Uso de cheques no Brasil cai 93%
escrito em 27 de janeiro de 2022
O uso de cheques saiu 23% em 2021 e 93,4% no acumulado desde 1995, de acordo com levantamento da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Como é de se esperar, o avanço da tecnologia foi o principal motivo para a redução significativa para esse meio de pagamento. No passado, o pagamento com uso de cheques era um dos mais tradicionais no Brasil.
A queda tem sido contínua pelos últimos 26 anos. A modalidade, porém, está longe de estar extinta. Em 2021, foram compensadas 218,9 milhões de folhas de cheque em todo o país. O volume somou 287,1 milhões em 2020 e chegava a 3,3 bilhões de folhas compensadas em 1995.
O que substituiu o uso de cheques?
De acordo com a Febraban, os meios eletrônicos de pagamento ganharam a predileção dos brasileiros. Os canais digitais (internet e mobile banking) atualmente concentram 67% das transações feitas no país.
A digitalização do sistema bancária teve impulso importante com a entrada do Pix, que já tem adesão de 71% dos brasileiros. Em um ano de funcionamento, são mais de sete bilhões de transações registradas, movimentando R$ 4 trilhões.
Volume financeiro dos cheques
Naturalmente, o volume financeiro das transações com cheques também caiu. Em 1995, o montante movimentado nessa modalidade totalizava R$ 2 trilhões. A quantia caiu para R$ 668,4 bilhões em 2020 e R$ 667 bilhões em 2021.
Um dos principais problemas na utilização de cheques também despencou. O número de devoluções de cheques sem fundos caiu de 56,8 milhões em 1997 (quando a Febraban começou a pesquisar essa série histórica) para 15,2 milhões em 2020 e 13,6 milhões no ano passado.