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O Impacto da Reunião do G20 para a Contabilidade
escrito em 19 de novembro de 2024

O G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, realiza reuniões anuais para discutir questões globais de economia, políticas fiscais, tecnologia e sustentabilidade. Este ano, as decisões tomadas durante o encontro destacaram uma série de novas diretrizes e prioridades que prometem impactar diversos setores, inclusive a contabilidade. O foco em transparência, responsabilidade fiscal e sustentabilidade traz mudanças que afetam diretamente o papel dos contadores e das empresas, tanto no Brasil quanto no exterior.

A seguir, abordamos os principais impactos da última reunião do G20 na contabilidade e o que as empresas brasileiras devem considerar para se preparar para esse novo cenário.

  1. Transparência Fiscal e a Cooperação Internacional

Um dos temas centrais na reunião do G20 foi a transparência fiscal e a cooperação entre as nações para combater práticas de evasão fiscal e aumentar a arrecadação. Países do G20 discutiram medidas para garantir que grandes corporações paguem impostos adequados nos países onde operam, especialmente por meio de uma maior fiscalização de operações transfronteiriças.

Para as empresas brasileiras, isso implica em uma atenção redobrada na documentação e relatórios de transações internacionais. A contabilidade deve assegurar que todas as operações internacionais estejam em conformidade com as novas normas de transparência, evitando potenciais multas e sanções. Isso reforça o papel do contador como o principal responsável por manter a empresa em conformidade com a regulamentação fiscal global.

  1. Tributação de Empresas de Tecnologia e Multinacionais

Outra mudança significativa envolve a implementação de um imposto global mínimo para grandes multinacionais, especialmente as que atuam no setor digital. O objetivo é evitar que empresas transfiram lucros para países com baixa tributação, prática comum entre empresas de tecnologia. Esse acordo cria uma alíquota mínima global que busca uma distribuição mais justa dos impostos, aumentando a arrecadação nos países onde essas empresas operam.

No Brasil, essa medida pode impactar empresas com operações digitais em outros países. Com essa nova regra, a contabilidade precisa estar preparada para adaptar-se ao imposto mínimo global e à correta alocação dos lucros, evitando que as empresas paguem tributos em duplicidade e garantindo conformidade com as normas locais e internacionais.

  1. ESG e Sustentabilidade: O Papel da Contabilidade no Relato de Sustentabilidade

A sustentabilidade e as práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) também foram temas de destaque no G20, com os países-membros reforçando a necessidade de padronizar a divulgação de informações sobre sustentabilidade. Para as empresas, isso significa que o papel do contador vai além dos números financeiros e começa a envolver o relatório de impacto ambiental e social.

Para atender a essa nova demanda, a contabilidade deve estar preparada para desenvolver e aplicar métricas de sustentabilidade e garantir a conformidade com as normas ESG. Contadores terão a responsabilidade de implementar controles internos que rastreiem o impacto ambiental e social das operações, além de fornecer relatórios precisos e consistentes. Empresas que adotarem essa prática estarão mais alinhadas às expectativas dos investidores e reguladores, ganhando destaque no mercado e conquistando a confiança do consumidor.

  1. Transformação Digital e Proteção de Dados

O G20 também discutiu a transformação digital e a proteção de dados, assuntos críticos no ambiente de negócios atual. As novas diretrizes do grupo sugerem que empresas invistam em segurança cibernética e em mecanismos para proteger dados sensíveis, o que implica em mudanças na gestão de informações financeiras e contábeis.

Para os contadores, isso representa a necessidade de adotar ferramentas digitais que automatizem processos e garantam a segurança dos dados, além de facilitar a gestão de riscos. A proteção de dados e a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil serão aspectos cada vez mais exigidos, tanto para garantir a segurança das informações quanto para evitar penalidades.

  1. Revisão e Fortalecimento das Normas Contábeis Internacionais

Durante a reunião, o G20 também reforçou a importância da revisão e do fortalecimento das normas contábeis internacionais. O objetivo é tornar as práticas contábeis mais transparentes, unificadas e adaptadas aos desafios atuais, como a globalização e o avanço das tecnologias financeiras.

Para as empresas brasileiras, isso significa que as normas internacionais de contabilidade (IFRS) podem passar por atualizações nos próximos anos, demandando adaptações em seus relatórios contábeis e financeiros. O acompanhamento das mudanças nas IFRS é essencial para manter os relatórios contábeis em conformidade e garantir que as empresas estejam preparadas para auditores e investidores internacionais.

A reunião do G20 aponta para um futuro em que a contabilidade assume um papel central nas operações empresariais, não apenas na gestão fiscal, mas também na responsabilidade social e sustentabilidade. Empresas e contadores devem se manter atualizados sobre as mudanças nas normas internacionais e fortalecer sua estrutura de compliance para estarem em conformidade com as exigências globais.

Na Pigatti, estamos preparados para ajudar sua empresa a navegar por essas novas diretrizes e implementar soluções contábeis alinhadas com as exigências globais e locais. Seja na adequação às normas de transparência fiscal, no suporte ao compliance em ESG, ou na proteção de dados, nossa equipe de contabilidade e consultoria está pronta para orientar sua empresa na adaptação a esse novo cenário.

 

ESCRITO POR:  Equipe de Redação da Pigatti

Pigatti Contabilidade.  ajudando os donos de negócios no Brasil


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