplice Alian\u00e7a e o Paraguai|ano=1956b|publicado=Livraria Freitas Bastos S.A.|local=Rio de Janeiro; S\u0101o Paulo|edi\u00e7\u00e3o=2|volume=III|ref=harv}} (Em 5 volumes).\n*{{citar livro|\u00faltimo =Tate|primeiro =E. Nicholas|t\u00edtulo=Britain and Latin America in the Nineteenth Century: The Case of Paraguay, 1811\u20131870|peri\u00f3dico=Ibero-amerikanisches Archiv, Neue Folge|\nvolume= 5|n\u00famero=1|ano=1979|p\u00e1ginas=39\u201370|publicado=Iberoamericana Editorial Vervuert|\njstor=43392255|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Thompson|primeiro =George|t\u00edtulo=The War in Paraguay: With a Historical Sketch of the Country and Its People and Notes Upon the Military Engineering of the War|ano=1869|publicado=Longman's, Green and Co|local=Londres|ref=harv}}\n*{{citar livro|autor=United States Congress|t\u00edtulo=Congressional series of United States public documents: United States Congressional Serial Set Volume 1365|ano=1869|publicado=US Government Printing Office|local=Washington DC|url=https://books.google.com/?id=DExHAQAAIAAJ&pg=PA266&dq=cannon+brazilian+humaita#v=onepage&q=cannon%20brazilian%20humaita&f=false|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Very|primeiro =Edward|t\u00edtulo=Navies of the World|ano=1880|local=Nova Iorque|publicado=John Wiley and Sons|url=https://archive.org/stream/naviesworldgivi00verygoog#page/n22/mode/1up|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Washburn|primeiro =Charles|t\u00edtulo=The History of Paraguay: With Notes of Personal Observations, and Reminiscences of Diplomacy Under Difficulties|ano=1871a|publicado=Lee and Shephard|local=Boston|volume=I|url= https://archive.org/stream/historyparaguay02washgoog#page/n9/mode/2up|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Washburn|primeiro =Charles|t\u00edtulo=The History of Paraguay: With Notes of Personal Observations, and Reminiscences of Diplomacy Under Difficulties|ano=1871b|publicado=Lee and Shephard|local=Boston|volume=II|url= https://archive.org/details/historyparaguay01washgoog|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Whigham|primeiro =Thomas L|t\u00edtulo=The Paraguayan War: volume 1: Causes and Early Conduct|publicado=University of Nebraska Press|ano=2002|local=Lincoln and Londres|isbn=0-8032-4786-9|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo1 =Whigham|primeiro1 =Thomas L.|\u00faltimo2 =Kraay|primeiro2 =Hendrik|editor-sobrenome1 =Kraay|cap\u00edtulo=Introduction:War, Politics and Society in South America, 1820s\u221260s|pp=1\u201322|editor-nome1 =Hendrik|editor-sobrenome2 =Whigham|editor-nome2 =Thomas L.|t\u00edtulo=I Die with My Country: Perspectives on the Paraguayan War, 1864\u20131870|publicado=University of Nebraska Press|ano=2004|isbn=0803227620|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Whigham|primeiro =Thomas|t\u00edtulo=La guerra de la triple alianza III: Danza de muerte y destrucci\u00f3n|ano=2015|publicado=Taurus (Kindle edition)|asin=B00B51IGH2|l\u00edngua=es|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Whigham|primeiro =Thomas L.|t\u00edtulo=The road to Armageddon: Paraguay versus the Triple Alliance, 1866\u20131870|publicado=University of Calgary Press|local=Calgary, Alberta|ano=2017|isbn=978-1-55238-809-9|ref=harv}}\n*{{citar livro|\u00faltimo =Zook|primeiro =David H., Jr.|t\u00edtulo=Review: Charles J. Kolinsky's Independence or Death!|peri\u00f3dico=Military Affairs|volume=30|n\u00famero=3|ano=1966|p\u00e1ginas=168\u20139|jstor=1985390|ref=harv}}\n{{RefFim}}\n\n===Teses acad\u00eamicas===\n* {{citation|\u00faltimo =Oliveira Moitrel|primeiro =M\u00f4nica Harz|t\u00edtulo=A Log\u00edstica Naval na Marinha Imperial Durante a Guerra da Tr\u00edplice Alian\u00e7a Contra o Governo do Paraguai|local=Rio de Janeiro|ano=2010|publicado=Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro: Programa de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u0101o em Hist\u00f3ria|url=http://livros01.livrosgratis.com.br/cp155235.pdf}}\n\n===Websites acad\u00eamicas e comerciais===\n* {{citar web|t\u00edtulo=MarineTraffic Voyage Planner|url=https://www.marinetraffic.com/en/voyage-planner|acessodata=23 de julho de 2016}}\n* {{citar web|t\u00edtulo=Batalha Naval do Riachuelo|url=https://www.marinha.mil.br/content/batalha-naval-do-riachuelo|autor=Marinha do Brasil|acessodata=20 de fevereiro de 2019|ref=harv}}\n\n===Jornais contempor\u00e2neos===\n(De acordo com o costume da \u00e9poca os redatores n\u00e3o assinavam seus artigos)\n\n*{{citation|url=https://archive.org/stream/unitedservicema04unkngoog#page/n100/mode/2up/search/paraguay|\u00faltimo =Colburn's|t\u00edtulo=United Service Magazine and Naval and Military Journal|local=Londres|ano=1868|n\u00famero=2|publicado=Hurst and Blackett|ref=harv}}\n*{{citar jornal|t\u00edtulo=Glasgow Daily Herald|local=Glasgow|autor= Glasgow Herald|data=8/04/1868|ref=harv}}\n*{{citar jornal|url=https://books.google.com/books?id=zrNLAAAAcAAJ&pg=PA244|t\u00edtulo=L'Illustration, Journal Universel|local=Paris|data=18/04/1868|ref=harv}}\n*{{citar jornal|t\u00edtulo=El Semanario de Avisos y Conocimientos \u00datiles|autor=El Semanario|local=Asunci\u00f3n|l\u00edngua=es|data=17/08/1867|url=http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=709700&pasta=ano%20186&pesq=%22Agosto%20de%201867%22|ref=harv}}\n*{{citar jornal|t\u00edtulo=The Times|autor=The Times|local=Londres|data=3/04/1868|ref=harv}}\n*{{citar jornal|t\u00edtulo=The Times|autor=The Times|local=Londres|data=7/04/1868|ref=harv}}\n\n===Website governamental do Paraguai===\n*{{citar web|url=http://www.bienvenidoaparaguay.com/deptos.php?xmldepto=13|t\u00edtulo=Bem vindo ao Paraguai|autor=BienvenidoaParaguay.com|acessodata=7 de julho de 2016|ref=harv}}\n{{RefFim}}\n\n==Liga\u00e7\u00f5es externas==\n{{Commonscat|Passagem de Humait\u00e1}}\n{{Portal3|Guerra|N\u00e1utico|Hist\u00f3ria|Paraguai|Brasil}}\n\n[[Categoria:1868 no Brasil]]\n[[Categoria:Batalhas envolvendo a Argentina]]\n[[Categoria:Batalhas envolvendo o Brasil]]\n[[Categoria:Batalhas envolvendo o Paraguai]]\n[[Categoria:Batalhas envolvendo o Uruguai]]\n[[Categoria:Batalhas da Guerra do Paraguai]]\n[[Categoria:Conflitos em 1868]]\n[[Categoria:1868 na Am\u00e9rica do Sul]]"}],"images":[{"ns":6,"title":"Ficheiro:1868 lengthy lines of communication.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Brazilian ironclads Tamandare and Brasil.jpg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:CHEFE DE DIVIS\u00c3O DELPHIM CARLOS DE CARVALHO, Bar\u00e3o da Passagem.jpg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Commons-logo.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Cquote1.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Cquote2.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Delfim Carlos de Carvalho - Bar\u00e3o de Passagem by Agostini 1868.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Disambig grey.svg"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Emergency tramway past Curupayty.png"},{"ns":6,"title":"Ficheiro:Flag of Argentina.svg"}]},"565327":{"pageid":565327,"ns":0,"title":"Sonja Lang","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Mais fontes|data=outubro de 2020}}\n{{Info/Biografia/Wikidata}}\n'''Sonja Lang''', anteriormente conhecida como '''Sonja Elen Kisa'''{{Cite book |last1=Papakitsos |first1=Evangelos |last2=Giachos |first2=Ioannis|url=https://www.researchgate.net/publication/312039227 |title=The Study of Machine Translation Aspects Through Constructed Languages |publisher=International Journal of Electronic Engineering and Computer Science |year=2016 |pages=29\u201331 |language=en}} ([[Moncton]], [[New Brunswick]], [[Canad\u00e1]], [[1 de novembro]] de [[1978]]) \u00e9 a criadora da [[l\u00edngua planejada]] [[Toki Pona]]. \u00c9 uma [[Ling\u00fc\u00edstica|linguista]], [[Tradu\u00e7\u00e3o|tradutora]], [[enxadrista]] e wikipedista envolvida com trabalhos em [[L\u00edngua inglesa|ingl\u00eas]], [[L\u00edngua francesa|franc\u00eas]] e [[esperanto]]. Ela vive atualmente em [[Toronto]]. Kisa teria buscado inspira\u00e7\u00e3o nos princ\u00edpios [[Filosofia|filos\u00f3ficos]] do [[Tao\u00edsmo|Taoismo]] ao criar a nova [[l\u00edngua]]. Sonja Kisa \u00e9 graduada em [[Artes]].\n\nAl\u00e9m do seu portal sobre lingu\u00edstica, ''Sonja's Linguistic Surrealscape'', Kisa publicou um ''[[blog]]'' sobre [[enxadrismo]], o ''Sonja's Chess Journey''.\n\n== Ver tamb\u00e9m ==\n* [[Toki Pona]]\n* [[Esperanto]]\n\n{{refer\u00eancias}}\n\n==Liga\u00e7\u00f5es externas==\n;Em ingl\u00eas e esperanto\n* [http://www.kisa.ca/ ''Sonja's Linguistic Surrealscape'' (portal da Sonja Kisa)]\n* [http://sonjaaa.livejournal.com/ Blog da Sonja Kisa]\n* [http://chessgirl.livejournal.com/ ''Sonja's Chess Journey'' (blog da Sonja Kisa sobre enxadrismo)]\n\n{{esbo\u00e7o-biografia}}\n{{Controle de autoridade}}\n{{Portal3|Xadrez|Biografia}}\n\n{{DEFAULTSORT:Kisa, Sonja Elen}}\n[[Categoria:Linguistas do Canad\u00e1]]\n[[Categoria:Esperantistas]]"}]},"6546997":{"pageid":6546997,"ns":0,"title":"Hunger Ward","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"'''''Hunger Ward''''' \u00e9 um [[document\u00e1rio]] americano de 2020 dirigido por Skye Fitzgerald e Michael Shueuerman. O filme trata da [[Fome no I\u00eamen desde 2016|fome cont\u00ednua no I\u00eamen]] e dos esfor\u00e7os de dois hospitais para combater a desnutri\u00e7\u00e3o infantil resultante. Foi nomeado para o [[Oscar de melhor document\u00e1rio de curta-metragem|Oscar de Melhor Curta Document\u00e1rio]] no [[Oscar 2021|93\u00ba Oscar]].{{Citar web |url=https://www.theguardian.com/film/2021/mar/15/the-full-list-of-2021-oscar-nominations |titulo=The full list of 2021 Oscars nominations |acessodata=15 de mar\u00e7o de 2021 |website=The Guardian}}\n\n{{Refer\u00eancias}}\n== Liga\u00e7\u00f5es externas ==\n* [https://pluto.tv/on-demand/movies/hunger-ward ''Ala da Fome''] na [[Pluto TV|Plut\u00e3o TV]]\n* {{IMDb t\u00edtulo|12979636|Hunger Ward}}\n\n[[Categoria:Filmes em l\u00edngua inglesa]]\n[[Categoria:Document\u00e1rios dos Estados Unidos]]\n[[Categoria:Filmes dos Estados Unidos]]\n[[Categoria:Filmes dos Estados Unidos de 2020]]\n[[Categoria:Document\u00e1rios de 2020]]"}]},"170165":{"pageid":170165,"ns":0,"title":"Mal\u00e9","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{distinguir|Male|Mal\u00ea}}\n{{geocoordenadas|04_10_N_73_30_E|4\u00b0 10' N, 73\u00b0 30' W}}\n{| border=\"0\" cellpadding=\"2\" cellspacing=\"1\" align=\"right\" style=\"margin-left:1em; background:#e3e3e3;\"\n|-----\n| colspan=\"2\" align=\"center\" | '''Mal\u00e9'''\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| colspan=\"2\" align=\"center\" | [[Imagem:Male-total.jpg|300px]]\n|-----\n! colspan=\"2\" | Localiza\u00e7\u00e3o:\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| colspan=\"2\" align=\"center\" |[[Imagem:MaldivesMap.png|300px]]\n|-----\n! colspan=\"2\" | Dados gerais:\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[Pa\u00eds]]: || [[Maldivas]]\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| Coordenadas: || {{coor dm|4|10|N|73|30|E}}\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[Altitude]]: || 0 metros.\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[\u00c1rea]]: || Comprimento 1,7 quil\u00f4metro/1,05 milhas largura
1,0 quil\u00f4metro/0,62 milhas\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| Habitantes: || 133 412 ([[2014]])\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[Densidade]]: || 48.235 hab/km\u00b2\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[Fuso hor\u00e1rio]]: || [[GMT]] +5:00\n|----- bgcolor=\"#FFFFFF\"\n| [[S\u00edtio]]: ||\n|}\n\n'''Mal\u00e9''' (em [[l\u00edngua dhivehi]]: \u0789\u07a7\u078d\u07ac, pronunciado: \"Maha-alay\") \u00e9 a maior cidade e [[capital]] das [[Maldivas]]. A cidade est\u00e1 localizada no extremo sul do [[Atol Kaafu]]. Tamb\u00e9m \u00e9 uma das [[subdivis\u00f5es das Maldivas|subdivis\u00f5es administrativas do pa\u00eds]]. Tradicionalmente foi a ilha do Rei, onde a antiga dinastia real das Maldivas governava e onde seu pal\u00e1cio era localizado. Hoje \u00e9 sede do governo e centro de neg\u00f3cios, comercial, empresarial e educativo. Tem uma popula\u00e7\u00e3o de aproximadamente 80 mil pessoas, sendo aproximadamente um ter\u00e7o da popula\u00e7\u00e3o do pa\u00eds.Maldives/\n\nA ilha \u00e9 fortemente urbanizada, com a cidade ocupando-a praticamente por inteiro e \u00e9 a cidade mais densamente povoada do mundo. Mal\u00e9 foi golpeada pelo [[tsunami]] que varreu atrav\u00e9s a costa ocidental de [[Sumatra]] em [[26 de Dezembro]] de [[2004]]. Foi afetada pelo [[sismo]] do [[Oceano \u00cdndico]] cujas ondas inundaram dois ter\u00e7os da cidade.\n\n== Etimologia ==\nO nome Mal\u00e9 foi retirado da palavra ''Mahaalay'' que veio do [[s\u00e2nscrito]], l\u00edngua influente na regi\u00e3o. O nome deriva de ''maha'', que significa \"grande\" ou \"\u00f3timo\" e ''aalay'', que significa \"casa\".Vaman Shivram Apte; ''Sanskrit English Dictionary'' Normalmente a palavra ''Mahaalay'' \u00e9 utilizada para denominar o pal\u00e1cio de um rei ou a capital (ilha do rei) em s\u00e2nscrito. Entretanto, os contos tradicionais sugerem uma origem diferente deste nome.Caldwell, Comparative Dravidian Grammar, p. 27-28\n\nO conjunto inteiro de ilhas (''Maldivas''), leva o nome de sua capital. A palavra \"Maldivas\" significa \"as ilhas de Mal\u00e9\"\n\n== Hist\u00f3ria ==\n{{artigo principal|[[Hist\u00f3ria das Maldivas]]}}\nOs primeiros habitantes das Maldivas foram [[Budismo|budistas]]. Em [[1153]],os [[mu\u00e7ulmanos]] conquistaram as Maldivas. Anos mais tarde o arquip\u00e9lago passou pelas m\u00e3os de [[Portugal|portugueses]], [[Pa\u00edses Baixos|neerlandeses]] e [[Reino Unido|ingleses]], sendo que estes \u00faltimos transformaram Mal\u00e9 em um [[protetorado]] (entre [[1887]] e [[1965]]). Em [[1953]] foi tentada estabelecer uma rep\u00fablica mas poucos meses depois, a cidade foi restabelecida ao sultanato. Em [[1968]] foi reinstaurada a rep\u00fablica, continuando Mal\u00e9 como capital.\n\nEm [[26 de dezembro]] de [[2004]], ocorreu o devastador [[terremoto]] em [[Sumatra]] ([[Terramoto do oceano \u00cdndico de 2004]]) e o [[tsunami]] posterior inundou dois ter\u00e7os da cidade. O tsunami e o terremoto causaram 220 mil mortos ao largo de todo o [[Oceano \u00cdndico]]. Em [[29 de setembro]] de [[2001]] foi explodida uma bomba perto de uma [[mesquita]], ferindo 12 turistas. \u00c9 considerada a primeira bomba que j\u00e1 explodiu em grandes propor\u00e7\u00f5es na cidade.[http://www.elpais.com/articulo/internacional/doce/turistas/heridos/explosion/bomba/Maldivas/elpepuint/20070929elpepuint_11/Tes Al menos doce turistas heridos en la explosi\u00f3n de una bomba en las Maldivas] en [[Elpais.com]]\n\n== Subdivis\u00f5es ==\nA cidade \u00e9 subdividida em seis partes, sendo quatro na ilha de Mal\u00e9. A ilha de Vilingili, formalmente um ''resort'' tur\u00edstico e antes uma pris\u00e3o, \u00e9 a quinta divis\u00e3o (Vilimal\u00e9). A sexta divis\u00e3o \u00e9 ''Hulhumal\u00e9'', uma ilha artificial e cidade desde [[2004]]. Al\u00e9m destes, o [[Aeroporto Internacional de Mal\u00e9]] faz parte da cidade. Existe planos para a cria\u00e7\u00e3o de uma ilha porto no recife de ''Gulhi Falu''.[http://www.gulhifalhu.com Global Business Park Gulhi Falhu]\n\n{| class=\"wikitable sortable\"\n|-style=\"background: #CCC;\"\n! align =\"right\"|Nr. || align =\"left\"|Divis\u00e3o || align=\"right\"| \u00c1rea
([[Hectare|ha]])|| align=\"right\"|Popula\u00e7\u00e3o
[[Censo demogr\u00e1fico|Censo]] 2006||align=\"right\"|[[Densidade populacional|Densidade]]|| [[Coordenadas Geogr\u00e1ficas|Coordenadas]]||Observa\u00e7\u00f5es\n|-\n|align=\"right\"| 1|| Henveiru || align=\"right\"|59.1|| align=\"right\"|23,597|| align=\"right\"|39,927.2\n||{{coord|04|10|37|S|73|30|48|E|name=Henveiru}} ||Ilha de Mal\u00e9\n|-\n|align=\"right\"| 2|| Galolhu || align=\"right\"|27.6|| align=\"right\"|19,414|| align=\"right\"|70,340.6\n||\u2026||Ilha de Mal\u00e9\n|-\n|align=\"right\"| 3|| Machchangolhi || align=\"right\"|32.6|| align=\"right\"|19,580|| align=\"right\"|60,061.3\n||\u2026||Ilha de Mal\u00e9\n|-\n|align=\"right\"| 4|| Maafannu || align=\"right\"|75.9|| align=\"right\"|29,964|| align=\"right\"|39,478.3\n||\u2026||Ilha de Mal\u00e9\n|-style=\"background: #DDD;\"\n|align=\"right\"| 1-4|| Mal\u00e9 (Ilha) || align=\"right\"|195.2|| align=\"right\"|92,555|| align=\"right\"|47,415.5 ||{{coord|04|10|28|S|73|30|34|E|name=Mal\u00e9}}||Ilha de Mal\u00e9\n|-\n|align=\"right\"| 5|| Vilimal\u00e9 || align=\"right\"|31.8|| align=\"right\"|6,956|| align=\"right\"|21,874.2\n||\u2026||Ilha de Villingili\n|-\n|align=\"right\"| 6|| Hulhumal\u00e9 || align=\"right\"|200.9|| align=\"right\"|2,866|| align=\"right\"|1,426.6\n||\u2026||[[ilha artificial]]\n|-\n|align=\"right\"| -|| Ilha de Hulhule || align=\"right\"|151.9|| align=\"right\"|1,316|| align=\"right\"|866.4\n||\u2026||Aeroporto Internacional de Mal\u00e9\n|-\n|align=\"right\"| -|| Gulhi Falhu || align=\"right\"|-|| align=\"right\"|-|| align=\"right\"|-\n||\u2026||ilha porto planejada\n|-style=\"background: #DDD;\" | class=\"sortbottom\"\n| align=\"right\"|  ||Mal\u00e9 (cidade)|| align=\"right\"| 579.8 || align=\"right\"| 103,693 || align=\"right\"| 17,884.3 || {{coord|04|10|28|S|73|30|34|E|name=Mal\u00e9}}|| \n|}\n\nA ilha de Mal\u00e9 \u00e9 a segunda mais densamente povoada do mundo, depois de [[Ap Lei Chau]] em [[Hong Kong]].\n\n== Infra-estrutura ==\nComo n\u00e3o h\u00e1 mais terras adiante no pa\u00eds, toda a infra-estrutura est\u00e1 localizada na cidade. A \u00e1gua fornecida \u00e9 terrena dessanilizada; a \u00e1gua chega atrav\u00e9s de bombas de salombra com 50-60m de profundidade e dessaliniza usando a [[osmose inversa]].{{Citar web |url=http://www.mwsc.com.mv/faqs/faq.shtml# |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=7 de setembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080111101942/http://www.mwsc.com.mv/faqs/faq.shtml# |arquivodata=11 de janeiro de 2008 |urlmorta=yes }} A energia el\u00e9trica \u00e9 gerada na cidade utilizando geradores de [[diesel]].{{Citar web |url=http://www.stelco.com.mv/about.html# |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=7 de setembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071116203837/http://www.stelco.com.mv/about.html# |arquivodata=16 de novembro de 2007 |urlmorta=yes }} O [[esgoto]] \u00e9 bombeado para n\u00e3o ir diretamente para o [[mar]].{{Citar web |url=http://www.mwsc.com.mv/faqs/faq.shtml#a3 |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=7 de setembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080111101942/http://www.mwsc.com.mv/faqs/faq.shtml#a3#a3 |arquivodata=11 de janeiro de 2008 |urlmorta=yes }} Os recursos s\u00f3lidos s\u00e3o transportados para ilhas pr\u00f3ximas, onde s\u00e3o usados para preencher as lacunas. O [[aeroporto]] foi constru\u00eddo neste sentido, e atualmente, a lagoa ''Thilafushi'' est\u00e1 sendo preenchida.{{Citar web |url=http://www.rrcap.unep.org/reports/soe/maldives_solid.pdf# |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=7 de setembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120324080029/http://www.rrcap.unep.org/reports/soe/maldives_solid.pdf# |arquivodata=24 de mar\u00e7o de 2012 |urlmorta=yes }}{{Citar web |url=http://www.searo.who.int/LinkFiles/Public_Information_%26_Events_vol3-1_goldingar.pdf# |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=15 de novembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070701161321/http://www.searo.who.int/LinkFiles/Public_Information_%26_Events_vol3-1_goldingar.pdf# |arquivodata=1 de julho de 2007 |urlmorta=yes }}\n\nNa cidade pode-se encontrar todos os servi\u00e7os b\u00e1sicos; al\u00e9m destes, conta com [[bancos]], numerosos [[caixa autom\u00e1tico|caixas autom\u00e1ticos]] e a maioria das empresas de [[correio]] internacionais.[http://www.maldivestourism.net/maldives/] Possui v\u00e1rios centros de [[sa\u00fade]], como o Hospital Indira Ghandi Memorial (IGMH), que \u00e9 o maior do pa\u00eds, e na sa\u00fade privada o Hospital ADK \u00e9 o mais importante.{{Citar web |url=http://www.visitmaldives.com/es/# |titulo=C\u00f3pia arquivada |acessodata=7 de setembro de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090724064030/http://www.visitmaldives.com/es/# |arquivodata=24 de julho de 2009 |urlmorta=yes }} Existe tamb\u00e9m um servi\u00e7o de [[t\u00e1xi]], cujo valor m\u00e1ximo \u00e9 regulamentado pelo [[governo]].\n\n[[Imagem:Maldives Approach Finals - Rwy 36 Short Finals 1.jpg|thumb|260px|direita|O Aeroporto Internacional de Mal\u00e9]]\n\n== Economia ==\nO turismo \u00e9 a maior atividade econ\u00f4mica nas Maldivas, respondendo por 28% do PIB e mais de 60% das receitas cambiais. Mais de 90% das receitas fiscais do governo vem de direitos de importa\u00e7\u00e3o e impostos relacionados com o turismo.\n\nMal\u00e9 tem muitas atra\u00e7\u00f5es tur\u00edsticas e resorts pr\u00f3ximos. A cidade tamb\u00e9m \u00e9 o centro comercial e possui o porto principal do pa\u00eds.\n\n== Transporte ==\n=== A\u00e9reo ===\nO [[Aeroporto Internacional de Mal\u00e9]] \u00e9 o principal [[aeroporto]] das [[Maldivas]]. Foi por muito tempo o \u00fanico aeroporto internacional das Maldivas. O aeroporto foi inaugurado em [[12 de abril]] de [[1966]].\n\n{{Refer\u00eancias|col=2}}\n\n{{bloco de navega\u00e7\u00e3o|Capitais da \u00c1sia}}\n\n{{esbo\u00e7o-geo}}\n\n[[Categoria:Mal\u00e9| ]]\n[[Categoria:Capitais da \u00c1sia|Male]]\n[[Categoria:Cidades das Maldivas|Male]]"}]},"5816907":{"pageid":5816907,"ns":0,"title":"Langford (Col\u00fambia Brit\u00e2nica)","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Info/Assentamento/Wikidata}}\n'''Langford''' \u00e9 uma cidade no sul da [[ilha de Vancouver]], na prov\u00edncia [[Canad\u00e1|canadense]] da [[Col\u00fambia Brit\u00e2nica]].{{Citar web|titulo=Old Langford - An Illustrated History|url=http://www.maureenduffus.com/old-langford.php|obra=www.maureenduffus.com|acessodata=8 de fevereiro de 2019|data=|publicado=Colonial History Vancouver Island {{!}} Maureen Duffus - Author and Historian|ultimo=|primeiro=|lingua=en}} Trata-se de um dos 13 munic\u00edpios componentes da [[Victoria (Col\u00fambia Brit\u00e2nica)|Regi\u00e3o Metropolitana de Victoria]] e est\u00e1 dentro do [[Distrito Regional da Capital]]. Langford foi incorporada em [[1992]] e tem uma popula\u00e7\u00e3o de mais de 35 mil pessoas.{{citar web|url=http://www.timescolonist.com/news/local/langford-s-population-grows-3-9-in-year-leading-capital-region-1.1738733|t\u00edtulo=Langford\u2019s population grows 3.9% in year, leading capital region|\u00faltimo=|primeiro=|data=1 de janeiro de 2015|website=timescolonist.com|publicado=Times Colonist|idioma=en|acessodata=29 de agosto de 2018}}\n\n== Ver tamb\u00e9m ==\n* [[Geografia do Canad\u00e1]]\n\n{{Refer\u00eancias}}\n\n== Liga\u00e7\u00f5es externas ==\n* [https://www.langford.ca/ Site ''City of Langford''] (em [[L\u00edngua inglesa|ingl\u00eas]])\n\n{{Esbo\u00e7o-local da Col\u00fambia Brit\u00e2nica}}\n\n[[Categoria:Cidades da Col\u00fambia Brit\u00e2nica]]"}]},"7027671":{"pageid":7027671,"ns":0,"title":"Requissexualidade","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"[[Ficheiro:Bandeira_Requissexual.png|miniaturadaimagem|Bandeira requissexual]]\n'''Requissexualidade''' ou '''requiessexualidade''' \u00e9 uma [[Orienta\u00e7\u00e3o sexual|orienta\u00e7\u00e3o sexual]] no espetro da [[assexualidade cinza]], em que o indiv\u00edduo tem nenhuma, limitada ou pouca [[Atra\u00e7\u00e3o sexual|atra\u00e7\u00e3o]], interesse e/ou [[atividade sexual]] por conta de alguma [[exaust\u00e3o]] [[emocional]], por cansa\u00e7o emocional ou por experi\u00eancias passadas.{{Citar peri\u00f3dico |url=https://revistas.unilab.edu.br/index.php/rebeh/article/view/229 |t\u00edtulo=A urg\u00eancia do debate sobre o suic\u00eddio das pessoas LGBTQIA+: experi\u00eancia e subjetividade |data=2019-12-27 |acessodata=2022-12-23 |peri\u00f3dico=Rebeh - Revista Brasileira de Estudos da Homocultura |n\u00famero=01 |ultimo=Nagafuchi |primeiro=Thiago |paginas=103\u2013127 |lingua=pt |issn=2595-3206}}\n\nAlgumas pessoas se referiam a este termo como uma [[orienta\u00e7\u00e3o sexual]] exclusiva para pessoas [[Neurodiversidade|neurodivergentes]], mas essa defini\u00e7\u00e3o foi deixada de lado, uma vez que na defini\u00e7\u00e3o original n\u00e3o constava tal requisito.{{Citar web|ultimo=lemonyandbeatrice|url=https://lemonyandbeatrice.tumblr.com/post/88212530996|titulo=you didn't know I'd get ferocious|acessodata=2022-12-21|website=Tumblr}} Pessoas com [[depress\u00e3o]], [[ansiedade]], [[autismo]] e outras condi\u00e7\u00f5es que afetam o [[Mentalidade|estado mental]] do indiv\u00edduo podem se identificar como requissexual.{{Citar web|ultimo=pride-color-schemes|url=https://pride-color-schemes.tumblr.com/post/147081770865/requies|titulo=Requies-|acessodata=2022-12-21|website=Tumblr}}\n\nEsse termo foi cunhado pelo usu\u00e1rio do [[Tumblr]] gay4dragons, conta j\u00e1 desativada atualmente, em torno de 2014.{{Citar web|url=https://orientando.org/listas/lista-de-orientacoes/requies/|titulo=\u00bb Requies|acessodata=2022-12-23|lingua=pt-BR}}\n\n== Etimologia ==\nO termo ''requies'' vem do [[latim]] e significa [[repouso]] ou descanso.\n\n== Bandeira ==\nA primeira bandeira feita para a requissexualidade, demonstrada acima, foi criada pelo usu\u00e1rio hyaenahart, tamb\u00e9m no Tumblr, em torno de 2015.\n\nO significado das cores, de acordo com o autor, s\u00e3o:\n\n* Preta: [[arromanticidade]], [[assexualidade]] e o espectro assexual;\n* Azul clara: descanso/repouso. A cor lembra o c\u00e9u azul, que simboliza o descanso ao olhar para ele;\n* Amarela clara: representa a emo\u00e7\u00e3o drenada, sendo que a cor amarela \u00e9 sempre ativa;\n* Branca: a falta de atra\u00e7\u00e3o;\n* Cinza: a poss\u00edvel confus\u00e3o em que v\u00e1rias pessoas no espectro assexual passam.{{Citar peri\u00f3dico |url=https://haveagaydayorg.tumblr.com/post/110327300242/hyaenahart-requissexualromantic-flags-okay |t\u00edtulo=Have A Gay Day |acessodata=2022-12-21 |peri\u00f3dico=Tumblr |lingua=en}}{{Citar web|ultimo=Gonz\u00e1lez|primeiro=\u00c1lvaro|url=https://valenciaplaza.com/sin-sexo-un-documental-que-recoge-testimonios-de-personas-que-prefieren-no-tener-relaciones|titulo='Sin sexo': un documental que recoge testimonios de personas que prefieren no tener relaciones|data=2022-07-16|acessodata=2022-12-23|website=Cultur Plaza|lingua=es}}\n\n== Romanticidade ==\n{{Ver artigo principal|Orienta\u00e7\u00e3o rom\u00e2ntica}}\nA requissexualidade pode surgir tamb\u00e9m como [[orienta\u00e7\u00e3o rom\u00e2ntica]], mas passar\u00e1 a ser chamada de requisromanticidade ou requiesromanticidade. Isso significa que uma [[mulher]] pode ser [[bissexual]] requisrom\u00e2ntica, um [[homem]] pode ser [[homossexual]] requisrom\u00e2ntico, etc. Tamb\u00e9m devemos levar a conta que a orienta\u00e7\u00e3o sexual/rom\u00e2ntica da [[assexualidade cinza]] n\u00e3o influencia em outras orienta\u00e7\u00f5es sexuais/rom\u00e2nticas fora desse espectro, por exemplo, uma pessoa requiesrom\u00e2ntica pode ser [[Pansexualidade|pansexual]], ou requiessexual e [[Homorromanticidade|homorrom\u00e2ntica]] ou [[Birromanticidade|birrom\u00e2ntica]], [[Heterorromanticidade|heterorrom\u00e2ntica]] e requisrom\u00e2ntica, etc.{{Citar web|url=https://aroaceiros.com/2020/09/11/identidades-assexuais-1/|titulo=Identidades Assexuais #1 \u2013 aroaceiros|data=2021-04-15|acessodata=2021-07-26|website=aroaceiros.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210605183121/https://aroaceiros.com/2020/09/11/identidades-assexuais-1/|arquivodata=2021-06-05}}{{Citar web|ultimo=Malick|primeiro=Tanvi|url=https://thebaretalk.com/romantic-orientations/|titulo=Romantic Orientations|data=2021-01-29|acessodata=2022-12-23|website=The Bare Talk|lingua=en-US}}\n\nNormalmente uma bandeira tamb\u00e9m \u00e9 criada tanto para a orienta\u00e7\u00e3o sexual quanto a orienta\u00e7\u00e3o rom\u00e2ntica, mas ainda n\u00e3o h\u00e1 a bandeira requiesrom\u00e2ntica conhecida.{{Citar web|url=https://orientando.org/o-que-e-orientacao-romantica/|titulo=\u00bb O que \u00e9 orienta\u00e7\u00e3o rom\u00e2ntica?|acessodata=2022-12-21|lingua=pt-BR}}\n\n== Ver Tamb\u00e9m ==\n\n* [[Assexualidade]]\n* [[Orienta\u00e7\u00e3o sexual]]\n* [[Assexualidade cinza]]\n* [[Arromanticidade]]\n* [[Orienta\u00e7\u00e3o rom\u00e2ntica]]\n{{Refer\u00eancias}}{{LGBT}}{{Identidades de g\u00eanero e sexual}}\n[[Categoria:Orienta\u00e7\u00e3o sexual]]\n[[Categoria:Assexualidade]]\n[[Categoria:Atra\u00e7\u00e3o interpessoal]]"}]},"1373837":{"pageid":1373837,"ns":0,"title":"Somatogyrus currierianus","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{Sem notas|data=setembro de 2020}}\n{{semimagem-taxo}}\n{{Info/Taxonomia\n| cor = pink\n| nome = ''Somatogyrus currierianus''\n| imagem = \n| estado = CR\n| reino = [[Animalia]]\n| filo = [[Mollusca]]\n| classe = [[Gastropoda]]\n| ordem = [[Mesogastropoda]]\n| fam\u00edlia = [[Hydrobiidae]]\n| g\u00e9nero = ''[[Somatogyrus]]''\n| esp\u00e9cie = '''''S. currierianus'''''\n| binomial = ''Somatogyrus currierianus''\n| binomial_autoridade = ([[Isaac Lea|I. Lea]], 1863)\n| sin\u00f3nimos = }}\n'''''Somatogyrus currierianus''''' \u00e9 uma [[esp\u00e9cie]] de [[gastr\u00f3pode]] da [[Fam\u00edlia (biologia)|fam\u00edlia]] [[Hydrobiidae]].\n\n\u00c9 end\u00e9mica dos [[Estados Unidos da Am\u00e9rica]].\n\nOs seus [[habitat]]s naturais s\u00e3o: [[rio]]s.\n\n==Refer\u00eancias==\n* {{((en))}} Mollusc Specialist Group 2000. [http://apiv3.iucnredlist.org/api/v3/website/Somatogyrus%20currierianus Somatogyrus currierianus]. [http://www.iucnredlist.org 2006 IUCN Red List of Threatened Species. ] Dados de [[7 de Agosto]] de [[2007]].\n\n{{esbo\u00e7o-gastropoda}}\n\n[[Categoria:Somatogyrus]]\n[[Categoria:Esp\u00e9cies descritas em 1863]]\n[[Categoria:Fauna end\u00eamica dos Estados Unidos]]"}]},"829006":{"pageid":829006,"ns":0,"title":"Patr\u00edcio Bisso","revisions":[{"contentformat":"text/x-wiki","contentmodel":"wikitext","*":"{{mais-notas|arte=sim|Brasil=sim|data=dezembro de 2009}}\n{{Info/Ator\n| nome = Patr\u00edcio Bisso\n| ocupa\u00e7\u00e3o = [[Ator]], ilustrador, figurinista, cen\u00f3grafo, colunista\n| imagem = File:Patricio Bisso , Buenos Aires 1974.jpg\n| tamanho_imagem = \n| descri\u00e7\u00e3o = \n| nome_denascimento = Patricio C\u00e9sar Bisso\n| outro_nome = \n| data_nascimento = [[28 de janeiro]] de [[1957]]\n| localidaden = [[Buenos Aires]]\n| data_falecimento = [[13 de outubro]] de [[2019]] (62 anos)\n| localidadef = [[Buenos Aires]]\n| altura = \n| c\u00f4njuge = \n| pap\u00e9is_not\u00e1veis = \n| oscares_academia = \n| emmy = \n| goldenglobe = \n| sag_awards = \n| cannes = \n| cesar = \n| BAFTA = \n| outros_pr\u00eamios = \n| site_oficial = \n| IMDB_id = \n}}\n\n'''Patricio C\u00e9sar Bisso''' ([[Buenos Aires]], 28 de janeiro de [[1957]] \u2014 [[Buenos Aires]], 13 de outubro de [[2019]]{{Citar web|url=https://amauryjr.blog.bol.uol.com.br/2019/10/14/morre-o-artista-argentino-patricio-bisso-aos-62-anos/|titulo=Da Reda\u00e7\u00e3o - Morre o artista argentino Patricio Bisso, aos 62 anos|acessodata=2022-03-04|website=amauryjr.blog.bol.uol.com.br|lingua=pt-br}}) foi um [[ator]], [[figurinista]], [[Cenografia|cen\u00f3grafo]], ilustrador e colunista argentino radicado no Brasil de 1974 a 2002. Atuando simultaneamente em espet\u00e1culos underground e em ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o de massa, foi uma personalidade conhecida do panorama cultural brasileiro, especialmente entre os anos 1970 e 1990. \n\nDesde cedo, Patricio demonstrava talento para o desenho e come\u00e7ou ainda adolescente a fazer trabalhos de ilustra\u00e7\u00e3o para jornais e lojas de departamentos em Buenos Aires.\n\nSua primeira vinda ao Brasil deu-se em 1973, aos 16 anos, quando projetou a ambienta\u00e7\u00e3o de uma casa noturna na cidade de Florian\u00f3polis.\n\nNo ano seguinte, abandonou o col\u00e9gio e mudou-se para [[S\u00e3o Paulo (cidade)|S\u00e3o Paulo]], onde trabalhou, ainda menor de idade, como ilustrador na ag\u00eancia de publicidade DPZ e no Jornal da Tarde. \n\nAinda em [[1974]], estreou como ator no espet\u00e1culo Ladies na Madrugada, de [[Mauro Rasi]], com uma interpreta\u00e7\u00e3o da atriz e cantora argentina [[Libertad Lamarque]]{{citar web|ultimo=Wasilewski|primeiro=Lu\u00eds|url=http://www.portalabrace.org/viicongresso/completos/teatrobrasileiro/Luis%20Francisco%20WASILEWSKI%20-%20Estudo_de_Ladies_na_Madrugada.pdf|titulo=Estudo de Ladies na Madrugada|data=01/01/2012|acessodata=01/03/2022|website=Portal Abrace|arquivourl=http://www.portalabrace.org/viicongresso/completos/teatrobrasileiro/Luis%20Francisco%20WASILEWSKI%20-%20Estudo_de_Ladies_na_Madrugada.pdf|arquivodata=01/01/2012}}. Sua participa\u00e7\u00e3o nessa pe\u00e7a \u2014considerada precursora do g\u00eanero besteirol\u2014 serviu para mostrar o talento e versatilidade de Patricio, que, al\u00e9m de atuar, fazia seu pr\u00f3prio figurino e maquiagem.\n\nDepois de passar uma temporada em Londres, entre 1978 e 1979, trabalhando no est\u00fadio de anima\u00e7\u00e3o de Oscar Grillo, Patricio retornou a S\u00e3o Paulo. \n\nNos anos 1980, se dedicou a criar no Brasil uma carreira solo como performer, paralelamente \u00e0 sua carreira de artista gr\u00e1fico. A partir de 1983, ganhou um quadro fixo na programa\u00e7\u00e3o da [[Abril V\u00eddeo]], parceria da TV Gazeta com a editora Abril, em que interpretava a personagem que marcaria para sempre sua carreira: a sex\u00f3loga russa Olga del Volga{{Citar web|url=https://www.museudatv.com.br/abril-video-na-gazeta/|titulo=Abril V\u00eddeo na Gazeta|data=2017-03-22|acessodata=2022-03-07|website=Museu da TV, R\u00e1dio & Cinema|lingua=pt-BR}}.\n\nDurante essa d\u00e9cada, trabalhou ainda como figurinista de diversos filmes, entre eles \"[[O Beijo da Mulher Aranha]]\" (1985), de H\u00e9ctor Babenco, primeiro e \u00fanico longa brasileiro (coprodu\u00e7\u00e3o americana) a concorrer ao Oscar de melhor filme e melhor diretor (em 1986). \n\nEm 1985, levou aos palcos um de seus espet\u00e1culos mais bem recebidos pelo p\u00fablico e pela cr\u00edtica, Louca Pelo Saxofone{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/patricio-bisso-marcou-a-cultura-underground-paulistana-dos-anos-1980.shtml|titulo=Opini\u00e3o: Patricio Bisso marcou a cultura underground paulistana dos anos 1980|data=2019-10-14|acessodata=2022-03-04|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}, em que interpretava diversas divas da can\u00e7\u00e3o internacional dos anos 1950 e 1960. A trilha do show transformou-se num disco que conta com a participa\u00e7\u00e3o de [[Rita Lee]] e [[Wanderl\u00e9a]], entre outros artistas de sucesso{{Citar web|url=https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2018/05/20/pioneiro-da-cena-lgbt-bisso-tem-reeditado-disco-feito-com-lolita-rita-lee-e-wanderlea.ghtml|titulo=Pioneiro da cena LGBT, Bisso tem reeditado disco feito com Lolita, Rita Lee e Wanderl\u00e9a|acessodata=2022-03-04|website=G1|lingua=pt-br}}.\n\nNo mesmo ano, foi convidado a integrar o elenco da novela [[Um Sonho a Mais]], da Rede Globo, com sua Olga del Volga. A personagem ganhou ainda um quadro recorrente no programa da apresentadora [[Hebe Camargo]]{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/morre-o-performer-ilustrador-e-figurinista-patricio-bisso-aos-62.shtml|titulo=Morre o performer, ilustrador e figurinista Patricio Bisso, aos 62|data=2019-10-14|acessodata=2022-03-04|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}. \n\nDesde o final dos anos 1980, Bisso come\u00e7ou a dedicar esfor\u00e7os a levar a vida de Olga ao cinema. Durante a d\u00e9cada seguinte, chegou a escrever um roteiro e conseguiu o apoio de amigos \u2014como o ator Paulo Autran, Jos\u00e9 Wilker, Sonia Braga{{Citar web|url=https://agora.folha.uol.com.br/ola/2019/10/sonia-braga-lamenta-morte-do-amigo-patricio-bisso.shtml|titulo=S\u00f4nia Braga lamenta morte do amigo Patr\u00edcio Bisso|data=2019-10-16|acessodata=2022-03-04|website=Agora S\u00e3o Paulo|lingua=pt-BR}}, Elke Maravilha e a pr\u00f3pria Hebe\u2014 que se comprometeram a tomar parte no elenco do filme. O projeto, no entanto, jamais saiu do papel.\n\nMesmo n\u00e3o tendo perseguido uma carreira na sua Argentina natal, durante a d\u00e9cada de 80, Bisso chegou a atuar junto a grupos do underground portenho, como Las Bay Biscuits, de Vivi Tellas, e com artistas consagrados, como Federico Moura, do grupo Virus, e [[Charly Garc\u00eda]].\n\nSeu \u00faltimo espet\u00e1culo musical foi Bissol\u00e2ndia, de 1994, em que parodiava personagens de hist\u00f3rias infantis{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/10/23/ilustrada/1.html|titulo=Folha de S.Paulo - ``Bissol\u00e2ndia\" recria mundo de Disney - 23/10/1994|acessodata=2022-03-04|website=www1.folha.uol.com.br}}. \n\nDepois disso, retirou-se dos palcos, mas continuou a fazer ilustra\u00e7\u00f5es para a imprensa, al\u00e9m de figurinos para filmes, pe\u00e7as de teatro e musicais. Em 2002, Patricio retornou \u00e0 Argentina, para nunca mais voltar ao Brasil{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/multiartista-patricio-bisso-era-ferino-bocudo-inteligente-e-culto.shtml|titulo=Opini\u00e3o: Multiartista Patricio Bisso era ferino, bocudo, inteligente e culto|data=2019-10-14|acessodata=2022-03-04|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}.\n\nMorreu em 2019, aos 62 anos, no dia 13 de outubro, em sua casa, em Buenos Aires, de um infarto fulminante{{Citar web|url=https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/2019/10/depois-de-maltrata-lo-brasil-se-esqueceu-de-patricio-bisso.shtml|titulo=Depois de maltrat\u00e1-lo, Brasil se esqueceu de Patricio Bisso|data=2019-10-15|acessodata=2022-03-04|website=F5|lingua=pt-BR}}. \n\n==No cinema==\n===Como ator===\n\n* 1979 - ''Maldita Coincid\u00eancia'' \n* 1982 - ''[[Das Tripas Cora\u00e7\u00e3o (1982)|Das Tripas Cora\u00e7\u00e3o]]''\n* 1982 - ''[[O Homem do Pau-brasil]]''\n* 1983 - ''[[Onda Nova]]'' \n* 1984 - ''[[A Estrela Nua]]''\n* 1985 - ''[[Al\u00e9m da Paix\u00e3o]]''\n* 1985 - ''[[O Beijo da Mulher Aranha]]'' ... como Greta [[Cinemateca Brasileira]], ''O Beijo da Mulher Aranha'' [http://cinemateca.gov.br/bases/?FILMOGRAFIA-016463 [em linha]]\n* 1987 - ''[[Brasa Adormecida]]'' \n* 1989 - ''[[Dias Melhores Vir\u00e3o]]'' \n* 1991 - ''Naked Tango''\n\n=== Como figurinista ===\n*1991 - ''Naked Tango''\n*1987 - ''Brasa Adormecida''\n*1985 - ''O Beijo da Mulher Aranha''\n\n== No teatro ==\n=== Espet\u00e1culos musicais autorais ===\n\n* Perfume de Gard\u00eania (1977)\n*Uma Noite Perdida com Patricio Bisso (1978)\n* Caprichos do Cora\u00e7\u00e3o (1980)\n* Uma Outra Noite Perdida com Patricio Bisso (1983)\n* Louca Pelo Saxofone (1985)\n* Bisso, Black and Blue (1988)\n* Sarau Siberiano (1991)\n* Programa das \u00cdndias (1992)\n* Bissol\u00e2ndia (1994)\n\n=== Como ator ===\n\n* ''Ladies na Madrugada'' (texto de [[Mauro Rasi]]), nos papeis da [[Libertad Lamarque]] e [[Eva Per\u00f3n]]. Teatro Treze de Maio, S\u00e3o Paulo (1974)WASILEWSKI, Lu\u00eds Francisco. [http://aplauso.imprensaoficial.com.br/edicoes/12.0.813.793/12.0.813.793.pdf ''Isto \u00e9 Besteirol: O Teatro de Vicente Pereira'']. Cole\u00e7\u00e3o ''Aplauso''. S\u00e3o Paulo: Imprensa Oficial, 2010, pp. 16-17, 37\n\n=== Como autor ===\n\n* ''Castronauts, or How I Killed Fidel,'' {{Citar web|url=https://www.nymf.org/show-832.html|titulo=5th annual New York Musical Theatre Festival, setembro de 2008|acessodata=2013-03-29|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081012121922/http://www.nymf.org/Show-832.html|arquivodata=2008-10-12|urlmorta=yes}} com Bobby Houston (2008)\n\n==Na televis\u00e3o==\n===Como ator===\n*1983 a 1984 - ''Abril V\u00eddeo'' (TV Gazeta), dentro do programa S\u00e3o Paulo na TV, como Olga del Volga\n*1985 - ''[[Um Sonho a Mais]]'' (Globo) como Olga del Volga\n*1987- ''[[Hebe (programa de televis\u00e3o)|Hebe]]'' (Band/SBT) como Olga del Volga\n* 1993 - ''Retrato de Mulher'' - Epis\u00f3dio 7 - \"Era Uma Vez Dulcineia\" (Globo) - como Olga del Volga e apresentadora de concurso\n\n== Na imprensa ==\n\n===Como ilustrador===\n* Jornal da Tarde (1974 a 1980)\n* Folha de S.Paulo (1980 a 2002) \n* \"A imagem do som de Chico Buarque\" (Ed. Barleu, 1999), de Felipe Taborda, com a ilustra\u00e7\u00e3o da letra de \"Bom Conselho\".\n\n=== Como colunista ===\n\n* Jornal da Tarde\n* Folha de S.Paulo\n{{Refer\u00eancias}}\n\n==Liga\u00e7\u00f5es externas==\n* [http://www.imdb.com/name/nm0084349/ Filmografia no IMDB]\n* [http://3.bp.blogspot.com/-NmyFFdiM2U4/UQgYc1jeIoI/AAAAAAAAHVo/0r7A_C6REfw/s1600/Patricio+Bisso+interpreta+em+musical,+v%C3%A1rias+personagens+femininas+da+hist%C3%B3ria+no+teatro+Treze+de+Maio+-+1977.jpg Foto de Patr\u00edcio Bisso em cena, no teatro Treze de Maio em S\u00e3o Paulo, 1977].\n* [http://www.revistatropico.com.br/tropico/html/textos/2745,1.shl Patricio Bisso retorna em filme de Babenco]. Por Denise Mota. Revista ''Tr\u00f3pico''.\n* [https://glamurama.uol.com.br/morre-aos-62-anos-o-multitalentoso-patricio-bisso-que-ficou-conhecido-nos-anos-1980-por-sua-personagem-olga-del-volga/ Nota de falecimento na coluna] [[Glamurama]], por [[Joyce Pascowitch]]\n\n*[https://www.youtube.com/watch?v=YzenuzDFSuc Patricio Bisso dan\u00e7a com vestido de bal\u00f5es em \"O Beijo da Mulher Aranha\" e em show de Charly Garc\u00eda]\n{{esbo\u00e7o-ator}}\n\n[[Categoria:Atores do Brasil]]\n[[Categoria:Atores da Argentina|Bisso, Patricio]]\n[[Categoria:Figurinistas do Brasil]]\n[[Categoria:Brasileiros de ascend\u00eancia argentina]]\n[[Categoria:Colunistas da Folha de S.Paulo]]"}]}}}}