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Expansão Fiscal Impede o Brasil de Surfar a Onda de Corte de Juros
escrito em 25 de outubro de 2024

A relação entre política fiscal e monetária é complexa e vital para a saúde econômica de um país. No Brasil, a expansão fiscal tem se mostrado um obstáculo significativo para a tão esperada redução da taxa de juros. Neste artigo, exploraremos como a atual situação fiscal do Brasil impede que o país aproveite as oportunidades de cortes na taxa Selic, impactando diretamente o crescimento econômico e a estabilidade financeira.

O Cenário Atual

Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 10,75% ao ano. Essa decisão foi motivada por uma série de fatores, incluindo pressões inflacionárias e um crescimento econômico que ultrapassa a capacidade produtiva do país. A expansão fiscal, que inclui aumento de gastos públicos sem a correspondente elevação da arrecadação, tem gerado incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas.

A Relação entre Política Fiscal e Taxa de Juros

A política fiscal expansionista tem efeitos diretos sobre as expectativas inflacionárias. Quando o governo aumenta seus gastos sem um planejamento adequado, isso pode levar a um aquecimento da economia que pressiona os preços para cima. Como resultado, o Banco Central se vê obrigado a manter ou até aumentar a taxa de juros para controlar a inflação. A economista Tatiana Pinheiro destaca que “o cumprimento da meta fiscal é fundamental para a redução da Taxa Selic”. Isso significa que, para que os juros possam ser cortados, é essencial que haja um compromisso claro com a responsabilidade fiscal e o controle da dívida pública.

Desafios da Sustentabilidade Fiscal

O Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, e não há espaço para aumentar ainda mais os impostos sobre o setor produtivo. Portanto, o ajuste fiscal deve se concentrar na contenção das despesas. O Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento têm sinalizado a identificação de fontes potenciais para reduzir gastos federais nos próximos anos. Entretanto, enquanto não houver uma sinergia efetiva entre as políticas fiscal e monetária, será difícil para o Brasil surfar a onda de cortes nos juros. A manutenção de uma política fiscal crível é essencial para ancorar as expectativas inflacionárias e permitir um ambiente propício para cortes na Selic.

Impactos Econômicos

As altas taxas de juros têm um impacto negativo em diversos setores da economia. O custo elevado do crédito limita investimentos e consome recursos que poderiam ser utilizados para expandir negócios e criar novos empregos. Além disso, empresas enfrentam dificuldades em planejar suas operações em um ambiente de incerteza econômica. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) enfatiza que “a manutenção de taxas altas prejudica toda a economia”, comprometendo a capacidade do país de acelerar investimentos e melhorar as condições de vida da população.

A expansão fiscal no Brasil representa um desafio significativo para a redução da taxa de juros e para o crescimento econômico sustentável. Para que o país possa aproveitar as oportunidades de cortes na Selic, é crucial que haja um compromisso firme com a responsabilidade fiscal e uma gestão eficiente das contas públicas. Na Pigatti – Contabilidade e Consultoria, acreditamos que uma abordagem integrada entre políticas fiscais e monetárias é fundamental para criar um ambiente econômico saudável. Estamos aqui para ajudar empresas e profissionais a navegar por esse cenário desafiador, oferecendo consultoria especializada em planejamento tributário e gestão financeira. Vamos juntos construir um futuro mais próspero!

 

ESCRITO POR:  Equipe de Redação da Pigatti

Pigatti Contabilidade.  ajudando os donos de negócios no Brasil


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